Rebotim
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Rebotim
Caros Confrades
Sabeis alguma coisa sobre a família,ou de alguém,que usasse,ou use,o apelido-Rebotim?
Os meus melhores cumprimentos.
Rafael Carvalho
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RE: Rebotim
Viva Rafael!
Em Évora tive, no Liceu, um colega com um apelido semelhante. Só que creio ser Rebetim (mais exactamente Rebetim Pereira)e não Rebotim. Foi meu colega durante todo o Liceu e foi o único que conheci com um nome parecido.
Um abraço
João Cordovil Cardoso
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RE: Rebotim
Caro João
Muito reconhecido pela informação.Encontrei este apelido numa pessoa da minha freguesia-Santana da Serra-Ourique e que julgo ligado aos meus e também,no Desembargo do Paço,se não é confusão minha,vi,há muito tempo,uma referência a uma capela de pessoa deste apelido e também nas Genealogias Manuscritas-Real Mesa Censória.Não tenho tido disposição de ir à TT.Vou ver se na próxima semana arranjo motivação para lá ir.
Um abraço amigo.
Rafael Carvalho
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RE: Rebotim
Caro Rafael Carvalho
Na Idade Média existiu a linhagem Rebotim descendente dos Paiva e, como tal, ramo dos Baiões.
Algumas gerações foram identificadas por José Pizarro nas “Linhagens Medievais”, vol. 1, pg. 443 e seguintes. Curiosamente, alguns dos seus membros tiveram património no Alentejo.
Não parece é que tenha tido continuidade para além do séc. XIV e portanto não será provável que esses que conhece entronquem neste medievais. Mas... Talvez algum ramo bastardo não documentado?
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: Rebotim
Caro Vasco Jácome
Os seus conhecimentos causam-me admiração,mas o que também muito prezo é a sua disponibilidade amiga,e maneira natural de informar.Sempre fui sincero o que me tem causado dissabores,porque não será de "bom tom";por isso,não leve a mal o que vos digo.
Cumprimentos amigos
Rafael Carvalho
Tenho o Livro e vou já consultá-lo.
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RE: Rebotim
Exm.º Sr. Rafael Carvalho
No tópico "Família Godinho de Setúbal" criado por mim a 18.04.2001 recebi uma oferta sua de "algumas dicas úteis" sobre o assunto.
Gostaria de saber se ainda está disponível para me dar as referidas dicas, uma vez que eu estou muito interessado em tudo o que possa estar relacionado com esta família sadina.
Peço-lhe desculpa por me ter introduzido em tópico alheio, mas não encontrei forma melhor para entrar em contacto com o senhor.
Antecipadamente agradecido
André Varela Ramígio
a.v.remigio@sapo.pt
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RE: Rebotim
Caro Rafael Carvalho
Na minha terra houve dois priores de apelido Rebotim.
O primeiro foi João Rebotim Neves que tomou posse do priorado de Panoyas no dia 1 de Agosto de 1683. Durante o seu curto priorado, que durou pouco mais de três anos, foi coadjuvado pelo Padre Sebastião Luís que era natural de Aljustrel.
Foi este prior que realizou a cerimónia de casamento de Martim Afonso, morador em Ourique com Maria Figueira, moradora no Termo no Vila de Panoyas, depois de se terem feitas as respectivas diligências em Beja. Foram testemunhas, Antão Vaz Cavaco e Gaspar Raposo.
Faleceu aos 21 de Dezembro de 1686 e foi sepultado na Igreja Matriz de S. Pedro, na qual era prior.
O segundo foi João Rebotim Nunes, primeiramente foi prior em Nossa Senhora da Cruz no termo da Vila de Almodovâr.Faleceu no dia 24 de Maio de 1735 tendo-lhe sucedido no priorado José Manuel Débora Palermo Aragão de Loulé.
Deixo aqui estes registos por os achar interessantes para a genealogia da família Rebotim.
Um abraço com amizade
Zé Maria
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RE: Rebotim
Caro Zé Maria
Abri o tópico-Rebotim-por julgar tal apelido pouco vulgar e tê-lo encontrado num assento de cas.ª a 10.1.1711, na pessoa de João Rebotim, cuja mulher Maria Mestra veio a casar na igreja da minha terra com M.el Frz viúvo de Domingas das Cortes, moradores na freg. da vila de Ourique.
E foi com a intenção de tal notícia servir a algum leitor do Fórum. Ainda bem que não caíu em "saco roto", como se costuma dizer na nossa região.
Mas já me vou desabituando do hábito que tinha de dar certas informações, por razões que não vêm ao caso. Mas como têm tido algum aproveitamento isso me tem gratificado. Ainda há pouco ao fazer uma busca sobre o general Dwight D. Eisenhower e depois consultando o Heralddry of the World ,de Carl Alexander von Volborth, revi as bonitas e significativas armas "Arms assumed by President D. Eisenhower (1890-1969)" baseadas numa linha familiar dele e na alta patente militar que teve. Ainda pensei de dar esta notícia de interesse heráldico,como tópico novo ou noutro de matéria de heráldica já aberto, no Fórum; que seria uma curiosidade heráldica de muitos desconhecida, penso eu. Mas depois pensei: para quê ? poderão julgar informação ociosas, de quem não tem mais que fazer, ou por alarde de grandes conhecimentos ?! que não tenho,etc. E se vai aqui , fora do contexto,é para exemplificar o que atrás disse, vou deixando-me de dar certas informações. E tantas que teria para dar em certos tópicos recentes.Embora, seja difícil deixar de fazê-lo, em casos pontuais,porque como o meu amigo, há mais participantes que as têm apreciado e utilizam.
Um bom fim de semana para si e todos os seus.
Rafael Carvalho
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RE: Rebotim
Ainda a tempo: sobre o que atrás referi, devo salientar que veio a propósito, e não me expressei convenientemente. É um juzo desfavorável que, algumas vezes, faço a mim próprio e a mais ninguém, como é óbvio. Foi apenas para desabafar um pouco.
Um abraço amigo.
Rafael
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RE: Rebotim
Caro Zé Maria
Já vi uma sua referência a Xaveiros/Chaveiros,ou seria Pixeiros ? mas não me lembro, agora, em que tópico.
Mas aqui vai uma informação que penso ter já enviado noutro tópico, segue novamente:
Nas INQUIRIÇÕES sobre Bens Régios- anos de1375-1376 aparece -João Chaveiro com umas casas em Castro Verde. No séc. XIV já por aí andavam.
Também tenho conhecimento de um António Raposo Xaveiro, da herdade do Ladrão.Aljustrel cc Margarida Guerreiro ,da freg. de Castro Verde , avós (?)do FSO Manuel da Lança, da herdade da Galeguinha (séc.XVII).
Se confundi Xaveiro com Pixeiro, gente nobre do Alentejo, também tenho qualquer coisa destes, que terei de procurar.
Sobre"desabafar"como escrevi na msg anterior, claro que não pode e nem deve ser tomado à letra, é evidente;apenas com o significado de uma troca de impressões ou observações que são um pouco subjectivas.
Rafael Carvalho
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RE: Rebotim
Creio, se não estou em erro, que a família proprietária da Farmácia Moderna no Carregado (concelho de Alenquer) usa o apelido Rebotim.
Com os melhores cumprimentos,
João Bernardo Galvão Teles
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RE: Rebotim
Gostaria de falar sobre este tema pois sou Maria José Rebotim, não sei se ainda estão interessados em abordar este tema.
Grata pela atenção.
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RE: Rebotim
Boa noite.
Se consultar a obra-Os GUERREIRO da Comarca de Ourique,de Luís Soveral Varella,encontra António Fernandes Rebotim(usou tb.Correia),nascido cerca de 1515,senhor de vínculos em Mértola,e que viveu em Almodôvar onde foi tabelião,etc.Aí encontrará asc. e desc.até hoje,e tb. Maria Rebotim q casou emSantana da Serra,22.2.1705.
A obra ref.é trabalho recente e de grande envergadura,imprescindível sobretudo para q. estuda famílias do Alentejo e Algarve.
António Fernandes Rebotim,aqui ref., é meu antepassado.
Bom fim de semana
Rafael Carvalho
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RE: Rebotim
Não quero deixar de agradecer a rapidez na sua resposta. Infelizmente um grave problema de saude repentino, dum familiar direto, impossibilita-me para já de poder ensetar uma conversa que por certo gostarei de ter. Logo que este problema se resolva voltarei ao contacto se não encontrar inconveniente. Já agora gostaria que soudesse que exite desde o fim do ano passado o Grupo Rebotim, no facebook.
Mais uma vez quero experssar a minha gratidão pela prontidão na resposta
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RE: Rebotim
Obrigada, já estão referenciados. Só respondo hoje pois não tenho aqui vindo por um assunto de saúde familiar grave. Conto voltar aqui mais amiúde e escreverei tudo o que tenho sobre este tópico logo que a situação familiar, prioritária, mo permita.
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RE: Rebotim
Boa noite
Muito Obrigada. Vou tentar encontrar a obra de que fala.
Não sei se João Fernandes Rebotim, comendador da Ordem de Santiago, em Castro Verde, de 8/4/1341 a 4/7/1346, seria também seu antepassado???
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RE: Rebotim
Boa noite
Muito Obrigada. Vou tentar encontrar a obra de que fala.
Não sei se João Fernandes Rebotim, comendador da Ordem de Santiago, em Castro Verde, de 8/4/1341 a 4/7/1346, seria também seu antepassado???
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RE: Rebotim
Cara Zinha
Deus queira que o seu familiar já esteja melhor.Consultarei o facebook para saber do seu grupo Rebotim.Gostaria de saber onde recolheu a notícia sobre o comendador da Ordem de Santiago João Fernandes Rebotim, séc.XIV.
Os meus agradecimentos
Rafael Carvalho
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RE: Rebotim
Caro Rafael
Tenho já bastante material recolhido sobre os Rebotins sobre o qual poderemos falar, tinha aliás começado a falar sobre o tema no facebook no grupo Rebotim, tendo parado um pouco por razões já sobejamente conhecidas e que apesar de irem correndo bem me deixam pouco tempo para divagações.
Quanto à pergunta em concreto, poderá aceder à tese de mestrado de M. Cristina Ribeiro de Sousa Fernanades, Porto Editora, subordinada ao tema "A Ordem Militar de Santiago no séc. XIV".
José Augusto Sotto Mayor Pizarro, na sua dissertação de Doutoramento em História da Idade Média, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 1997 e que fala largamente dos Rebotins.
Pizarro diz ainda que se deparou com um individuo de nome João Fernandes Rebotim, casado com Sancha Gomes da qual se divorciou em 1331, mas não o conseguiu entroncar na família.
Os meus cumprimentos
Maria José Pereira
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RE: Rebotim
Cara Maria José
Agradeço-lhe muito a informação sobre -Rebotim.Fico aguardando com redobrado interesse e curiosidade.Mas,os meus conhecimentos sobre-Rebotim-reduzem-se,com mágua minha, às pessoas que referi.
Vejo no seu nome o apelido-Pereira;aliàs,demasiado vulgarizado em famílias sem nenhuma ligação;mas,gosto de informar,quando vem a propósito,é o que sucede agora, porque tenho família -Pereira e Denis Pereira,da freg. de São Domingos da Castanheira (hoje, da cidade de Castanheira de Pera,mas nesse tempo (séc.XVII), do concelho de Pedrógão Grande.
Cumprimentos amigos,do
Rafael Carvalho
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RE: Rebotim
Caro Rafael
Como já referi a minha prioridade actual é a familiar em recuperação. No entanto posso, caso considere de interesse, passar para aqui algumas coisas já compiladas sobre os Rebotins.
Quanto ao apelido Pereira adicionei-o por casamento e curiosamente os homens da família, que mantinham sempre o mesmo nome eram mais conhecidos pelo nome, passando de pais para filhos, do que pelo apelido. Eram os João Inácio de Leiria, que tinham por apelido Pereira.
Ontem como hoje a passagem dos nomes de pais para filhos e apesar de toda a legislação é muitas vezes aleatória, o que mais tarde nos baralha quando queremos estudar as ligações familiares.
Eu sou uma amadora nisto de estudos de famílias e interessei-me recentemente muito por culpa dos Rebotins que foram aparecendo no Facebook, por o Rebotim ser um nome invulgar e eu desde há muito tempo ter constatado, nas crónicas do Rui de Pina do Rei D. Dinis que existia um Rebotim e que se escrevia exactamente da mesma maneira que actualmente se escreve.
Os meus cumprimentos
Maria José Serrano do Nascimento Rebotim (nome de baptismo) Pereira (por casamento)
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RE: Rebotim
Cara Maria José
Sempre tive a "pecha",quando vem a propósito,de informar sobre apelidos dos meus antepassados e de colaterais por regiões onde nasceram,moraran,etc.e tenho tido,ao longo dos anos que colaboro no forum,resultados apreciáveis,porque quem lê as msgs sente-se curioso e interessado em encontrar parentes,quando aparecem iguais apelidos em certas freguesias comuns a outrem e se forem raros maior probabilidade da ma mesma família.E,assim,vou alongar a minha msg.no pressuposto de interessar outros confrades.
Vejo que usa o apelido-Serrano-Por ex.os meus filhos ,do lado da mãe têm antepassado tb.de apelido-Serrano,mas do Alentejo.
Eu além de Rebotim,que a Maria José usa, tenho mais apelidos que não são vulgares,penso eu; e alguns provavelmente de origem estrangeira, verbi gratia:Toncim,e no Algarve: Negrão,Andrés,Guterres,Adains,Grade,Valor,que terão vindo(?) de Espanha e de Itália .Outros,como- Guerreiro(Guerrero) ,Gusmão (Guzmán)muito embora o primeiro demasiado vulgarizado no Baixo Alentejo e Algarve,porque a maioria dos que o usam nada têm de consanguinidade com os-Guerreiro -históricos,da antiga Comarca de Ourique, porque continuo ainda a crer,embora com alguma reserva,da sua origem andalusa. Tenho tb.de ants. o apelido Picouto,Martelo, do Alentejo,e Queirós,da Beira,que julgo pouco vulgares,não obstante muitos o usarem.
E para não me alongar mais vou terminar com um apelido de antepassados meus do Algarve,cuja origem considero um mistério,o apelido Myam,Meam,Meão,Mião (três grafias diferentes do mesmo apelido.Naturalmente que não resisto referir que D.Fernão Martins Mascarenhas,Cap.ão dos Ginetes de El-ReiD.Sebastião,Embaixador ao Concílio de Trento,ano de 1564, Comendador de Mértola,etc.fidalgo ilustre e poderoso que é D. FERNÃO MIÃO como vem na Corografia do Reino do Algarve (ano de 1577 )da autoria de Frei João de São José e mais - D.Fernão Mião (Martins Mascarenhas ) de sua mulher D.Elvira de Mendonça não teve filhos mas teve bastardo D.N .MASCARENHAS como vem referido na Pedatura Lusitana de Cristóvão Alão de Morais cuja probidade e rigor é reconhecida.(pág.na 53 ,nova edição reformulada vol III, tomos 1º e 2.º-Edição de Carvalhos de Basto - Braga . 1997.
Fugi um pouco ao assunto principal,mas toda a informação é preciosa nos assuntos de Genealogia .
Cumprimentos amigos, do
Rafael
Como enviou o seu nome todo segue o meu-Octávio Rafael Guerreiro Carvalho.
Obs.nas msgs mais antigas não apareço como rafael,mas sempre assinei as minhas msgs Rafael ou Rafael Carvalho
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RE: Rebotim
Na msg. anterior escrevi:Fugi um pouco ao assunto principal,mas toda a informação é preciosa nos assuntos de Genealogia.Obviamente,que exagerei, é força de expressão.
E também o que disse sobre o apelido-Mião-vai como simples apontamento genealógico.Mas,o que não há dúvida, é que isto está documentado como disse, e na falta de outra documentação fiável e bem fundamentada,cada um é livre de ajuizar como entender.
Já agora como curiosidade,aqui vai o que Sousa Viterbo escreveu no seu ELUCIDÁRIO das palavras,termos e frases que antigamente se usaram acerca de-MEONO-"o mesmo que Senhor.Nas inquirições reais de 1258,se acharam três casais,que a Ordem do Hospital tinha na freg. de S.Martinho de Mouros ,no lugar de Portugéés (hoje Portuges),pertencentes à comenda de Barrô,qua fuerunt
de Meono Domno Egea.Vide Meana-Mianaou Miona,o mesmo que mana,madama e madona.Dava-se este honroso tratamento ,no séc.XII Ee XIII às senhoras de mais idade ou viúvas da primeira qualidade e nobreza....."
Assim, vou especular, penso que Myam,Meam,Mião, não será alcunha depreciativa,impossível em fidalgo da prosápia de D.Fernão Martins Mascarenhas,,mas sim com o significado de MEONO,logo por antonomásia-D.Fernão Mião-o Senhor por excelência,o mais importante,logo não sendo descabido tal epíteto em fidalgo tão importante e que tivesse passado ao seu bastardo,em vez de N....Martins Mascarenhas.
Haverá outros Mião,até mais antigos,mas como alcunha significando,pequeno,pessoa de pequeno porte;o que é impensável em D.Fernão Mião-como o Senhor todo poderoso,neto de outro homónimo que foi
valido de D.João II.Ficarei aqui é quase manhã,mas o entusiasmo e gosto de informar compensa o tempo gasto a defender o que é possível baseado nas fontes mencionadas.
Com muita consideração,Bom fim de semana
Rafael
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RE: Rebotim
Na msg. anterior escrevi:Fugi um pouco ao assunto principal,mas toda a informação é preciosa nos assuntos de Genealogia.Obviamente,que exagerei, é força de expressão.
E também o que disse sobre o apelido-Mião-vai como simples apontamento genealógico.Mas,o que não há dúvida, é que isto está documentado como disse, e na falta de outra documentação fiável e bem fundamentada,cada um é livre de ajuizar como entender.
Já agora como curiosidade,aqui vai o que Sousa Viterbo escreveu no seu ELUCIDÁRIO das palavras,termos e frases que antigamente se usaram acerca de-MEONO-"o mesmo que Senhor.Nas inquirições reais de 1258,se acharam três casais,que a Ordem do Hospital tinha na freg. de S.Martinho de Mouros ,no lugar de Portugéés (hoje Portuges),pertencentes à comenda de Barrô,qua fuerunt
de Meono Domno Egea.Vide Meana-Mianaou Miona,o mesmo que mana,madama e madona.Dava-se este honroso tratamento ,no séc.XII Ee XIII às senhoras de mais idade ou viúvas da primeira qualidade e nobreza....."
Assim, vou especular, penso que Myam,Meam,Mião, não será alcunha depreciativa,impossível em fidalgo da prosápia de D.Fernão Martins Mascarenhas,,mas sim com o significado de MEONO,logo por antonomásia-D.Fernão Mião-o Senhor por excelência,o mais importante,logo não sendo descabido tal epíteto em fidalgo tão importante e que tivesse passado ao seu bastardo,em vez de N....Martins Mascarenhas.
Haverá outros Mião,até mais antigos,mas como alcunha significando,pequeno,pessoa de pequeno porte;o que é impensável em D.Fernão Mião-como o Senhor todo poderoso,neto de outro homónimo que foi
valido de D.João II.Ficarei aqui é quase manhã,mas o entusiasmo e gosto de informar compensa o tempo gasto a defender o que é possível baseado nas fontes mencionadas.
Com muita consideração,Bom fim de semana
Rafael
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RE: Rebotim
Caros confrades Maria José e Rafael,
João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde entre 1341 e 1346, vem tratado na obra "A Coroa, os Mestres e os Comendadores" de Luis Filipe de Oliveira, páginas 451 e 452, com abundantes referências documentais. Refere-se que João Fernandes Rebotim seria de Coimbra onde possuía casas. Seria filho de Fernão Rodrigues, irmão de Mem Rodrigues Rebotim porteiro mor e vice mordomo de D. Dinis.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Rebotim
Caro António Taveira
Os meus agradecimentos pela vossa informação.Agora é difícil deslocar-me à Biblioteca Nacional para consultar tal obra,mas fiquei com curiosidade aguçada,para consultar as páginas que menciona.Pode ser que algum parente ou amigo tenha a obra e possa enviar-me o que consta nas pág.s e 451 e 452,a respeito das pessoas nomeadas.
E nessa presunção segue o meu endereço: rafaelgcarvalhoarrobagmail.com
Desejo-lhe bom fim de semana.
Rafael Carvalho
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RE: Rebotim
Caro confrade Rafael Carvalho,
Enviar-lhe-ei por e-mail o que vem naquelas páginas.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Rebotim
Caro João Bernardo Galvão Teles
Acho que é útil sabermos os nomes completos dos nossos confrades,quando se proporciona, porque assim ajuda a identificarmos as famílias a que pertencem,sob. se já constam no Genea,ou publicações vindas a público.
Agradeço a informação que deixou,é útil,fiquei a saber que em Alenquer há Rebotim e já agora em Alenquer tb.há-GOES-apelido de antepassados meus e q.minha avó paterna usava e tb. aqui em Setúbal,resido nos arredores.
A Genealogia nada se perde tudo se aproveita,porque tantas vezes uma notícia desgarrada,ou aparentemente fora do contexto,um apelido,uma data,uma tradição,até uma lenda ou o....dizia-se,......ou parece que tal pessoa é meu parente,porque a minha tia falava nisso....enfim,pequenos nadas,que por vezes são preciosos e nos levam ao caminho certo.Tem acontecido comigo,por isso sou,muitas vezes, prolixo nas infs que dou.
Desejo-lhe um bom fim de semana
Rafael Carvalho
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RE: Rebotim
Caro confrade António Taveira
Fico aguardando a sua informação, que desde já agradeço.Que grau de parentesco existe entre as famílias medievais-Taveira e Rebotim?isto é, entre Afonso Pais Taveira e Rui Peres Rebotim.
Bom fim de semana.
Rafael Carvalho
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RE: Rebotim
Caro confrade Rafael Carvalho,
Hoje mandar-lhe-ei o texto que tenho de copiar do livro. Afonso Pais Taveira era avô paterno de Rui Pires Rebotim [e este seria avô paterno do comendador João Fernandes Rebotim].
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde
Caro Rafael Carvalho,
Por poder interessar a outros confrades vou colocar a transcrição no forum em vez de lha mandar para o seu e-mail.
É natural que Fernão Rodrigues Rebotim, presuntivo pai do comendador de Castro Verde, fosse meio irmão [e não irmão inteiro] de Mem Rodrigues, filho da segunda mulher de Rui Pires Rebotim que era da linhagem Condeixa, da região coimbrã.
Cumprimentos,
António Taveira
....................................
52.João Fernandes Rebotim
Comendador de Castro Verde [1341-1346]
Era talvez filho de Fernão Rodrigues, que se disse irmão de Mem Rodrigues Rebotim num diploma de Outubro de 1282 [395]. O parentesco com Mem Rodrigues que foi porteiro-mor e vice-mordomo do rei D. Dinis [396], explica, talvez, a profissão de João Fernandes na milícia. Na verdade, Mem Rodrigues tinha diversas ligações a Santiago: além de ser sobrinho de Nuno Martins de Chacim, o qual era parente de um antigo mestre da ordem e de diversas comendadoras de Santos [397], trouxera em préstamo os bens da ordem em Montemor-o-Novo, segundo notícia de 1318-1320 [398].
Seja pela localização dos bens que o seu tio trazia da ordem, seja pela presença do seu progenitor na documentação da Sé de Coimbra, seja, ainda, pelos bens que João Fernandes deixou à milícia na cidade, torna-se provável que a sua linhagem estivesse radicada na região de Coimbra, ou até instalada dentro do espaço urbano.
Casou com Sancha Gomes, que era filha de Gomes Martins, um cavaleiro de Alenquer com bens noutras vilas da Estremadura, e neta de João de Arruda, que fora proprietário em Lisboa e fundara uma capela na igreja de S. Mamede da cidade [399]. Não há notícia de filhos do casal e sabe-se que Sancha Gomes professou no mosteiro de S. Dinis de Odivelas.
1331-IX-18,Lisboa: João Fernandes Rebotim, casado com Sancha Gomes, filha de Gomes Martins, cavaleiro, renuncia aos bens móveis e de raiz de sua mulher, quer de herança, quer de compra, porque ela entrou em ordem em S. Dinis de Odivelas com sua licença e consentimento [400].
1331-IV-8, Coimbra: João Afonso, procurador de João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde, por procuração feita em Castro Verde, fez prazo do lugar de Alcancim a João Salvadores dito Maio, sendo o foro pago em Coimbra [401].
1346-VI-21, Coimbra: Ângelo Peres, mercador e vizinho de Coimbra, como procurador de Garcia Peres, mestre de Santiago, toma posse de casas térreas e sobradadas e de umas “casas-torre”, sitas no adro de Santiago, as quais foram de João Fernandes Rebotim [402].
……………………
[395] IAN/TT, Cabido da Sé de Coimbra, 2.ª inc, Mç.67, n.º 2436 (de 4-X-1282)
[396] Cf. José Augusto Pizarro, Linhagens …, vol. I, pp. 445-447
[397] Trata-se de Fernão Peres de Chacim (cf. Bullarium Equestris Ordinis S. Iacobi …, p. XXXVIII), mestre entre 1224 e 1226 e que talvez fosse seu tio paterno. Para as comendadoras, veja-se José Augusto Pizarro, Linhagens…, vol. I, pp. 246, 250-251; Joel Mata, A Comunidade Feminina …, pp. 52, 229-231.
[398] Cf. José Augusto Pizarro, Linhagens …, vol. I, p.447; A. Botelho da Costa Veiga, “Ourique – Val de Vez”, Anais da Academia Portuguesa de História, nº 1, 1940, p. 159.
[399] IAN/TT, Mosteiro de Odivelas, Lv. 29, nº 2 (de 23-XII-1341). Trata-se da partilha feita entre os três filhos de Gomes Martins e de Constança Anes.
[400] IAN/TT, Mosteiro de Odivelas, Lv. 29, nº 2; doc. cit. por José Augusto Pizarro, Linhagens…, vol. I, p. 448, nt. 25.
[401] IAN/TT, M.C.O, Ordem de Santiago/ C. de Palmela, D.P., Mç. 1, nº 24. Na cópia do Livro dos Copos (ibidem, Lv. 272, fl. 207) lê-se “Alcoutim” no lugar de “Alcancim”. A lição do livro de Copos foi publicada por Maria Cristina Fernandes, A Ordem Militar …, vol. II, nº 6.
[402] IAN/TT, M.C.O, Ordem de Santiago/ C. de Palmela, D.P., Mç. 1, nº 25 e Lv. 272, fls. 194 v.-195.
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde - errata
ERRATA:
Onde se diz: "1331-IV-8, Coimbra: João Afonso, procurador de João Fernandes Rebotim..."
Deveria dizer-se: 1341-IV-8, Coimbra: João Afonso, procurador de João Fernandes Rebotim...
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde
Caro António Taveira
Muito obrigado pela informação.Também concordo consigo,porque assim dá uma informação que,certamente,será útil para mais confrades.
Com muita consideração,os meus cumprimentos.
Rafael Carvalho
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RE: Rebotim
Caro Rafael Carvalho,
Concordo inteiramente consigo, sobre a importância das pequenas informações, por mais irrelevantes que possam parecer.
Em relação a Góis de Alenquer, desde logo ressalta naturalmente a grande figura do humanista Damião de Góis, tendo ali perdurado a descendência de uma sua irmã, que manteve o apelido.
Com os melhores cumprimentos,
João Bernardo Galvão Teles
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RE: Rebotim
Caro Rafael
É com bastante agrado que vejo tanta informação sobre os Rebotins. Só para que saiba todos os Rebotins que encontrei vivos são todos provenientes da zona das Cortiçadas do Lavre, Montemor-o-Novo. O que me leva a crer ainda sermos descendentes dos antigos Rebotins.
Vou tentar ir escrevendo aqui no forum tudo o que fôr descobrindo até para ter ajudas.
No entanto esta mensagem tem como finalidade dar-lhe conhecimento que vai haver o I Encontro dos Rebotins, em Pegões, no Restaurante "Flor do Sul", na Estrada Nacional n.º4, no dia 24 de Junho, a partir das 12H30. Se quiser aparecer...até porque descende de um Rebotim.
Com os melhores cumprimentos
Maria José
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RE: Rebotim
Caro Rafael
Existe uma Rua do Rebotim (Alcobaça) mas não só, também no Concelho de Alcobaça, na Freguesia de Alpedriz existe um lugarejo com o mesmo nome Rebotim, pelos vistos um lugar que parece ter parado no tempo (tal como o nome que continua a escrever-se como no tempo de D.Dinis).
Para além destes casos também na Freguesia de Reriz, no Concelho de Castro Daire,
o nome é conhecido , pelo menos por quem conhece a história de Reriz, pois D. Dinis em 1305 ao fazer escambo com D. Estevainha (Estefânia) e seu filho Martim Mendes «Rebotim», então parece que morador em Lamego, recebeu deles herdamentos em vários lugares do País e cedeu-lhes, entre outros, a aldeia de Reriz.
Ora como se vê o nome já tinha registo no tempo de D. Dinis, resta-nos estabelecer a ligação...se é que existe.
Vejamos o que nos diz José Augusto de Sotto Mayor Pizarro, na sua tese de doutoramento “Linhagens Medievais Portuguesas”, sobre o tema “REBOTIM”.
Segundo o autor com a linhagem dos Rebotins, não só termina a análise dos ramos provenientes dos senhores de Paiva, como também conclui a apresentação da linhagem mãe dos Baiões.
Depois de seguir a posição geográfica, que vai sendo ocupada por estas linhagens, desde a bacia do Douro às margens do Minho, passando pela Beira Interior para o litoral estremenho, passa para “além Tejo”, para uma paisagem diferente, um espaço recentemente conquistado. Espaço, onde podemos encontrar os Rebotins por articulação de três factores importantes (parentesco, património e relações com a Corte).
O ramo dos Rebotins tem o seu património no Alto Alentejo (Alegrete, Évora, Alvito e Montemor-o-Novo).
Vejamos então a reconstituição genealógica directa do primeiro a usar o apelido de Rebotim, Rui Pires.
Paio Soares Mouro de Paiva (Taveira) teve um filho que foi deão da Sé de Braga, Afonso Pais Taveira que por sua vez foi pai de Pêro Afonso de Barroso que casou com Teresa Hermiges da Teixeira e tiveram um filho, Rui Pires Rebotim (tal como do nome Taveira desconhece-se a origem do nome).
Em 1288 aparece referido nas Inq. como proprietário em Lafões. Do seu casamento com Maria Martins de Chacim teve dois filhos: Mem Rodrigues Rebotim e Aldonça Rodrigues Rebotim que foi casada com João Pires de Lobrigos.
Depois de enviuvar voltou a casar com Maria Martins de Condeixa com a qual teve mais dois filhos: Martim Anes Rebotim e Maria Rodrigues Rebotim que veio a casar com Fernão Esteves Branco.
dos descendentes de RUI PIRES REBOTIM.
Terei que fazer aqui uma ressalva: Depois de enviuvar casou como se viu com MARIA MARTINS CONDEIXA e teve, não dois, mas três filhos:
JOÃO RODRIGUES REBOTIM, MARTIM RODRIGUES REBOTIM e MARIA RODRIGUES REBOTIM
Do 1.º casamento, da filha ALDONÇA só refere com quem foi casada como vimos antes
De MEM RODRIGUES REBOTIM veremos por último.
Do 2.º casamento, MARTIM RODRIGUES REBOTIM só diz que não terá tido descendência.
De MARIA RODRIGUES REBOTIM, que casou com FERNÃO ESTEVES BRANCO.
De JOÃO RODRIGUES REBOTIM, cav.º que em 1317, como vassalo do Infante D Afonso, testemunhou uma procuração deste, em questões decorrentes da extinção da Ordem do Templo. Remete-nos então para o que é referido no nobiliário de Conde D. Pedro, que o alcunha de RUIVO (mais tarde falaremos do que sobre esta família é referido pelo Conde D. Pedro). Segundo "Pizarro", em 1317 encontra-se casado com CONSTANÇA ESTEVES DEGAREI, como conta no test.º que esta senhora fez, em que o refere como cavaleiro de Alafões. Deste casamento não teve filhos mas teve dois de MOR LOURENÇO:
MARTIM ANES REBOTIM, legitimado por casamento de 15 de Março de 1324, residindo na altura em Lafões. Veio a casar com N. ANES HOMEM, mas ignora-se se existiu descendência e,
JOÃO ANES REBOTIM, que terá casado mas não se conseguiu apurar, nem o nome da mulher nem se teve filhos.
De MEM RODRIGUES REBOTIM, figura destacada desta linhagem pelos diversos cargos curiais que ocupou, a ele se deve a presença dos Rebotins a sul do Tejo. Cavaleiro “cavalleiro muy boo de Portugal”- Porteiro-mor, Vice-Mordomo, privado, conselheiro e embaixador de D. Dinis, e juiz em Badajoz por Sancho IV de Castela, são os títulos que testemunham a sua carreira politica. Entre 1279 e 1283 surge como porteiro-mor, cargo que acumula com os de vice-mordomo (11 de Janeiro de 1280) e de membro do conselho régio (31 de Julho de 1282). Em 1282 foi um dos dez cavaleiros nomeados pelo rei para garantirem os acordos celebrados com o Infante D. Afonso. Desaparece da corte em 1283 (terá pertencido ao grupo de nobres portugueses que se dirigiram para junto de Afonso X de Castela?). O certo é que em 1290, ao serviço do rei castelhano Sancho IV, foi designado juiz do rei em Badajoz, ainda estando no cargo em Abril de 1295. Após a morte de Sancho IV deve ter regressado a Portugal, pois a 1 de Agosto de 1295 foi enviado por D. Dinis como embaixador à corte castelhana. Em 1296 encontra-se de novo na corte portuguesa, como vassalo, a redactar algumas c. régias, e em 1297 de novo como vice-mordomo, entre Abril e Dezembro, supõe-se que terá falecido pouco tempo depois (pelo menos faleceu antes de 1305, ano em que a viúva é referida como tal).
Quanto aos seus bens, sabe-se que teve, entre outros, a quintã de S.ta Cruz no j. de Lafões. Por doação vários bens na vila e t. de Alegrete. Também por inq. de 1318 se sabe que, durante mais de 25 anos, usufruiu das rendas dos bens que a O. De Santiago possuía em Montemor-o-Novo. Foi casado com D. ESTEVAÍNHA PIRES de ALVARENGA da qual teve um filho:
MARTIM MENDES REBOTIM, sobre quem não se tem muita informação, sabe-se que estando em Lamego , a 11 de Abril de 1305, deu proc. à mãe para que fizessa escambo com D. Dinis, entregando ao monarca Vilalba – com o padroado da ig. desse lugar, um herdamento em Alvito, amdos no t. de Évora, e ainda um outro em Sul, na terra de Lafões; recebendo em traça a aldeia de Reriz e o seu t., a aldeia de Folago, a quintã de Caveirós, metade das quintãs de Pinheiro e de Vila Verde, o casal de Ferreiros, tuso na terra de Lafões, o padroado da ig. De Lazarim, no bispado de Lamego, e ainda 700 lbs. Pizarro pensa poder afirmar que tendo MARTIM MENDES REBOTIM morrido sem deixar filhos, os Rebotins abandonaram os frutos da carreira política de MEM RODRIGUES, e regressaram às terras de origem.
(Convirá aqui abordar a questão posta por “Pizarro” da sua identificação com o porteiro-mor e vice-mordomo de D. Dinis já que, o facto de coexisterem mais dois indíviduos homónimos - das linhagens de Briteiros e de Vasconcelos – tem levado a algumas confusões, já para não citar os que o confundem com a linhagem dos Sousa. A segurança da sua identificação com o Rebotim decorre da afirmação de que este era porteiro-mor, num doc. de 1282). Ontem como hoje os nomes iguais, podem fazer confusão, ainda por cima quando muitas vezes só se refere o nome sem o apelido/título.
Pizarro ainda se deparou com um individuo de nome JOÃO FERNANDES REBOTIM, casado com SANCHA GOMES da qual se divorciou em 1331, mas não o conseguiu entroncar na família.
Assim terminamos, sucintamente, o que é dito sobre os Rebotins por José Augusto Sotto Mayor Pizarro, na sua dissertação de Doutoramento em História da Idade Média, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 1997.
Boas leituras e os meus cumprimentos
Maria José
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde
Caro Rafael
Estou curiosa sobre o que lhe disse o Sr. António Taveira sobre os Rebotins e aguardo, com entusiasmo,o que irá escrever sobre o assunto. Entretanto vou mandar mais uns apontamentos sobre o tema.
Falei anteriormente num individuo referido por Pizarro, na sua tese de Doutoramento, com o nome de JOÃO FERNANDES REBOTIM, tendo encontrado o nome dele referido num documento em que sua mulher, SANCHA GOMES, em 1931, desejando entrar para o mosteiro de Odivelas, quitou o marido e renunciou a qualquer bem que tivessem em comum.
Pois que também encontrei a mesma personagem referido num trabalho de Maria Cristina Ribeiro de Sousa Fernandes “A Ordem Militar de Santiago no século XIV”, apresentado no Porto em 2002, em que o coloca como Comendador desta Ordem, em Castro Verde de 8 de Abril de 1341 a 4 de Julho de 1346.
Vejamos também o que diz, sobre os Rebotins, Frei Francisco Brandão no Livro XVIII da Monarchia Lusitana. (Não esquecer que o autor nasceu em 1568 e D. Dinis (1261-1325)
No Cap. XXI. Trata “De Algumas trocas que El Rey fez, e noticia de algumas famílias”.
D. Dinis estava preocupado com a povoação e fortificação do Alentejo que tinha começado a ser povoado no tempo de seu pai D. Afonso que entregou as terras e lugares a pessoas poderosas, que os deram a novos colonos que os cultivaram. Depois que D. Dinis viu essas povoações já crescidas e a fertilidade dos terrenos e a situação em relação à fronteira de Andaluzia e Estremadura de Leão, procurou incorporar na Coroa todas as que pode, satisfazendo aos Senhorios com outras fazendas e Villas de outras Comarcas, tal aconteceu às povoações junto à Villa de Alvito, onde tinha direitos D. Estefania de Alvarenga, e Gata, viúva de MEM RODRIGUES REBOTIM Fidalgo honrado de quem o livro de Conde D. Pedro fala e declara que o primeiro que teve esse apelido foi RUY PAES REBOTIM pai de MEM RODRIGUES o qual era neto de D. PAYO SOARES ROMEU.
Deste escambo entre o Rei D. Dinis e D. Estevainha Pires de Alvarenga (a mesma que foi referida acima) com procuração outorgada por seu filho MARTINHO MENDES REBOTIM (de que já tínhamos falado anteriormente), podemos ter conhecimento no “Livro das Lezírias D’ El Rei Dom Dinis”.
Voltemos à descrição de Frei Francisco Brandão que faz algumas ressalvas a imprecisões que encontrou no livro do Conde D. Pedro, referindo que D. Pedro deixa dito no tit.21 que de Gonçalo Paes Taveira descendem os Rebotins mas que a direita descendência é por via de Afonso Paes, Deão de Braga, pai de RUY PAES REBOTIM, e meio irmão de Afonso Paes Taveira.
Da fazenda que El Rey deu em troca à viúva de MEM RODRIGUES REBOTIM, diz a escritura, que parte dela tinha sido de Rodrigo Afonso Capão em terra de Lafões. O autor volta a fazer várias considerações sobre a troca em escritos antigos sobre os nomes dos irmãos Taveira (Ruy Paes e Gonçalo Paes) para já não falarmos da anterior falha ao ignorarem Afonso Paes, também um Taveira (pai de Ruy Rodrigues Rebotim). E diz a determinada altura “Mas o mais crível é que casou Gonçalo Paes Taveira com tia ou irmã de Rodrigo Afonso Capão o de Lafões, de que falamos, por ser pessoa igual e afazendada, e que por parente dos Rebotins, se desse agora parte da fazenda dele à viúva de Mem Rodrigues Rebotim..”
Ainda do mesmo Livro da Monarquia Lusitana podemos ler np CAP. LII “Do que El Rey obrou sobre a isenção da Ordem de Santiago”. Outro Mestre “Assim Mesmo deram Mem Rodrigues Rebotim as herdades de Montemor o novo”.
Aparece o nome de um D. João Fernandes, ligado à Ordem de Santiago, poderá ser o Rebotim mas como tal apelido não aparece não se pode valorizar, assim como num conjunto de Ricos Homens aparece D. Mem Rodrigues e D. João Rodrigues, como já foi dito, nesta altura havia cavaleiros de várias famílias com os mesmos nomes, pelo que ficamos sem saber a quem se referiam, mesmo quando referiam os apelidos, muitas vezes há duvidas a quem se queriam efectivamente referir.
Por hoje já deixei muito para digerir.
Os meus cumprimentos.
Maria José
No Cap.LXIII, “O Papa João XXII dá a Villa de Tomar ao Cardeal Bertrando…”, a dada altura escreve: Na cidade de Beja a 21 de Dezembro mandou o Infante publicar este instrumento como manifesto da razão com que pretendia embargar a posse ao cardeal; estavam em sua companhia presentes estes Fidalgos.” Refere então 6 nomes entre eles João Rodrigues Rebotim.
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde
Caro António Taveira
Como tive algum tempo sem vir aqui ao forum não tinha entendido que já tinha enviado esta transcrição, que muito lhe agradeço.
Enquanto Taveira será que tem algo a ver com Afonso Paes Taveira que foi deão da Sé de Braga? É que o primeiro a ter o apelido Rebotim, Rui Pires Rebotim era neto de Afonso Paes Taveira.
Mais uma vez agradeço a sua disponibilidade.
Os meus cumprimentos
Maria José Rebotim
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RE: Rebotins e Taveiras
Cara Maria José Rebotim,
Os meus Taveiras descendem dos Taveiras medievais. Os Taveiras ditos de Vila Real [idos de Lisboa na primeira metade do século XV] entroncam nos referidos pelos "Livros de Linhagens" ditos do conde D. Pedro. O apelido Taveira só perdurou na descendência de Gomes Lourenço Taveira [sobrinho neto de Afonso Paes Taveira] referido em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=191375
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Rebotins e Taveiras
Caro António Taveira
Eu sou uma principiante amadora nestas lides mas, tanto quanto julgo saber, Gomes Lourenço Taveira era filho de Lourenço Gonçalves Taveira e neto de Gonçalo Paes Taveira que por sua vez era meio irmão de Afonso Paes Taveira (Deão da Sé de Braga) que foi pai de Pedro Afonso de Barroso, por sua vez pai de Ruy Paes Rebotim e aqui é que se gera grande confusão, nos diferentes autores. a respeito dos filhos deste primeiro Rebotim ( como referido no Livro XVIII da Monarchia Lusitana de El Rey D. Dinis, Cap. XXI. pag. 87), sendo que este foi casado duas vezes e poderá até ter tido outros filhos fora destes casamentos???
Continuarei a recolher tudo o que encontrar sobre os Rebotins.
Acho curioso o nome ter-se mantido na região de Montemor-o-Novo, por onde andaram estes Rebotins antigos.
Agradeço todas as dicas que me possa ceder.
Com os meus melhores cumprimentos
Maria José
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde
Cara Maria José Rebotim
Aqui estou a agradecer-lhe as suas informações sobre os-REBOTIM.Quem me havia de dizer que passados quase 10 anos o tópico que iniciei viria a ter tão boa colaboração.E foi,agora,recentemente que tomei mais atenção pelo meus 13 avós António Fernandes Rebotim e sua mulher Mécia Guerreiro de Gusmão neta de João Aires de Aboim Guerreiro. É interessante que os GUSMÃO (Guzmán) e os ABOIM são também linhagens medievais e também estes como os REBOTIM se fixaram no Alentejo.
Mas voltando aos REBOTIM cujo apelido,é interessante salientar,ainda hoje usado,no dizer José Augusto de Sotto Mayor Pizarro,em LINHAGENS MEDIEVAIS PORTUGUESAS -" Desta vez passaremos "além Tejo", para uma paisagem diferente,um espaço recentemente conquistado,disputado por concelhos e pelos senhorios das poderosas ordens militares ,onde a fixação de nobres e a constituição de senhorios laicos estava condicionada ,quase obrigatoriamente ,pela familiaridade ou privança com os monarcas.Neste sentido (continua )
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde
Neste sentido,talvez os REBOTIM protagonizem um dos exemplos mais claros da importância da articulação dos três factores que até aqui temos tentado valorizar: parentesco, património, e relações com a Corte .Com efeito,só essa articulação permite compreender como uma linhagem ,ou melhor UM DOS SEUS MEMBROS, (o sublinhado é meu) .........................Mem Rodrigues Robotim,figura destacada desta linhagem,pelos diversos cargos curiais que ocupou ,a ele se deve a presença dos - R e b o t i n s - a sul do Tejo".
Não me admirarei se vier a ter conhecimento de algum selo de pessoa tão importante para autenticar seus documentos,como D.João Pires de Aboim ou do Portel,o grande valido de D.Afonso III.
Irei consultar -O Estudo da SIGILOGRAFIA Medieval Portuguesa, do Marquês de Abrantes-Inst.ºde Cultura e Língua Portuguesa-1983.
Agradeço-lhe muito o seu convite que seria muito agradável para mim,mas circunstâncias adversas,não o permitem,por enquanto.
Tais reuniões são muito úteis,porque há sempre quem saiba da família,tradições,estatuto social,onde nasceram,casaram ou residiram,apelidos que hoje usam,etc.
Espero as suas notícias.Bom fim de semana
Com muita consideração,
Rafael
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde
ERRO-R E B O T I M e não RObotim,como escrevi
Rafael
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde
Caro Rafael
Sempre que possível irei transcrevendo para aqui o que encontrei ou for encontrando sobre o tema. Tenho pena que não possa estar no nosso Encontro pois teria oportunidade de verificar como o nome Rebotim se mantém bem vivo. Até porque por direito próprio, uma vez que descende de um Rebotim, teria todo o cabimento estar presente. Espero que a adversidade, pela qual está passando, seja passageira.
Darei noticias do encontro.
Qualquer coisa relevante que encontre sobre os Rebotins compartilhe, por favor.
Os meus melhores cumprimentos.
Maria José
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde
Caro Rafael
Não há dúvida que isto da genealogia tem muito que se lhe diga. Aqui mesmo na geneall net encontramos algumas imprecisões, tentei por aqui encontrar as ligações dos seus 13 avós e não consegui nada. Poderá dizer-me as ligações familiares que encontrou desse seu antepassado Rebotim?
Também lhe quero dizer que o I Encontro Rebotim lá teve lugar em Pegões, começámos de uma maneira muito timida. Não chegámos às duas dezenas mas, éramos poucos mas foi muito bom, ficou a promessa de continuarmos.
Espero que tudo esteja bem consigo.
Eu, como sabe, ainda estou um pouco limitada no entanto sempre que me for possível dar-lhe-ei mais noticias dos Rebotins, antigos e actuais e peço-lhe que tudo o que encontre faça o favor de partilhar também.
Grata por toda a atenção
Maria José (Zeza)
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde
Cara Zeza
O meu antepassado de apelido Rebotim-António Fernandes Rebotim,tb.aparece com o apelido -Correia- c.c. Mécia Guerreiro de Gusmão.Acontece que estes tb. são meus avós por outro ramo do mesmo tronco;isto é: pelos meus bisavós- Amaro Guerreiro e sua 2.ªmulher e prima co-irmã Mariana Guerreiro de Goes,muito mais nova que o marido e primo.
António Fernandes Rebotim e mulher n.ca de 1520.( estes dados foram respigados da obra-Os Guerreiro da Comarca de Ourique-de Luís Soveral Varella-2011).A Zeza terá mais ligações com o Alto Alentejo do que com o B.xo Alentejo e Algarve,mas como curiosidade vou enviar-lhe dois links. Segue dentro de momentos.
Congratulo-me pelo 1.º Encontro de Rebotins,a quantidade por vezez atrapalha,a qualidade dos intervenientes é que conta.
Com amizade
Rafael
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde
Cara Zeza
Envio-lhe o meu mail,porque não consegui aceder aos links e assim dar-lhe outra informação que não interessa ao fórum.
rafaelgcarvalhoarrobagmail.com
Uma boa noite.
Rafael
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RE: João Fernandes Rebotim, comendador de Castro Verde
Caro António Taveira
Ando um pouco baralhada com o cruzamento dos dados, de que tenho conhecimento. Agradeço-lhe imenso esta transcrição mas já estou a tentar adquirir o livro. Até porque parece que fala na existencia de mais uma Rebotim.
Como sabe no livro "Linhagens Medievais Portuguesas" de José Augusto de Souttomayor Pizarro, Rui Pires Rebotim (o primeiro a usar este apelido) era, como diz, neto de Afonso Pais Taveira e filho de Pero Afonso Barroso e de Teresa Hermiges Teixeira. Por sua vez o dito Rui Pires Rebotim casou duas vezes, a primeira com Maria Martins de Chacim de quem teve dois filhos: Mem Rodrigues Rebotim e Aldonça Rodrigues Rebotim. Do segundo casamento, com Maria Martins de Condeixa, terá tido três filhos: João Rodrigues Rebotim (Ruivo); Martim Rodrigues Rebotim e Maria Rodrigues Rebotim.
Mem Rodrigues Rebotim c.c.D. Estevainha Perez e tiveram um filho: Martim Mendes Rebotim, que não terá tido filhos.
Aldonça Rodrigues Rebotim c.c. João Pires de Lobrigo.
João Rodrigues Rebotim (Ruivo) c.c. Constança Esteves Degrei, deste casamento não teve filhos mas terá tido de Mor Lourenço, dois filhos: Martim Anes Rebotim c.c. N. Anes Homem (ignora-se se houve descendência) e João Anes Rebotim de quem se sabe que casou mas não se sabe com quem nem se teve filhos.
Martim Rodrigues Rebotim, não terá tido filhos e Maria Rodrigues Rebotim c.c. Fernão Esteves Branco.
Esta é a descendência que, de todas as genealogias, eu considero mais credível, pois penso que a mais estudada.
Agora o dificil é ligar estes Rebotins aos outros. Quando diz que existe um Fernão Rodrigues que se diz irmão de Mem Rodrigues???.... não sei que dizer.
Muito obrigada por todas as ajudas
Maria José
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RE: João Fernandes Rebotim filho de Fernão Rodrigues e sobrinho de Mem Rodrigues ?
Cara Mara José,
Transcrevi tudo o que diz Luis Filipe de Oliveira sobre João Fernandes Rebotim. Como transcrevi, num diploma de 4 de Outubro de 1282 [ANTT, Cabido da Sé de Coimbra, 2ª inc., Mç 67, nº 2436], Fernão Rodrigues Rebotim diz-se irmão de Mem Rodrigues Rebotim. Não podemos pois duvidar de tal parentesco.
Admito que tenham sido irmãos consanguíneos uma vez que têm o mesmo patronímico e a segunda mulher do pai era da estirpe Condeixa, certamente com herdamentos na região de Coimbra.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: João Fernandes Rebotim filho de Fernão Rodrigues e sobrinho de Mem Rodrigues ?
Caro António Taveira
Pois que já entendi, que neste particular, está a anos luz dos meus parcos conhecimentos.
Agradeço-lhe pois toda a disponibilidade que tem demonstrado e a ajuda prestada.
O meu objectivo é entender como proliferaram os Rebotins naquela pequena aldeia do Concelho de Montemor-o-Novo e donde lhes veio o nome. Sei que tenho um árduo trabalho pelo caminho e procuro saber tudo o que houver sobre o nome e as pessoas que usam, este apelido.
Já agora aproveito para lhe perguntar, como entendido que é, se tem alguma ideia de quem foi Pedro Fernandes Rebotim. Na Biblioteca Lusitana Histórica de Diogo Barbosa Machado, pag. 754, existe a referência a: "P. Estevam Coelho, natural da villa de Abrantes, do Bispado da Guarda na Província da Beira, filho de Pedro Fernandes Rebotim e de Brites Coelho, e religioso da Companhia de Jesus. Recebeu o Noviciato em Évora a 30 de Maio de 1604. Passou à China e depois de correr tão vasto Império escreveu, Relação das couzas da China, MS".
Grata por toda a atenção
Maria José
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RE: João Fernandes Rebotim filho de Fernão Rodrigues e sobrinho de Mem Rodrigues ?
Caro António Taveira
Existe no Arquivo Distrital de Évora um testamento de uma Brites Coelha datado de 1698, acho pouco provável que seja a mesma, pela data, mas logo que me possa deslocar a Évora e quando tiver assente mais coisas para pesquisar, penso dar uma vista de olhos.
Gostava também que me desse a sua opinião abalizada, sobre o que estou a pensar fazer para descobrir os primeiros Rebotins que se radicaram na zona das Cortiçadas de Lavre. Penso pesquisar nos registo de propriedades uma vez que a grande maioria ainda tem lá terras e têm passado de pais para filhos, não sei bem como irei fazer, talvez ver tudo no arquivo Distrital de Évora, o que lhe parece? Estava a pensar pesquisar nos registos mais antigos para ver se surgia o nome, estou a pensar bem? Se tiver outra ideia, agradeço.
Bem Haja
Maria José (Zeza)
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RE: João Fernandes Rebotim filho de Fernão Rodrigues e sobrinho de Mem Rodrigues ?
Cara Maria José Rebotim,
O grande problema dos genealogistas é "ultrapassar" o período que vai do fim dos Livros de Linhagens Medievais até ao início dos paroquiais. São cerca de dois séculos e meio até três séculos de árdua investigação. Pelo menos para quem, como eu, não acredita nos nobiliários de seiscentos e setecentos, pejados de entroncamentos delirantes à medida da prosápia de quem lá foi conseguido entrar com a cumplicidade ou ingenuidade dos seus autores.
Conheço mal a realidade alentejana daquele tempo. Vou-lhe falar baseado na minha experiência de investigação no norte do país.
Tente saber que mosteiros, ordens militares ou outros senhorios tinham terras na freguesia que pretende. As inquirições de finais da idade média são um bom meio de o saber. Ou então um dicionário corográfico. Veja também de quem era o padroado da igreja - que entidade apresentava o pároco. Muitas das vezes o apresentante tinha extensos bens na paróquia. Consulte depois os prazos dessas terras tentando perceber quem lá viveu antes de existirem paroquiais. Pesquise também todos os processos da Inquisição [TSO] dessa terra, vendo quem são as testemunhas e as relações de parentesco lá definidas. Veja as inquirições de genere da diocese de todos os futuros padres dessa freguesia ou de todos os que usaram esse apelido - Rebotim. Poderá consultar ainda as matrículas de ordens da diocese respectiva que indicarão nome, filiação e naturalidade. Muita outra pesquisa pode ser feita, mas o esboço do que lhe deixo pela frente é suficiente para anos de invesigação.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: João Fernandes Rebotim filho de Fernão Rodrigues e sobrinho de Mem Rodrigues ?
Caro António Taveira
Mais uma vez tenho que agradecer os seus ensinamentos.
Não me considero, nem sequer pretendo ser uma genealogista, não que não gostasse mas já não penso ter o tempo necessário para adquirir as competências necessárias para tal.
Na realidade vou ter que ir para o terreno, logo que me seja possível. Vou tentar focar-me em descobrir os primeiros Rebotins estabelecidos naquela zona geográfica.
Quanto aos antigos, fazendo fé nas crónicas de D. Dinis, no Livro XVIII. da Monarchia Lusitana. pag.87, sendo Ruy Paes Rebotim o primeiro que teve este apelido, pouco sabemos, ao certo, de toda a sua descendência directa e imediata, tanto mais dificil daí para a frente, até porque parece que nem todos os netos usaram o Rebotim e mesmo os próprios filhos, nomeadamente as filhas (usando só por varonia?).
Não tenho a veleidade de grandes estudos e descobertas mas vou tentando compreender como um nome que parece ter sido abandonado por grande parte dos seus elementos, logo no inicio e no seu local de origem, aparece com tanta pujança ainda no séc XXI, centralizado nos elementos duma mesma família alentejana, que durante, pelo menos, muitas décadas não saíu daquele reduto.
Grata pela atenção, queira receber os meus melhores cumprimentos,
Maria José
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