A família de Santo Antonio: dúvidas.
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A família de Santo Antonio: dúvidas.
Estou tentando deslindar estra selva selvaggia que é a genealogia dos [prováveis] parentes de Santo Antonio.
Elimino, como fantasiosa, a origem dos Bulhões do Santo em Godefroy de Bouillon. Teríamos, então, duas linhas possíveis:
- Descendentes de um Pero Martins ``Bulhão,'' dado como irmão do Santo, e † antes de 1222;
- Descendentes de Paio Soares ``Romeu,'' que é dado como avô materno do Santo.
Nenhum dos dois parentescos é seguro, embora advenham de leituras de documentos contemporâneos ao Santo.
Olhando mais de perto os Bulhões tradicionalmente vistos como ``sobrinhos'' do Santo, ou seja, os Ribeiros Soares de Bulhões, vejo que a genealogia contínua, publicada pelo genealogista Guerreiro de Castro num apêndice do livro de J. E. de Macedo Soares, _Santo Antonio de Lisboa, Militar no Brasil_, 1944, discorda em vários pontos das seguintes outras fontes secundárias:
- Carta de brasão de Inácio de Bulhões, tempo de D. João III, citada por G. de Castro, em Sanches de Baena.
- Genealogia dos Ribeiros Soares de Bulhões, em Gayo, tto. Gayos.
A varonia da família onde está a representacão, os Pintos de Miranda Montenegro, é bem estabelecida desde o século XVI.
Há também uma genealogia em Montarroyo, da qual tenho um fragmento, que também diverge da de Guerreiro de Castro.
Alguém pode ajudar?
fa
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RE: A família de Santo Antonio: dúvidas.
Meu Caro fa
Tenho em arquivo um documento com letra de finais do Séc. XVI, que julgo ser treslado parcial da justificação de nobreza de um dos Machados de Barcelos da ilha Terceira, que tiveram CBA nessa ocasião que passo a transcrever-lhe:
- trelado dos machados do reino de portugal tirado de hum brazam
naceu em portugal hum alvaro gonçalves machado que foi governador da justissas deste reino casou cõ huma fulana de Carvalho e dentre estes dous cazados naceu Leonor Gonçalves Machado & outros filhos e filhas.
Esta Leanor Gonçalves Machado cazou com Vasco Esteves de Villa nova, alferez-mor do sr rei dom Ioam da Boa Memória, e fº de Vasco Estevbes Carregueyro de Moncorbo. Os 2 deixando muntos descendentes casados, apontados no dito brazam farey só menção de hum que foi frade cruzio e dom prior de S. Vicente de fora e dahi bispo de Coimbra e se chamou dom Ioam machado ESTE FOI O QUE SENDO DOM PRIOR De San Vicente MANDOU QUE OS OSSOS DA MAI DE S.TO ANTÒNIO, SUA PRIMA CÕIRMÃ POR SER Fª DE UM IRMÂO DO SOBREDITO PROGENITOR (ÀLvaro Gonçalves Machado governador do regno)
e recolheo os ossos da dicta deffunta que estavam fora da igreia para dentro e os recolheo em hua capella que tinha mandado fazer Pedro Machado, que rera f.º da Leanor Machado ETC.
Julgo que ao tratar destes Machados Carregueiros os autores da justificação quiseram sublinhar que a mãe de Sto António era filha de um irmão do Álvaro Gonçalves Machado, regedor das Justiças. Já conferi os dados genealógicos do resto do documento e, de um modo geral. não encontrei grandes incorreções. Se Você já sabia da linha materna do Santo perdoe tê-lo incomodado.
Com os meus cumprimentos
Manuel Lamas de Mendonça
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RE: A família de Santo Antonio: dúvidas.
Por favor, Manuel, uma resposta amiga é sempre bem vinda! O que sei da mãe de Santo Antonio é que chamava-se Teresa, e seria ``Taveira.'' A tradição faz que seja filha de Paio Soares ``Romeu,'' dos Baiões-Paiva, mas não há documento que nos dê certeza. Assim sendo, uma linha de parentes do Taumaturgo passa nos Velhos, Barretos, e daí ao infinito...
Quanto aos Bulhões, sei que há genealogias confiáveis desde meados do século XV. Muito longe do Santo, portanto.
Grato, fa
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RE: A família de Santo Antonio: dúvidas.
Caro fa,
Sobre essas genealogias confiáveis dos Bulhões, que referências é que me pode dar?
Tenho ascendência em uns Bulhões de Viseu (Casal Sandinho de Alcafache, Mangualde): [308] Jacinto Correa Montez de Bulhões e Menezes, casado antes de 1680 com Isabel Francisca.
Ando à procura de informações sobre a ligação deste avoengo aos Correa de Bulhões e aos Montezes de Viseu (segundo a PL). Ela é mais que provável, mas ainda não a estabeleci.
Também é sua opinião que as diversas referências aos Bulhões/Bulhão não parecem apontar para um tronco comum? A origem polinuclear fundada em alcunhas (na moeda antiga, no punhal curto, no feitio quezilento, ...) parecem ser o mais provável?
De qualquer forma, esta estranha mania de coleccionador que leva a gostar de cohecer o máximo sobre uma Anna de Bulhões aqui (cc Diogo Gonçalves Cabral, dos Albuq. Gomide), um Pedro Egas de Bulhão ali (de Esqueira, sogro de Maria de Seixas, neta do Capitão da Nau Queimada, António Teixeira de Macedo, incrível aventureiro das índias).
Grato pela atenção,
VMSF
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RE: A família de Santo Antonio: dúvidas.
Vamos por partes.
1) A genealogia dos Ribeiros Soares de Bulhões foi levantada pelo genealogista brasileiro Orlando Guerreiro de Castro. Foi publicada no livro do min. Macedo Soares sobre Santo Antonio. Representam esta família hoje os Pintos de Miranda Montenegro (Condes de Arroxelas e Castelo de Paiva em Portugal).
2) Há uma família Bulhão casada nos Albuquerques Gomides; não sei de ascendência sua pregressa ao século XV. Destes era Joana de Bulhão, mãe de Jerônimo de Albuquerrque, o Torto.
3) Creio na origem polinuclear, sim.
Francisco Antonio Doria
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RE: A família de Santo Antonio: dúvidas.
Um varão da Casa da Boavista em Castelo de Paiva, casou com D. Antónia Matilde Pereira de Bulhões da Casa de Serradas que embora em ruína, ainda hoje existe com parte da casa, portão encimada pelas armas.Segundo a tradição que ainda guardo de memória , uma vez que ali vivi parte da infancia essa era a casa de Martim de Bulhões e D. Maria Paes Taveira. Era propriedade da Condessa de Arrochela que conheci muito bem e depois de seu filho o Conde de Castelo de Paiva recentemente falecido. Penso que as armas representadas são de Bulhões.Há vasta documentação no cartório da Casa da Boavista que não sei que destino teve e que será interessante consultar se investiga este assunto.
Cumprimentos,
João Bettencourt
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RE: A família de Santo Antonio: dúvidas.
O Gaio, no título Reimond refere:
D. Teresa Taveira Reimonde mãe do Glorioso S. António de Lisboa era irmã da terceira avó deste Gonçalo Afonso Reimonde. Venceu este Gonçalo Afonso Reimonde em África em desafio dois valentes mouros cujas cabeças mandou pintar no seu escudo metendo no meio do escudo as duas cabeças e no meio a espada com que foram cortadas as duas cabeças.
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