Visconde de Aljezur?
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Visconde de Aljezur?
WENDEL ALBERT OLIVEIRA PEREIRA
Sete Lagoas, Minas Gerais, Brasil, 02.07.2002
Ex.mos Senhores
Alguém saberia informar-me acerca de algumas questões derivadas de minhas pesquisas, caso possam:
Francisco Lemos de Faria Pereira Coutinho foi camarista e amigo do Imperador D. Pedro II, veador da imperatriz consorte, Visconde de Aljezur, e 4.ð Senhor do Morgado de Marapicú, Rio de Janeiro, e acompanhou nosso tão injustiçado monarca e a família Imperial ao exílio (nov.1889). [Fizeram também parte da comitiva do exílio (nov.1889), os barões de Muritiba, os barões de Loreto, o conde da Mota Maia (medico do Imperador), a viscondessa de Fonseca Costa aos 81 anos de idade, (Dama da Imperatriz), o Engenheiro André Rebouças e M. Stoll (professor dos 3 filhos da Princesa Isabel)]
Sei que Francisco Lemos de Faria Pereira Coutinho foi visconde de Aljezur, em Portugal, pelo seu casamento com D. Maria Rita de Noronha filha natural (reconhecida no ato do batismo e depois legitimada por Alvará de 28.05.1845) do 6.ð marquês de Angeja e 10ð conde de Vila Verde dos Francos, em Portugal. Pelo que sei este título fora concedido por D. Pedro V pelo decreto de 15 de Setembro e carta de 23 de Outubro de 1858, sendo Pereira Coutinho, nesta data, autorizado a usar desse título, que mais tarde teria ele sido elevado a conde pelo decreto de 10 de Abril de 1878, porém no Genea não consta que tenha sido elevado?
Este Senhor teve realmente esta concessão de conde? Fez uso de brasão de armas? Este Senhor deixou descendência?
Agradecido pela atenção de V.ªs Exc.ªs
Ass: Wendel Albert Oliveira Pereira
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RE: Extinção dos Morgadios no Brasil
Caro Wendel Albert Oliveira Pereira
Desculpe esta pergunta ao lado, mas sabe dizer-nos a data da extinção no Brasil de morgadios, capelas e vínculos em geral?
Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Visconde de Aljezur?
Caro Wendel Oliveira Pereira.
Não encontro registo da sua elevação a Conde.
As armas que usou: Esquartelado: I- de Moreiras; II- de Lemos; III- de Azevedos; IV- de Coutinhos. Coroa de Visconde.
Cumprimentos.
J. de Castro e Mello Trovisqueira
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RE: Visconde de Aljezur?
Em tempo: O "Livro de Oiro da Nobreza" de Araújo Affonso e Travassos Valdez regista, de facto a sua elevação a conde, na data que refere e acrescenta que não tiveram geração.
jpcmt
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RE: Extinção dos Morgadios no Brasil
Alexandre:
Foi contemporânea à sua extinção em Portugal, após 1830. Vou ver se tenho a data exata.
Tenho documentos aqui em casa do Morgadio de Loreto, da família do Barão supracitado (Franklin Américo de Menezes Doria), meu parente longe - o Menezes deles era dos Teles da Silva e Menezes, da Casa de Tarouca, Vagos, etc.
fa
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RE: Visconde de Aljezur?
WENDEL ALBERT OLIVEIRA PEREIRA
Sete Lagoas, Minas Gerais, Brasil, 02.07.2002
Ex.mos Senhores
O visconde de Aljezur era também Primo-sobrinho,e sobrinho (pelo casamento deste com a irmã de seu pai D. Teodora Higina Arnaut Rivo Ramalho) de Manuel Inácio de Andrade Souto Maior Pinto Coelho, 1o Barão e 1o. Marquês de Itanhaem que foi tutor de S.M. I. o Imperador D.Pedro II e de suas Augustas irmãs. Era também sobrinho por parte de mãe de José Feliciano Pinto Coelho da Cunha Barão com honras de grandeza de Cocaes e Veador da Casa Imperial, e era neto de João Pereira Ramos de Azevedo Coutinho nascido em 1722, que foi cavaleiro da ordem de Cristo e opositor em cânones na universidade de Coimbra, era o visconde de Aljezur também Sobrinho-neto de D. Francisco de Lemos de Faria Pereira de Azeredo Coutinho, 17ð conde de Arganil, 52ð bispo de Coimbra e reitor da Universidade de Coimbra.
Já tendo sido algumas destas informações apresentadas neste fórum por Carlos Eduardo de Almeida Barata, autor do Dicionário das Famílias Brasileiras, em intervenção no fórum do Genea Portugal, no Tópico sobre os Titulares de Nobreza no Brasil em mensagem enviada em 01.10.2001.
Agradecido pela atenção de V.ªs Exc.ªs
Ass: Wendel Albert Oliveira Pereira
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RE: Visconde de Aljezur?
WENDEL ALBERT OLIVEIRA PEREIRA
Sete Lagoas, Minas Gerais, Brasil, 02.07.2002
Caro J. de Castro e Mello Trovisqueira
Agradeço pelos esclarecimentos!
Tenho cá outras dúvidas: se o Título fora concedido por D. Pedro V em favor da senhora D. Maria Rita de Noronha, não é provável que tenha sido ela própria elevada a condessa e não o marido, o qual é a regra nesse caso com relação às leis da nobreza?
Qual seria a data da carta de armas? Quanto às armas connhece-lhe o Timbre?
No "Livro de Oiro da Nobreza" há alguma referência a respeito?
Agradecido pela atenção
Ass: Wendel Albert Oliveira Pereira
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RE: Extinção dos Morgadios no Brasil
Caro FA
Obrigado. Vou-lhe escrever sobre o assunto.
Abraço
ATF
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RE: Extinção dos Morgadios no Brasil
À disposição, Alexandre. Na verdade, tenho mais documentos em meu arquivo, sobre outros morgadios no Brasil.
Forte abraço, fa
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RE: Visconde de Aljezur?
Caro Wendel Oliveira Pereira:
Não tenho resposta cabal à suas perguntas. A hipótese mais provável é a de que Visconde tenha sido elevado à grandeza pelos seus méritos próprios. Com efeito, embora não tenha encontrado a data de falecimento da Viscondessa, parece que ela ainda usou o título de Condessa, pois no citado L.O.N se diz que “Os Condes de Aljezur são já falecidos”. Afasta-se assim a possibilidade de ter morrido antes de 1878. Noto ainda que Francisco de Lemos teve muitas outras benesses e condecorações, o que reforça a hipótese acima. Quanto às armas: Na NPB apenas se diz que o então Visconde USOU as armas que lhe descrevi. Não tinham timbre, mas apenas o coronel de Visconde. Interpreto, pois, que foram armas assumidas e que nunca teriam sido registadas. Será assim? Muitos outros casos semelhante se conhecem.
Se encontrar mais alguma informação concreta, dir-lhe-ei.
Cordiais saudações do
João de Castro e Mello Trovisqueira
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RE: Extinção dos Morgadios no Brasil
O Parlamento brasileiro proibiu a instituição do morgadio em 1835, sendo extinto definitivamente em 1837. Em Portugal só foi extinto no reinado de D. Luís I por Carta de Lei de 19/05/1863, subsistindo, no entanto o vínculo da Casa de Bragança, o qual se destinava ao herdeiro da Coroa. Este último morgadio viria a perdurar até 1910.
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Visconde de Aljezur?
Prezado Wendel,
aproveitando o espaço para uma conversa paralela. Tenho feito estudos a respeito da genealogia de meus familiares com centralização no entorno das cidades de Guanhaes e Virginópolis, com extensão nas cidades históricas.
Tenho membros na familia com ascendência nos Furtado Leite cuja tradição afirma descender do Barão de Cocais. Como voce tem seu trabalho dedicado ao assunto, gostaria de perguntar-lhe.
Os patriarcas desse ramo da familia chamavam-se Antonio Furtado Leite e Joaquina Antonia Ferreira, foram naturais de Barão de Cocais, no tempo ainda chamada de Sao Joao do Morro Grande, migrando para Virginópolis por volta de 1880.
A tradição conta que um deles era filho do barão. Porem, de uma suposta família extra-conjugal que ele teria tido.
Penso que a tradição possa ter sido deturpada com o tempo e o sr. Antonio pudesse ser neto do cel. Luiz, irmão do barão, pois, teve filho com nome de Luiz também mas, ao que eu saiba, nenhum Jose Feliciano, ou um dos dois nomes isolados.
Por coincidencia, o Luiz casou-se com de nossas parentas, Luiza Nunes Coelho, e possuem uma descendência quase incontável.
Gostaria apenas verificar se podemos mesmo fazer a conexão com certeza de ser verdadeira a informação. Obrigado.
Meu endereço de e-mail eh valbarbalho@hotmail.com e tenho alguns textos que tratam da genealogia de meus familiares no blog: https://val51mabar.wordpress.com/
A maioria das informações que ja coletei a respeito da descendência dos senhores Antonio e Joaquina estão no site www.geneaminas.com.br e também no www.ancestry.com.
Se puder ajudar-me ficar-lhe-ei muito agradecido, e qualquer informação a respeito da região que estudo que desejar saber lhe informarei `a medida que meu conhecimento alcançar. Abraços, atenciosamente,
Vaquirio Barbalho.
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