RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
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Clero, Nobreza e Maçonaria
Caros Confrades,
Em tempos discorri aqui sobre um meu antepassado, Francisco de Sousa Cirne de Madureira, por o ver mencionado na Hist. Portugal de J. Veríssimo Serrão como membro da Junta Provisória do Supremo Governo do Reino, saída da Revolução de 1820. JVS referia-se-lhe como "Frei", o que posteriormente concluí tratar-se de possível confusão com D. Frei Francisco de S. Luís, também envolvido nos acontecimentos. Na referida obra é Francisco de Sousa Cirne designado como um dos três representantes da Nobreza na dita Junta.
Tendo recentemente folheado a História da Maçonaria em Portugal, de A.H. de Oliveira Marques, surge este meu antepassado aí referido como membro da Maçonaria (tal como o Frei Francisco), o que me leva a concluír que a sua presença na Junta se não terá devido exclusivamente à sua condição de Nobre.
Isto levanta-me uma questão, que me parece muito interessante do ponto de vista socio-histórico, que é a do envolvimento de numerosos nobres e clérigos com a Maçonaria, normalmente mais conotada com comerciantes e aquilo a que agora se chamaria de profissionais liberais. Aquela associação exerceria assim também uma certa atracção junto de "Ordens" por ela, pelo menos teoricamente, ameaçadas em seus privilégios.
É evidentemente bem conhecida a filiação maçónica de muitos vultos importantes do Liberalismo (se bem que não de todos, como alguns por vezes insinuam), e entre eles a de alguns titulares conhecidos.
Proporia tentássemos elaborar uma lista de Clérigos e Nobres da época, de conhecida filiação maçónica.
Esta minha proposta não envolve qualquer intuito depreciativo ou persecutório, sendo apenas animada pelo interesse histórico e social que o assunto me parece merecer.
Cumprimentos
Alexandre Burmester
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Alexandre Burmester,
Conte com um: João de Sousa Pereira, Reitor de S. Miguel de Vilar de Perdizes e filho ilegítimo de Alexandre de Sousa Pereira Coutinho, morgado daquela terra. Filiado na loja da Felicidade, no Porto.
Ou então, o A.H. de Oliveira Marques decidiu inventar...
Um abraço,
Jacinto
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Jacinto,
Desse livro de Oliveira Marques poderemos citar vários casos, o que me proponho fazer a seu tempo. Acima de Clero e Nobreza, surge também no livro S.M. D. Fernando II, com a profissão de "Rei-Consorte":)
Um abraço e obrigado pela ajuda
Alexandre
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro confrade
Dada a discrição que (pelo menos nesses tempos) rodeava a filiação na Maçonaria, não me parece fácil acrescentar muita gente à enorme lista de A.H.O. Marques.
Como membro que é da Maçonaria, ele teve, certamente, acesso a documentação confidencial. Para além de ter estudado os inumeráveis processos organizados pela Inquisição !
Só se algum de nós descobrir, no fundo dum gavetão, um aventalzito dalgum parente que tenha escapado à pesquisa diligente de Oliveira Marques.
Fugindo um pouco ao tema proposto - porque os Allens não eram, em Portugal, nobres e na Inglaterra não passavam de "gentry" confesso-lhe que para as minhas irmãs e primos, descobrir que tinha havido 3 gerações de Allens na "irmandade" foi um tremendo choque. Mas a verdade é que A.H.O.M. inclui lá meu 4º avô, Duarte Guilherme Allen, meu trisavô. João Francisco Allen e meu bisavô, Alfredo Amsinck Allen - todos tidos como católicos "obedientes".
Mas a verdade é que muitos ignoram hoje o que podia levar um inglês do 1º quartel do séc XVII (é opinião aceite que foi em Inglaterra que a moderna Maçonaria nasceu) a filiar-se numa "lodge". Inglaterra passara pelos anos dramáticos de Carlos I, do "Lord Protector", Cromwell, do hesitante Carlos II, do sinuoso James II e pelo conturbado período dos "pretenders" até ao triunfo de Guilherme III. Era perigosíssimo não ser um BOM ANGLICANO - atenção: não bastava ser protestante ! - eram proibidas reuniões políticas, suspeitava-se de conspirações em todo o lado. As lodges apareceram assim como um espaço de liberdade, em que a religião (seita, se quizer)não era fundamental e até as diferenças sociais eram (mais ou menos) toleradas e onde se podia discutir tudo. É evidente que todo o seu secretismo assustava os poderes constituídos. Mas tanto no clero como na nobreza havia espíritos independentes. Uns por genuína convicção liberal. Outros por calculismo ,político ou doutra ordem. E finalmente, por moda !
Mas, já agora, penso que a obra de Oliveira Marques deve ser lida com alguma reserva : Muitos dos incluídos nas listas estão "sob dúvida". Outros estão lá porque alguém os denunciou como Maçons "porque ouviu dizer".
E por aqui me fico, com um pedido de desculpas por ter escrito tanto e dito tão pouco ...
Cumprimentos do
José Alberto Allen
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Meu caro Zé Alberto
Uma vez mais gostei muito de te ler, pelo q. acho não tens de pedir quaisquer desculpas...
Quanto à muito volumosa "História da Maçonaria Portuguesa",de Oliveira Marques, ponhoigualmente algumas reservas...
Na sua exaustiva lista refere com muito pormenor muitos maçons q. efectivamente o foram, mas entre esses, muitos se retrataram e abjuraram (normalmente já no fim das suas vidas...) das suas convicções, ou pseudo convicções. Então, como agora (e sempre) as filiações nesta associação dita "secreta", como noutras, com menor secretismo, era o de uma promoção, a vários níveis, ainda que apelando sempre aos mais altos sentimentos, individuais e colectivos...
O vazio informativo na mengagem de Oliveira Marques, talvez s fque a dever ao seu envolvimento nestas mesmas sociedades.
Grande abraço!
Manel
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Prezadíssimo Confrade
Sim, admito sem esforço que a "auto-promoção", e até o "encosto" fossem, a partir de certa altura, uma das razões da adesão à "irmandade".
Por isso falei em "calculismo", que poderia ser político ou social ...
Mas não seria assim no início: ler a história de Inglaterra, de Carlos I a Jaime II, assusta !
Já viste o que naquela democrática terra se fez aos Católicos, aos Presbiterianos, aos Quakers ?
Passamos a vida a autoflagelar-nos pela nossa inquisição, mas em Inglaterra eram os próprios parlamentares, com o Royal agreement, que se encarregavam de corrigir os "dissenters" !
Mas voltando às reservas com que a obra de A.H. de Oliveira Marques deve ser lida, permite-me (focando só a minha família) apontar os seguintes casos:
Duarte Guilherme Allen - denunciado em 1792 porque alguém "ouviu dizer" que era Maçon. Está lá (e como Consul Britânico no Funchal, que, tanto quanto sei, não foi). Ora se diz que pertencia à loja inglesa, ora à Portuguesa.
João Francisco Allen - Nada de concreto se aponta. Certo, era um liberal, dava-se com Maçons, mas...
Alfredo Aires de Gouvêa Allen - Era meu Pai. Odiava a Maçonaria, era um católico fervoroso, um "Miguelista" apaixonado ...
está lá por confusão com Alfredo Amsinck Allen, meu bisavô, que, esse sim, não me admirava fosse Maçon.
Do lado materno;
D. José Manuel de Noronha, Conde da Atalaia. Quem foi este, que me escapa ? Quererá referir-se a D. João Manuel de Noronha, 6º Conde ?
D. José Maria de Noronha, 9º Conde da Atalaia.
O 9º conde era Duarte de Noronha ...
Por esta pequena amostra se vê o rigor da coisa...
Mas basta lê-lo: (pg 40, I vol.):
"Uma vez regressados à Pátria estes Maçons seguem trajectórias variadas. Uns, por ventura a maioria, não mais trabalham em loja ou por não existir na sua terran ou por não estarem interessados em se dar a conhecer ou em conviver com os seus compatriotas. [...] Em qualquer caso traziam consigo o espírito da Maçonaria [...} Assim terá acontecido com os Diplomatas [...] assim terá acontecido também com os membros da nobreza [...] PARA OS QUAIS EXISTE TRADIÇÃO MAÇONICA, SE NÃO PROVAS EFECTIVAS DA SUA ADESÃO À ORDEM"
Não resisti a destacar as últimas palavras, porque me parecem provar o esforço e o militantismo com que certos nomes lá foram metidos.
Desculpa-me, mais uma vez, a chatice da minha arenga. Falta-me o teu humor !
Abraços,
José Alberto
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro José Alberto Allen,
Conheço o clima que refere em Inglaterra no período que refere. Também sabemos que ainda hoje em Inglaterra ser membro da Maçonaria não tem a carga negativa que por cá se lhe dá, talvez também devido às diferentes obediências.
Agradeço a sua contribuição - que foi muito útil, especialmente para a leitura de AHOM.
Um abraço
Alexandre
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caros confrades
Trata-se de um tema que, aqui e agora, muito difícilmente poderá ser abordado com a frieza germânica ,o pragmatismo britânico ou a subtileza gaulesa. Receio bem que a forte componente lusitana de todos nós o desvie para sendas menos "civilizadas"...
Cumprimentos
Alexandre Callado
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Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Alexandre Burmester,
Ao visitar hoje o Genea, o tópico em epígrafe chamou-me a atenção, principalmente a sua referência a uma "História da Maçonaria em Portugal", de A.H. de Oliveira Marques. Acaso o caro colega é possuídor dessa obra? Um meu parente, de nome Fernando Luiz Pereira de Souza Barradas, que era administrador de um vínculo na região de Verride, em Montemor-o-Velho, e Procurador da Coroa, fora em 1814, Grão-Mestre da Maçõnaria portuguesa. Infelizmente, é essa a única informação que, sobre ele possuo. Por orientação de um colega da lista Portugal-L, faz alguns meses, enviei mensagens a uma loja de Lisboa, na tentativa de obter possíveis maiores informações. Infelizmente, não responderam. Então, caso possua a referida obra, seria possível (por favor, não quero trazer-lhe incômodos) verificar se o meu parente Fernando Luiz Pereira de Souza Barradas nela figura? Por morar no Brasil, talvez encontre grande dificuldade de, em alguma boa biblioteca daqui, encontrar essa obra.
Esse meu parente esteve preso, por anos a fio, na na fortaleza de São Julião, a mando de D. Minguel, por ser liberal. Há uma forte tradição maçônica em minha família. Diz essa tradição que ao Dr. Souza Barradas coube a responsabilidade do ingresso de seu sobrinho brasileiro Bernardo Pereira de Vasconcelos, um dos grandes estadistas durante o período monárquico no Brasil. E, que o mesmo Souza Barradas ingressou na Arte Real por influência também de parentes.
O meu fraternal abraço
José Roberto Vasconcelos.'.
vasconcelos@genealogias.org
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Alexandre Callado
Pela minha parte, e como interessado pela genealogia que sou, abordo este tema com muita naturalidade e curiosidade. Não me choca saber que uma mão cheia de antepassados foram maçons (ou qualquer outra coisa !); isso é muito curioso e talvez me forneça pistas para uma série de investigações / interpretações da pessoa e da sua época. Mas, exactamente por isso, pareceu-me importante apontar aqui casos concretos que servem para lembrar a reserva com que obras do tipo "História da Maçonaria em Portugal" devem ser lidas. Sem menosprezar o trabalho de A.H.O.M. - longe disso ! - quiz simplesmente alertar para que nem tudo o que lá está ... está 100% correcto. Tenha-se muito, pouco ou nenhum gosto em ter um avô Maçon.
Um abraço, J.A. Allen
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Alexandre Callado,
Embora de acordo com a reserva por si expressa, faço minhas as palavras do nosso estimado confrade José Alberto Allen. Da´do perceber perfeitamente o melindre que a questão para alguns envolve - como já se começa a notar - fiz logo na minha 1ª mensagem a advertência de quais eram os meus intuitos.
Mas como penso sermos todos interessados pela História da Família, e das épocas em que ela foi vivendo, nada devemos procurar evitar. Ainda não vi aqui, por exemplo, alguém ficar ofendido por se descobrir que um seu antepassado era Juíz do Santo Ofício.:)
Outros temas bem quentes já têm realmente sido aqui discutidos e por vezes com excessivo calor, é certo, mas, como muiot bem refere, é a "forte componente lusitana de todos nós".
Um abraço
Alexandre
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro José Roberto Vasconcelos,
Vou consultar o livro, a ver se lhe posso ser útil, e depois o informarei.
Um cordial abraço para si também
Alexandre Burmester
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Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Alexandre
Vamos a ver se este teu tópico se mantém saudável, sem os destemperos do meu de Santa Comba Dâo, q.D.h., :)
Apoiando como sempre as tuas interessantes iniciativas, aqui trago o meu espírito de arrumação, e inicio provisoriamente a nossa lista de maneira a torná-la inteligível. No final se fará a sua ordenação alfabética. Adoptei o sinal ? quando houver dúvida documental sobre a filiação em causa. Aproveito para informar interessados em História da Maçonaria que, embora eu nunca lá tenha ido, esta comunicou ter abandonado o secretismo e estar aberto ao público na sua sede em Lisboa, Rua do Gremio Lusitano em S. Pedro de Alcântara, um Museu Maçónico, que já vi na televisão. Também ouvi dizer que se disponibilizam para informar sobre pertença e características de antigos membros, estando eu aliás neste momento á espera de algumas informações que solicitei via terceira pessoa.
Mas passemos então á lista, só para abri-la:
- D. José I ?
- Marquês de Pombal
- Marechal Duque de Saldanha
- D. Pedro I e IV do Brasil e Portugal
- D.Fernando II
- Francisco de Sousa Cirne de Madureira
- José da Silva Carvalho, Par do Reino, Fundador do Supremo Tribunal de Justiça, Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1823/1839)Grão Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1839/...)
- Doutor João Lopes de Moraes, Lente de Medicina, da Loja Filadélfia em Coimbra
- António José de Almeida, Presidente da República
- Afonso Costa, 1º Ministro
- Gomes Freire de Andrade
- Elias Garcia
- Costa Cabral, Grão Mestre
- Rodrigo da Fonseca Magalhães
- Doutor A. H. de Oliveira Marques
(Continuará com o apoio de todos)
Abc
Alexandre
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caros Amigos
Apesar das sensatas posições até agora expressas ,"germânicas e britânicas", não podemos esquecer a crescente influência "gaulesa", reforçada com as invasões francesas, e que insidiosamente predominou nos "lusitanos" culminando com o regicídio e tudo o que se lhe seguiu.
Não seria melhor debruçarmo-nos sobre anteriores épocas, mais gloriosas e consensuais, cujo conhecimento pode melhor contribuir para a desejada Restauração?
Um abraço, e por aqui me fico
Alexandre Callado
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
~Prezado confrade !
Volume I, pg 86:
"Mutiplicavam-se as iniciações, alargadas a representantes de todas as classes sociais. Pertenciam à Ordem Maçónica a melhor nobreza, muitos clérigos, burguezes ilustrados e influentes, artesãos, serviçaos, etc. [...] da Nobreza, os duques de [...], futuros titulares, como [...], os bispos [...], os priores [...]. Do Povo, finalmente, juristas e homens de Leis como [...], Fernando Luís Pereira de Sousa Barradas [...] médicos" - etc.,etc.,etc.
A pa. 109, em nota de roda pé:
"Eurico de Aguiar Cruz (Myriel), baseando-se numa passagem «d'Os Burros», de José Agostinho de Macedo, [...] sugere o nome do desembargador Fernando Luís Pereira de Sousa Barradas como sucessor de Fernando Romão de Ataíde e Teive [...]" (Grão Mestre considerado com pouco perfil para dirigir a Maçonaria. A sucessão ter-se-há dado em 1813 ou 1817).
pg 185 -Lista de Maçons com Loja desconhecida:
"Fernando Luís Pereira de Sousa Barradas, nascido em 1757, em Brasfemes, Coimbra, estado civil desconhecido, profissão Magistrado"
E mais não encontrei - pelo menos no 1º volume. Cumprimentos
José Alberto Allen
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caros Alexandre e José Alberto,
Gostava de lhes pedir o favor de verificarem se nas listas de membros da maçonaria que possuem se encontram William Ivens e o seu sogro Thomas Hickling, ambos meus antepassados.
Diz-se que William Ivens foi acolhido com especial dedicação por Thomas Hickling (Vice Consul dos EUA em Ponta Delgada e seu futuro sogro) pelo facto de ambos se reconhecerem como maçons. Constaram os seus nomes nas listas da lojas portuguesas?
Agradeço desde já qualquer informação.
cumprimentos,
Gui Maia de Loureiro
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro amigo:
no volume III, pg 395, diz:
FERNANDO LUÍS PEREIRA DE SOUSA BARRADAS
n. Brasfemes. Coimbra, 29/11/1757
f. Santa Isabel, Lisboa, 22.1.41
Filiação: João de Sousa Barradas, advogado em Mariana e Jacinta Maria da Silva
Profissão: Bacharel em Leis pela Un. Coimbra, 1782.; Advogado, magistrado, Juiz de Fora em Arganil (1794):Conservador da Universidade (1800) Juiz Desembargador Extravagante da Casa de Suplicação do Porto (1800)com 900$000 Reis de vencimento. Deputado da Mesa de Consciência e Ordens (1823)
Outros Cargos Secretário de Estado do Reino (1821) e da Justiça (1825-26). Preso (1828-33)nos fortes do Bugio e de São Juliâo da Barra.
Cargos Maçonicos : Grão Mestre interino do GOL em 1815(?); idem (1828 ?)
No volume II, que eu não possuo, há mais referncias a este seu parente.
J.A. Allen
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caros senhores:
Este ssunto parece-me de grande interesse, e, suscita amplas polémicas, como se vê.
A opinião de A H de Oliveira Marques nesta matéria é um marco.
Esta questão parece ser motivo de melindre para algumas pessoas, não vejo bem porquê. Desde o início desta sociedade membros de várias classes se uniram neste ideal: Nobres, Militares, Magistrados, Clérigos, Comerciantes...não se pode ligar a Maçonaria a um único estrato social.
Graça e JJ da Silva Dias, escreveram uma obra, fruto de aturada investigação, que fundamenta esta minha afirmação.
Por outo lado é possivel obter nomes de pessoas ligadas à Maçonaria, quer através de fundos do GOL (creio), quer dos processos da Inquisição, cujos primeiros foram instaurados a comerciantes estrangeiros de Lisboa, como também a militares portugueses e irlandeses na Madeira (e padres e magistrados, comerciantes e fidalgos). Também será possivel obter dados de documentos privados-e há quem os tenha.
Espero que este debate suscite a clarificação desta questão, cujos conceitos por vezes parecem turvos e obscuros e fundados em alguns preconceitos
Comprimentos a todos
montedor
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro amigo
No volume III, nada encontro.
No II, nada posso dizer. porque não o possuo.
No I há algumas (não muitas) referencias a Th. Hickling, mas nada a Ivens.
Se ainda fôr necessário, logo à noite reproduzo aqui o que encontrei.
Cumprimentos, J. Allen
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Gui Maia de Loureiro,
Por feliz coincidência a biblioteca do nosso confrade José Alberto Allen e minha complementam-se neste ponto, pois eu tenho o Vol. II. Logo mais tentarei ajudá-lo.
Um abraço
Alexandre Burmester
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Alexandre Callado,
Com o devido respeito pela sua ponderada posição, devo referir que o tema deste tópico não é a Restauração e nem sequer sabemos - nem isso para o caso interessa - se todos os intervenientes são adeptos da mesma.
Um abraço
Alexandre Burmester
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Juntem-se:
- Duque de Palmela;
- Duque de Loulé;
- Duque da Terceira;
- Os irmãos Costa Cabral;
- Fontes Pereira de Melo.
Um abraço,
Jacinto Bettencourt
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
- D. José I ?
- Marquês de Pombal
- Marechal Duque de Saldanha
- D. Pedro I e IV do Brasil e Portugal
- D.Fernando II
- Francisco de Sousa Cirne de Madureira
- José da Silva Carvalho, Par do Reino, Fundador do Supremo Tribunal de Justiça, Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1823/1839), Grão Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1839/...)
- Doutor João Lopes de Moraes, Lente de Medicina, da Loja Filadélfia em Coimbra
- António José de Almeida, Presidente da República
- Afonso Costa, Primeiro Ministro
- Gomes Freire de Andrade
- Elias Garcia
- Costa Cabral, 1º marquês de Tomar, Grão Mestre
- Silva Cabral, 1º conde de Tomar
- Rodrigo da Fonseca Magalhães
- Doutor A. H. de Oliveira Marques
- 1º duque de Palmela;
- 1º duque de Loulé;
- Duque da Terceira;
- Fontes Pereira de Melo
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Quadro Estatistico Maçon antes de 1820
Quadro: estrutura profissional da Maçonaria portuguesa no perìodo imediatamente antecedente ao da sua tomada do poder em Portugal (1790-1820)
Profissões
__________
(Nº e %)
Militares 299
37,4
Clérigos 123
15,4
Negociantes 100
12,5
Funcionários públicos 64
8,6
Homens de Leis 55
6,9
Médicos 35
4,4
Proprietários 32
4,0
Professores 21
2,6
Artífices; empregados industriais 16
2,0
Marítimos 15
1,9
Clientes 10
1,2
Escritores 9
1,1
Artistas 7
0,9
Diplomatas 5
0,6
Estudantes 3
0,4
Príncipes 2
0,3
Outras 4
0,5
Nota: com base em 800 casos, que representam 86,2% dos 928 casos conhecidos.
PS: retirei este quadro de um sítio maçónico que as regras do GP não me permitem referir aqui.
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RE: Quadro do Clero Maçon antes de 1820
"18:56 31-10-2002Quadro III - Maçonaria portuguesa (1790-1820): o clero na
Tipo de clérigo em Nº
Clérigos seculares 68
Clérigos regulares 63
Sacerdotes 79
Clérigos indeterminados 2
Nota: a diferença entre estes números e os expostos no Quadro I refere-se a critérios de contagem.
Das ordens religiosas, a maioria encontrava-se representada, com claro destaque para os Cônegos Regrantes de Santo Agostinho (13 nomes), para os Eremitas Calçados de Santo Agostinho (8), para os Dominicanos (8) e para os Franciscanos (6). Os Cônegos Regrantes de Santo Agostinho representavam, aliás, um caso particular de participação do clero português na Maçonaria: no seu mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa, realizavam sessões maçônicas e chegou-se mesmo a crer que aí, funcionava a sede do novel Grande Oriente Lusitano, constituído no início do século XIX.
A maioria dos clérigos em estudo eram presbíteros (cerca de 60%), sendo mínima a percentagem dos que tinham apenas ordens menores (pouco mais de 2%). Tratava-se, portanto, de clérigos capacitados para a administração da totalidade dos sacramentos e que tinham, já por aí, uma certa cultura de base derivada dos estudos necessários para adquirir ordens.
Mas as bases culturais da maioria destes clérigos não se ficava pelos estudos dos seminários. Pelo menos 28 tinham formação universitária e 10 lecionaram na Universidade de Coimbra, encontrando-se mesmo um vice-reitor e dois reitores. Simultaneamente, 13 foram também escritores, alguns com certa celebridade. Encontram-se ainda vários destes clérigos a desempenhar elevadas funções de âmbito cultural, como por exemplo o Bibliotecário-mor do Reino ou dois cronistas de ordens religiosas.
No que diz respeito às origens sociais, são poucas as informações: apenas aparecem dois casos de fidalgos e um terceiro que chegou a titular (1835), mas depois de abandonar a vida eclesiástica. Não sendo já época em que os filhos segundos de nobres ou de grandes burgueses optassem por sistema e, por força das circunstâncias, por uma carreira eclesiástica, é provável que a maioria destes eclesiásticos proviesse da pequena e média burguesia e da pequena e média nobreza provincial, o que se verifica sobretudo entre os frades e o clero paroquial.
Se analisadas as funções eclesiásticas, verifica-se que só pouco mais de metade (52,6%) dos clérigos se podia considerar pertencente ao baixo ou ao médio clero, onde se incluíam o clero paroquial (vigários, curas, priores, párocos, etc.), os professores de seminários ou do ensino elementar e secundário régio, beneficiados, confessores e capelães. Ao alto clero pertencia a outra quase metade (47,4%), predominando os dignitários e altos funcionários das dioceses, mas onde não faltavam 8 bispos, arcebispos ou até, se bem que mais tarde, o cardeal patriarca de Lisboa (cf. Quadro IV). " (sic)
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Português
Curioso o percurso de Costa Cabral que em 1836, conta Oliveira Martins, no club dos Camillos pedia "uma tirania da plebe, o sangue dos aristocratas e dizem que até a cabeça da Rainha ". A ascese maçónica levou-o ao arrependimento destes terríveis propósitos e veio a terminar os seus dias como Marquês de Tomar e Senhor do Convento de Cristo existente nos seus domínios, mais tarde injustamente expoliado pelo ditador Salazar
Cumprimentos
Alexandre Callado
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Gui Maia de Loureiro
Aqui vai o que encontrei no vol. I da História da Maçonaria em Portugal, de A.H. de Oliveira Marques, sobre o seu parente Thomas Hickling:
pag 70/71:
" Em Lisboa a Intendência Geral da Polícia, aterrorizada com os excessos da Revolução Francesa, descobria pedreiros-livres em toda a parte. É verdade que eles não faltavam, alimentando pelo menos una loja e protegidos por entidades várias, nacionais e estrangeiras. Os cidadãos franceses [...] estavam sob constante vigilância, sendo muitos deles presos e deportados. O [...] e o cônsul dos Estados Unidos e o cônsul da [...] eram tidos como protectores descarados da Maçonaria, dando os primeiros asilo e passaporte a perigosos exilados. Todos eles estavam em contacto com o abade [...] e o Duque [...], frequentando a casa deste último"*
* Nota de roda-pé : "O m[...] residente dos Estados Unidos era o coronel [...], o cônsul geral Thomas Hickling ," etc.
pg 145/146
"A sétima Loja de Lisboa (Virtude 1 ?)
Data da fundação + - 1794
Data de extição c. 1797
Quadro (possíveis membros)
[Contem o nome de 4 altos funcionários diplomáticos Norte-Americanos]
1 inglês, católico.
1 funcionário diplomá superior da Suécia
1 Clérigo secularizado, doutor em Cânones, com funções na Academia Real das Ciências de Lisboa e cientista.
Thomas Hickling, natural dos Estados Unidos da América e seu cônsul em Lisboa.
1 médico francês, conhecido naturalista, exilado político.
1 Duque de nacionalidade portuguesa."
Pg. 424
Nome: Thomas Hickling
Profissão: Consul dos E.U.A. em Lisboa.
Informação Maçónica : Acusado em 1794
Fontes: Luz Soriano, "História da Guerra Civil, 1ª Época, III, 96
Sem cobardia, mas para evitar novos melindres, omiti, com desgosto, os nomes de todas as personalidades excepto o do seu parente.
Mas acho que não estamos a prestar um grande serviço à História da Famílias.
É necessário metermos na cabeça que nem todos os nossos avós foram grandes titulares, poderosos senhores ou ricos burgueses. Há também em muitas famílias - na minha, por exemplo - falhados, megalómanos, infelizes e muita, muita gente que se limitou a passar por este mundo. Não vou renegar nenhum. Vou, sim, tentar "explicá-los" aos que vierem depois de mim.
Os meus cordiais cumprimentos
J.A. Allen
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História da Família
Caro José Alberto Allen
Apoio inteiramente as suas últimas palavras, que para algumas pessoas serão muito precisas. Mas diga-se que me espantou vê-lo omitir nomes publicados em trabalhos sérios, ainda para mais nomes com distância de 200 anos, em perspectiva meramente histórica. Quanto a mim, tive o cuidado de incluir na lista de que tomei iniciativa os nomes que me são conhecidos de maçons na minha família directa, e por aliança, o que inclui o grande Silva Carvalho, meu 4º Avô e 5º do Vasco Cyrne (qualquer pessoa o poderá verificar nesta base de dados... é público, e a sua memória de integridade e honradez transmitida na minha família e do Vasco poderia ver-se agora ofendida, se eu fosse pessoa para isso, por achá-la posta em causa por um descendente seu ao falar em seitas e sectários - e se não me ofendo, fiquei desgostoso, sim) e depois por aliança o Doutor João Lopes de Moraes e António José de Almeida. Cada qual viveu e lutou o melhor que poude e sabia pelos seus ideais, e é apenas isso que conta.
A Maçonaria não é nem nunca foi uma "seita", mas uma sociedade que lutou contra o poder e controle politico-cultural quase absoluto da Igreja Católica em Portugal, paralelamente a ideais filosóficos laicos próprios que desenvolveu. Nem sempre concordarei com os métodos que empregou nessa laicização da sociedade, mas se se tornou por largos anos secreta, foi devido a óbvias circunstâncias de perseguição política. Ela não foi sempre também una, antes esteve cindida em várias linhas e ritos várias vezes, mais conservadores uns que outros. Tal como na Igreja Católica, os seus membros contaram-se em todos os meios e foram, uns, nobres idealistas e políticos, outros, baixos aproveitadores e materialistas. Isso não tem que ver com a Maçonaria em si, ou a Igreja Católica em si, e muito menos com problemas da Maçonaria ou da Igreja Católica actualmente, visto aqui apenas se falar da Maçonaria histórica, á qual devemos a abertura para uma futura (mesmo que muito lenta e complicada) democratização da sociedade portuguesa, em que agora vivemos, Deo Gratias.
A Genealogia, sendo esqueleto e suporte da História da Família, não pode pois compactuar senão com a verdade histórica. De outra maneira, como muito bem disse o meu primo Alexandre, não haveria genealogia em Portugal, visto que Afonso Henriques destronou e prendeu a própria Mãe, e dele parece que todos vimos.
Melhores Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: História da Família
Caro Alexandre T. Festas
Duma forma muito menos brilhante do que a sua, tentei, logo nas minhas primeiras mensagens, dar a minha visão da Maçonaria "histórica".
Estamos portanto perfeitamente sintonizados,mesmo na parte em que (delicadamente) diz que se espantou por eu ter omitido certos nomes.
Podia ter usado outra expressão mais dura ...
Mas, tendo melhor ou pior respondido à pergunta de Gui Maia de Loureiro, quis demonstrar a quem possa interessar como ficarão curiosas as nossas trocas de informações se tivermos de viver no "terror" de sermos constrangidos a provar que é rigorosamente verdade tudo aquilo que consta nas biografias do avô de A, B ou C ...
Principalmente num caso como este em que eu mesmo chamei a atenção para os alguns evidentes lapsos de A.H.O.M. !
Mas, como não morro de amores por polémicas, vou agora remeter-me ao papel de leitor atento, respondendo apenas ao que (eventualmente) me perguntem directamente.
Receba um abraço do
J.A. Allen
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Jacinto,
O Duque de Palmela é expressamente referido por A.H. Oliveira Marques como não tendo sido maçon.
Um abraço
Alexandre
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Primo e Mui Nobre Portuguez,
Saúdo em primeiro lugar as tuas eruditas e esclarecidas palavras noutra mensagem.
- João Inácio Francisco de Paula de Noronha, 2º Conde de Parati;
- António Augusto de Aguiar;
- Bernardino Luís Machado Guimarães;
- José Mendes Ribeiro Norton de Matos;
- José Manuel da Cunha Faro Meneses Portugal da Gama carneiro e Sousa, 4º Conde de Lumiares;
- Francisco António de Campos, 1º Barão de Vila Nova de Foz Coa (!);
- António Maria da Silva.
Um abraço
Alexandre
Mais alguns para a lista, enbora já estejamos a extravazar do Clero e da Nobreza. Estes nomes foram retirados de outro livro de A.H.O.M., "A Maçonaria Portuguesa e o Estado Novo", que contem em apêndice uma relação de Grão-Mestres e Dirigentes das Maçonarias portuguesas. Cito com a devida vénia:
- Marcelino Máximo de Azevedo e Melo, 1º Visconde de Oliveira
- Caetano Gaspar de Almeida Noronha Portugal Camões de Albuquerque Moniz e Sousa, 3º Conde de Peniche;
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Meu caro confrade José Alberto Allen
Não podes imaginar o quanto lhe estou grato pelas preciosas informações sobre o meu parente Fernando Luiz Pereira de Souza Barradas! Muito Obrigado! E, necessitando de toda e qualquer ajuda desse lado do Atlântico, por favor, não receie em recorre a minha pessoa, que me sentirei honrado em colaborar em tudo o que me for possível.
Mui fraternalmente,
José Roberto Vasconcelos
vasconcelos@genealogias.org
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Clero, Nobreza e Maçonaria
Meu mui caro confrade,
Novamente a sua gentileza se faz ainda mais pretimosa nos dados que coletastes para mim. E me trazem informações novas, como apontando meu parente Fernando L. P. de Souza Barradas como Juiz Desembargador no Porto e não em Lisboa, como era tradição familiar e, ainda, a data de quando foi Conservador da Universidade. Essas datas me apontam novos caminhos na busca de dados sobre a ascendência dele, já que o máximo que pode apurar, por fontes secundárias, somente cheguei a seus avós. Não se como poderei retribuir, em face dos limitados conhecimentos, tão prestimosa colaboração.
O meu profundo e reiterado agradecimento.
Fraternais abraços do
José Roberto Vasconcelos.'.
Chiador - Minas Gerais - Brasil
vasconcelos@genalogias.org
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Certamente por imperícia minha, a minha mensagem das 00.38 saíu desordenada. O texto apóa assinatura devia encimar a lista, que é só uma e provém da fonte que refiro.
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Ex.mos Senhores
Para aqueles que se sentem atraidos pela maçonaria ou são apenas estudiosos da matéria, existe um livro muito curioso e aliciante, de apenas 77 págs., a este propósito, escrito por Manuel Maia Pinto, intitulado: "A Viúva Sem o Véu".
Com os meus cumprimentos
Luis Belliago
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caros colegas:
Foi para mim uma agradável surpresa o aparecimento deste tópico, pois encontrei nas minhas pesquisas um considerável número de parentes membros da Maçonaria. Tenho seguido com grande interesse as contribuições aqui surgidas, caso exemplar de bom funcionamento deste Fórum como espaço de livre troca de informação que nos permite conhecer melhor as vidas daqueles que nos precederam.
Coloquei em tempos no Fórum uma lista dos membros da Maçonaria em Lagos no ano de 1823, que se encontra em:
http://www.geneall.net/forum/msg.php?id=13397
Aos nomes já anteriormente referidos neste tópico, gostaria de acrescentar:
António Nogueira Mimoso Guerra (Lagos, 08.09.1867 - Lisboa, 11.01.1950), Presidente do Conselho do Grande Oriente Lusitano (1930-1931) - Republicano histórico, foi Subsecretário da Guerra (1916), Deputado (1917) e Ministro da Guerra (1925). Por duas vezes foi Governador interino de Angola. Um dos maiores especialistas portugueses em geodesia e corografia, foi director da Administração Geral dos Serviços Geodésicos, Topográficos e Cadastrais (1923-1926) e do Instituto Geográfico e Cadastral (1926-1941). Bisneto do Major António José Nogueira Mimoso e de D. Maria Antónia Lampreia de Figueiredo, que estão na base de dados do GP.
Domingos Correia Arouca (Castro Marim, 01.05.1790 - Lisboa, 24.01.1861), Grão-Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1858?-1861) - Brigadeiro do Ultramar, foi Governador de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, Fidalgo-Cavaleiro, Senador e Conselheiro de Estado. Neto do Capitão Domingos Gomes Correia Vilão e de D. Catarina Lopes Mascarenhas, que estão na base de dados do GP, e trisavô do actual Marquês de Pombal, Presidente do Conselho de Nobreza.
Cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Em 2/1/1792 apresentara-se Francisco Joaquim Moreira de Sá (Francisco Joaquim Moreira Carneiro Borges de Sá Barreto, FCR, Cav. professo na Ordem de Cristo, etc.), expontaneamente, no Tribunal do Santo Ofício a “implorar a piedade” por ter aderido dois anos antes à sociedade dos franco-maçons, persuadido por Henrique Correia de Vilhena que aí o introduzira.
No processo que lhe foi instaurado, relata Moreira de Sá que fora conduzido certo dia, ao anoitecer, numa sege, pelo citado Henrique Correia de Vilhena, natural da ilha da Madeira, a umas casas entre-muros da vila de Guimarães, onde o deixou fechado numa casa com a recomendação de se portar com bravura no que acontecesse.
Decorrida cerca de uma hora, apareceu um desconhecido empunhando uma espada e falando-lhe “com feia catadura” desarmou-o e conduziu-o a outra casa “forrada de liaetas pretas”, onde o deixou fechado.
Passado algum tempo, apareceu outro homem que lhe deu papel e tinta, dizendo-lhe para escrever o juízo que fazia da Maçonaria, o que ele fez em conformidade com as boas informações que lhe haviam dado e ele próprio lera.
O homem afastou-se com o papel e em breve outros apareceram, armados de espadas, tiraram-lhe as fivelas, a casaca, a bolsa e ataram-lhe as mãos e o pescoço com uma corda. De seguida, vendaram-lhe os olhos com um lenço e levaram-no de um lado para o outro tentando com mil estratagemas persuadi-lo do grande risco que a sua vida corria.
Após terem-lhe destapado os olhos, exigiram um exótico juramento de não revelar os segredos da Maçonaria que consistiam nos sinais de reconhecimento entre eles.
Disseram-lhe então que tinha o 1º grau de maçon, entregando a espada, avental e luvas.
Assistiu seguidamente à recepção de Francisco Maria Corvo, da cidade de Lisboa, rindo com os outros à custa dele.
Um dos maçons recitou uma oração que pretendia dar uma ideia histórica da Maçonaria, deduzindo-a das Cruzadas e inculcando aos membros a obrigação de se socorrerem mutuamente.
No final cearam à custa dos dois novos membros e regressaram a suas casas.
Francisco Joaquim Moreira de Sá falou logo em seguida com o abade de Gondar, José de S. Bernardino Botelho, acerca do misterioso segredo maçónico, garantindo-lhe que nada era tratado contra a religião ou o Estado.
Facilitou a recepção daquele clérigo, tomando com ele, com Francisco Maria Corvo e com Francisco da Silva de Queirós, cónego da basílica, os 2º e 3º graus.
Consistiam estes em diferentes sinais e palavras para conhecerem eles entre si os graus que tinham e no formulário da recepção.
E deram os Mestres maçons a cerimónia por concluída já que em Portugal, disseram, não se podia passar a outros graus por não haver lojas estabelecidas.
Moreira de Sá afirma que ficou com má impressão acerca de tudo aquilo, pois na cerimónia, ao tirarem dinheiro para a recepção, faltara uma peça ao abade de Gondar, dando a certeza de ter sido roubada por algum dos membros.
E recebendo posterior convite para novas recepções, sempre se desculpou com alguma ocupação, esquecendo-se até da maior parte dos sinais de reconhecimento entre eles.
Posteriormente tomou conhecimento da bula papal que proibia estas sociedades e constituía os membros réus do tribunal do Santo Ofício. Comunicou, de imediato, ao abade de Gondar e foram denunciar-se prontamente ao comissário João de Vasconcelos, abade de S. Martinho do Campo, implorando a piedade do Santo Ofício e prontificando-se a responder a tudo que deles quisessem saber.
Declarou Moreira de Sá ao tribunal que nunca usara os sinais que lhe tinham ensinado. Como exemplo, relatou que num jantar a que assistira numa casa de pasto com um francês vindo da Madeira - que dizia ser cirurgião e chamar-se Dovanhi - este fizera-lhe sinais de maçon e ele não respondera, nem se dera a conhecer.
Nunca usara os sinais que lhe tinham ensinado, tais como: beber três vezes debaixo da primeira intenção, precedendo três ou cinco pancadas na tampa da caixa ao tomar tabaco (segundo a diferença correspondente do 1º ao 3º grau), sendo também próprio deste um triângulo mostrado pelo accionar do braço na ocasião de fazer a cortesia.
Não obstante, não se lembrava duma palavra usada no 2º grau nem da usada no 3º. Recordava, ainda assim, uma das duas proferidas no 1º grau que era “Jakin”.
Perguntaram-lhe os inquisidores como era possível que ele réu - homem de literatura e conhecimentos - ignorasse a proibição e maldade que se ocultava naquela sociedade, ao que ele respondeu que tinha “feito profissão de estudar ramos inteiramente diferentes daqueles que lhe podiam dar socorro para vir no conhecimento das Leis Eucaristicas, visto que política e belas letras fazem o Artigo da sua maior aplicação, e que nunca suspeitou maldade nesta Sociedade, por não ter visto tratar materia que ofendesse o mais levemente nem a Religião, nem o Estado”.
O tribunal do Santo Ofício julgou-o por acórdão publicado no próprio mês da apresentação, em 31 de Janeiro:
“Acórdão os Inquiridores, Ordinario e Deputados da Santa Inquisição que vistos estes auttos, culpas, e confissões de Francisco Joaquim Moreira de Sá, natural da freguezia de Santa Eulalia de Barrozas, termo de Guimaraens, filho de Francisco Moreira Carneiro, actoalmente morador nesta Corte, Reo appresentado, que presente está. Por que se mostra que sendo Christão baptizado, e como tal obrigado a ter, e crer tudo quanto tem, crê, e ensina a Santa Madre Igreja de Roma, elle o fez pelo contrario, como confessou na Mesa do Santo Officio, apresentandose de suas culpas, e dizendo: que elle entrara, e se congregara na Sociedade denominada dos Pedreiros Livres em cuja Meza e Assemblea prestara juramento sobre a observancia e segredo de seus Estatutos, convencido das persuassoes, com que para este fim o combatera certa pessoa, que declarou e ignorando a Reprovação, condennação e Anathema, que contra ella e seus Sectarios se achavão declarados e fulminados pela Igreja, de cuja culpa sentindo-se sumamente arependido, da mesma fazia huma sincera confissão, supplicando o perdão della, e que com elle se uzasse de Mizericordia. E visto como o Reo uzando de bom conselho se appresentou confessando voluntariamente o seu delicto nesta Meza, dando mostras, e sinaes de arependimento, e pedindo perdão, e piedade com o mais que dos Auttos consta. Mandão que o Reo Francisco Joaquim Moreira de Sá em pena, e penitencia de suas culpas ouça sua Sentença na Meza do Santo Officio perante os Inquisidores, hum Notario, e duas Testemunhas, faça abjuração de vehemente suspeito na Fé, cumpra as penas Spirituaes, que lhe forem impostas, e que da Excumunhão em que se acha incurso seja absoluto in forma Eclesia”
"Os Sás de Vizela - MOREIRAS DE SÁ: Memórias históricas, genealógicas e heráldicas", do autor, em preparação
Os melhores cumprimentos
Fernando de Sá Monteiro
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Alexandre
Custa-me a crer que Palmela não fosse... Talvez de outra obediência ou rito, ele era cartista como sabes. Mas passa a ?, à cautela.
Abc
Alexandre
Actualização de hoje da Lista:
- D. José I ?
- D. João VI ?
- D. José, Príncipe do Brasil
- Marquês de Pombal
- Marechal Duque de Saldanha
- D. Pedro I e IV do Brasil e Portugal
- D.Fernando II
- Francisco de Sousa Cirne de Madureira
- José da Silva Carvalho, Par do Reino, Fundador do Supremo Tribunal de Justiça, Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1823/1839), Grão Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1839/...)
- Doutor João Lopes de Moraes, Lente de Medicina, da Loja Filadélfia em Coimbra
- António José de Almeida, Presidente da República
- Afonso Costa, Primeiro Ministro
- Gomes Freire de Andrade
- Elias Garcia
- Costa Cabral, 1º marquês de Tomar, Grão Mestre
- Silva Cabral, 1º conde de Tomar
- Rodrigo da Fonseca Magalhães
- Doutor A. H. de Oliveira Marques
- 1º duque de Palmela
- 1º duque de Loulé
- Duque da Terceira
- Fontes Pereira de Melo
- Mário Soares, Presidente da República
- Manuel de Serpa Machado, deputado em 1820
- António Vieira de Magalhães, 1º visconde de Alpendurada
- João Inácio Francisco de Paula de Noronha, 2º Conde de Parati
- António Augusto de Aguiar
- Bernardino Luís Machado Guimarães
- José Mendes Ribeiro Norton de Matos
- José Manuel da Cunha Faro Meneses Portugal da Gama carneiro e Sousa, 4º Conde de Lumiares;
- Francisco António de Campos, 1º Barão de Vila Nova de Foz Coa
- António Maria da Silva
- Marcelino Máximo de Azevedo e Melo, 1º Visconde de Oliveira
- Caetano Gaspar de Almeida Noronha Portugal Camões de Albuquerque Moniz e Sousa, 3º Conde de Peniche
- António Nogueira Mimoso Guerra (Lagos, 08.09.1867 - Lisboa, 11.01.1950), Presidente do Conselho do Grande Oriente Lusitano (1930-1931) - Republicano histórico, foi Subsecretário da Guerra (1916), Deputado (1917) e Ministro da Guerra (1925). Por duas vezes foi Governador interino de Angola. Um dos maiores especialistas portugueses em geodesia e corografia, foi director da Administração Geral dos Serviços Geodésicos, Topográficos e Cadastrais (1923-1926) e do Instituto Geográfico e Cadastral (1926-1941). Bisneto do Major António José Nogueira Mimoso e de D. Maria Antónia Lampreia de Figueiredo, que estão na base de dados do GP.
- Domingos Correia Arouca (Castro Marim, 01.05.1790 - Lisboa, 24.01.1861), Grão-Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1858?-1861) - Brigadeiro do Ultramar, foi Governador de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, Fidalgo-Cavaleiro, Senador e Conselheiro de Estado. Neto do Capitão Domingos Gomes Correia Vilão e de D. Catarina Lopes Mascarenhas, que estão na base de dados do GP.
- Em Lagos:
Numeros, Nomes (Maç.º. / Prof.º.), Graus, Dignidades e Officios da L.º., Empregos Civis, Residencias.
2601, Guilherme Telle, MANOEL BERNARDO CHABI, 7, -, Coronel Governador de, Lagos.
2602, Publicula, JOSÉ ANTONIO FERREIRA BRAK LAMY, 7, -, Desembargador e Ouvidor das, Alagoas.
2603, Melchiades, MATHEUS ANTONIO PEREIRA DA SILVA, 7, 2.º. Vig.º., Juiz de fóra de, Lagos.
2604, Catão, JOÃO BAPTISTA DA SILVA LOPES, 7, Secret.º., Proprietario, » (Lagos).
2605, Annibal, RODRIGO VITO PEREIRA DA SILVA, 7, Ven..º., Coronel d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2606, Pompeu, PEDRO MASCARENHAS, 4, Arq.º. Dc.º., Tenente-Coronel Reformado, Faro.
2607, Francklim, JOAQUIM ANTONIO VALINHO, 3, » (Arq.º. Dc.º.), Cónego da Sé de, » (Faro).
2608, Asmódeo, ANTONIO CORRÊA DE MENDONÇA PESSANHA, 3, Chanc.º. Arq.º., Guarda-mór de Saude de, Lagos.
2609, Tito, JOÃO JOSÉ ANTUNES GAIVÃO, 3, » (Chanc.º. Arq.º.), Coronel aggregado de milicias de, » (Lagos).
2610, Nevton, JOÃO ROSENDO DE MENDONÇA PESSANHA, 3, » (Chanc.º. Arq.º.), Tenente-Coronel Graduado d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2611, Pithagoras, PEDRO ALEXANDRE PEREIRA DA SILVA, 3, G.ª. Int.º., Major Graduado d'infantaria n.º 14, Tavira.
2612, Fabricio, MANOEL GOMES XAVIER, 3, G.ª. Ext.º., Alferes d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2613, Graccho, D. BARTHOLOMEU SALAZAR MOSCOSO, 3, » (G.ª. Ext.º.), Major Graduado d'infantaria n.º 2, Lagos.
2614, Sertorio, JOSÉ QUINTINO DIAS, 3, 2.º Exp.º., Tenente d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2615, Bruto, FRANCISCO CORRÊA DE MENDONÇA PESSANHA, 3, 1.º Vig.º., Major de Milicias de, » (Lagos).
2616, Washinton, JOSÉ BENTO DE BARAHONA FRAGOSO, 3, M.º. de Cer.º., Deão da Sé de, Faro.
2617, Esculapio, FRANCISCO MANOEL DA CRUZ, 3, » (M.º. de Cer.º.), Medico, » (Faro).
2618, Caligula, JERONYMO JOSÉ CARNEIRO, 3, » (M.º. de Cer.º.), Deputado em Côrtes, Lisboa.
2619, Eli, JOSÉ PEDRO DA SILVA GONÇALVES REIS, 3, Thez.º., Prior da, Villa do Bispo.
2620, Viriato, JOAQUIM NEVES, 3, Ter.º., Tenente de milicias de, Lagos.
2621, Numa, D. NICOLAU MORAL, 3, Hosp.º., Medico, » (Lagos).
2622, Lysanias, JOSÉ D'ABREU MACHADO, 3, Orad.º., Juiz de fóra de, Tavira.
2623, Alcibiades, MANOEL JOSÉ PEIXOTO, 3, 1.º Exp.º., Corregedor de, Lagos.
2624, Scipião, JOSÉ FRANCISCO DA COSTA, 1, » (1.º Exp.º.), Alferes d'infantaria n.º 14, Tavira.
2625, Solon, MANOEL MASCARENHAS ZUZARTE LOBO, 1, » (1.º Exp.º.), Proprietario, Lagos.
2626, Leonidas, MANOEL ALEXANDRE TRAVASSOS, 1, » (1.º Exp.º.), Ajudante d'infantaria n.º 14, Tavira.
2627, Galeno, PAULO JOSÉ DE BARROS, 1, » (1.º Exp.º.), Cirurgião-mór d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2628, Cornelio, FRANCISCO JOAQUIM NOGUEIRA MIMOSO, 1, » (1.º Exp.º.), Pagador d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2629, Aurelio, FR. VICENTE DE LIRA, 1, » (1.º Exp.º.), Prior do Convento da Graça, » (Tavira).
2630, Aquilles, JOAQUIM JOSÉ JORDÃO, 1, » (1.º Exp.º.), Cirurgião-mór d'infantaria n.º 2, Lagos.
- Francisco Joaquim Moreira Carneiro Borges de Sá Barreto, FCR, COX
- Henrique Correia de Vilhena, natural da ilha da Madeira
- Francisco Maria Corvo, da cidade de Lisboa
- abade de Gondar, José de S. Bernardino Botelho
- Francisco da Silva de Queirós, cónego
- José Luciano de Castro, Primeiro Ministro, Chefe do Partido Progressista
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Alexandre Callado
Isso passa-se também na actualidade, como sabe... Verduras de juventude. Não sabia que tinha sido Salazar quem renacionalizou o Convento de Cristo, mas acho muito bem. Sempre pensei que é o sítio ideal para fazer finalmente um condigno Museu dos Descobrimentos, e é local importante demais para a nossa História para estar nas mãos de particulares, acho.
Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: História da Família
Caro J.A. Allen
Vai ter que me desculpar por, não o conhecendo senão de nome e através do que escreve e sempre leio por aqui com tanto gosto, e atenção, não lhe ter adivinhado o sentido oculto presente no seu texto. Partilho aliás do seu horror por polémicas, o que não nos impede certamente de ser livres no pensar, e no escrever. Cá ficarei portanto no meu papel meramente técnico de co-actualizador da lista, que nos merece interesse sob o ponto de vista estrictamente genealógico.
Receba também um abraço do
Alexandre Tavares Festas
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Luis Belliago,
Não poderia fornecer-me indicações mais precisas sobre o livro, tais como editor, data de publicação, etc. (e, já agora, se figurou no Index Romano :))
Cumprimentos
Alexandre Burmester
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A Maçonaria em Portugal em 1926
"Em fins de 1926, depois de conseguida a união das duas Maçonarias portuguesas, existiam em Portugal Continental, Insular e Ultramarino 3153 maçons agrupados em 115 lojas e triângulos. Para uma população de cerca de 6500000 pessoas - não se incluindo os indígenas das colónias - aquele número correspondia a perto de 0.05 por cento, ou, por outras palavras, a um maçon por cada 2000 habitantes.
Era uma proporção muito aceitável. No panorama da maçonaria europeia continental, portugal situava-se sensivelmente a meio. Ficavam-lhe acima países como os da Escandinávia, a Suíça, a Alemanha, a França, a Holanda, a Hungria e a Bélgica. Mas ficavam-lhe abaixo muitos outros, incluindo o país vizinho. De facto em Espanha, com 23 milhões de habitantes, contavam-se 4900 pedreiros-livres apenas, ou seja 0,02 por cento: um maçon por cada 4700 habitantes, menos de metade de Portugal. A Maçonaria portuguesa, superada a difícil fase da cisão, possuía todas as condições para voltar a desempenhar o papel de relevo dos primeiros anos da República.
O orçamento do Grande Oriente Lusitano Unido para 1927 previa uma receita de mais de 160 contos e uma despesa de 116 contos, o que atestava da importância da organização.
O movimento de 28 de Maio de 1926 não se repercutiu directa e imediatamente na Maçonaria. Alguns dos seus chefes, a começar pelo próprio Carmona, eram pedreiros-livres. Até 1929, a Maçonaria teve plena liberdade de acção, embora recrudescessem contra ela os habituais ataques e se começasse a notar certo afrouxamento de actividade devido às hasitações e ao receio de muitos filiados.
A preocupação pelos acontecimentos do País, com o marcado surto do reaccionarismo em suas variadas formas e a manutenção do estado ditatorial, foi norteando, porém, a atitude da maioria dos maçons desde o movimento de Maio. Na revolta de Fevereiro de 1927 contra a Ditadura, tomaram já parte numerosos pedreiros-livres. E em 31 de Outubro do mesmo ano, alarmado com a "tenebrosa construção social levada a efeito pelos jesuítas, apoiados em poderosas oligarquias financeiras e políticas manobradas a seu talante", o Conselho da Ordem, presidido pelo médico Dr. Ramón Nonato de La Féria, dirigia-se a todas as oficinas e obreiros do País, propondo-lhes um programa detalhado de contra-ofensiva em 23 pontos, que incidiam praticamente sobre todos os ramos da vida nacional." (sic).
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
- D. José I ?
- D. João VI ?
- D. José, Príncipe do Brasil
- Marquês de Pombal
- Marechal Duque de Saldanha
- D. Pedro I e IV do Brasil e Portugal, Grão Mestre da Maçonaria Brasileira
- D.Fernando II
- Francisco de Sousa Cirne de Madureira
- José da Silva Carvalho, Par do Reino, Fundador do Supremo Tribunal de Justiça, Ministro dos Negócios Eclesiásticos, Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1823/1839), Grão Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1839/...)
- Doutor João Lopes de Moraes, Lente de Medicina, da Loja Filadélfia em Coimbra
- António José de Almeida, Presidente da República, Grão Mestre em 1928
- Sebastião de Magalhães Lima, Grão Mestre 1907/1928
- Afonso Costa, Primeiro Ministro
- Gomes Freire de Andrade
- Elias Garcia, Grão Mestre 1885/6 e 1888/1889
- Costa Cabral, 1º marquês de Tomar, Grão Mestre 1841/1849
- Silva Cabral, 1º conde de Tomar
- Rodrigo da Fonseca Magalhães
- Doutor A. H. de Oliveira Marques
- 1º duque de Palmela ?
- 1º duque de Loulé
- Duque da Terceira
- Fontes Pereira de Melo
- Mário Soares, Presidente da República
- Manuel de Serpa Machado, deputado em 1820
- António Vieira de Magalhães, 1º visconde de Alpendurada
- João Inácio Francisco de Paula de Noronha, 2º Conde de Parati, Grão Mestre 1869/81
- António Augusto de Aguiar, Grão Mestre 1886/1887
- Bernardino Luís Machado Guimarães
- José Mendes Ribeiro Norton de Matos
- José Manuel da Cunha Faro Meneses Portugal da Gama carneiro e Sousa, 4º Conde de Lumiares;
- Francisco António de Campos, 1º Barão de Vila Nova de Foz Coa
- Marcelino Máximo de Azevedo e Melo, 1º Visconde de Oliveira
- Manuel da Silva Passos (Passos Manuel)
- Fernandes Tomás, vintista, do Sinédrio
- Ferreira Borges, vintista, do Sinédrio
- Borges Carneiro, vintista, do Sinédrio
- João da Cunha Sottomayor, juiz, do Sinédrio, Grão Mestre em 1821
- Agostinho José Freire
- Caetano Gaspar de Almeida Noronha Portugal Camões de Albuquerque Moniz e Sousa, 3º Conde de Peniche
- António Nogueira Mimoso Guerra (Lagos, 08.09.1867 - Lisboa, 11.01.1950), Presidente do Conselho do Grande Oriente Lusitano (1930-1931) - Republicano histórico, foi Subsecretário da Guerra (1916), Deputado (1917) e Ministro da Guerra (1925). Por duas vezes foi Governador interino de Angola. Um dos maiores especialistas portugueses em geodesia e corografia, foi director da Administração Geral dos Serviços Geodésicos, Topográficos e Cadastrais (1923-1926) e do Instituto Geográfico e Cadastral (1926-1941). Bisneto do Major António José Nogueira Mimoso e de D. Maria Antónia Lampreia de Figueiredo, que estão na base de dados do GP.
- Domingos Correia Arouca (Castro Marim, 01.05.1790 - Lisboa, 24.01.1861), Grão-Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1858?-1861) - Brigadeiro do Ultramar, foi Governador de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, Fidalgo-Cavaleiro, Senador e Conselheiro de Estado. Neto do Capitão Domingos Gomes Correia Vilão e de D. Catarina Lopes Mascarenhas, que estão na base de dados do GP.
- Em Lagos:
Numeros, Nomes (Maç.º. / Prof.º.), Graus, Dignidades e Officios da L.º., Empregos Civis, Residencias.
2601, Guilherme Telle, MANOEL BERNARDO CHABI, 7, -, Coronel Governador de, Lagos.
2602, Publicula, JOSÉ ANTONIO FERREIRA BRAK LAMY, 7, -, Desembargador e Ouvidor das, Alagoas.
2603, Melchiades, MATHEUS ANTONIO PEREIRA DA SILVA, 7, 2.º. Vig.º., Juiz de fóra de, Lagos.
2604, Catão, JOÃO BAPTISTA DA SILVA LOPES, 7, Secret.º., Proprietario, » (Lagos).
2605, Annibal, RODRIGO VITO PEREIRA DA SILVA, 7, Ven..º., Coronel d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2606, Pompeu, PEDRO MASCARENHAS, 4, Arq.º. Dc.º., Tenente-Coronel Reformado, Faro.
2607, Francklim, JOAQUIM ANTONIO VALINHO, 3, » (Arq.º. Dc.º.), Cónego da Sé de, » (Faro).
2608, Asmódeo, ANTONIO CORRÊA DE MENDONÇA PESSANHA, 3, Chanc.º. Arq.º., Guarda-mór de Saude de, Lagos.
2609, Tito, JOÃO JOSÉ ANTUNES GAIVÃO, 3, » (Chanc.º. Arq.º.), Coronel aggregado de milicias de, » (Lagos).
2610, Nevton, JOÃO ROSENDO DE MENDONÇA PESSANHA, 3, » (Chanc.º. Arq.º.), Tenente-Coronel Graduado d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2611, Pithagoras, PEDRO ALEXANDRE PEREIRA DA SILVA, 3, G.ª. Int.º., Major Graduado d'infantaria n.º 14, Tavira.
2612, Fabricio, MANOEL GOMES XAVIER, 3, G.ª. Ext.º., Alferes d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2613, Graccho, D. BARTHOLOMEU SALAZAR MOSCOSO, 3, » (G.ª. Ext.º.), Major Graduado d'infantaria n.º 2, Lagos.
2614, Sertorio, JOSÉ QUINTINO DIAS, 3, 2.º Exp.º., Tenente d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2615, Bruto, FRANCISCO CORRÊA DE MENDONÇA PESSANHA, 3, 1.º Vig.º., Major de Milicias de, » (Lagos).
2616, Washinton, JOSÉ BENTO DE BARAHONA FRAGOSO, 3, M.º. de Cer.º., Deão da Sé de, Faro.
2617, Esculapio, FRANCISCO MANOEL DA CRUZ, 3, » (M.º. de Cer.º.), Medico, » (Faro).
2618, Caligula, JERONYMO JOSÉ CARNEIRO, 3, » (M.º. de Cer.º.), Deputado em Côrtes, Lisboa.
2619, Eli, JOSÉ PEDRO DA SILVA GONÇALVES REIS, 3, Thez.º., Prior da, Villa do Bispo.
2620, Viriato, JOAQUIM NEVES, 3, Ter.º., Tenente de milicias de, Lagos.
2621, Numa, D. NICOLAU MORAL, 3, Hosp.º., Medico, » (Lagos).
2622, Lysanias, JOSÉ D'ABREU MACHADO, 3, Orad.º., Juiz de fóra de, Tavira.
2623, Alcibiades, MANOEL JOSÉ PEIXOTO, 3, 1.º Exp.º., Corregedor de, Lagos.
2624, Scipião, JOSÉ FRANCISCO DA COSTA, 1, » (1.º Exp.º.), Alferes d'infantaria n.º 14, Tavira.
2625, Solon, MANOEL MASCARENHAS ZUZARTE LOBO, 1, » (1.º Exp.º.), Proprietario, Lagos.
2626, Leonidas, MANOEL ALEXANDRE TRAVASSOS, 1, » (1.º Exp.º.), Ajudante d'infantaria n.º 14, Tavira.
2627, Galeno, PAULO JOSÉ DE BARROS, 1, » (1.º Exp.º.), Cirurgião-mór d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2628, Cornelio, FRANCISCO JOAQUIM NOGUEIRA MIMOSO, 1, » (1.º Exp.º.), Pagador d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2629, Aurelio, FR. VICENTE DE LIRA, 1, » (1.º Exp.º.), Prior do Convento da Graça, » (Tavira).
2630, Aquilles, JOAQUIM JOSÉ JORDÃO, 1, » (1.º Exp.º.), Cirurgião-mór d'infantaria n.º 2, Lagos.
- Francisco Joaquim Moreira Carneiro Borges de Sá Barreto, FCR, COX
- Henrique Correia de Vilhena, natural da ilha da Madeira
- Francisco Maria Corvo, da cidade de Lisboa
- abade de Gondar, José de S. Bernardino Botelho
- Francisco da Silva de Queirós, cónego
- José Luciano de Castro, Primeiro Ministro, Chefe do Partido Progressista
- Alexandre Alberto de Serpa Pinto da Costa
- José da Costa Pina
- General Norton de Matos, Grão Mestre
- José Alberto dos Reis, Presidente da Assembleia Nacional ?
- Oliveira Simões, Grão Mestre Adjunto de Norton de Matos
- Maurício Costa
- Luis Gonçalves Rebordão
- Marechal António Óscar Fragoso Carmona, Presidente da República
- Ramon Nonato de La Feria, médico
- General Luis Augusto Ferreira de Castro, Grão Mestre
- Sá Cardoso
- Freitas Ribeiro
- António Maria da Silva, Primeiro Ministro, Grão Mestre Adjunto, Chefe do Partido Democrático
- Ferreira de Castro, Grão Mestre 1900/1906
- Machado Santos, chefe da Carbonária, o da rotunda em 5 X 1910
- General Sidónio Paes, o Presidente-Rei
- Bernardino Machado, Presidente da República, Grão Mestre 1895/99
- Brito Camacho
- Francisco Gomes da Silva (Grão Mestre 1906/1907)
- Miguel Baptista Maciel, Grão Mestre 1881/85
- José de Castro, Grão Mestre Adjunto de Magalhães Lima
- Visconde de Ouguela, Grão Mestre 1889/95
- António Enes
- Joaquim António de Aguiar
- Rodrigues Sampaio
- Anselmo Braamcamp
- José Dias Ferreira
- Mendes Leal, ministro
- Bispo de Betsaida
- José Estêvão Coelho de Magalhães, orador, deputado, ministro
- José Fontana
- Camilo Castelo Branco, Escritor, 1º visconde de Corrêa Botelho
- Antero de Quental, Poeta
- Inocêncio da Silva
- Gomes de Brito
- Brito Rebelo
- Heliodoro Salgado
- Prof. Egas Moniz, Prémio Nobel
- Rafael Bordalo Pinheiro, artista
- Sebastião José de Sampaio Melo e Castro Lusignan, desembargador, neto do 1º marquês de Pombal, 1º Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1804)
- Hipolito José da Costa
- José Liberato Freire de Carvalho
- Carlos Mardel, húngaro, arquitecto da reconstrução de Lisboa
- John Coustos, suiço naturalizado inglês, lapidário de diamantes
- D. André de Moraes Sarmento, clérigo
- Abade Correia da Serra, da Academia das Ciências
- FIlinto Elísio, Poeta
- Ribeiro Sanches
- Avelar Brotero, Botânico
- Domingos Vandelli
- José Anastácio da Cunha
- José Liberato Freire de Carvalho
- Domingos Sequeira, Génio da Pintura
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RE: A Maçonaria em Portugal em 1926
Alexandre
Muito bem. Sou dos que estão a tirar alguns ensinamentos, alguma informação e, naturalmente a fazer ilações.
Em relação ao Dr. Salazar que nos contas?
Tenho na ideia que não os terá perseguido, pelo menos abertamente. Diria que terá usado com a Maçonaria a chamada "política de estrada"...
Todavia, não hesitou em chamar para o seu lado alguns conhecidos maçons, que foram de facto seus estreitos colaboradores.
Quanto ao Exército e Marinha - e pudemos falar já num sentido mais abrangente, de Forças Armadas, pos 1928, sabemos que nos postos altos e medio-altos da hierarquia, pontificou a Maçonaria, não sendo conhecida qualquer espécie de oposição por parte dos altos dirigentes do Estado Novo.
Mas, e a Igreja Católica Apostólica Romana?
Que notícia nos dás do Clero Regular e respectiva hierarquia.
E o papel, a todos os títulos elitista da muito respeitada Ordem de São Bento, bem como da Companhia de Jesus?
Sinceramente, não os estou a ver irmãos em q.q. Loja, integrantes no triângulo...
Então, porque hoje a "nova ordem" tudo mudou.
Abraços,
Manuel M/
PS-vou ver se consigo trazer a esta discussão Eduardo de Albuquerque.
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A Maçonaria no Estado Novo ou IIª República
Manuel
A minha opinião pessoal (apenas pessoal, o perìodo está ainda muito insuficientemente estudado, e tem além disso o problema da dificuldade de visão objectiva, dado estar tão perto ainda de nós - e basta ver o preconceito feroz aplicado ao estudo de pedristas e miguelistas para entender isto) a minha opinião dizia eu é que sendo o poder "absoluto" de Salazar feito de permanentes reequilíbrios de poder, e procedendo ele a permanentes aniquilações de quem ameaçasse destruir esse frágil equilíbrio das sempre instáveis e napolitanas forças políticas portuguesas, que firmemente tinha nas sua mãos, foi Salazar quem se serviu dos Maçons, como se serviu dos Católicos, deixando-os convencer como aliás aos Monárquicos e outros que se expandiria o caminho que cada qual propugnava.
Mas para melhor resposta á tua questão, transcrevo já hoje o texto maçónico que amanhã ia postar aqui, e aonde curiosamente encontro não propriamente Salazar, mas as forças católicas reemergentes nos anos 30, depois do sufoco da tirania do Partido Democrático, a manifestar-se finalmente e a obter o que poderás ler. Nessas forças católicas entrou um primo direito de meu Avô José, José Gabriel Vianna Pinto Coelho (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=19564), que embora neto de Silva Carvalho tomou a posição que lerás:
"Em 19 de Janeiro de 1935, na recém-inaugurada Assembleia Nacional do Estado Novo, o deputado José Cabral apresentou um projecto de lei proibindo aos cidadãos portugueses fazerem parte de associações secretas, sob penas várias que incluíam sempre prisão, multa e, em casos de reincidência, desterro. Os estudantes de 16 anos para cima, os candidatos ao funcionalismo público e os funcionários públicos em exercício seriam obrigados a declarar, por sua honra, que não pertenciam nem jamais pertenceriam a qualquer associação secreta, ou que haviam deixado de a ela pertencer. Todos os bens das referidas associações seriam arrolados e vendidos em praça, revertendo o seu produto para a assistência pública.
Ainda que o não especificasse, o projecto dirigia-se unicamente contra a Maçonaria. Isso mesmo foi desde logo compreendido por ela, motivando a carta de respeitoso protesto que o Grão-Mestre Norton de Matos resolveu escrever ao presidente da Assembleia Nacional, Dr. José Alberto dos Reis, ironicamente maçon este também. Mas nem a carta, nem o contundente artigo que Fernando Pessoa conseguiu publicar no Diário de Lisboa em 4 de Fevereiro - um segundo artigo foi cortado pela censura -, nem todas as diligências junto dos parlamentares e de outras autoridades lograram travar a marcha dos acontecimentos. Após um extenso e bem documentado "Parecer" da Câmara Corporativa - porventura o primeiro a que foi chamada a elaborar - assinado por Fezas Vital, Afonso de Melo, Gustavo Cordeiro Ramos, José Gabriel Pinto Coelho e Abel de Andrade em 27 de Março, o projecto nº 2 entrou em discussão nas sessões da Assembleia de 5 e 6 de Abril, onde se ouviram mais objurgatórias contra a Ordem Maçónica. Foi votado nominalmente por unanimidade nesse mesmo dia 6, apressando-se muitos outros deputados ausentes, em declarações de voto expressas nos dias seguintes, a juntar-se à corrente condenatória. E enfim, em 21 de Maio, saía no Diário do Governo nº 115, 1ª série, a lei nº 1901, que obrigava as associações e institutos exercendo a sua actividade em território português a fornecerem aos governadores civis dos distritos cópia dos seus estatutos e regulamentos, relação dos sócios e quaisquer outras informações complementares que lhes fossem solicitadas. No mais, a lei obedecia às cláusulas de base do projecto, incluindo as penalidades nele consignadas, declarações de funcionários públicos - mas não de estudantes - e venda de bens.
No entretanto, a Maçonaria adoptara as medidas de emergência que se impunham. O decreto nº 28, dos começos de 1935, reeditava o regime de triangulação para todas as lojas em moldes semelhantes ao de seis anos atrás. Depois, em 3 de Abril - ia começar, na Assembleia, a discussão do parecer da Câmara Corporativa - o decreto maçónico nº 30 entregava a plenitude do Poder Executivo ao Conselho da Ordem, em caso de falta ou impedimento do Grão-Mestre e de seus substitutos legais. Se também o Conselho da Ordem estivesse impedido de actuar, então todas as funções executivas caberiam a uma comissão de três membros, nomeados livremente pelo Grão-Mestre. Em 4 de Abril, antecipando-se à aprovação pela Assembleia do projecto, o Grão-Mestre Norton de Matos transmitia todos os seus poderes e funções ao Grão-Mestre-Adjunto, Oliveira Simões. Em 18 de Maio, sabendo-se da próxima publicação, no Diário do Governo, da lei de extinção, era a vez de o Grão-Mestre-Adjunto transferir todas as suas funções e poderes ao presidente da Grande Dieta que, por seu turno, no dia imediato, os transmitia ao Conselho da Ordem, presidido pelo Dr. Maurício Costa. Por fim, e nos termos do decreto nº 36, da mesma data, o próprio Conselho da Ordem conferia ao seu presidente a plenitude dos poderes legislativo, executivo e judicial.
Triangulada a Maçonaria e concentradas todas as funções superiores numa só pessoa, haviam-se criado as condições indispensáveis à operacionalidade da Ordem em regime clandestino. De então em diante, e até 1957, os dois presidentes do Conselho da Ordem em exercício, Dr. Maurício Costa, primeiro, e Dr. Luís Gonçalves Rebordão, depois, asseguraram a sobrevivência da Maçonaria e a acção possível que esta podia desempenhar no difícil enquadramento da Ditadura fascista (sic).
O Grémio Lusitano, não podendo acatar o texto da lei, foi dissolvido. A sua sede, confiscada pelo poder público, foi cedida à Legião Portuguesa, que nela instalou um dos seus quartéis. Por todo o País outro tanto ocorreu com as sedes das lojas e triângulos, sempre que eram próprias. Uma pequena parte dos haveres confiscados - como pendões, insígnias, livros, fotografias, etc. - iria, mais tarde, decorar duas vitrinas da famosa "escola" da não menos famosa P.I.D.E., a Sete Rios (Lisboa). A biblioteca e parte do arquivo entraram nos haveres do Ministério das Finanças, onde viriam a ser encontrados depois do 25 de Abril. Em hasta pública é que se terá vendido pouca coisa.
Os funcionários do Estado, durante anos, foram obrigados a assinar a declaração que a lei lhes prescrevia. Quantos, entre eles, não eram maçons! Muitos obreiros entraram nas prisões do Continente e das Ilhas Adjacentes ou sofreram perseguições e discriminações de outro tipo. Um dia se fará a sua história.
E a "longa época de marasmo, de inércia forçada, de desânimo e de tristeza" começou... " (sic).
Quanto a mim, penso que o José Cabral referido no texto seja José Rebelo Valente Pereira Cabral, médico, católico praticante e modelo de honra e integridade (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=51523) mas à data só teria vinte anos, essa a minha dúvida. Mas mesmo assim é possível, tenho ideia de qualquer coisa sobre isso. Hei-de perguntar.
Abc
Alexandre
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RE: A Maçonaria em Portugal em 1926
Caro Manuel Maria Magalhães,
Em resposta à sua atenciosa solicitação, e, não obstante, sublinho, ser alheio e leigo na matéria, aqui ficam algumas brevíssimas notas, em complemento das informações já aduzidas, que poderão importar ao leitor mais interessado, já porque elucidam sobre a origem, estrutura, funcionamento, tipos, membros...já porque informam sobre os princípios fundamentais orientadores, objectivos, influência, intervenção... da dita instituição.
Assim:
- Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. 15, páginas 793 a 804;
- Joel Serrão, Dicionário de História de Portugal, vol. IV, páginas 120 a 123;
- Paul Hazard, La Pensée Européenne au XVIII Siècle, tradução, Madrid 1946 ;
- Serge Hutin, Les Francs-Maçons, Paris, 1960 ;
- Actas da Loja Democracia, B.N. Lisboa, F.G. 8217 ;
- Luz Soriano, História da Guerra Civil, 1ª Época, t.III;
- Joaquim Martins de Carvalho, Apontamentos para a História Contemporânea, Coimbra, 1868;
- Sampaio Bruno, O Encoberto, Porto, 1904;
- M. Borges Grainha, História da Maçonaria em Portugal, 1735-1912, Lisboa, 1912;
- Luz de Almeida, A obra revolucionária da propaganda;
- As sociedades secretas, em História do Regime Republicano em Portugal, vol. II, Lisboa, 1932;
- António Augusto Martins, A Carbonária Lusitana, de Coimbra, em História do Regime Republicano em Portugal, vol. II, Lisboa, 1932;
- Célia de Barros Barreto, Acção das sociedades secretas, em História geral da Civilização Brasileira, direcção de Sérgio Buarque de Holanda, vol. III : O Brasil Monárquico, São Paulo, 1962.
E, com estas sumárias referências, termino.
Com os meus melhores cumprimentos,
Eduardo Albuquerque
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RE: A Maçonaria em Portugal em 1926
Meu Caro Eduardo Albuquerque
Muito obrigado!
Apreciei sobretudo o seu sublinhado...
Permito-me concluir que os seus clientes de banca, foram bem encaminhados e são por certo sabiamente aconselhados...
Constatei quão fraca é a minha livraria...
Da extensa lista apontada, só tenho a Enciclopédia (mas a Verbo...)e o Dicionário de Joel Serrão...
Não sei já se mal ou bem, fui igualmente educado no slêncio sobre o tema, tal como se eviava falar em "doenças venéreas". Temas pouco discutidos e quando aflorados, sempre em surdina...
Muitos cmptos, com um grande abraço!
Manuel Maria Magalhães
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RE: A Maçonaria em Portugal em 1926
Manel
Eu fui educado na mesma época e nos mesmos princípios. Vi, com uma mistura de orgulho e espanto (eu tinha aí uns 12 ou 13 anos) meu pai queimar ou oferecer a entidades ligadas à Igreja, na intenção de serem postas em bom recato, obras literárias de grande interesse e valor. Durante anos quase não lia os clássicos da literatura portuguesa, porque como sabes, eram quase todos "hereges"...
Mas hoje encararo tudo isso, e as opções dos meus antepassados, com distanciamento e sem pruridos. Foram épocas !
As instituições por vezes não eram o que são hoje - e isso aplica-se tanto à Igreja Católica como à Maçonaria, para citar apenas duas.
Não tenho que me embaraçar pelas opções dos que por cá andaram antes de mim, goste ou não delas. Eu quero é entendê-los !!!
Muitas das coisas "terríveis" de hoje, ou de ontem tiveram , na origem, uma boa intenção.
Vi com a mesma tristeza destruir os "Salazares", os "Lenines", os Budas do Afganistão. Como apaixonado pela arqueologia, emociono-me com os ex-votos, as aras e as estátuas dos velhos Deuses.
Mesmo as de Mercúrio, que para grande vexame meu (sabes a minha profissão ...) era protector dos ... comerciantes e dos ladrões !!!.
Comovo-me com os ex-votos de S. Miguel da Mota, que revelam uma reliogidade tão intensa e tão pareceida com a de Fátima dos nossos dias.
Diastância, curiosidade, abertura. Sem isso vamos passar por aqui sem entendermos nada.
Desculpa mais uma arenga ...
Um abraço do
Zé Alberto
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Alexandre Tavares Festas
Para engrossar a sua lista;
Há cerca de ano e meio, levei o meu filho a visitar a Qt.ª da Regaleira, belíssima, deslumbrante e fantástica construção neomanuelina da autoria do cenógrafo Manini, e um valioso documento patrimonial maçónico. Mandado construir no final do séc. XIX, por António Augusto Carvalho Monteiro, também conhecido, no dito popular, como o “caga milhões”. Possuidor de colossal fortuna, licenciado em Direito por Coimbra, desde cedo se dedicou ao coleccionismo de livros, manuscritos, obras de arte e curiosidades. Possuía a maior camoniana do Mundo, constituída por milhares de obras literárias, manuscritos e objectos artísticos de natureza diversa, alusivos a Camões.
Terminou a visita com uma exposição que aludia a este tema, do espólio do Conde de Burnay, com dezenas de objectos e documentos, entre os quais, o seu retracto a óleo, avental, espada, etc...
Pode ainda acrescentar o nome de: Alerto Eduardo Valado Navarro, 3º Visconde da Trindade.
Cumprimentos,
José Valado Arnaud
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RE: A Maçonaria em Portugal em 1926
Caríssimo Zé Alberto
Continuas a não ter razão para o menor pedido de desculpa. É sempre com o maior gosto q. leio as tuas primorosas intervenções, sempre muito profundas, sentidas, carregadas duma sã moral.
Mas, desta vez e bem por certo sem o desejares, pergaste-me uma partida... recebi já vários e-mails e telefonemas de amiga e esclarecida invectivação!
Tenho a dizer-te o q. tenho dito áqueles outros. Em boa verdade, pouco ou nada sei deste assunto. Tal como aí em tua Casa, na nossa era este tema igualmente quase tabú. Raramente se falava de maçons e quando fados, tratados como "anti-cristos" inimigos da Sagrada Fé.
Mal comparado, era quase como o football - ambos nos lembramos de ver assim escrito no "Comércio do Porto"...
Volvidos todos estes anos (nunca é tarde para se aprender...) dou-vos a maior atenção por que me quero instruir. Tão simples quanto isso...
Em relação ao Clero, chamei à atenção, ou questionei-me sobre a razão de não serem nomeadas a O.S.B. bem como a Companhia de Jesus...
Fui já esclarecido que os seguidores do Monsenhor José Maria Escrivá (q.D.h) são no momento a principal força opositora da moderna maçonaria.
Relacionado com o mesmo tema, fui esclarecido da verdadeira razão da aproximação dos USA ao Vaticano. Vai daí, a possível razão dum recente assassinato dum Papa e o pouco esclarecido escandalo do Banco Ambrosiano...
Enfim, um ror de questões relacionadas com, que nos fazem estremeçer...
Ao q. parece, (bem mais do q. pela explicável reacção do meu primo VSC) Alexandre Callado teria alguma razão, dizendo q. abrimos um "cesto de víboras"...
Teu velho companheiro, amigo e remoto parente,
Manel
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro José Alberto Allen,
Agradeço muito a sua atenção. Comheço os nomes que faltam.
Melhores cumprimentos,
Gui
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Primo Portuguez,
Começo por enaltecer a qualidade e bom senso das tuas intervenções e aproveito para fazer o mesmo em relação às de outros distintos confrades, com especial realce para as de José Alberto Allen, que tem corporizado o verdadeiro espírito de independência e distanciamento com que este assunto, como qualquer outro, melindroso ou não, deve ser encarado. Escrevia recentemente numa sua crónica semanal José Pacheco Pereira que um dos males da nossa sociedade é a sua profunda iliberalidade, mas ao escrever-se sem complexos sobre temas como este pode modestamente contribuír-se para o abalar das atitudes preconceituosas e obscurantistas que entre nós ainda tão fortemente se manifestam. Isto tudo, sem perder de vista o objectivo de mais um contributo para a História da Família que será, penso eu já sem grande certeza, o principal interesse de quantos neste Forum participam.
Voltemos agora às listas, às quais já muito não terei a acrescentar, dada a tua rica e copiosa contribuição. Corro até o risco de repetição, pois, como concordarás, torna-se difícil verificar os dados já introduzidos nome a nome. Uma pequena ressalva: manterei o princípio de não nomear pessoas ainda vivas.
- José Maria Soares de Castelo Branco (Clérigo)
- Frei Francisco das Chagas
- José Maria Vasques Álvares da Cunha (Conde da Cunha)
- Bernardo Correia de Castro Sepúlveda
- Frei António Evangelista Nobre
- Frei António de Loulé
- Frei António da Paixão
- Frei António de Santa Ana Correia
- D. José da Assunção Leote (Clérigo)
- José Lúcio Travassos Valdez (Bonfim)
- Thomas William Stubbs (Vila Nova de Gaia)
- João de Bettencourt (proprietário - Funchal)
- João de Bettencourt (professor - Funchal)
- Nicolau Caetano Bettencourt Pita
- José António Bettencourt
- Barão de Molelos (Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar)
- João Baptista Leitão de Almeida Garrett
- Tomás Oom
- Francisco Brun de Bettencourt
- Bernardo de Sá Nogueira
- Gaspar Teixeira de Magalhães e Lacerda ?
- José Xavier Mouzinho da Silveira
- José Pereira Cirne de Castro ?
- Sebastião Schiapa Pietra
- Vasco Pinto de Sousa Coutinh (Balsemão) ?
- Duarte Borges da Câmara Medeiros (Vila da Praia)
- José Paulino de Bettencourt Lemos
- António Feliciano de Castilho
- António Lobo Girão (Vilarinho de S. Romão)?
- João Faria Machado Pinto Roby
- Joaquim Augusto Kopke (Massarelos)
- António de Sousa Cirne ?
- Rodrigo de Sousa Teixeira da Silva Alcoforado (Vila Pouca) - consta curiosamente também da lista dos Oficiais convencionados de D. Miguel
Um abraço
Alexandre
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Alexandre Burmester,
Na sua lista consta um João Faria Machado Pinto Roby, meu 4º Avô (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=121748).
Nos dados biográficos que tenho em meu poder nada consta sobre a sua faceta de pedreiro-livre. Seria dar-lhe muita maçada pedir-lhe para me facultar os elementos que dispõe acerca dele?
Por curiosidade genealógica, acrescento que este João Roby era, por sua vez, 4º neto de António de Faria Machado, meu, e seu, 9º Avô.
Um abraço,
António Maria Fevereiro
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El-Rei D. Carlos e a Maçonaria do seu tempo
Primíssimo
Pareceram-me novos todos os nomes que aqui acrescentaste, da Hª da Maçonaria de Oliveira Marques. É fácil verificá-los em Word, com copy paste. Junto também com os teus noutro post (para a lista constar independente e separada) os nomes da contribuição de hoje de José Duarte Valado Arnaud, a quem agradeço, continuando a lista aberta a todas as pessoas que queiram colaborar, como muito bem disseste, indicando apenas aqueles que já não estão mais entre nós, e tenham fonte verificável. Entretanto, como tu tens aí à mão os livros, diz-nos o que consta ou não consta lá sobre a filição maçónica de D. Pedro V e reis Saxes seguintes.
Continuo pessoalmente convencido da validade da tese de que a saída da Maçonaria d'el-Rei D. Carlos terá acelerado o seu assassínio (organizado pela carbonária, criada especialmente para o efeito pelo extremismo maçon, como se sabe) e nada ouvi nunca sobre eventual filiação de D. Manuel II na organização. É verdade que, se de facto o Rei Mártir pertenceu e se viu obrigado a sair, isso se terá devido ao predomínio acentuado no seu tempo da tendência "francesa" e republicana mais extremista dentro da instituição. Já não é por acaso que ele escolheu uma princesa francesa para casar, tentando ir ao encontro dessa tendência muitos anos antes, embora sem sucesso. Claro que esta é apenas a minha opinião, lógica, mas indocumentada.
Abraço
Alexandre
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Lista Genealógica de Maçons Portugueses
- D. José I ?
- D. João VI ?
- D. José, Príncipe do Brasil
- Marquês de Pombal
- Marechal Duque de Saldanha
- D. Pedro I e IV do Brasil e Portugal, Grão Mestre da Maçonaria Brasileira
- D.Fernando II
- Francisco de Sousa Cirne de Madureira
- José da Silva Carvalho, Par do Reino, Fundador do Supremo Tribunal de Justiça, Ministro dos Negócios Eclesiásticos, Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1823/1839), Grão Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1839/...)
- Doutor João Lopes de Moraes, Lente de Medicina, da Loja Filadélfia em Coimbra
- António José de Almeida, Presidente da República, Grão Mestre em 1928
- Sebastião de Magalhães Lima, Grão Mestre 1907/1928
- Afonso Costa, Primeiro Ministro
- Gomes Freire de Andrade
- Elias Garcia, Grão Mestre 1885/6 e 1888/1889
- Costa Cabral, 1º marquês de Tomar, Grão Mestre 1841/1849
- Silva Cabral, 1º conde de Tomar
- Rodrigo da Fonseca Magalhães
- Doutor A. H. de Oliveira Marques
- 1º duque de Palmela ?
- 1º duque de Loulé
- Duque da Terceira
- Fontes Pereira de Melo
- Mário Soares, Presidente da República
- Manuel de Serpa Machado, deputado em 1820
- António Vieira de Magalhães, 1º visconde de Alpendurada
- João Inácio Francisco de Paula de Noronha, 2º Conde de Parati, Grão Mestre 1869/81
- António Augusto de Aguiar, Grão Mestre 1886/1887
- Bernardino Luís Machado Guimarães
- José Mendes Ribeiro Norton de Matos
- José Manuel da Cunha Faro Meneses Portugal da Gama carneiro e Sousa, 4º Conde de Lumiares;
- Francisco António de Campos, 1º Barão de Vila Nova de Foz Coa
- Marcelino Máximo de Azevedo e Melo, 1º Visconde de Oliveira
- Manuel da Silva Passos (Passos Manuel)
- Fernandes Tomás, vintista, do Sinédrio
- Ferreira Borges, vintista, do Sinédrio
- Borges Carneiro, vintista, do Sinédrio
- João da Cunha Sottomayor, juiz, do Sinédrio, Grão Mestre em 1821
- Agostinho José Freire
- Caetano Gaspar de Almeida Noronha Portugal Camões de Albuquerque Moniz e Sousa, 3º Conde de Peniche
- António Nogueira Mimoso Guerra (Lagos, 08.09.1867 - Lisboa, 11.01.1950), Presidente do Conselho do Grande Oriente Lusitano (1930-1931) - Republicano histórico, foi Subsecretário da Guerra (1916), Deputado (1917) e Ministro da Guerra (1925). Por duas vezes foi Governador interino de Angola. Um dos maiores especialistas portugueses em geodesia e corografia, foi director da Administração Geral dos Serviços Geodésicos, Topográficos e Cadastrais (1923-1926) e do Instituto Geográfico e Cadastral (1926-1941). Bisneto do Major António José Nogueira Mimoso e de D. Maria Antónia Lampreia de Figueiredo, que estão na base de dados do GP.
- Domingos Correia Arouca (Castro Marim, 01.05.1790 - Lisboa, 24.01.1861), Grão-Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1858?-1861) - Brigadeiro do Ultramar, foi Governador de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, Fidalgo-Cavaleiro, Senador e Conselheiro de Estado. Neto do Capitão Domingos Gomes Correia Vilão e de D. Catarina Lopes Mascarenhas, que estão na base de dados do GP.
- Em Lagos:
Numeros, Nomes (Maç.º. / Prof.º.), Graus, Dignidades e Officios da L.º., Empregos Civis, Residencias.
2601, Guilherme Telle, MANOEL BERNARDO CHABI, 7, -, Coronel Governador de, Lagos.
2602, Publicula, JOSÉ ANTONIO FERREIRA BRAK LAMY, 7, -, Desembargador e Ouvidor das, Alagoas.
2603, Melchiades, MATHEUS ANTONIO PEREIRA DA SILVA, 7, 2.º. Vig.º., Juiz de fóra de, Lagos.
2604, Catão, JOÃO BAPTISTA DA SILVA LOPES, 7, Secret.º., Proprietario, » (Lagos).
2605, Annibal, RODRIGO VITO PEREIRA DA SILVA, 7, Ven..º., Coronel d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2606, Pompeu, PEDRO MASCARENHAS, 4, Arq.º. Dc.º., Tenente-Coronel Reformado, Faro.
2607, Francklim, JOAQUIM ANTONIO VALINHO, 3, » (Arq.º. Dc.º.), Cónego da Sé de, » (Faro).
2608, Asmódeo, ANTONIO CORRÊA DE MENDONÇA PESSANHA, 3, Chanc.º. Arq.º., Guarda-mór de Saude de, Lagos.
2609, Tito, JOÃO JOSÉ ANTUNES GAIVÃO, 3, » (Chanc.º. Arq.º.), Coronel aggregado de milicias de, » (Lagos).
2610, Nevton, JOÃO ROSENDO DE MENDONÇA PESSANHA, 3, » (Chanc.º. Arq.º.), Tenente-Coronel Graduado d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2611, Pithagoras, PEDRO ALEXANDRE PEREIRA DA SILVA, 3, G.ª. Int.º., Major Graduado d'infantaria n.º 14, Tavira.
2612, Fabricio, MANOEL GOMES XAVIER, 3, G.ª. Ext.º., Alferes d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2613, Graccho, D. BARTHOLOMEU SALAZAR MOSCOSO, 3, » (G.ª. Ext.º.), Major Graduado d'infantaria n.º 2, Lagos.
2614, Sertorio, JOSÉ QUINTINO DIAS, 3, 2.º Exp.º., Tenente d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2615, Bruto, FRANCISCO CORRÊA DE MENDONÇA PESSANHA, 3, 1.º Vig.º., Major de Milicias de, » (Lagos).
2616, Washinton, JOSÉ BENTO DE BARAHONA FRAGOSO, 3, M.º. de Cer.º., Deão da Sé de, Faro.
2617, Esculapio, FRANCISCO MANOEL DA CRUZ, 3, » (M.º. de Cer.º.), Medico, » (Faro).
2618, Caligula, JERONYMO JOSÉ CARNEIRO, 3, » (M.º. de Cer.º.), Deputado em Côrtes, Lisboa.
2619, Eli, JOSÉ PEDRO DA SILVA GONÇALVES REIS, 3, Thez.º., Prior da, Villa do Bispo.
2620, Viriato, JOAQUIM NEVES, 3, Ter.º., Tenente de milicias de, Lagos.
2621, Numa, D. NICOLAU MORAL, 3, Hosp.º., Medico, » (Lagos).
2622, Lysanias, JOSÉ D'ABREU MACHADO, 3, Orad.º., Juiz de fóra de, Tavira.
2623, Alcibiades, MANOEL JOSÉ PEIXOTO, 3, 1.º Exp.º., Corregedor de, Lagos.
2624, Scipião, JOSÉ FRANCISCO DA COSTA, 1, » (1.º Exp.º.), Alferes d'infantaria n.º 14, Tavira.
2625, Solon, MANOEL MASCARENHAS ZUZARTE LOBO, 1, » (1.º Exp.º.), Proprietario, Lagos.
2626, Leonidas, MANOEL ALEXANDRE TRAVASSOS, 1, » (1.º Exp.º.), Ajudante d'infantaria n.º 14, Tavira.
2627, Galeno, PAULO JOSÉ DE BARROS, 1, » (1.º Exp.º.), Cirurgião-mór d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2628, Cornelio, FRANCISCO JOAQUIM NOGUEIRA MIMOSO, 1, » (1.º Exp.º.), Pagador d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2629, Aurelio, FR. VICENTE DE LIRA, 1, » (1.º Exp.º.), Prior do Convento da Graça, » (Tavira).
2630, Aquilles, JOAQUIM JOSÉ JORDÃO, 1, » (1.º Exp.º.), Cirurgião-mór d'infantaria n.º 2, Lagos.
- Francisco Joaquim Moreira Carneiro Borges de Sá Barreto, FCR, COX
- Henrique Correia de Vilhena, natural da ilha da Madeira
- Francisco Maria Corvo, da cidade de Lisboa
- abade de Gondar, José de S. Bernardino Botelho
- Francisco da Silva de Queirós, cónego
- José Luciano de Castro, Primeiro Ministro, Chefe do Partido Progressista
- Alexandre Alberto de Serpa Pinto da Costa
- José da Costa Pina
- General Norton de Matos, Grão Mestre
- José Alberto dos Reis, Presidente da Assembleia Nacional ?
- Oliveira Simões, Grão Mestre Adjunto de Norton de Matos
- Maurício Costa
- Luis Gonçalves Rebordão
- Marechal António Óscar Fragoso Carmona, Presidente da República
- Ramon Nonato de La Feria, médico
- General Luis Augusto Ferreira de Castro, Grão Mestre
- Sá Cardoso
- Freitas Ribeiro
- António Maria da Silva, Primeiro Ministro, Grão Mestre Adjunto, Chefe do Partido Democrático
- Ferreira de Castro, Grão Mestre 1900/1906
- Machado Santos, chefe da Carbonária, o da rotunda em 5 X 1910
- General Sidónio Paes, o Presidente-Rei
- Bernardino Machado, Presidente da República, Grão Mestre 1895/99
- Brito Camacho
- Francisco Gomes da Silva (Grão Mestre 1906/1907)
- Miguel Baptista Maciel, Grão Mestre 1881/85
- José de Castro, Grão Mestre Adjunto de Magalhães Lima
- Visconde de Ouguela, Grão Mestre 1889/95
- António Enes
- Joaquim António de Aguiar
- Rodrigues Sampaio
- Anselmo Braamcamp
- José Dias Ferreira
- Mendes Leal, ministro
- Bispo de Betsaida
- José Estêvão Coelho de Magalhães, orador, deputado, ministro
- José Fontana
- Camilo Castelo Branco, Escritor, 1º visconde de Corrêa Botelho
- Antero de Quental, Poeta
- Inocêncio da Silva
- Gomes de Brito
- Brito Rebelo
- Heliodoro Salgado
- Prof. Egas Moniz, Prémio Nobel
- Rafael Bordalo Pinheiro, artista
- Sebastião José de Sampaio Melo e Castro Lusignan, desembargador, neto do 1º marquês de Pombal, 1º Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1804)
- Hipolito José da Costa
- José Liberato Freire de Carvalho
- Carlos Mardel, húngaro, arquitecto da reconstrução de Lisboa
- John Coustos, suiço naturalizado inglês, lapidário de diamantes
- D. André de Moraes Sarmento, clérigo
- Abade Correia da Serra, da Academia das Ciências
- FIlinto Elísio, Poeta
- Ribeiro Sanches
- Avelar Brotero, Botânico
- Domingos Vandelli
- José Anastácio da Cunha
- José Liberato Freire de Carvalho
- Domingos Sequeira, Génio da Pintura
- José Maria Soares de Castelo Branco, clérigo
- Frei Francisco das Chagas
- José Maria Vasques Álvares da Cunha, 4º conde da Cunha
- Bernardo Correia de Castro Sepúlveda
- Frei António Evangelista Nobre
- Frei António de Loulé
- Frei António da Paixão
- Frei António de Santa Ana Correia
- D. José da Assunção Leote, clérigo
- José Lúcio Travassos Valdez (Bonfim)
- Thomas William Stubbs (Vila Nova de Gaia)
- João de Bettencourt, proprietário, Funchal
- João de Bettencourt, professor,Funchal
- Nicolau Caetano Bettencourt Pita
- José António Bettencourt
- Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar, 1º barão e 1º visconde de Molelos
- João Baptista Leitão de Almeida Garrett, escritor, poeta e dramaturgo
- Tomás Oom
- Francisco Brum de Bettencourt
- Bernardo de Sá Nogueira, marquês de Sá da Bandeira
- Gaspar Teixeira de Magalhães e Lacerda ?
- José Xavier Mouzinho da Silveira, legislador
- José Pereira Cirne de Castro ?
- Sebastião Schiapa Pietra
- Vasco Pinto de Sousa Coutinho (Balsemão) ?
- Duarte Borges da Câmara Medeiros (Vila da Praia)
- José Paulino de Bettencourt Lemos
- António Feliciano de Castilho
- António Lobo Girão (Vilarinho de S. Romão)?
- João Faria Machado Pinto Roby
- Joaquim Augusto Kopke (Massarelos)
- António de Sousa Cirne ?
- Rodrigo de Sousa Teixeira da Silva Alcoforado (Vila Pouca) - consta também da lista dos oficiais concessionados de D. Miguel
- António Augusto de Carvalho Monteiro, o "Monteiro dos Milhões", senhor da Casa da Regaleira
- Alberto Eduardo Valado Navarro, 3º visconde da Trindade
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RE: A Maçonaria em Portugal em 1926
Meu Caro Manuel Maria Magalhães,
Agradecendo as suas muito amáveis palavras, cumpre-me dizer, por imperativos de amor à verdade, que da banca, infelizmente, nem “cheiro”...e que de “sábio” nada tenho...eterno aprendiz, é, e será sempre, o meu estatuto.
Tive sempre por divisa, o respeito pelo “outro” e pelas suas opções.
O amor à liberdade, com limite naquele respeito, é uma estrela sempre presente no meu firmamento...
E deste quadro, dificilmente sairei...
Tal não significa, a ausência, abandono ou repúdio de espírito crítico, só que este confina-se, e confinar-se-á sempre, a ideias e não a pessoas...
Que, em termos de genealogia, pretenda traçar a feição de certa família, convocando o ambiente em que viveu, as influências recebidas ou exercidas... sempre com respeito e preservação do seu “ethos”... é uma coisa.
Outra, bem diferente, será o chamamento de dados, ou o processamento de dados do seu foro pessoal desfasados do contexto referido.
Mas mesmo neste âmbito, a publicação de tais dados, para as pessoas vivas ou falecidas há menos de cinquenta anos, necessitará sempre do seu consentimento.
A este propósito, já noutro lado, “ em dados pessoais e familiares”, me referi.
Despeço-me com amizade,
Eduardo Albuquerque
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro António Maria,
Se se trata da mesma pessoa, foi membro da Loja "Constância I" do Porto, estabelecida em 1838 e 1849. O seu nome simbólico era "Tito", e a sua profissão Oficial do Exército. É tudo o que tenho.
Um abraço
Alexandre
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Alexandre,
Creio que se trata da mesma pessoa, pois assinava indiferentemente como consta na sua lista e em GP. Por outro lado ele era alferes de cavalaria ao tempo em que esteve com o exército de D. Pedro IV na Terceira.
Obrigado por sua resposta.
Um abraço
António Maria
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Herr Vcomte
es freut mich, Sie zu sehen.
Com todo o prazer:
Editora: Imprensa Moderna L.da.
Publicado: 1935.
Etc. : Foi oferecido a um antepassado de quem o autor era amigo. Este, também foi "Maçon". Como só vi a luz do dia muito depois, não imagino se o livro foi censurado. O pai do autor, nos tempos da República Velha, foi ministro e ainda chefe de um governo, embora por escassos dias.
Ao dispor
Luis Belliago
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Meu caro Alexandre
O teu entusiasmo dá-me imenso gozo e foi muito bem explicado pelas sábias e sensatas palavras do meu velho companheiro José Alberto Allen. A muito prudente posição do A Tavares Festas, reforçada q. foi pelo aviso amigo de Eduardo de Albuquerque, sempre atento à questão dos “dados pessoais e familiares”...
Então já conseguiste arranjar um Avô do António Maria referido pelo A.H. Oliveira Marques! Palpita-me q. por aí se ficará...
É que ele é meu primo por uma quase infindável série de lados, desde o sul alentejano até aos confins da raia transmontana, com especial incidência em Aveiro, Vila Real e Bragança. Duma maneira geral, por terras onde o Grande Arquitecto nunca pôs os pés e. se o tentasse fazer, logo o esperaria algum membro da “Santa Hermandad”, na primeira esquina...
Há pouco, procurando um livro q. não encontrei, topei com um outro que fez as minhas delícias quando o comprei há anos e voltou a fazer agora. Não posso dizer q. vem a talhe foice, pois tratando-se do que é, vem mais a talhe de pesado sabre de Cavalaria!
( as tais nuances q. o nosso amigo Manuel Estevam Rolão, Coronel de Infantaria, melhor compreende...)
Transcrevo:
MEMORIA e Exposição Authentica da Conducta Civil, e Militar de Luiz Vaz Pereira Pinto Guedes, Visconde de Monte Alegre, desde 1821, até 1823.
(Apresenta uma gravura com as armas nacionais da época – escudo sobre a esfera armilar, encimado pela coroa real. O todo engrinaldado com folhas de carvalho)
Lisboa: Na Impressão de João Nunes Esteves, anno de 1823.
Com Licença da Real Commissão de Censura.
“”Memoria – Nós abaixo assignados, attestamos ser verdade, que o Visconde de Mont’-Alegre, tendo chegado a esta Côrte de Lisboa de volta da do Rio de Janeiro, encontrou nella ao Conde d’Amarante, hoje Marquez de Chaves, e com elle principiou em Julho de 1821a combinar, e concertar o modo de salvar a Sua Magestade, El-Rei Nosso Senhor da detestavel facção Maçonica, e do Despotismo Constitucional, e indecencia com que El-Rei era menos presado, o que aberta, e denodadamente communicou ao Marechal de Campo, Luiz Maria de Sousa Vahia, hoje Visconde de São João da Pesqueira, e que naquele tempo se achava igualmente nesta Côrte, e a Simão da Silva Ferraz, actual Intendente Geral da Polícia, e a muitas varias outras pessoas da sua confidencia nesta Cidade.
Partindo para a Provincia fez iguaes esforços na Cidade do Porto, mui particularmente com seu Irmão José Vaz Pereira Pinto Guedes, hoje Visconde de Villagarcia, com quem concertou, e combinou o plano de preparar, e movêr as tropas das Provincias do Norte a abraçarem a justa Causa da Independencia de Sua Magestade, que tambem o dito seu Irmão combinou com o Visconde de Balsemão, e Luiz Pereira de Vilhena, Alferes Reformado, e outras muitas pessoas de distincção da Província do Minho; e o dito Visconde de Monte Alegre foi de proposito por Guimarães, em Novembro do dito anno, quando fez a sua jornada para a Província de Trás-os-Montes, convidar, e concertar com o seu Primo o General Gaspar Teixeira de Magalhães, hoje Visconde do Pezo da Regoa que igualmente ambos se derão as mãos a entrar na dita combinação; bem como depois o communicou tambem aos dous Capitães de Cavallaria em Chaves, a Miguel Vaz Pereira Pinto Guedes, seu sobrinho do 6º regimento de Cavallaria, morto em 13 de Março na Acção de Santa Barbara e, em Villar d’Ossos, Casa do mesmo Visconde, por occasião de hum festejo d’annos do dito Visconde, a Antonio Colmieiro de Moraes, seu Parente, hoje Tenente Coronel do Regimento de Cavallaria nº 12; os quais todos d’accôrdo com a mesma boa vontade, e desejo, conservando correspondencia, começárão de espreitar o momento, em que, podendo dar impulso a tão justa pretenção, patenteassem os ardentes desejos, que nutrião, os quais só o Conde d’Amarante, destinado pela Providencia, para ser o primeiro acclamador, pôde desenvolver em Villa Real mo Memoravel Dia 23 de Fevereiro do presente anno de 1823, e em Chaves no immediato dia 24 do dito mez, em cujo dia escreveo o dito Conde, e seu sobrinho Miguel Vaz, as Cartas seguintes = “Illustrissimo e Escellentíssimo Senhor, Meu amado Tio e Senhor da minha maior veneração, e respeito. Faço esta a dizer a Vossa Excellencia, que hoje dia 24 do corrente se fez a acclamação do Senhor D. João sexto, por tanto queira Vossa Excellencia vir immediatamente tomar o seu lugar.
Tenha saude, o que muito lhe deseja este que he de Vossa Excellencia sobrinho muito attento, e obrigado = Conde d’Amarante = Chaves, 24 de Fevereiro de 1823 = Illustrissimo e Excellentissimo Senhor: venha a toda a preça, gritar com nosco = Viva El-Rei; e a Santa Religião, e cá saberá, e mesmo pela ordenança o que tem havido; adeos meu Tio, recomende-me a minha Excellentíssimas Primas, e que não tenham cuidado, e que gritem tambem = Viva El-Rei = como faz de todo o seu coração, e com todas as suas forças este seu sobrinho, e afilhado = Miguel Vaz = Chaves no dia 24 de Fevereiro, e primeiro da Salvação Portugueza = Venha apear-se a minha casa, e sem demora,” (I)
(I) O portador destas Cartas, foi o Alferes de Cavallaria Manoel Moreira Vaz Bravo, hoje Capitão do Regimento 6º de Cavallaria, que com duas Ordenanças que o acompanhavam as entregarão em Villar d’Ossos ao dito Visconde pelas duas horas da manhã do dia 25... ... “”
Meu caro Alexandre, por este interessante documento e pelo testemunho nele expresso, de, cito “Manoel de Mendonça Figueira de Azevedo Pinto de Sousa, Fidalgo Escudeiro da Casa de Sua Magestade, Commendador e Alcaide Mór da Villa do Canno na Ordem de São bento de Aviz, e Tenente Coronel Aggregado ao Regimento de Milicias de Arouca &c., &c., &c., bem como pela certificação Jorge Heuson Junior, de 22 de Agosto de 1823, permito-me concluir que o nosso Avô Gaspar Teixeira de Magalhães e La Cerda, Tenente General do Exército, Visconde do Pezo da Regoa, não terá sido nunca maçon, pedreiro-livre, anti-Cristo, filho do Demo... entre outros “mimos” que o Avô Luiz Pinto Guedes usava para classificar os ditos cujos!
Grande abraço!
+ Manoel, etc.etc.
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
D. Manoel
Reverendo Primo por uma quase infindável série de lados
Espero que esta, até aqui desconhecida, apostasia do meu Avô Roby não venha macular a nossa afinidade, sob reserva de A. H. de Oliveira Marques estar enganado, embora da mesma lista conste um seu cunhado, Sebastião Schiappa Pietra, quiçá da mesma Loja.
Pelo menos, no que a mim se refere, está cumprido o objectivo de Alexandre Burmester ao lançar este Tópico: aumentar o conhecimento acerca da História das Famílias. Por isto a ele um grande bem haja!
Rogo sua benção (sem abjurar meu Avô)
Antº. Maria
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Primo Fevereiro,
Já agora, se não é muita maçada, agradecia me explicasse essa minha ascendência que, confesso, me era à 1ª vista, desconhecida.
Grande abraço
Novembro
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Eminência Reverendíssima,
Tentando esquivar-me ao pesado sabre de cavalaria, acendamos então uma velinha à vetusta e controversa figura de nosso mui estimado avô Gaspar Teixeira de Sousa Magalhães e Lacerda, 1º Visconde de Peso da Régua, sobre cuja eventual pertença aos quadros o nosso AH não estava seguro, tendo como tal colocado um ponto de interrogação a seguir ao seu nome, o que eu fielmente reproduzi. Também tomei essa possível filiação com alguma água benta (duplamente, diga-se)mas o meu papel nesta resenha não é senão o de monge copista, abstendo-me em nome do rigor e da isenção, de tecer quaisquer comentários ou juízos de valor.
Está assim salvo da ingnomínia mais um costado de V. Exa. Reverendíssima, a quem mui respeitosamente beijo o dedo sem anel
Alexandre, Presbítero
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Parente,
Aqui vai, resumido:
António de Faria Machado, FCR, alvará de 10.01.1696, Senhor do Morgado da Bagoeira, + 1710, c.c. Joana da Fonseca Pinto, n. cerca 1675. Tiveram, entre outros:
Maria Josefa Luísa de Vilhena, que segue.
João de Faria Machado, meu 8º Avô.
--------------------------------------------------------
Maria Josefa Luísa de Vilhena, + 11.06.1772, c.c. Diogo Vilas Boas e Sampaio, n. 12.06.1683, tiveram:
António José da Vilas Boas e Sampaio, n. cerca 1730, c.c. Maria Isabel de Barbosa, tiveram:
Diogo de Vilas Boas e Sampaio de Barbosa, n. cerca 1760, c.c. Maria Felizarda de Melo Pereira de Sampaio, tiveram:
Mécia Júlia de Vilas Boas e Sampaio de Barbosa, n. 01.07.1786, c. 28.05.1799 c. José de Magalhães e Menezes, n. cerca 1780, tiveram, entre outros:
José de Magalhães e Menezes de Vilas-Boas Sampaio de Barbosa, 1º Conde de Alvelos, c.c. Maria Adelaide de Magalhães e Menezes Perfeito de Aragão e Sauzedo. Seus 4ºs Avós.
Está tudo aqui em GP.
Se eventualmente tiver interesse em dados biográficos de António de Faria Machado e ascendência, tenho alguma informação que lhe poderei passar.
Um abraço,
Faria Machado
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Machado,
Já suspeitava que fôsse pelo lado Vilas Boas. O 1º Conde de Alvelos e sua mer. eram meus tetravós.
Estou efectivamente interessado nos dados biográficos que possua.
Um abraço
Sabre de Cavalaria (ver mens. magalp)
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
BERNARDO VALENTIM MOREIRA DE SÁ - Guimarães, 14.2.1853 - Porto, 2.4.1924. Músico, concertista, maestro e professor, consagrou-se como violinista, percorrendo vários países da Europa e América, em tournées com seus amigos Viana da Motta, Pablo Casals e Harold Bauer. Discipulo na Alemanha do eminente violinista Joseph Joachim (que foi director da Escola Superior de Música de Berlim, e discípulo de Schumann e Mendelssohn). Exerceu funções docentes no ensino secundário (leccionando Português, Francês, Inglês, Alemão, Matemática, Música), vindo a ser até à sua morte Director da Escola Normal do Porto. Fundou sucessivamente a Sociedade de Concertos, a Sociedade de Música de Câmara, a Sociedade de Concertos "Orpheon Portuense" (a mais antiga sociedade de concertos da Península Ibérica) e o Quarteto Moreira de Sá, com ampla difusão em todo o País. Deveu-se-lhe também, em grande parte, a organização do Conservatório de Música do Porto, que dirigiu. Deixou publicada uma vasta obra de história e temas de Música (destaque especial para as valiosas obras "A História da Música" e "A História da Evolução Musical", além da "Teoria Matemática da Música", elaborada em língua francesa e que foi estudada e coemntada com entusiasmo no Congresso Internacional de Música de Paris, em finais do século XIX). Publicou ainda inúmeros manuais para o ensino, como Selectas e Dicionários de Francês, Português, Inglês e Alemão, ficando célebres as suas "Palestras Musicais".
Foi condecorado pelo rei D. Luís com a comenda da Ordem de Nª Senhora da Conceição de Vila Viçosa, que, no entanto, modestamente declinou.
Foi amigo pessoal de eminentes personalidades do meio cultural, português e mundial, destacando-se a sua amizade com nomes como Charles Vidor, Leon Sachs, Claude Debussy, Maurice Ravel, Pablo Casals, Harold Bauer, Pablo Sarasate, Guilhermina Suggia, Arthur Rubinstein, Antero de Quental, D. Tomaz de Mello Breyner (Conde de Mafra), e tantas mais.
Era membro honorário de inúmeras sociedades culturais, da Academia das Ciências de Portugal, da Academia Real de Málaga, etc.
Iniciado no ano de 1896 (pela mão de seu grande e particular amigo Viana da Motta, que ali fora iniciado no ano anterior) na loja "Ave Labor", do Porto, com o nome simbólico de "Beethoven", atingindo nesse mesmo ano o grau de "Mestre".
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Sabre,
Conte com os dados.
Um abraço do Machado
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Depois de debitar toda a informação acima, esqueci-me de assinar. As minha desculpas.
Cumprimentos.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro António Maria,
Lendo com mais atenção, verifico que se equivocou num ponto: Maria Adelaide MM PA Sauzedo era filha do 1º Conde de Alvelos, e minha trisavó, cc meu trisavô João de Bettencourt de Vasconcelos Correia e Ávila. A mulher do 1º Conde de Alvelos era Ana Adelaide Perfeito Pereira Pinto Rebelo Pinheiro de Aragão Sauzedo.
Um abraço
Alexandre
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Fernando de Sá Monteiro,
Não me sabe confirmar se este ilustre personagem era avô da distinta pianista portuense Helena Moreira de Sá e Costa?
Cumprimentos
Alexandre Burmester
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Alexandre:
É sem dúvida o avô materno de Helena e Madalena Moreira de Sá e Costa, e meu bisavô, por minha mãe, Maria Manuela de Carvalho Magalhães Moreira de Sá, filha única e herdª do engº Fernando Moreira de Sá.
Um abraço.
Fernando Moreira de Sá Monteiro
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Fernando,
Este mundo é muito pequeno! Conheci há já alguns anos a Sra. D. Helena, professora de uns amigos meus, e também de meu primo Pedro Burmester. Uma grande Senhora, e não apenas na sua arte! Folgo muito em conhecer um seu primo, embora apenas virtualmente.
Um abraço
Alexandre
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Alexandre Burmester:
Já agora, como mera curiosidade, o Francisco Joaquim Moreira Carneiro Borges de Sá Barreto (ou somente Francisco Joaquim Moreira de Sá, como passou a assinar mais tarde, após a instituição do opulento Morgadio de Sá), F.C.R., Cavº Ordem de Cristo, etc., referenciado na minha mensagem de 01.11.02, às 13:28, era respectivamente meu 5º e 6º avô materno e 4º e 5º da Helena e Madalena Moreira de Sá e Costa.
Foi ele bom poeta, e o introdutor do fabrico do papel à base da massa de madeira, na sua Fábrica da Quinta da Cascalheira, em S. João das Caldas, Vizela, a 1ª fábrica a produzir tal tipo de papel na Europa.
Foi, por este motivo, muito justamente considerada a pedra filosofal da papelaria.
Teve o monopólio do fabrico pelo prazo de 25 anos, por mercê de D. José, mas a fábrica foi arrasada e queimada, quando das Invasões Francesas.
Ainda assim, propôs-se construir nova fábrica no Brasil, na sua Fazenda de Santo António, para o que pediu a intercessão de seu primo, o conde da Barca, então Ministro, para a criação de uma lotaria, destinada a tal projecto, dando como penhor as suas lavras do Morro de Gaspar Soares.
Curioso este individuo! Mas, infelizmente, com pouco sucesso empresarial.
Como se não bastasse, já no século passado, em1866, na Exposição Universal de Paris, apareceu uma máquina de invenção alemã que fabricava aquele papel. E no início do ano seguinte os jornais portugueses referiam-se elogiosamente a este invento.
De imediato o Dr. Pereira Caldas (professor no Liceu de Braga) publicou um folheto de cinquenta páginas intitulado “Vindicação da prioridade do fabrico de papel com massa de madeira, como descoberta portuguesa: sendo fabrico intentado no princípio deste século, nas Caldas de Vizela, na província do Minho, na Fábrica da Cascalheira, em S. João das Caldas, na margem esquerda do rio Vizela: sob iniciativa de Francisco Joaquim Moreira de Sá, fidalgo da Casa Real, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, e Senhor da Quinta de Sá, em Santa Eulália de Barrosas, na mesma Ribeira de Vizela”.
O folheto é datado de 10/7/1867 e dedicado à poetisa Ana de Sá (de seu nome completo D. Ana Amália Moreira de Sá), neta de Francisco Joaquim Moreira de Sá e, à data, senhora da casa de Sá.
Nele se refere o Dr. Pereira Caldas a um opúsculo muito raro, da autoria do juiz Dr. José Raimundo de Paços de Proben e Barbosa (da casa de Caneiros, em Fermentões, Guimarães), composto por uma ode exaltando o invento e o inventor, bem como por dois sonetos da autoria do próprio Moreira de Sá, dedicados ao rei D. João VI e à rainha D. Carlota Joaquina, sendo este opúsculo já impresso no novo papel produzido pela fábrica.
De facto, desde 1797 que Moreira de Sá começara a tratar da realização da aludida fábrica, a situar-se na sua quinta da Cascalheira, em S. João das Caldas de Vizela.
E as inúmeras escrituras de compra e venda existentes no Arquivo Municipal Alfredo Pimenta, em Guimarães, e no Arquivo Distrital do Porto, algumas delas referindo-se expressamente à fábrica de papel, permitem-nos corroborar a veracidade das afirmações do Dr. Pereira Caldas.
É ponto assente que para levar a cabo a construção daquela fábrica, Moreira de Sá desfez-se de onze quintas, na distância de uma légua da sua casa de Sá, de treze moradas de casas em Guimarães e de mil medidas sabidas ainda, pagáveis a maior parte em Margaride e Montelongo.
Escreve ainda o Dr. Pereira Caldas nas “Notas Históricas das Caldas de Vizela”:
“Conseguidos na Fábrica da Cascalheira bons ensaios do novo papel, foram eles presentes, para amostra, na Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação do Reino e seus domínios - como disso dá testemunho o referido alvará de 24 de Janeiro de 1805. E foi expedido então esse alvará, em vista da consulta oficial da mesma Junta, em 9 de Outubro de 1804 - solicitada em requerimento do mesmo Francisco Joaquim Moreira de Sá, endereçada ao governo em 1797 - achando-se anexas ao mesmo alvará (registado na Secretaria do “Registro Geral” das Mercês, e na Chancelaria Mór da Côrte e Reino, e condições - no “Livro dos Ofícios e Mercês”, a fls. 132), as condições para as Fábricas de Papel de vegetais e de tinturaria de Primeira Sorte, a favor de Francisco Joaquim Moreira de Sá e seus consócios - agraciados todos com a mercê régia do Hábito de Cristo”.
O citado alvará de 24/1/1805 concede o privilégio da exploração da indústria pelo prazo de vinte e cinco anos a Francisco Joaquim Moreira de Sá.
A sociedade constituiu-se em 28/4/1804, por escritura lavrada na nota do tabelião Vitorino Alão de Macedo e Sousa, da cidade do Porto. Foram sócios de Moreira de Sá: José Pereira Ferraz, José Ventura Fortuna, Manuel Luís da Costa, José Pereira Ferraz de Araújo Ribeiro e Florido Rodrigues Pereira Ferraz .
Acrescente-se ainda o nome do engenheiro, director técnico da fábrica, o inglês Thomas Beshop, vindo de Londres a pedido e por influência do diplomata António de Araújo de Azevedo, futuro Conde da Barca, parente da 1ª mulher de Moreira de Sá.
Por ocasião das invasões napoleónicas a fábrica foi saqueada e incendiada, sendo o próprio Moreira de Sá - alcunhado pela populaça de “fero jacobino” - forçado a embarcar para o Brasil.
Não me alongarei mais sobre a fábrica de papel e respectivo invento já que sobre a matéria se encontram publicados vários trabalhos, dos quais saliento- pela sua inegável importância -o da autoria do nosso prezado primo Dr. Rui Moreira de Sá e Guerra. Dada a relevância de que se reveste este estudo - aliada à competência e seriedade que são apanágio deste investigador - para aí remeto o leitor interessado por esta matéria.
Um abraço e desculpem todo este arrazoado, mas parceu-me curioso.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Alexandre,
Tem toda a razão. Escrevi à pressa e copiei mal de GP.
As minhas desculpas e um abraço
António Maria
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Mais nomes a acrescentar à lista:
1- Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos (TEIXEIRA DE PASCOAIS), n. 2.11.1877, Amarante, Amarante - falecido a 14.12.1952, Gatão, Amarante.
Bacharel em Direito pela U. C., proprietário e escritor, exerceu a advocacia durante algum tempo, mas dedicou-se sobretudo à poesia, deixando publicada uma abundante e importante obra literária.
Foi iniciado maçon em 1905 no triângulo nº 50, de Amarante, com o nome simbólico de "Gogol".
2-Marquês de Ponte de Lima (2º), D. Tomás José Xavier de Lima Vasconcelos Brito Nogueira Teles da Silva, n. 12.10.1779 - 5.2.1822, Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, 2º marquês de Ponte de Lima, 15º conde de Vila Nova de Cerveira. Oficial do exército, atingiu o posto de Coronel. Combateu na Legião portuguesa e serviu como ajudante-de-campo do marechal Marmont, desertando mais tarde (1811) e juntando-se ao exército anglo-português.
Pertenceu à loja militar "Cavalheiros da Cruz", instalada em Grenoble, onde desempenhou as funções de "1º vigilante".
3- D. António de Saldanha da Gama, 1º conde Porto Santo, n. 5.2.1778, lisboa - faleceu 23.7.1839, Lisboa. Oficial da Marinha, político e diplomata, atingiu o posto de chefe de Esquadra e desempenhou as funções de Governador do Maranhão (1804-1806)e de Angola (1807-1810), representou Portugal no Congresso de Viena, na qualidade de diplomata (1814-1815), na Rússia (1815-1818) e em Espanha (1820), sendo promovido a embaixador.
Foi ainda secretário de Estado e ministro dos Negócios Estrangeiros (1825-1826), Par do Reino (desde 1826) e Presidente da Comissão Municipal de Lisboa. Deixou publicados trabalhos sobre política ultramarina e recebeu em 1823 o título de 1º conde de Porto Santo.
Foi provavelmente iniciado nos primeiros anos do século, quando desempenhava as funções de ajudante-de-campo do duque de Sussex.
4- D. Pedro de Almeida Portugal, 3º marquês de Alorna, 5º conde de Assumar, n. 16.1.1754, Lisboa - falecido 2.1.1813, Königsberg (Prússia). Oficial do exército, combateu no Roussillon e na chamada "Guerra das Laranjas", distinguindo-se como um dos mais hábeis oficiais portugueses. Nomeado por Junot para comandar a Legião Portuguesa, acompanhou as tropas de Napoleão durante várias campanhas, entre elas a da Rússia, e desempenhou o cargo de governador de Minak, vindo a falecer em serviço.
Há dúvidas sobre ter pertencido ou não à Maçonaria.
5- D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, 4ª marquesa de Alorna, 7ª condessa de Assumar, n. 31.101750, Benfica, Lisboa - faleceu 11.10.1839. Irmã e herdeira do 3º marquês de Alorna, usou o pseudónimo de Alcipe e viveu reclusa de 1759 a 1777, devido às perseguições do marquês de Pombal contra a sua família. Casou com o conde de Oeynhausen, o que lhe permitiu viajar por boa parte da Europa. Extremamente culta, rodeando-se de literatos e eruditos, deixou uma importante obra de poesia e de literatura.
De ideias liberais, foi obrigada a exilar-se em Londres (1803), só regressando a Portugal em 1814.
Fundou em 1803 em Portugal a Sociedade da Rosa, associação andrógina para-maçónica, de que assumiu a chefia.
Cumprimentos.
Fernando de Sá Monteiro
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
continuação...
6- Fernando Romão da Costa Ataíde e Teive de Sousa Coutinho, senhor de Baião e administrador do morgado da Ribeira Brava, FCR, grande proprietário, n. 25.11.1775, Viseu - f. 21.6.1835, Lisboa.
Oficial do exército, cadete em 1792, atingiu o posto de tenente-coronel em 1809, demitindo-se em 1811.
Liberal, pertenceu ao Conselho Conservador de 1808. Exerceu as funções de Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano de 1809 a 1815 (?).
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
continuação...
7- Manuel Teles da Silva de Menezes e Castro, fºdJoão Gomes da Silva, 4º conde de Tarouca, e representante de Portugal em Haia e em Viena, saiu de Portugal em 1715, acompanhando o infante D. Manuel, de quem era íntimo amigo, numa viagem pela Europa. Fixou-se em Viena onde veio a ser valido da Imperatriz Maria Teresa, recebendo sucessivamente os títulos de Duque (1735) e de Príncipe (1749) de Silva Tarouca, e ocupando cargos de relevo no Império. Foi amigo de Sebastião José de Carvalho e Melo, durante a estadia deste em Voena (1745-49).
Iniciado antes de 1742, frequentou a loja vienense "Aux Trois Canons (Zu den drei Kanonen)", onde possivelmente treá acompanhado o futuro marquês de Pombal.
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Relativamente a Rafael Bordalo Pinheiro, já relacionado, diz José Augusto França (in Rafael Bordalo Pinheiro) que foi iniciado na loja "Restauração de Portugal", teve credencial assinada pelo Conde de Paraty, grão-mestre (tb. já relacionado), pelo grão-secretário J. de Carvalho Prostes, seu primo, trazendo outro documento de quitação a assinatura do seu amigo Mariano Cordeiro Feio. Para o efeito Bordalo tomava o nome de "Goya".
Cump
CM
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Es freut mich, euch kennenzulernen.
Was wunschen Sie daruber zu sagen?
Donnerwetter! Sie sprechen Ja wunderbar Deutsch! Ich muss ihnen gratulieren.
Sind sie Deuttscher, ich glaub.
Vielleicht, Prinz Karl Hohenzollern?!...
Aufwiedersehen
Luis Belliago
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Coloquio
Cara Conceição Mascarenhas
Muito obrigado pela sua contribuição. Não virá ao colóquio nas Lágrimas, para termos o prazer de a conhecer?
Melhores cumprimentos
ATF
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Actualização da LGMP
Agradecendo aqui em colectivo os vários contributos que têm chegado, e vão sendo bastantes e de qualidade, actualizamos a Lista:
- D. José I ?
- D. João VI ?
- D. José, Príncipe do Brasil
- Marquês de Pombal
- Marechal Duque de Saldanha
- D. Pedro I e IV do Brasil e Portugal, Grão Mestre da Maçonaria Brasileira
- D.Fernando II
- Francisco de Sousa Cirne de Madureira
- José da Silva Carvalho, Par do Reino, Fundador do Supremo Tribunal de Justiça, Ministro dos Negócios Eclesiásticos, Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1823/1839), Grão Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1839/...)
- Doutor João Lopes de Moraes, Lente de Medicina, da Loja Filadélfia em Coimbra
- António José de Almeida, Presidente da República, Grão Mestre em 1928
- Sebastião de Magalhães Lima, Grão Mestre 1907/1928
- Afonso Costa, Primeiro Ministro
- Gomes Freire de Andrade
- Elias Garcia, Grão Mestre 1885/6 e 1888/1889
- Costa Cabral, 1º marquês de Tomar, Grão Mestre 1841/1849
- Silva Cabral, 1º conde de Tomar
- Rodrigo da Fonseca Magalhães
- Doutor A. H. de Oliveira Marques
- 1º duque de Palmela ?
- 1º duque de Loulé
- Duque da Terceira
- Fontes Pereira de Melo
- Mário Soares, Presidente da República
- Manuel de Serpa Machado, deputado em 1820
- António Vieira de Magalhães, 1º visconde de Alpendurada
- João Inácio Francisco de Paula de Noronha, 2º Conde de Parati, Grão Mestre 1869/81
- António Augusto de Aguiar, Grão Mestre 1886/1887
- Bernardino Luís Machado Guimarães
- José Mendes Ribeiro Norton de Matos
- José Manuel da Cunha Faro Meneses Portugal da Gama carneiro e Sousa, 4º Conde de Lumiares;
- Francisco António de Campos, 1º Barão de Vila Nova de Foz Coa
- Marcelino Máximo de Azevedo e Melo, 1º Visconde de Oliveira
- Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos (TEIXEIRA DE PASCOAIS), iniciado em 1905 no triângulo nº 50, de Amarante, com o nome simbólico de "Gogol".
- D. Tomás José Xavier de Lima Vasconcelos Brito Nogueira Teles da Silva, 2º marquês de Ponte de Lima
- D. António de Saldanha da Gama, 1º conde do Porto Santo ?
- D. Pedro de Almeida Portugal, 3º marquês de Alorna ?
- D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, Alcipe, 4ª marquesa de Alorna, foi para-maçónica (estando a Maçonaria fechada ao sexo feminino)
- Manuel da Silva Passos (Passos Manuel)
- Fernandes Tomás, vintista, do Sinédrio
- Ferreira Borges, vintista, do Sinédrio
- Borges Carneiro, vintista, do Sinédrio
- João da Cunha Sottomayor, juiz, do Sinédrio, Grão Mestre em 1821
- Agostinho José Freire
- Caetano Gaspar de Almeida Noronha Portugal Camões de Albuquerque Moniz e Sousa, 3º Conde de Peniche
- António Nogueira Mimoso Guerra (Lagos, 08.09.1867 - Lisboa, 11.01.1950), Presidente do Conselho do Grande Oriente Lusitano (1930-1931) - Republicano histórico, foi Subsecretário da Guerra (1916), Deputado (1917) e Ministro da Guerra (1925). Por duas vezes foi Governador interino de Angola. Um dos maiores especialistas portugueses em geodesia e corografia, foi director da Administração Geral dos Serviços Geodésicos, Topográficos e Cadastrais (1923-1926) e do Instituto Geográfico e Cadastral (1926-1941). Bisneto do Major António José Nogueira Mimoso e de D. Maria Antónia Lampreia de Figueiredo, que estão na base de dados do GP.
- Domingos Correia Arouca (Castro Marim, 01.05.1790 - Lisboa, 24.01.1861), Grão-Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1858?-1861) - Brigadeiro do Ultramar, foi Governador de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, Fidalgo-Cavaleiro, Senador e Conselheiro de Estado. Neto do Capitão Domingos Gomes Correia Vilão e de D. Catarina Lopes Mascarenhas, que estão na base de dados do GP.
- Em Lagos:
Numeros, Nomes (Maç.º. / Prof.º.), Graus, Dignidades e Officios da L.º., Empregos Civis, Residencias.
2601, Guilherme Telle, MANOEL BERNARDO CHABI, 7, -, Coronel Governador de, Lagos.
2602, Publicula, JOSÉ ANTONIO FERREIRA BRAK LAMY, 7, -, Desembargador e Ouvidor das, Alagoas.
2603, Melchiades, MATHEUS ANTONIO PEREIRA DA SILVA, 7, 2.º. Vig.º., Juiz de fóra de, Lagos.
2604, Catão, JOÃO BAPTISTA DA SILVA LOPES, 7, Secret.º., Proprietario, » (Lagos).
2605, Annibal, RODRIGO VITO PEREIRA DA SILVA, 7, Ven..º., Coronel d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2606, Pompeu, PEDRO MASCARENHAS, 4, Arq.º. Dc.º., Tenente-Coronel Reformado, Faro.
2607, Francklim, JOAQUIM ANTONIO VALINHO, 3, » (Arq.º. Dc.º.), Cónego da Sé de, » (Faro).
2608, Asmódeo, ANTONIO CORRÊA DE MENDONÇA PESSANHA, 3, Chanc.º. Arq.º., Guarda-mór de Saude de, Lagos.
2609, Tito, JOÃO JOSÉ ANTUNES GAIVÃO, 3, » (Chanc.º. Arq.º.), Coronel aggregado de milicias de, » (Lagos).
2610, Nevton, JOÃO ROSENDO DE MENDONÇA PESSANHA, 3, » (Chanc.º. Arq.º.), Tenente-Coronel Graduado d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2611, Pithagoras, PEDRO ALEXANDRE PEREIRA DA SILVA, 3, G.ª. Int.º., Major Graduado d'infantaria n.º 14, Tavira.
2612, Fabricio, MANOEL GOMES XAVIER, 3, G.ª. Ext.º., Alferes d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2613, Graccho, D. BARTHOLOMEU SALAZAR MOSCOSO, 3, » (G.ª. Ext.º.), Major Graduado d'infantaria n.º 2, Lagos.
2614, Sertorio, JOSÉ QUINTINO DIAS, 3, 2.º Exp.º., Tenente d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2615, Bruto, FRANCISCO CORRÊA DE MENDONÇA PESSANHA, 3, 1.º Vig.º., Major de Milicias de, » (Lagos).
2616, Washinton, JOSÉ BENTO DE BARAHONA FRAGOSO, 3, M.º. de Cer.º., Deão da Sé de, Faro.
2617, Esculapio, FRANCISCO MANOEL DA CRUZ, 3, » (M.º. de Cer.º.), Medico, » (Faro).
2618, Caligula, JERONYMO JOSÉ CARNEIRO, 3, » (M.º. de Cer.º.), Deputado em Côrtes, Lisboa.
2619, Eli, JOSÉ PEDRO DA SILVA GONÇALVES REIS, 3, Thez.º., Prior da, Villa do Bispo.
2620, Viriato, JOAQUIM NEVES, 3, Ter.º., Tenente de milicias de, Lagos.
2621, Numa, D. NICOLAU MORAL, 3, Hosp.º., Medico, » (Lagos).
2622, Lysanias, JOSÉ D'ABREU MACHADO, 3, Orad.º., Juiz de fóra de, Tavira.
2623, Alcibiades, MANOEL JOSÉ PEIXOTO, 3, 1.º Exp.º., Corregedor de, Lagos.
2624, Scipião, JOSÉ FRANCISCO DA COSTA, 1, » (1.º Exp.º.), Alferes d'infantaria n.º 14, Tavira.
2625, Solon, MANOEL MASCARENHAS ZUZARTE LOBO, 1, » (1.º Exp.º.), Proprietario, Lagos.
2626, Leonidas, MANOEL ALEXANDRE TRAVASSOS, 1, » (1.º Exp.º.), Ajudante d'infantaria n.º 14, Tavira.
2627, Galeno, PAULO JOSÉ DE BARROS, 1, » (1.º Exp.º.), Cirurgião-mór d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2628, Cornelio, FRANCISCO JOAQUIM NOGUEIRA MIMOSO, 1, » (1.º Exp.º.), Pagador d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2629, Aurelio, FR. VICENTE DE LIRA, 1, » (1.º Exp.º.), Prior do Convento da Graça, » (Tavira).
2630, Aquilles, JOAQUIM JOSÉ JORDÃO, 1, » (1.º Exp.º.), Cirurgião-mór d'infantaria n.º 2, Lagos.
- Francisco Joaquim Moreira Carneiro Borges de Sá Barreto, FCR, COX
- Henrique Correia de Vilhena, natural da ilha da Madeira
- Francisco Maria Corvo, da cidade de Lisboa
- abade de Gondar, José de S. Bernardino Botelho
- Francisco da Silva de Queirós, cónego
- José Luciano de Castro, Primeiro Ministro, Chefe do Partido Progressista
- Alexandre Alberto de Serpa Pinto da Costa
- José da Costa Pina
- General Norton de Matos, Grão Mestre
- José Alberto dos Reis, Presidente da Assembleia Nacional ?
- Oliveira Simões, Grão Mestre Adjunto de Norton de Matos
- Maurício Costa
- Luis Gonçalves Rebordão
- Marechal António Óscar Fragoso Carmona, Presidente da República
- Ramon Nonato de La Feria, médico
- General Luis Augusto Ferreira de Castro, Grão Mestre
- Sá Cardoso
- Freitas Ribeiro
- António Maria da Silva, Primeiro Ministro, Grão Mestre Adjunto, Chefe do Partido Democrático
- Ferreira de Castro, Grão Mestre 1900/1906
- Machado Santos, chefe da Carbonária, o da rotunda em 5 X 1910
- General Sidónio Paes, o Presidente-Rei
- Bernardino Machado, Presidente da República, Grão Mestre 1895/99
- Brito Camacho
- Francisco Gomes da Silva (Grão Mestre 1906/1907)
- Miguel Baptista Maciel, Grão Mestre 1881/85
- José de Castro, Grão Mestre Adjunto de Magalhães Lima
- Visconde de Ouguela, Grão Mestre 1889/95
- António Enes
- Joaquim António de Aguiar
- Rodrigues Sampaio
- Anselmo Braamcamp
- José Dias Ferreira
- Mendes Leal, ministro
- Bispo de Betsaida
- José Estêvão Coelho de Magalhães, orador, deputado, ministro
- José Fontana
- Camilo Castelo Branco, Escritor, 1º visconde de Corrêa Botelho
- Antero de Quental, Poeta
- Inocêncio da Silva
- Gomes de Brito
- Brito Rebelo
- Heliodoro Salgado
- Prof. Egas Moniz, Prémio Nobel
- Rafael Bordalo Pinheiro, artista, "Goya", da loja Restauração de Portugal
- Sebastião José de Sampaio Melo e Castro Lusignan, desembargador, neto do 1º marquês de Pombal, 1º Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1804)
- Hipolito José da Costa
- José Liberato Freire de Carvalho
- Carlos Mardel, húngaro, arquitecto da reconstrução de Lisboa
- John Coustos, suiço naturalizado inglês, lapidário de diamantes
- D. André de Moraes Sarmento, clérigo
- Abade Correia da Serra, da Academia das Ciências
- FIlinto Elísio, Poeta
- Ribeiro Sanches
- Avelar Brotero, Botânico
- Domingos Vandelli
- José Anastácio da Cunha
- José Liberato Freire de Carvalho
- Domingos Sequeira, Génio da Pintura
- José Maria Soares de Castelo Branco, clérigo
- Frei Francisco das Chagas
- José Maria Vasques Álvares da Cunha, 4º conde da Cunha
- Bernardo Correia de Castro Sepúlveda
- Frei António Evangelista Nobre
- Frei António de Loulé
- Frei António da Paixão
- Frei António de Santa Ana Correia
- D. José da Assunção Leote, clérigo
- José Lúcio Travassos Valdez (Bonfim)
- Thomas William Stubbs (Vila Nova de Gaia)
- João de Bettencourt, proprietário, Funchal
- João de Bettencourt, professor,Funchal
- Nicolau Caetano Bettencourt Pita
- José António Bettencourt
- Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar, 1º barão e 1º visconde de Molelos
- João Baptista Leitão de Almeida Garrett, escritor, poeta e dramaturgo
- Tomás Oom
- Francisco Brum de Bettencourt
- Bernardo de Sá Nogueira, marquês de Sá da Bandeira
- Gaspar Teixeira de Magalhães e Lacerda ?
- José Xavier Mouzinho da Silveira, legislador
- José Pereira Cirne de Castro ?
- Sebastião Schiapa Pietra
- Vasco Pinto de Sousa Coutinho (Balsemão) ?
- Duarte Borges da Câmara Medeiros (Vila da Praia)
- José Paulino de Bettencourt Lemos
- António Feliciano de Castilho
- António Lobo Girão (Vilarinho de S. Romão)?
- João Faria Machado Pinto Roby
- Joaquim Augusto Kopke (Massarelos)
- António de Sousa Cirne ?
- Rodrigo de Sousa Teixeira da Silva Alcoforado (Vila Pouca) - consta também da lista dos oficiais concessionados de D. Miguel
- António Augusto de Carvalho Monteiro, o "Monteiro dos Milhões", senhor da Casa da Regaleira
- Alberto Eduardo Valado Navarro, 3º visconde da Trindade
- Bernardo Valentim Moreira de Sá, músico, professor, maestro (1853/1924)
- Vianna da Motta, músico, compositor, professor
- Mariano Cordeiro Feio
- J. de Carvalho Prostes
- Fernando Romão da Costa Ataíde e Teive de Sousa Coutinho, senhor de Baião, morgado da Ribeira Brava, FCR,Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano de 1809 a 1815 (?).
- Manuel Teles da Silva de Menezes e Castro, Príncipe de Silva Tarouca no Império, diplomata, fº do 4º conde de Tarouca. Amigo em Viena de Sebastião José de Carvalho.
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Nein, Herr Belliago, er ist Portugiesisch, von und zu Braga, ich glaube.
RespostaLink directo:
RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Senhor Aburma
LOL!LOL!LOL
"glaube ich" und nicht "ich glaube"
Um abraço já drinky pinky!!
vb - 1.4tdi
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Senhor vb,
É o que se chama a degenerescência das minhas costelas germânicas, "glaube ich"!
Gruessen
aburma
PS Don't touch that plonk!
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RE: Coloquio
Caro Alexandre Tavares Festas
Tenciono ir a Coimbra. Já vi que tenho q. reconfirmar a inscrição, o que vou fazer agora. Lá nos encontraremos s.D.q.
Só agora respondo pq. ontem não estive no escritório - portanto sem acesso ao Forum.
Melhores cumprimentos
Conceição Mascarenhas
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Wie schade, Herr Vicomte. Es tut mir aufrichtig leid.
Ich habe nicht glück!...
Danke vielmals.
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caros Herrs falantes
Estas mensagens numa tão estranha língua, integram-se em rituais vedados aos não iniciados?
Cumprimentos profanos
Alexandre Callado
P.S. Não sei se será pedir muito à Genea que nestes casos proporcione tradução simultânea
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Herr não-falante,
Compreendendo a sua frustração por não entender aquilo que designa por estranha língua, frustração que, devo dizer-lhe, eu também por vezes sinto, pois o meu domínio da mesma está longe de ser perfeito, e aceitando que as mensagens dirigidas ao Forum devem ser preferentemente por todos inteligíveis - mesmo quando escritas em português - devo dizer-lhe que essa "estranha língua" era a língua-mãe de D. Fernando II, D. Leopoldina, D. Augusta Vitória e até provavelmente a que D. Duarte Nuno melhor dominava, por razões compreensíveis.
Posso no entanto desde já sossegar o caro confrade que nada de misterioso ou iniciático nelas se tem transmitido, até pelo simples facto de, ao contrário do que o confrade parece pensar cada vez que se me dirige, eu não pertencer nem ter qualquer ligação por remota que seja a associações dessa natureza. Não necessitará de insistir no seu desagrado pela abordagem do tema pois eu já o entendi, mas o Forum, além de dever ser escrito em língua portuguesa, é um local de livre expressão.
Cumprimentos profanos para si também
Alexandre Burmester
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RE: Actualização da LGMP
Caro Alexandre Tavares Festas
Mais uma vez tenho de felicitá-lo pelas suas intervenções neste Forum.Esta aparentemente inócua lista de nomes, autêntica salada lusitana, diz mais sobre a triste evolução da nossa Pátria nos últimos 200 anos do que não sei quantos inflamados debates de eruditos historiadores.
Um abraço
Alexandre Callado
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RE: Coloquio
Cara Conceição Mascarenhas
Ainda bem. Até lá então.
Cumptos.
ATF
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Portuguez,
Continuando a rezenha, agora mais sitematizada, e com mais pormenores, para ajuda dos possíveis interessados. Dado este acréscimo de detalhes, surgirão repetições de nomes. Casos houve também de pertença do mesmo indivíduo a lojas diferentes em épocas diferentes, ou até na mesma época.
LOJA AMIZADE - Lisboa 1820?-1823
Obediência : Grande Oriente Lusitano
-Henrique Xavier Baeta n. Salvaterra 1776, Médico
-João Carlos de Morais Palmeiro n Lisboa 1793, Proprietário
José Peixoto Sarmento de Queirós n. Amarante, Magistrado
LOJA AMOR DA RAZÃO - Porto 1821-1823
Obediência: GOL
José de Meireles, Proprietário
LOJA FIRMEZA LUSITANA, Lisboa 1821-1823
Obed. GOL
Feliciano José da Costa
Manuel Alves do Rio n. Braga 1777, Comerciante
Ricardo Gomes Costa
LOJA FORTALEZA, Lisboa 1820(?)-1822(?)
Obed. GOL
-(António Cesário de Sousa Guerra) Quaresma, Comerciante
- António Pinheiro de Azevedo e Silva n. Sabrosa 1767, Clérigo
- João Maria Soares de Castelo Branco, n. Lisboa 1767, Clérigo
- José Aleixo Falcão de G.F. Vanzeller, n. Lisboa 1762, Proprietário
-José Ferrão de Mendonça e Sousa, n. Trancoso, Clérigo
- José Joaquim ferreira de Moura, n. V.N. Foz Côa 1776, Magistrado
- José Liberato Freire de Carvalho, n. Coimbra 1772, Professor
- José de Melo de Castro e Abreu
- José da Silva Carvalho, n. Sta. Comba 1782, Magistrado
- Manuel Fernandes Tomás, n. Fig. Foz 1771, Magistrado
LOJA PRIMEIRO DE OUTUBRO, Lisboa 1821-1823
Obed. GOL
-Domingos José Vital, n. Castelo Branco
-José Joaquim Ferreira de Moura (supra)
-José da Siva Carvalho (supra)
LOJA REGENERAÇÃO, Lisboa 1805/1820- 1821/1823
Obed. GOL
- António Florêncio Reicha, Of. Exército
- Caetano José de Carvalho, n. Cast Vide 1775-80, Comerciante
-Diogo Folque
-Frei Francisco das Chagas, Clérigo
-Henrique Xavier Baeta (supra)
-Joaquim Fortuna
- Joaquim José da Cunha
-Joaquim José da Gama, Func. Público
-José Lucas Cordeiro, ofic. Exército
-José faustino de Pina
-José Maria de Aguilar Córdova, Func. Público
-José Maria Vasques Álvares da Cunha (Conde da Cunha),n. V. Franca 1793, Proprietário
-José Nicolau da Costa
-Manuel de Castro Pereira de Mesquita n. V.N. Foz Coa 1778, Of. Exército
- Manuel Solitano Torrado Figueroa, n. Espanha
-Miguel Calmon Dupin Almeida (Abrantes), n. Baía 1796, Proprietário
-Rodrigo da Fonseca Magalhães, n. Condeixa-a-Nova 1787, Proprietário
CAPÍTULO O SINÉDRIO, Porto 1818-1820
Obed.: GOL
-Manuel Fernandes Tomás (supra)
-José Ferreira Borges, n. Porto 1786, Advogado
-José ferreira Viana, Comerciante
-José da Silva Carvalho (supra)
-Duarte Leça, n.Porto 1788, Comerciante
-José Maria Lopes carneiro, n. Porto 1785, Comerciante
-José Gonçalves dos Santos e Silva, n. Porto 1794, Comerciante
-José Pereira de Meneses, Comerciante
-Francisco Gomes da Silva, n. Porto, Médico
-Joaõ da Cunha Sotto Mayor, n. Viana 1767, Magistrado
-José de Melo de Castro e Abreu, n. Lamego 1774, Proprietário
-José Maria Xavier de Araújo, n. Arcos de Valdevez 1786, Magistrado
-Bernardo Correia de Castro Sepúlveda, n. Bragança 1791, Of. Exército
Fonte. AH Oliveira Marques, História da Maçonaria em Portugal, Política e Maçonaria 1820-1869 (1ª parte)(cont.)
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RE: Actualização da LGMP
Caro Alexandre Tavares Festas
Continuando com a lista, que pela sua extensão, corro o risco de repetições, mas aqui vai:
-Fernandes Costa (Ministro da Marinha).
-Correia Barreto (Ministro da Guerra).
-Aurélio da Costa Ferreira (Ministro do Fomento).
-António Vicente Ferreira (Ministro das Finanças).
- Sebastião Magalhães de Lima (Grão-mestre, de 1912? a 1928), nas. no Rio de Janeiro a 30/5/1850, filho de Sebastião Carvalho de Lima e de Leocácia Rodrigues Pinto de Magalhães.
-Manuel Borges Grainha.
-António Maria da Silva (Grão-Mestre-adjunto).
-Coronel Joaquim Maria de Oliveira Simões. (Grão-Mestre, de 1928 a 1930). Com a morte de Magalhães de Lima, a 7/12/1928, a Ordem tinha ficado sem o seu tradicional Grão-Mestre de muitos anos. Para lhe suceder é eleito António José de Almeida, tendo como adjunto o coronel J.M. Oliveira Simões. No entanto, o famoso tributo republicano não chega a tomar posse do cargo por motivos de saúde, dando-lhe o tranglamongo a 31 de Outubro desse ano. E é o Grão-Mestre Adjunto quem fica a gerir os negócios do Grande Oriente Lusitano Unido.
-Gomes Freire de Andrade.
-Sá Cardoso.
-Américo Olavo
-Álvaro de Castro
-Álvaro Poppe
-Hélder Ribeiro
-Norton de Matos, (Grão-Mestre, de 1930 a ?).
-Almeida Paiva.
-Miguel António Dias (Historiador, nas. Covilhã a 1803 e morreu em Torres Novas a 1878).
-Rodrigo Lima Felner (Almanak do Rito Escocês para o ano de 1845).
-Cunha Belém (O Grande Oriente Lusitano, 1869).
-Álvaro Rodrigues de Azevedo.
Cumprimentos,
JDVA
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Influência Maçónica em Portugal, e no Mundo
Caro Alexandre Callado
É sempre mais dificil, quando as pessoas não se conhecem, como é o nosso caso, ficar com a noção de que se escreveu com verdadeira significação do que se pretendia realmente transmitir.
Não sou nem nunca fui maçon, nem de resto pertenço ou alguma vez pertenci ou pertencerei a nenhuma Associação de nenhuma natureza, civil, política, eclesiástica ou para-eclesiástica (excepto o clube Guarda-Mór...). Também não sou partidário nem da linha miguelista, nem da liberal - pois que a ambas reconheço razões válidas no enunciado daquilo que viveram e defenderam. Igualmente reconheço validade a vários propósitos legislativos republicanos, e do Estado Novo, que os regimes anteriores não souberam impulsionar. O que condeno foi o "como" os Portugueses se dividiam permanentemente em facções, propugnando muitas vezes as suas razões e ideias, indiferentes aos resultados práticos das suas obsessões idealistas ou ideológicas, que não aceitavam a realidade como fruto de concertação permanentemente evolutiva. Assim se cortou pela raiz a tradição mais adequada a Portugal, em vez de a deixar evoluir e transformar-se para se adequar aos novos tempos que vinham vindo. Assim se enfraqueceu em cadeia ininterrupta a seiva nacional, enfraquecendo-nos cada vez mais perante o estrangeiro, e as suas intervenções de natureza vária, que a partir de certa altura nós mesmos, vergonhosamente, começámos a solicitar oficial e oficiosamente.
Se falo de Portugal, é porque somos Portugueses. Não que outros povos, nos respectivos passados, não tenham factos a serem revistos e reanalisados pelos actuais cidadãos desses países. Seria muito bom até para vários deles, tenho a certeza, reclinarem-se também nos divãs da terapia histórica. Mas isso é problema deles, das famílias nacionais deles, e são coisas que não nos dizem directamente respeito aqui em Portugal, nem nos devem interessar se não tiverem relevância por inter-ligação com a compreensão do nosso próprio passado, único que explica o que somos hoje. É sempre muito fácil culpar os outros, pessoal, familiar ou nacionalmente (seja lá a Maria do lado, Deus Nosso Senhor, os nossos pais, o Manel colega, os castelhanos, americanos ou ingleses) em vez de assumir as responsabilidades por aquilo que cada qual em cada momento vive ou viveu. Por isso lamento muitas vezes a instabilidade social e económica no passado português, causada pela incapacidade nacional de evolução pragmática, sem rigidificação de posições estremadas que ocasionaram sempre, entre nós, as sucessivas e auto-destruidoras revoluções. O último exemplo disto foi Marcello Caetano - se de facto tivesse aberto o regime, para além de pinceladas de fachada, não teríamos tido que viver a tentativa de revolução comunista pós 28 IX 1974, que tanto tempo fez perder ao país, e tanto dinheiro fez perder ao Estado.
Procuro analisar apenas serenamente, á luz de cada época, a história das mentalidades que explica a história da família de que se trata neste fórum. Mas de maneira nenhuma me considero paladino senão do que em digestão mental de muitos anos fui descobrindo por mim próprio como a verdade nacional, que nunca coincide com as posições das escolas oficiais dos historiadores, geralmente também elas polarizadas. O facto de me ter recusado sempre a ser académico me mantém nesta liberdade, que ninguém pode condicionar, até porque não tenho nem tive nunca quaisquer ambições de qualquer natureza, excepto a de compreender.
Finalmente, quanto á relevância do papel maçónico na história de Portugal nos últimos duzentos (e cinquenta) anos, deve-se ter em conta dois factores:
1º Foi idêntica essa importância maçónica na política portuguesa interna e nas políticas internas dos restantes estados e países da Europa Ocidental, e até Central e Oriental, e ainda em todo o continente americano. Foi e é certamente factor muito de relevo ainda na condução dos negócios internacionais e nas relações externas da actualidade, e amizades pessoais dos dirigentes políticos nossos contemporâneos. Todo o sistema de crenças que determina as relações da Comunidade Internacional vem daí, do ideário maçónico, incluindo Direitos Humanos e por aí fora.
2º Há que distinguir que a Maçonaria, tal como a Cristandade, teve sempre várias linhas e divisões, que se vão compondo e recompondo, e se polarizam entre elas. Algumas de vector mais espiritual e até místico, outras bem mais profanas e terrenas. É portanto perigoso generalizar neste assunto.
Termino dizendo que para mim uma listagenealogica de filiados maçons é portanto um aglomerado indicativo, sim, mas ainda há que distinguir depois melhor qual o percurso, a obediência, as razões e a fé política de cada iniciado. Também no clero católico é muito diferente ser-se da Opus Dei, jesuita, franciscano, ou beneditino, por exemplo. E nada nos impede de organizar uma lista de eclesiásticos e para-eclesiásticos portugueses, que também estão intrínseca, profundamente interligados á política nacional antes mesmo da existência do próprio Condado Portucalense.
Senti-me obrigado a dizer isto aqui, em geral, diante de várias indagações e comentários que por diversos caminhos me chegaram ás mãos. Desculpe o testamento... e receba também um abraço.
Alexandre Tavares Festas
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Sr.Callado
A classificação de "falantes", ficar-se-á a dever certamente, a um profundo conhecimento de si própio; quiçá, uma reminiscência de uma ligação muito apertada com aqueles que os Romanos apelidavam de objectos falantes.
Tenho o palpite, que mesmo após a resposta por intermédio de redacção brilhantemente cinzelada do Senhor Visconde de Bettencourt e de Serpa Pinto - que é o mesmo distinto cavalheiro, as suas dúvidas, quanto à estranha língua e o seu propósito, devem persistir!
Pormenorizando:
Existem umas "tribozitas" na Europa, das quais a mais indigente e quase troglodita, povoa uma terriola que se chama Alemanha. E, os seus naturais, chamam-se alemães. Coitados, ainda são mais atrasados e miseráveis do que os habitantes do interior da Galiza! Veja bem como estão os pobrezinhos! Por isso, quase ninguém quer saber deles nem do seu rudimentar dialecto; que é o alemão: - a tal coisa que tanto o intrigou!
Agora o porquê dessas camufladas e misteriosas trocas de mensagens:
Como o Senhor Visconde descende de um antigo chefe dessa tribo, tem por lá muita influência e - julgo - que bens avultados. Mas isto dos bens, é um segredo para ficar entre nós, até porque não posso garantir! Cá sim: tem muitas propriedades, inclusive vinho do Porto!
Quanto ao Senhor Vasco de Briteiros, outrossim avantajado proprietário.
Agora, com esta falta de mão de obra, como é que os referidos Senhores podem tirar partido e explorar os seus terrenos? Acertou! Trazendo os alemães para laborarem aqui; na lavoura, na apanha da fruta, azeitona, vindima, pastoreio, lides caseiras etc..
E onde entro eu? É fácil: como os arrumadores de carros são todos imigrantes alemães, lá ia angariando os que podia, pois sempre ganhava algum que tanto jeito me fazia!
Confesso que, sub-repticiamente, usava, às vezes, este Fórum, para informar os ditos Senhores àcerca dos tais arrumadores de carros disponíveis para os serviços atrás especificados. A coisa estava a correr bem! Mas o diabo da sua denúncia veio estragar tudo...
Claro, não devia ter feito isso eu sei! Mas foi só para ajudar os coitadinhos dos alemães. Sim, a culpa é toda minha. Espero, contudo, que as provas de bom coração dadas por mim, sejam tomadas em conta, quando tiver a Genea e a P.J. à perna.
Termino, devolvendo inteirinhos à procedência os... avisados cumprimentos.
Dominus Tecum
Luis Belliago
P.S.: Se o conteúdo da estranha língua utilizada no fecho, que nada tem a ver com o alemão, for ofensivo, retiro-o imediatamente!
Significa: O Senhor (Deus) esteja consigo.
Creio, que foi utilizado in illo tempore (em tempos antigos), também como uma saudação académica.
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RE: Influência Maçónica em Portugal, e no Mundo
Caro Alexandre Tavares Festas
Quando se iniciou este assunto, sem dúvida muito aliciante no que toca à sua componente genealógica( percursos familiares e dados biográficos), mas ainda muito pouco pacífico, para muitos de nós, na sua vertente política e religiosa, manifestei a minha preocupação que estas últimas facetas acabassem por emergir conduzindo para discussões descabidas num Forum de genealogia.
Passados alguns dias ao procurar, com a possível isenção, rever as muitas e variadas intervenções, algumas delas notáveis pela qualidade das informações trazidas, verifiquei que eu próprio começava a resvalar na direcção que me parecia de evitar...Sendo assim, e como detesto discussões estéreis que não levam a lado nenhum, decidi retirar-me, espero que a tempo, destas eventuais áreas polémicas, com o desejo que apenas perdure a componente que proporcione um mais completo conhecimento das histórias das famílias destas épocas.
Dirijo-me especialmente a si, que não tenho o prazer de conhecer pessoalmente, no seguimento da sua última mensagem que designou por testamento, que apreciei e agradeço, e que está em quase completa sintonia com a leitura que faço da realidade portuguesa destes últimos 250 anos.
Um abraço
Alexandre Callado
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Actualização da LGMP
Caro José Duarte Valado Arnaud
Desculpe só agora agradecer a sua contribuição para a lista. Pareceu-me que uma actualização semanal chegava perfeitamente. Esqueceu-se de mencionar a sua fonte/s? Penso que o Álvaro Poppe que refere é o * em 1888? Nesse caso já passaram cinquenta anos sobre a sua morte. Nomes repetidos eliminar-se-ão no final, em word. Tranglamongo suponho que seja tranglomango? Viria assim na sua fonte? Permiti-me alterar, pois ninguém deseja aqui conotações de valor sobre esta lista, concerteza.
Cordiais cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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Actualização da LGMP
Aqui fica mais uma actualização da LGMP:
"- D. José I ?
- D. João VI ?
- D. José, Príncipe do Brasil
- Marquês de Pombal
- Marechal Duque de Saldanha
- D. Pedro I e IV do Brasil e Portugal, Grão Mestre da Maçonaria Brasileira
- D.Fernando II
- Francisco de Sousa Cirne de Madureira
- José da Silva Carvalho, Par do Reino, Fundador do Supremo Tribunal de Justiça, Ministro dos Negócios Eclesiásticos, etc., Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1823/1839), Grão Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1839/...)
- Doutor João Lopes de Moraes, Lente de Medicina, da Loja Filadélfia em Coimbra
- António José de Almeida, Presidente da República, Grão Mestre em 1928
- Sebastião de Magalhães Lima, Grão Mestre 1907/1928
- Afonso Costa, Primeiro Ministro
- Gomes Freire de Andrade
- Elias Garcia, Grão Mestre 1885/6 e 1888/1889
- Costa Cabral, 1º marquês de Tomar, Grão Mestre 1841/1849
- Silva Cabral, 1º conde de Tomar
- Rodrigo da Fonseca Magalhães
- Doutor A. H. de Oliveira Marques
- 1º duque de Palmela ?
- 1º duque de Loulé
- Duque da Terceira
- Fontes Pereira de Melo
- Mário Soares, Presidente da República
- Manuel de Serpa Machado, deputado em 1820
- António Vieira de Magalhães, 1º visconde de Alpendurada
- João Inácio Francisco de Paula de Noronha, 2º Conde de Parati, Grão Mestre 1869/81
- António Augusto de Aguiar, Grão Mestre 1886/1887
- Bernardino Luís Machado Guimarães
- José Mendes Ribeiro Norton de Matos
- José Manuel da Cunha Faro Meneses Portugal da Gama carneiro e Sousa, 4º Conde de Lumiares;
- Francisco António de Campos, 1º Barão de Vila Nova de Foz Coa
- Marcelino Máximo de Azevedo e Melo, 1º Visconde de Oliveira
- Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos (TEIXEIRA DE PASCOAIS), iniciado em 1905 no triângulo nº 50, de Amarante, com o nome simbólico de "Gogol".
- D. Tomás José Xavier de Lima Vasconcelos Brito Nogueira Teles da Silva, 2º marquês de Ponte de Lima
- D. António de Saldanha da Gama, 1º conde do Porto Santo ?
- D. Pedro de Almeida Portugal, 3º marquês de Alorna ?
- D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, Alcipe, 4ª marquesa de Alorna, foi para-maçónica (estando a Maçonaria fechada ao sexo feminino)
- Manuel da Silva Passos (Passos Manuel)
- Fernandes Tomás, vintista, do Sinédrio
- Ferreira Borges, vintista, do Sinédrio
- Borges Carneiro, vintista, do Sinédrio
- João da Cunha Sottomayor, juiz, do Sinédrio, Grão Mestre em 1821
- Agostinho José Freire
- Caetano Gaspar de Almeida Noronha Portugal Camões de Albuquerque Moniz e Sousa, 3º Conde de Peniche
- António Nogueira Mimoso Guerra (Lagos, 08.09.1867 - Lisboa, 11.01.1950), Presidente do Conselho do Grande Oriente Lusitano (1930-1931) - Republicano histórico, foi Subsecretário da Guerra (1916), Deputado (1917) e Ministro da Guerra (1925). Por duas vezes foi Governador interino de Angola. Um dos maiores especialistas portugueses em geodesia e corografia, foi director da Administração Geral dos Serviços Geodésicos, Topográficos e Cadastrais (1923-1926) e do Instituto Geográfico e Cadastral (1926-1941). Bisneto do Major António José Nogueira Mimoso e de D. Maria Antónia Lampreia de Figueiredo, que estão na base de dados do GP.
- Domingos Correia Arouca (Castro Marim, 01.05.1790 - Lisboa, 24.01.1861), Grão-Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1858?-1861) - Brigadeiro do Ultramar, foi Governador de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, Fidalgo-Cavaleiro, Senador e Conselheiro de Estado. Neto do Capitão Domingos Gomes Correia Vilão e de D. Catarina Lopes Mascarenhas, que estão na base de dados do GP.
- Em Lagos:
Numeros, Nomes (Maç.º. / Prof.º.), Graus, Dignidades e Officios da L.º., Empregos Civis, Residencias.
2601, Guilherme Telle, MANOEL BERNARDO CHABI, 7, -, Coronel Governador de, Lagos.
2602, Publicula, JOSÉ ANTONIO FERREIRA BRAK LAMY, 7, -, Desembargador e Ouvidor das, Alagoas.
2603, Melchiades, MATHEUS ANTONIO PEREIRA DA SILVA, 7, 2.º. Vig.º., Juiz de fóra de, Lagos.
2604, Catão, JOÃO BAPTISTA DA SILVA LOPES, 7, Secret.º., Proprietario, » (Lagos).
2605, Annibal, RODRIGO VITO PEREIRA DA SILVA, 7, Ven..º., Coronel d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2606, Pompeu, PEDRO MASCARENHAS, 4, Arq.º. Dc.º., Tenente-Coronel Reformado, Faro.
2607, Francklim, JOAQUIM ANTONIO VALINHO, 3, » (Arq.º. Dc.º.), Cónego da Sé de, » (Faro).
2608, Asmódeo, ANTONIO CORRÊA DE MENDONÇA PESSANHA, 3, Chanc.º. Arq.º., Guarda-mór de Saude de, Lagos.
2609, Tito, JOÃO JOSÉ ANTUNES GAIVÃO, 3, » (Chanc.º. Arq.º.), Coronel aggregado de milicias de, » (Lagos).
2610, Nevton, JOÃO ROSENDO DE MENDONÇA PESSANHA, 3, » (Chanc.º. Arq.º.), Tenente-Coronel Graduado d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2611, Pithagoras, PEDRO ALEXANDRE PEREIRA DA SILVA, 3, G.ª. Int.º., Major Graduado d'infantaria n.º 14, Tavira.
2612, Fabricio, MANOEL GOMES XAVIER, 3, G.ª. Ext.º., Alferes d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2613, Graccho, D. BARTHOLOMEU SALAZAR MOSCOSO, 3, » (G.ª. Ext.º.), Major Graduado d'infantaria n.º 2, Lagos.
2614, Sertorio, JOSÉ QUINTINO DIAS, 3, 2.º Exp.º., Tenente d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2615, Bruto, FRANCISCO CORRÊA DE MENDONÇA PESSANHA, 3, 1.º Vig.º., Major de Milicias de, » (Lagos).
2616, Washinton, JOSÉ BENTO DE BARAHONA FRAGOSO, 3, M.º. de Cer.º., Deão da Sé de, Faro.
2617, Esculapio, FRANCISCO MANOEL DA CRUZ, 3, » (M.º. de Cer.º.), Medico, » (Faro).
2618, Caligula, JERONYMO JOSÉ CARNEIRO, 3, » (M.º. de Cer.º.), Deputado em Côrtes, Lisboa.
2619, Eli, JOSÉ PEDRO DA SILVA GONÇALVES REIS, 3, Thez.º., Prior da, Villa do Bispo.
2620, Viriato, JOAQUIM NEVES, 3, Ter.º., Tenente de milicias de, Lagos.
2621, Numa, D. NICOLAU MORAL, 3, Hosp.º., Medico, » (Lagos).
2622, Lysanias, JOSÉ D'ABREU MACHADO, 3, Orad.º., Juiz de fóra de, Tavira.
2623, Alcibiades, MANOEL JOSÉ PEIXOTO, 3, 1.º Exp.º., Corregedor de, Lagos.
2624, Scipião, JOSÉ FRANCISCO DA COSTA, 1, » (1.º Exp.º.), Alferes d'infantaria n.º 14, Tavira.
2625, Solon, MANOEL MASCARENHAS ZUZARTE LOBO, 1, » (1.º Exp.º.), Proprietario, Lagos.
2626, Leonidas, MANOEL ALEXANDRE TRAVASSOS, 1, » (1.º Exp.º.), Ajudante d'infantaria n.º 14, Tavira.
2627, Galeno, PAULO JOSÉ DE BARROS, 1, » (1.º Exp.º.), Cirurgião-mór d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2628, Cornelio, FRANCISCO JOAQUIM NOGUEIRA MIMOSO, 1, » (1.º Exp.º.), Pagador d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2629, Aurelio, FR. VICENTE DE LIRA, 1, » (1.º Exp.º.), Prior do Convento da Graça, » (Tavira).
2630, Aquilles, JOAQUIM JOSÉ JORDÃO, 1, » (1.º Exp.º.), Cirurgião-mór d'infantaria n.º 2, Lagos.
- Francisco Joaquim Moreira Carneiro Borges de Sá Barreto, FCR, COX
- Henrique Correia de Vilhena, natural da ilha da Madeira
- Francisco Maria Corvo, da cidade de Lisboa
- abade de Gondar, José de S. Bernardino Botelho
- Francisco da Silva de Queirós, cónego
- José Luciano de Castro, Primeiro Ministro, Chefe do Partido Progressista
- Alexandre Alberto de Serpa Pinto da Costa
- José da Costa Pina
- General Norton de Matos, Grão Mestre
- José Alberto dos Reis, Presidente da Assembleia Nacional ?
- Oliveira Simões, Grão Mestre Adjunto de Norton de Matos
- Maurício Costa
- Luis Gonçalves Rebordão
- Marechal António Óscar Fragoso Carmona, Presidente da República
- Ramon Nonato de La Feria, médico
- General Luis Augusto Ferreira de Castro, Grão Mestre
- Sá Cardoso
- Freitas Ribeiro
- António Maria da Silva, Primeiro Ministro, Grão Mestre Adjunto, Chefe do Partido Democrático
- Ferreira de Castro, Grão Mestre 1900/1906
- Machado Santos, chefe da Carbonária, o da rotunda em 5 X 1910
- General Sidónio Paes, o Presidente-Rei
- Bernardino Machado, Presidente da República, Grão Mestre 1895/99
- Brito Camacho
- Francisco Gomes da Silva (Grão Mestre 1906/1907)
- Miguel Baptista Maciel, Grão Mestre 1881/85
- José de Castro, Grão Mestre Adjunto de Magalhães Lima
- Visconde de Ouguela, Grão Mestre 1889/95
- António Enes
- Joaquim António de Aguiar
- Rodrigues Sampaio
- Anselmo Braamcamp
- José Dias Ferreira
- Mendes Leal, ministro
- Bispo de Betsaida
- José Estêvão Coelho de Magalhães, orador, deputado, ministro
- José Fontana
- Camilo Castelo Branco, Escritor, 1º visconde de Corrêa Botelho
- Antero de Quental, Poeta
- Inocêncio da Silva
- Gomes de Brito
- Brito Rebelo
- Heliodoro Salgado
- Prof. Egas Moniz, Prémio Nobel
- Rafael Bordalo Pinheiro, artista, "Goya", da loja Restauração de Portugal
- Sebastião José de Sampaio Melo e Castro Lusignan, desembargador, neto do 1º marquês de Pombal, 1º Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1804)
- Hipolito José da Costa
- José Liberato Freire de Carvalho
- Carlos Mardel, húngaro, arquitecto da reconstrução de Lisboa
- John Coustos, suiço naturalizado inglês, lapidário de diamantes
- D. André de Moraes Sarmento, clérigo
- Abade Correia da Serra, da Academia das Ciências
- FIlinto Elísio, Poeta
- Ribeiro Sanches
- Avelar Brotero, Botânico
- Domingos Vandelli
- José Anastácio da Cunha
- José Liberato Freire de Carvalho
- Domingos Sequeira, Génio da Pintura
- José Maria Soares de Castelo Branco, clérigo
- Frei Francisco das Chagas
- José Maria Vasques Álvares da Cunha, 4º conde da Cunha
- Bernardo Correia de Castro Sepúlveda
- Frei António Evangelista Nobre
- Frei António de Loulé
- Frei António da Paixão
- Frei António de Santa Ana Correia
- D. José da Assunção Leote, clérigo
- José Lúcio Travassos Valdez (Bonfim)
- Thomas William Stubbs (Vila Nova de Gaia)
- João de Bettencourt, proprietário, Funchal
- João de Bettencourt, professor,Funchal
- Nicolau Caetano Bettencourt Pita
- José António Bettencourt
- Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar, 1º barão e 1º visconde de Molelos
- João Baptista Leitão de Almeida Garrett, escritor, poeta e dramaturgo
- Tomás Oom
- Francisco Brum de Bettencourt
- Bernardo de Sá Nogueira, marquês de Sá da Bandeira
- Gaspar Teixeira de Magalhães e Lacerda ?
- José Xavier Mouzinho da Silveira, legislador
- José Pereira Cirne de Castro ?
- Sebastião Schiapa Pietra
- Vasco Pinto de Sousa Coutinho (Balsemão) ?
- Duarte Borges da Câmara Medeiros (Vila da Praia)
- José Paulino de Bettencourt Lemos
- António Feliciano de Castilho
- António Lobo Girão (Vilarinho de S. Romão)?
- João Faria Machado Pinto Roby
- Joaquim Augusto Kopke (Massarelos)
- António de Sousa Cirne ?
- Rodrigo de Sousa Teixeira da Silva Alcoforado (Vila Pouca) - consta também da lista dos oficiais concessionados de D. Miguel
- António Augusto de Carvalho Monteiro, o "Monteiro dos Milhões", senhor da Casa da Regaleira
- Alberto Eduardo Valado Navarro, 3º visconde da Trindade
- Bernardo Valentim Moreira de Sá, músico, professor, maestro (1853/1924)
- Vianna da Motta, músico, compositor, professor
- Mariano Cordeiro Feio
- J. de Carvalho Prostes
- Fernando Romão da Costa Ataíde e Teive de Sousa Coutinho, senhor de Baião, morgado da Ribeira Brava, FCR,Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano de 1809 a 1815 (?).
- Manuel Teles da Silva de Menezes e Castro, Príncipe de Silva Tarouca no Império, diplomata, fº do 4º conde de Tarouca. Amigo em Viena de Sebastião José de Carvalho.
- Henrique Xavier Baeta n. Salvaterra 1776, Médico, da loja Amizade - Lisboa 1820?-1823, GOL
- João Carlos de Morais Palmeiro n Lisboa 1793, Proprietário, idem
_ José Peixoto Sarmento de Queirós n. Amarante, Magistrado, ibidem
_ José de Meireles, Proprietário, loja Amor da Razão, Porto, 1821-23, GOL
- Feliciano José da Costa, loja Firmeza Lusitana, Lisboa 1821-1823
- Manuel Alves do Rio n. Braga 1777, Comerciante, idem
- Ricardo Gomes Costa, ibidem
- (António Cesário de Sousa Guerra) Quaresma, Comerciante, loja Fortaleza, Lx.1820(?)-1822(?) GOL
- António Pinheiro de Azevedo e Silva n. Sabrosa 1767, Clérigo, idem
- João Maria Soares de Castelo Branco, n. Lisboa 1767, Clérigo, idem
- José Aleixo Falcão de G.F. van Zeller, n. Lisboa 1762, Proprietário, idem
- José Ferrão de Mendonça e Sousa, n. Trancoso, Clérigo, idem
- José Joaquim ferreira de Moura, n. V.N. Foz Côa 1776, Magistrado, idem
- José Liberato Freire de Carvalho, n. Coimbra 1772, Professor, idem
- José de Melo de Castro e Abreu, idem
- José da Silva Carvalho, n. Sta. Comba 1782, Magistrado, idem
- Manuel Fernandes Tomás, n. Fig. Foz 1771, Magistrado, idem
- Domingos José Vital, n. Castelo Branco, loja 1º de Outubro, Lx. 1821/23, GOL
- José Joaquim Ferreira de Moura (supra), idem
- José da Siva Carvalho (supra), idem
- António Florêncio Reicha, Of. Exército, Loja Regeneração, Lisboa 1805/1820- 1821/1823, GOL
- Caetano José de Carvalho, n. Cast Vide 1775-80, Comerciante, idem
- Diogo Folque, idem
- Frei Francisco das Chagas, Clérigo, idem
- Henrique Xavier Baeta (supra), idem
- Joaquim Fortuna, idem
- Joaquim José da Cunha, idem
- Joaquim José da Gama, Func. Público, idem
- José Lucas Cordeiro, ofic. Exército, idem
- José Faustino de Pina, idem
- José Maria de Aguilar Córdova, Func. Público, idem
- José Maria Vasques Álvares da Cunha (Conde da Cunha), * VFranca 1793, Proprietário, supra, idem
- José Nicolau da Costa, idem
- Manuel de Castro Pereira de Mesquita n. V.N. Foz Coa 1778, Of. Exército, idem
- Manuel Solitano Torrado Figueroa, n. Espanha, idem
- Miguel Calmon Dupin Almeida (Abrantes), n. Baía 1796, Proprietário, idem
- Rodrigo da Fonseca Magalhães, n. Condeixa-a-Nova 1787, Proprietário, idem
- Manuel Fernandes Tomás (supra), CAPÍTULO O SINÉDRIO, Porto 1818-1820
- José Ferreira Borges, n. Porto 1786, Advogado, idem
- José Ferreira Viana, Comerciante, idem
- José da Silva Carvalho (supra), idem
- Duarte Leça, n.Porto 1788, Comerciante, idem
- José Maria Lopes carneiro, n. Porto 1785, Comerciante, idem
- José Gonçalves dos Santos e Silva, n. Porto 1794, Comerciante, idem
- José Pereira de Meneses, Comerciante, idem
- Francisco Gomes da Silva, n. Porto, Médico, idem
- Joaõ da Cunha Sotto Mayor, n. Viana 1767, Magistrado, idem
- José de Melo de Castro e Abreu, n. Lamego 1774, Proprietário, idem
- José Maria Xavier de Araújo, n. Arcos de Valdevez 1786, Magistrado, idem
- Bernardo Correia de Castro Sepúlveda, n. Bragança 1791, Of. Exército, idem
- Fernandes Costa (Ministro da Marinha).
- Correia Barreto (Ministro da Guerra).
- Aurélio da Costa Ferreira (Ministro do Fomento).
- António Vicente Ferreira (Ministro das Finanças).
- Sebastião Magalhães de Lima (Grão-mestre, de 1912? a 1928), nas. no Rio de Janeiro a 30/5/1850, filho de Sebastião Carvalho de Lima e de Leocácia Rodrigues Pinto de Magalhães.
- Manuel Borges Grainha.
- António Maria da Silva (Grão-Mestre-adjunto).
- Coronel Joaquim Maria de Oliveira Simões. (Grão-Mestre, de 1928 a 1930). Com a morte de Magalhães de Lima, a 7/12/1928, a Ordem tinha ficado sem o seu tradicional Grão-Mestre de muitos anos. Para lhe suceder é eleito António José de Almeida, tendo como adjunto o coronel J.M. Oliveira Simões. No entanto, o famoso tributo republicano não chega a tomar posse do cargo por motivos de saúde, morrendo a 31 de Outubro desse ano. E é o Grão-Mestre Adjunto quem fica a gerir os negócios do Grande Oriente Lusitano Unido.
- Gomes Freire de Andrade.
- Sá Cardoso.
- Américo Olavo (Ministro da Guerra assassinado em funções, na Iª República)
- Álvaro de Castro
- Álvaro Poppe, * 1880 cc Maria Augusta Cohen
- Hélder Ribeiro
- Norton de Matos, (Grão-Mestre, de 1930 a ?).
- Almeida Paiva.
- Miguel António Dias (Historiador, nas. Covilhã a 1803 e morreu em Torres Novas a 1878).
- Rodrigo Lima Felner (Almanak do Rito Escocês para o ano de 1845).
- Cunha Belém (O Grande Oriente Lusitano, 1869).
- Álvaro Rodrigues de Azevedo.".
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RE: Actualização da LGMP
Alexandre
Como já vai a Lista!!
Alguns não tem proveniencia, será possível investigá-la?
VB
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RE: Actualização da LGMP
Vasco,
Aqueles cujos nomes extraí do livro citado de A.H.O.M.'. podem ser referidos a Lojas e Obediências, data de nascimento e profissão (estas duas quando disponíveis).É isso que estou agora a fazer, como podes ver pelo meu último post neste tópico.
Um abraço
Alexandre
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RE: Actualização da LGMP
Vasco
Tenho pedido as proveniências, de que falta a informação dos últimos nomes adiantados por José Duarte Valado Arnaud, que a indicará. As restantes estão nos posts do tópico por aonde os nomes chegaram, e serão colocadas no final.
ATF
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Caro Tavares Festas
O Tomás Oom que aparece é o pai,Conselheiro e director da Alfândega de Lisboa,ou o filho escritor?
Tenho pena de não poder aparecer nas Lágrimas,mas é também o dia do almoço do meu liceu,o famoso Salvador Correia de Luanda.
Beijinhos
Maria
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Cara Maria,
Este Tomás Oom nasceu em 1794 em Lisboa e a profissão é indicada como comerciante. Pertenceu à Loja "Sociedade Literária Patriótica", Obediência GOL, de Lisboa,, tendo sido instalada a 2 de Janeiro de 1822 e extinta em Junho de 1823.
Como terá reparado, estou agora a publicar os nomes por Lojas, dando mais informação que os simples nomes dos membros, mas ainda não tinha chegado a essa.
Lamentamos não a poder ver em Coimbra, o que sem dúvida tornará ainda mais apropriado o nome do local do convívio.:)
Um abraço
Alexandre Burmester
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RE: Actualização da LGMP
Continuando:
Loja Filantropia, Lagos, 1822/1842-1823/1846?
Manuel Bernardo de Chaby, n. 1773, Of. Ex.
José António ferreira Braklamy, n. 1780, Magistrado
Mateus António Pereira da Silva, n. 1795, Magistrado
Joaõ Baptista da Silva Lopes, n. 1781, Proprietário
Rodrigo Vito Pereira da Silva, Of. Ex.
Pedro Mascarenhas, Of. Ex.
Joaquim António Valinho, Clérigo
António Correia Mendonça Pessanha, n. 1791, Func. Pub.
João José Antunes Gaivão, n. 1762. Of. Ex. Mil.
João Rosendo Mendonça Pessanha, Of. Ex.
Pedro Alexandrino Pereira da Silva, Of. Ex
Manuel Gomes Xavier, Of. Ex.
D. Bartolomeu Salazar Moscoso, n. 1789, Of. Ex
José Quintino Dias, n. 1792, Of. Ex
Francisco Correia Mendonça Pessanha, n. 1775-79, Of. Ex. Mil.
José Bento Barahona Fragoso, n.1776, Clérigo
Francisco Manuel da Cruz Baião, Médico
Jerónimo José Carneiro, n. 1771, Proprietário
José Pedro Silva Gonçalves reis, Clérigo
Joaquim Neves, n. 1758, Of. Ex. Mil
D.Nicolao Cañete Moral y Benito de la Torre, Médico
José de Abreu Machado (Santº Lordelo), Magistrado
Manuel José Peixoto, Magistrado
José Francisco da Costa, Of. Ex.
Manuel Mascarenhas Zuzarte Lobo, n. 1798, Proprietário
Manuel Alexandre Travassos, Of. Ex.
Paulo José de Barros, Médico Cir.
Francisco Joaquim Nogueira Mimoso, Of. Ex.
Fr. Vicente Ferrer de Lima, Clérigo
Joaquim José Jordão, Médico Cir.
Manuel Alexandrino Pereira da Silva, Of. Ex.
José Fortunato de Azevedo Coutinho, n. 1788, Of. Ex
Fr. Cândido Narciso Lobo, Clérigo
António Pimentel de Macedo, Of. Ex
Francisco Xavier de Paiva, Of. Ex.
(O livro já citado menciona como fontes o Arq. U. Coimbra, Fundo Fausto de Quadros
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Lista Genealógica de Maçons Portugueses, Actº
Incorporação onomástica actualizada:
- D. José I ?
- D. João VI ?
- D. José, Príncipe do Brasil
- Marquês de Pombal
- Marechal Duque de Saldanha
- D. Pedro I e IV do Brasil e Portugal, Grão Mestre da Maçonaria Brasileira
- D.Fernando II
- Francisco de Sousa Cirne de Madureira
- José da Silva Carvalho, Par do Reino, Fundador do Supremo Tribunal de Justiça, Ministro dos Negócios Eclesiásticos, etc., Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1823/1839), Grão Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1839/...)
- Doutor João Lopes de Moraes, Lente de Medicina, da Loja Filadélfia em Coimbra
- António José de Almeida, Presidente da República, Grão Mestre em 1928
- Sebastião de Magalhães Lima, Grão Mestre 1907/1928
- Afonso Costa, Primeiro Ministro
- Gomes Freire de Andrade
- Elias Garcia, Grão Mestre 1885/6 e 1888/1889
- Costa Cabral, 1º marquês de Tomar, Grão Mestre 1841/1849
- Silva Cabral, 1º conde de Tomar
- Rodrigo da Fonseca Magalhães
- Doutor A. H. de Oliveira Marques
- 1º duque de Palmela ?
- 1º duque de Loulé
- Duque da Terceira
- Fontes Pereira de Melo
- Mário Soares, Presidente da República
- Manuel de Serpa Machado, deputado em 1820
- António Vieira de Magalhães, 1º visconde de Alpendurada
- João Inácio Francisco de Paula de Noronha, 2º Conde de Parati, Grão Mestre 1869/81
- António Augusto de Aguiar, Grão Mestre 1886/1887
- Bernardino Luís Machado Guimarães
- José Mendes Ribeiro Norton de Matos
- José Manuel da Cunha Faro Meneses Portugal da Gama carneiro e Sousa, 4º Conde de Lumiares;
- Francisco António de Campos, 1º Barão de Vila Nova de Foz Coa
- Marcelino Máximo de Azevedo e Melo, 1º Visconde de Oliveira
- Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos (TEIXEIRA DE PASCOAIS), iniciado em 1905 no triângulo nº 50, de Amarante, com o nome simbólico de "Gogol".
- D. Tomás José Xavier de Lima Vasconcelos Brito Nogueira Teles da Silva, 2º marquês de Ponte de Lima
- D. António de Saldanha da Gama, 1º conde do Porto Santo ?
- D. Pedro de Almeida Portugal, 3º marquês de Alorna ?
- D. Leonor de Almeida Portugal Lorena e Lencastre, Alcipe, 4ª marquesa de Alorna, foi para-maçónica (estando a Maçonaria fechada ao sexo feminino)
- Manuel da Silva Passos (Passos Manuel)
- Fernandes Tomás, vintista, do Sinédrio
- Ferreira Borges, vintista, do Sinédrio
- Borges Carneiro, vintista, do Sinédrio
- João da Cunha Sottomayor, juiz, do Sinédrio, Grão Mestre em 1821
- Agostinho José Freire
- Caetano Gaspar de Almeida Noronha Portugal Camões de Albuquerque Moniz e Sousa, 3º Conde de Peniche
- António Nogueira Mimoso Guerra (Lagos, 08.09.1867 - Lisboa, 11.01.1950), Presidente do Conselho do Grande Oriente Lusitano (1930-1931) - Republicano histórico, foi Subsecretário da Guerra (1916), Deputado (1917) e Ministro da Guerra (1925). Por duas vezes foi Governador interino de Angola. Um dos maiores especialistas portugueses em geodesia e corografia, foi director da Administração Geral dos Serviços Geodésicos, Topográficos e Cadastrais (1923-1926) e do Instituto Geográfico e Cadastral (1926-1941). Bisneto do Major António José Nogueira Mimoso e de D. Maria Antónia Lampreia de Figueiredo, que estão na base de dados do GP.
- Domingos Correia Arouca (Castro Marim, 01.05.1790 - Lisboa, 24.01.1861), Grão-Mestre do Grande Oriente do Rito Escocês (1858?-1861) - Brigadeiro do Ultramar, foi Governador de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, Fidalgo-Cavaleiro, Senador e Conselheiro de Estado. Neto do Capitão Domingos Gomes Correia Vilão e de D. Catarina Lopes Mascarenhas, que estão na base de dados do GP.
- Em Lagos:
Numeros, Nomes (Maç.º. / Prof.º.), Graus, Dignidades e Officios da L.º., Empregos Civis, Residencias.
2601, Guilherme Telle, MANOEL BERNARDO CHABI, 7, -, Coronel Governador de, Lagos.
2602, Publicula, JOSÉ ANTONIO FERREIRA BRAK LAMY, 7, -, Desembargador e Ouvidor das, Alagoas.
2603, Melchiades, MATHEUS ANTONIO PEREIRA DA SILVA, 7, 2.º. Vig.º., Juiz de fóra de, Lagos.
2604, Catão, JOÃO BAPTISTA DA SILVA LOPES, 7, Secret.º., Proprietario, » (Lagos).
2605, Annibal, RODRIGO VITO PEREIRA DA SILVA, 7, Ven..º., Coronel d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2606, Pompeu, PEDRO MASCARENHAS, 4, Arq.º. Dc.º., Tenente-Coronel Reformado, Faro.
2607, Francklim, JOAQUIM ANTONIO VALINHO, 3, » (Arq.º. Dc.º.), Cónego da Sé de, » (Faro).
2608, Asmódeo, ANTONIO CORRÊA DE MENDONÇA PESSANHA, 3, Chanc.º. Arq.º., Guarda-mór de Saude de, Lagos.
2609, Tito, JOÃO JOSÉ ANTUNES GAIVÃO, 3, » (Chanc.º. Arq.º.), Coronel aggregado de milicias de, » (Lagos).
2610, Nevton, JOÃO ROSENDO DE MENDONÇA PESSANHA, 3, » (Chanc.º. Arq.º.), Tenente-Coronel Graduado d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2611, Pithagoras, PEDRO ALEXANDRE PEREIRA DA SILVA, 3, G.ª. Int.º., Major Graduado d'infantaria n.º 14, Tavira.
2612, Fabricio, MANOEL GOMES XAVIER, 3, G.ª. Ext.º., Alferes d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2613, Graccho, D. BARTHOLOMEU SALAZAR MOSCOSO, 3, » (G.ª. Ext.º.), Major Graduado d'infantaria n.º 2, Lagos.
2614, Sertorio, JOSÉ QUINTINO DIAS, 3, 2.º Exp.º., Tenente d'infantaria n.º 2, » (Lagos).
2615, Bruto, FRANCISCO CORRÊA DE MENDONÇA PESSANHA, 3, 1.º Vig.º., Major de Milicias de, » (Lagos).
2616, Washinton, JOSÉ BENTO DE BARAHONA FRAGOSO, 3, M.º. de Cer.º., Deão da Sé de, Faro.
2617, Esculapio, FRANCISCO MANOEL DA CRUZ, 3, » (M.º. de Cer.º.), Medico, » (Faro).
2618, Caligula, JERONYMO JOSÉ CARNEIRO, 3, » (M.º. de Cer.º.), Deputado em Côrtes, Lisboa.
2619, Eli, JOSÉ PEDRO DA SILVA GONÇALVES REIS, 3, Thez.º., Prior da, Villa do Bispo.
2620, Viriato, JOAQUIM NEVES, 3, Ter.º., Tenente de milicias de, Lagos.
2621, Numa, D. NICOLAU MORAL, 3, Hosp.º., Medico, » (Lagos).
2622, Lysanias, JOSÉ D'ABREU MACHADO, 3, Orad.º., Juiz de fóra de, Tavira.
2623, Alcibiades, MANOEL JOSÉ PEIXOTO, 3, 1.º Exp.º., Corregedor de, Lagos.
2624, Scipião, JOSÉ FRANCISCO DA COSTA, 1, » (1.º Exp.º.), Alferes d'infantaria n.º 14, Tavira.
2625, Solon, MANOEL MASCARENHAS ZUZARTE LOBO, 1, » (1.º Exp.º.), Proprietario, Lagos.
2626, Leonidas, MANOEL ALEXANDRE TRAVASSOS, 1, » (1.º Exp.º.), Ajudante d'infantaria n.º 14, Tavira.
2627, Galeno, PAULO JOSÉ DE BARROS, 1, » (1.º Exp.º.), Cirurgião-mór d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2628, Cornelio, FRANCISCO JOAQUIM NOGUEIRA MIMOSO, 1, » (1.º Exp.º.), Pagador d'infantaria n.º 14, » (Tavira).
2629, Aurelio, FR. VICENTE DE LIRA, 1, » (1.º Exp.º.), Prior do Convento da Graça, » (Tavira).
2630, Aquilles, JOAQUIM JOSÉ JORDÃO, 1, » (1.º Exp.º.), Cirurgião-mór d'infantaria n.º 2, Lagos.
- Francisco Joaquim Moreira Carneiro Borges de Sá Barreto, FCR, COX
- Henrique Correia de Vilhena, natural da ilha da Madeira
- Francisco Maria Corvo, da cidade de Lisboa
- abade de Gondar, José de S. Bernardino Botelho
- Francisco da Silva de Queirós, cónego
- José Luciano de Castro, Primeiro Ministro, Chefe do Partido Progressista
- Alexandre Alberto de Serpa Pinto da Costa
- José da Costa Pina
- General Norton de Matos, Grão Mestre
- José Alberto dos Reis, Presidente da Assembleia Nacional ?
- Oliveira Simões, Grão Mestre Adjunto de Norton de Matos
- Maurício Costa
- Luis Gonçalves Rebordão
- Marechal António Óscar Fragoso Carmona, Presidente da República
- Ramon Nonato de La Feria, médico
- General Luis Augusto Ferreira de Castro, Grão Mestre
- Sá Cardoso
- Freitas Ribeiro
- António Maria da Silva, Primeiro Ministro, Grão Mestre Adjunto, Chefe do Partido Democrático
- Ferreira de Castro, Grão Mestre 1900/1906
- Machado Santos, chefe da Carbonária, o da rotunda em 5 X 1910
- General Sidónio Paes, o Presidente-Rei
- Bernardino Machado, Presidente da República, Grão Mestre 1895/99
- Brito Camacho
- Francisco Gomes da Silva (Grão Mestre 1906/1907)
- Miguel Baptista Maciel, Grão Mestre 1881/85
- José de Castro, Grão Mestre Adjunto de Magalhães Lima
- Visconde de Ouguela, Grão Mestre 1889/95
- António Enes
- Joaquim António de Aguiar
- Rodrigues Sampaio
- Anselmo Braamcamp
- José Dias Ferreira
- Mendes Leal, ministro
- Bispo de Betsaida
- José Estêvão Coelho de Magalhães, orador, deputado, ministro
- José Fontana
- Camilo Castelo Branco, Escritor, 1º visconde de Corrêa Botelho
- Antero de Quental, Poeta
- Inocêncio da Silva
- Gomes de Brito
- Brito Rebelo
- Heliodoro Salgado
- Prof. Egas Moniz, Prémio Nobel
- Rafael Bordalo Pinheiro, artista, "Goya", da loja Restauração de Portugal
- Sebastião José de Sampaio Melo e Castro Lusignan, desembargador, neto do 1º marquês de Pombal, 1º Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano (1804)
- Hipolito José da Costa
- José Liberato Freire de Carvalho
- Carlos Mardel, húngaro, arquitecto da reconstrução de Lisboa
- John Coustos, suiço naturalizado inglês, lapidário de diamantes
- D. André de Moraes Sarmento, clérigo
- Abade Correia da Serra, da Academia das Ciências
- FIlinto Elísio, Poeta
- Ribeiro Sanches
- Avelar Brotero, Botânico
- Domingos Vandelli
- José Anastácio da Cunha
- José Liberato Freire de Carvalho
- Domingos Sequeira, Génio da Pintura
- José Maria Soares de Castelo Branco, clérigo
- Frei Francisco das Chagas
- José Maria Vasques Álvares da Cunha, 4º conde da Cunha
- Bernardo Correia de Castro Sepúlveda
- Frei António Evangelista Nobre
- Frei António de Loulé
- Frei António da Paixão
- Frei António de Santa Ana Correia
- D. José da Assunção Leote, clérigo
- José Lúcio Travassos Valdez (Bonfim)
- Thomas William Stubbs (Vila Nova de Gaia)
- João de Bettencourt, proprietário, Funchal
- João de Bettencourt, professor,Funchal
- Nicolau Caetano Bettencourt Pita
- José António Bettencourt
- Francisco de Paula Vieira da Silva Tovar, 1º barão e 1º visconde de Molelos
- João Baptista Leitão de Almeida Garrett, escritor, poeta e dramaturgo
- Tomás Oom, * Lx. 1794, loja "Sociedade Literaria Patriotica", Lx.1822/23, GOL
- Francisco Brum de Bettencourt
- Bernardo de Sá Nogueira, marquês de Sá da Bandeira
- Gaspar Teixeira de Magalhães e Lacerda ?
- José Xavier Mouzinho da Silveira, legislador
- José Pereira Cirne de Castro ?
- Sebastião Schiapa Pietra
- Vasco Pinto de Sousa Coutinho (Balsemão) ?
- Duarte Borges da Câmara Medeiros (Vila da Praia)
- José Paulino de Bettencourt Lemos
- António Feliciano de Castilho
- António Lobo Girão (Vilarinho de S. Romão)?
- João Faria Machado Pinto Roby
- Joaquim Augusto Kopke (Massarelos)
- António de Sousa Cirne ?
- Rodrigo de Sousa Teixeira da Silva Alcoforado (Vila Pouca) - consta também da lista dos oficiais concessionados de D. Miguel
- António Augusto de Carvalho Monteiro, o "Monteiro dos Milhões", senhor da Casa da Regaleira
- Alberto Eduardo Valado Navarro, 3º visconde da Trindade
- Bernardo Valentim Moreira de Sá, músico, professor, maestro (1853/1924)
- Vianna da Motta, músico, compositor, professor
- Mariano Cordeiro Feio
- J. de Carvalho Prostes
- Fernando Romão da Costa Ataíde e Teive de Sousa Coutinho, senhor de Baião, morgado da Ribeira Brava, FCR,Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano de 1809 a 1815 (?).
- Manuel Teles da Silva de Menezes e Castro, Príncipe de Silva Tarouca no Império, diplomata, fº do 4º conde de Tarouca. Amigo em Viena de Sebastião José de Carvalho.
- Henrique Xavier Baeta n. Salvaterra 1776, Médico, da loja Amizade - Lisboa 1820?-1823, GOL
- João Carlos de Morais Palmeiro n Lisboa 1793, Proprietário, idem
_ José Peixoto Sarmento de Queirós n. Amarante, Magistrado, ibidem
_ José de Meireles, Proprietário, loja Amor da Razão, Porto, 1821-23, GOL
- Feliciano José da Costa, loja Firmeza Lusitana, Lisboa 1821-1823
- Manuel Alves do Rio n. Braga 1777, Comerciante, idem
- Ricardo Gomes Costa, ibidem
- (António Cesário de Sousa Guerra) Quaresma, Comerciante, loja Fortaleza, Lx.1820(?)-1822(?) GOL
- António Pinheiro de Azevedo e Silva n. Sabrosa 1767, Clérigo, idem
- João Maria Soares de Castelo Branco, n. Lisboa 1767, Clérigo, idem
- José Aleixo Falcão de G.F. van Zeller, n. Lisboa 1762, Proprietário, idem
- José Ferrão de Mendonça e Sousa, n. Trancoso, Clérigo, idem
- José Joaquim ferreira de Moura, n. V.N. Foz Côa 1776, Magistrado, idem
- José Liberato Freire de Carvalho, n. Coimbra 1772, Professor, idem
- José de Melo de Castro e Abreu, idem
- José da Silva Carvalho, n. Sta. Comba 1782, Magistrado, idem
- Manuel Fernandes Tomás, n. Fig. Foz 1771, Magistrado, idem
- Domingos José Vital, n. Castelo Branco, loja 1º de Outubro, Lx. 1821/23, GOL
- José Joaquim Ferreira de Moura (supra), idem
- José da Siva Carvalho (supra), idem
- António Florêncio Reicha, Of. Exército, Loja Regeneração, Lisboa 1805/1820- 1821/1823, GOL
- Caetano José de Carvalho, n. Cast Vide 1775-80, Comerciante, idem
- Diogo Folque, idem
- Frei Francisco das Chagas, Clérigo, idem
- Henrique Xavier Baeta (supra), idem
- Joaquim Fortuna, idem
- Joaquim José da Cunha, idem
- Joaquim José da Gama, Func. Público, idem
- José Lucas Cordeiro, ofic. Exército, idem
- José Faustino de Pina, idem
- José Maria de Aguilar Córdova, Func. Público, idem
- José Maria Vasques Álvares da Cunha (Conde da Cunha), * VFranca 1793, Proprietário, supra, idem
- José Nicolau da Costa, idem
- Manuel de Castro Pereira de Mesquita n. V.N. Foz Coa 1778, Of. Exército, idem
- Manuel Solitano Torrado Figueroa, n. Espanha, idem
- Miguel Calmon Dupin Almeida (Abrantes), n. Baía 1796, Proprietário, idem
- Rodrigo da Fonseca Magalhães, n. Condeixa-a-Nova 1787, Proprietário, idem
- Manuel Fernandes Tomás (supra), CAPÍTULO O SINÉDRIO, Porto 1818-1820
- José Ferreira Borges, n. Porto 1786, Advogado, idem
- José Ferreira Viana, Comerciante, idem
- José da Silva Carvalho (supra), idem
- Duarte Leça, n.Porto 1788, Comerciante, idem
- José Maria Lopes carneiro, n. Porto 1785, Comerciante, idem
- José Gonçalves dos Santos e Silva, n. Porto 1794, Comerciante, idem
- José Pereira de Meneses, Comerciante, idem
- Francisco Gomes da Silva, n. Porto, Médico, idem
- João da Cunha Sotto Mayor, n. Viana 1767, Magistrado, idem
- José de Melo de Castro e Abreu, n. Lamego 1774, Proprietário, idem
- José Maria Xavier de Araújo, n. Arcos de Valdevez 1786, Magistrado, idem
- Bernardo Correia de Castro Sepúlveda, n. Bragança 1791, Of. Exército, idem
- Fernandes Costa (Ministro da Marinha).
- Correia Barreto (Ministro da Guerra).
- Aurélio da Costa Ferreira (Ministro do Fomento).
- António Vicente Ferreira (Ministro das Finanças).
- Sebastião Magalhães de Lima (Grão-mestre, de 1912? a 1928), nas. no Rio de Janeiro a 30/5/1850, filho de Sebastião Carvalho de Lima e de Leocácia Rodrigues Pinto de Magalhães.
- Manuel Borges Grainha.
- António Maria da Silva (Grão-Mestre-adjunto).
- Coronel Joaquim Maria de Oliveira Simões. (Grão-Mestre, de 1928 a 1930). Com a morte de Magalhães de Lima, a 7/12/1928, a Ordem tinha ficado sem o seu tradicional Grão-Mestre de muitos anos. Para lhe suceder é eleito António José de Almeida, tendo como adjunto o coronel J.M. Oliveira Simões. No entanto, o famoso tributo republicano não chega a tomar posse do cargo por motivos de saúde, morrendo a 31 de Outubro desse ano. E é o Grão-Mestre Adjunto quem fica a gerir os negócios do Grande Oriente Lusitano Unido.
- Gomes Freire de Andrade.
- Sá Cardoso.
- Américo Olavo (Ministro da Guerra assassinado em funções, na Iª República)
- Álvaro de Castro
- Álvaro Poppe, * 1880 cc D. Maria Augusta Cohen
- Hélder Ribeiro
- Norton de Matos, (Grão-Mestre, de 1930 a ?).
- Almeida Paiva.
- Miguel António Dias (Historiador, nas. Covilhã a 1803 e morreu em Torres Novas a 1878).
- Rodrigo Lima Felner (Almanak do Rito Escocês para o ano de 1845).
- Cunha Belém (O Grande Oriente Lusitano, 1869).
- Álvaro Rodrigues de Azevedo.
Membros da Loja Filantropia em Lagos, 1822/1842-1823/1846?:
- Manuel Bernardo de Chaby, n. 1773, Of. Ex.
- José António ferreira Braklamy, n. 1780, Magistrado
- Mateus António Pereira da Silva, n. 1795, Magistrado
- Joaõ Baptista da Silva Lopes, n. 1781, Proprietário
- Rodrigo Vito Pereira da Silva, Of. Ex.
- Pedro Mascarenhas, Of. Ex.
- Joaquim António Valinho, Clérigo
- António Correia Mendonça Pessanha, n. 1791, Func. Pub.
- João José Antunes Gaivão, n. 1762. Of. Ex. Mil.
- João Rosendo Mendonça Pessanha, Of. Ex.
- Pedro Alexandrino Pereira da Silva, Of. Ex
- Manuel Gomes Xavier, Of. Ex.
- D. Bartolomeu Salazar Moscoso, n. 1789, Of. Ex
- José Quintino Dias, n. 1792, Of. Ex
- Francisco Correia Mendonça Pessanha, n. 1775-79, Of. Ex. Mil.
- José Bento Barahona Fragoso, n.1776, Clérigo
- Francisco Manuel da Cruz Baião, Médico
- Jerónimo José Carneiro, n. 1771, Proprietário
- José Pedro Silva Gonçalves reis, Clérigo
- Joaquim Neves, n. 1758, Of. Ex. Mil
- D.Nicolao Cañete Moral y Benito de la Torre, Médico
- José de Abreu Machado (Santº Lordelo), Magistrado
- Manuel José Peixoto, Magistrado
- José Francisco da Costa, Of. Ex.
- Manuel Mascarenhas Zuzarte Lobo, n. 1798, Proprietário
- Manuel Alexandre Travassos, Of. Ex.
- Paulo José de Barros, Médico Cir.
- Francisco Joaquim Nogueira Mimoso, Of. Ex.
- Fr. Vicente Ferrer de Lima, Clérigo
- Joaquim José Jordão, Médico Cir.
- Manuel Alexandrino Pereira da Silva, Of. Ex.
- José Fortunato de Azevedo Coutinho, n. 1788, Of. Ex
- Fr. Cândido Narciso Lobo, Clérigo
- António Pimentel de Macedo, Of. Ex
- Francisco Xavier de Paiva, Of. Ex.
FONTES:
1. História da Maçonaria Portuguesa, AH OMarques
2. AUC, fundo Fausto de Quadros
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Luanda
Cara Maria de Oliveira Martins
Não a sabia luandina como eu... quanto à sua questão já o Alexandre lhe respondeu. Um óptimo almoço de qualquer maneira, e beijo a mão da senhora sua neta.
Cumprimentos
Alexandre Tavares Festas
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RE: Luanda
Caros Alexandres
Muito obrigada.O Tomás citado foi um dos meus trisavós,mas o que me tinha ficado na memória era que um dos seus bisnetos seria maçon o Jacome Oom do Vale,muito mais recente,pois nasceu 1887 (+ ou -).talvez apareça.
Pois é,não sou natural de Luanda,mas fiz o 6º e 7º anos no S.C.,de que guardo boas recordações.Este é almoço anual,onde aparecem pessoas de todas as gerações.Mas a minha turma do liceu reúne-se regularmente,com mais ou menos participantes.Há os sempre fiéis.
Um beijinho da Matilde e um grande almoço,sem lágrimas,mas nas Lágrimas.
Beijinhos
Maria
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Respondi em Re:Luanda,para os dois Alexs.
Enviei-lhe uma mensagem de felicitações,pelo seu aniversário,mas veio devolvida.Fica para o ano que vem,talvez a netcabo esteja a servir melhor ou eu tenha mudado de servidor.
Beijinhos e muito obrigada
Maria
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RE: Luanda
Cara Maria,
O livro de que tenho estado a citar não abtrange ainda a época de Jacome Oom do Vale. Estou a tentar obter as sequências e nessa altura confirmarei.
Beijinhos para si também ( e para a Matilde)
Alexandre Burmester
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RE: Actualização da LGMP
Caro Alexandre Tavares Festas
A fonte consultada para a elaboração do rol que enviei, foi: “para a história da Maçonaria em Portugal, 1913 – 1935” – alguns subsídios recolhidos por António Carlos Carvalho – Colecção: Janus, Editorial Vega. Posso ainda adiantar que da bibliografia consultada, destaco, desde já, as obras de René Guénon, Frithjof Schuon, Albert Lantoine, Jean Tourinac, Jean Reyor e, na parte portuguesa, Miguel António Dias, além do próprio Manuel Borges Grainha, a obra de A H Oliveira Marques, etc...
Contudo, convém lembrar que somente UMA PEQUENA PARTE dos ensinamentos maçónicos são passados a escrito.
Os restantes são transmitidos oralmente, de Mestres a Aprendizes.
Portanto, devemos usar da máxima prudência na interpretação dos factos e na análise do comportamento daqueles que usaram a Maçonaria como pano de fundo.
Seria portanto interessante, termos conhecimento dos documentos, principalmente dos que ligam os nossos Reis a estas sociedades, e não ficarmos apenas por fontes que nos relatem aquilo que outros relataram, sujeitando-nos a fazer o “jogo” destas sociedades. É sabido que estas sociedades através da sua tradição (passar de boca a ouvido), sempre se quiseram conectar com grandes obras e ilustres figuras.
Agradecia a indicação de documentos fidedignos (as fonte das fontes), donde por exemplo A H Oliveira Marques se baseou.
Quanto à expressão “Tranglamongo” ouvia há tempos, da boca de um Irmão dos que constam da lista que enviei, para não referir a palavra morte, coisas de superstições que me passam ao lado. Apliquei-a porque na altura em que escrevia veio-me à memória.
Cumprimentos,
José Duarte Valado Arnaud
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RE: Lista Genealógica de Maçons Portugueses
Maria,
Talvez a culpa não tenha desta vez sido da netcabo e eu tivesse a caixa de correio a abarrotar, pois tem sucedido. De qualquer modo ficou a intenção e aqui ficam os meus agradecimentos.
Beijinhos
Alexandre
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Cons. Dias Ferreira Maçon?
Caros confrades,
Pesquisando dados sobre um meu parente, o Conselheiro José Dias Ferreira, encontrei em um sítio na internet a seguinte informação:
Grande Loja dos Maçons Antigos Livres e Aceites de Portugal. 1882-1885
José Dias Ferreira 1882-1885
Acaso, algum confrade saberia me dizer que esse citado José Dias Ferreira seria o mesmo parente que pesquiso?
O meu fraternal abraço
José Roberto Vasconcelos.'.
vasconcelos@genealogias.org
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Alexandre Burmester
Acho um pouco anedótica a forma com coloca o problema.
Penso, por princípio ,que os Miguelistas não foram Maçónicos.
Por outro lado que os defensores do liberalismo o foram.
Ainda por outro lado,que os defensores do liberalismo,que por vezes,fossem nobres ou não,na sua qualidade de livres pensadores,teriam o direito de o ser.
O que me pertuba é o facto de que várias famílias fidalgas e nobres (fidalgas?)que seguiram o liberalismo e a maçonaria,tenham descendendentes agora ultra-miguelistas,quando na altura fizeram a sua carreia política e social e dessa forma reorganizaram seus títulos e mordomias.
Não deixa de ser curioso que fora da fidalguia estritamente rural,o Miguelismo( e até o vero Liberalismo)tivesse as suas veras raízes na sua Fidalguia,como os ditos Martins,Vaz,Marques,Pires,Gomes,Marçal etc ,e que do liberalismo,a nobreza (alguns da vera fidalguia e outros?) se assapassem,como melga maldita, no aproveitamento de novas mercês e títulos.
Não me faz "comichão" que na altura de Aljubarrota a antiga Fidalguia seguiu Castela por princípios de Honra e de preito de Homenagem,agora não compreensíveis, e que a nova fidalguia tivesse apoiado o futuro D. D.João I.
Sei que estou a ser polémico.
Cumprimentos,
Francisco Álvares de Carvalho
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Caro Francisco Álvares de Carvalho,
Se está ou não a ser polémico, daí não vem mal ao mundo, mas gostaria que clarificasse o sentido da palavra "anedótico", que não entendi bem, tal como não entendi com clareza tudo o que escreveu, de certo por defeito de compreensão meu.
Se reparar bem no que escrevi, não pretendi nem pretendo "desmascarar" ninguém ou acusar ninguém, mas apenas fazer uma resenha e uma análise de uma determinada situação.
Naquilo que entendi da sua mensagem, acho que estamos até de acordo, e portanto, comigo não será certamente polémico. Também acho bizarro, embora me não perturbe, o ultra-miguelismo de alguns descendentes de liberais, pelo menos em certas facetas da sua actuação. Há-os por aí por todos os cantos, com nomes de políticos, escritores e intelectuais do liberalismo, efectivamente. E também me não faz "comichão", "eczema", ou simples irritação cutânea, o alinhamento por Castela da antiga Fidalguia. Mas na realidade, esta não seguia Castela, seguia a legítima Raínha D. Beatriz, espoliada do trono pelo "golpe" que levou o Mestre de Aviz ao trono. À distância de mais de 600 anos qualquer polémica sobre este tema terá sempre de ser em águas mornas, acho eu.
Cumprimentos
Alexandre Burmester
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Maçons, Pedreiros livres , etc. Mais polémica !
Caro Alexandre Burmester
Mais uma razão para a verdadeira e legítima fidalguia execrar a Maçonaria !
Por acaso ouviu as "perguntas de rua" que se seguiram ao Jornal das 9, da TVI ???
Ora bem, um passante declara que Maçonaria é um lugar onde se trabalha a madeira.
Outro diz que Pedreiro livre é um pedreiro que trabalha por conta própria ...
Desprestigiantes profissões mecânicas, incompatéveis com a vera fidalguia ! Tudo explicado.
Cumprimentos, J.A. Allen
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RE: Maçons, Pedreiros livres , etc. Mais polémica !
Caro J.A.Allen
É confrangedora a falta de cultura dos chamados transeuntes.Depois,parece que os escolhem a dedo.
Beijinhos
Maria
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RE: Maçons, Pedreiros livres , etc. Mais polémica !
Meu caro José Alberto
E aquela da "ética maçónica"?
O Grão Mestre do G.O.L. é livre de pensar como muito bem entende, mas...!
Enfim, cada um tem as suas convicções. Não queiram é "tapar o sol com a peneira"!!
Melhores cumprimentos
Artur João
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RE: Maçons, Pedreiros livres , etc. Mais polémica !
Caro José Alberto Allen,
Vi a reportagem do TJ da RTP 1, onde não se deram ao trabalho de auscultar "o homem da rua".
Por algum motivo o título que dei a este tópico não incluiu o terceiro estado.:)
Por outro lado, e a atentar no que refere, quer-me parecer que o GOL estará com um sério problema de imagem junto das "massas".:)
Um abraço
Alexandre Burmester
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RE: Maçons, Pedreiros livres , etc. Mais polémica !
Caros amigos,
O que eu achei mais piada foi o artigo publicado no DN sobre o "movimento regenerador"e outros recados deixados pelo g.m. do GOL e a lista de ilustres portugueses, ao que parece, só eles sabem pensar Portugal. Acho que este movimento regenerador não trás nada de novo, peca por tardio e certas pessoas que compõem essa lista já tiveram a oportunidade de pensarem e fazerem coisas por este País.
Cumprimentos
E.Possolo
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Prezados Confrades, a título de informação...
Segundo diz o dr. José de Arriaga na Historia da revolução portuguesa de 1820, foi à ilha da Madeira uma das primeiras terras de Portugal em que a maçonaria encontrou mais favorável acolhimento. Em 1770, havia já uma loja maçônica na Madeira, da qual faziam parte Aires de Ornelas Frasão, Francisco de Alincourt e Bartolomeu Andrieux, segundo se vê de um oficio dirigido pelo Governador João Antonio de Sá Pereira ao marquês de Pombal em 3 de Dezembro desse ano, e em 14 de Abril de 1792 queixava-se o Governador D. Diogo Forjaz Coutinho a Martinho de Melo e Castro de que o francês João José de Orquiny tinha estabelecido uma loja maçônica nesta ilha, pertencendo a maior parte dos associados ás classes da nobreza e do clero.
Os referidos Frasão, Alincourt e Andrieux foram presos em 1770 como pedreiros livres, por ordem do Governador, sendo o primeiro remetido para Lisboa, mas vê-se de um documento madeirense que o Marquês de Pombal não só mandou soltar o segundo destes maçons, como o restituiu ao cargo que desempenhava de sargento-mor engenheiro, o que faz crer que outro tanto sucedesse aos outros dois presos.
Quanto ao francês Orquiny, era grão-comendador do Grande Oriente da França, e conseguiu ser nomeado pelo governo de D. Maria I para estudar a flora madeirense e o seu valor terapêutico. Chegou á Madeira em 1789, mas do que ele cuidou desde logo foi de transplantar para esta ilha as instituições, maçônicas francesas, o que conseguiu facilmente, não sendo igualmente feliz em Lisboa, para onde partiu em 1792, pois que ai a policia descobriu os seus desígnios, prendeu-o nos cárceres da Inquisição e expulsou-o depois para o estrangeiro.
Os maçons madeirenses sofreram em 1792 uma grande perseguição. Mal o bispo D. José da Costa Tôrres teve conhecimento de que se havia constituído uma loja maçônica no Funchal, e que dela faziam parte o juiz de fora, o corregedor, vários eclesiásticos, muitos filhos de casas nobres, homens de letras, etc., instou com o inquisidor geral, diz o dr José de Arriaga, «para que este publicasse um edital contra os pedreiros livres e convidando; os cidadãos da ilha a denunciar perante a inquisição todos aqueles que soubessem pertencer á maldita seita, que tinha pacto com Satanás e era excomungada. O edital não se fez esperar e apareceu naquele ano. Houve pânico geral, porque já uma grande parte da ilha pertencia á maçonaria, e o edital ia com efeito causar graves perturbações no seio das famílias e ser origem de acontecimentos desastrosos».
«Imediatamente se seguiram as prisões, continua o mesmo autor. O vigário geral, o juiz dos resíduos e o visitador do bispado foram demitidos dos seus lugares e suspensos de pregar e confessar, podendo no entanto dizer missa. Muitos vigários foram presos em suas freguesias e metidos em processo, outros foram suspensos de pregar e confessar fora da sua jurisdição; os capelães da Sé foram depostos das suas capellanias, os curas dos seus curatos, e muitos eclesiásticos suspensos de pregar e confessar em todo o bispado, sendo notados de heresia e incursos na excomunhão».
Muitos maçons, entre os quais diferentes oficiais militares e funcionários públicos, fugiram da Madeira por essa ocasião, tendo alguns deles seguido para os Estados Unidos da América, acompanhados de suas famílias, onde foram bem recebidos.
O Governo pôs termo, por considerá-la impolitica, á perseguição movida contra os maçons, e em 23 de Junho de 1792 chegou á ilha o perdão para todos os membros das sociedades secretas, devendo estes abjurar das heresias de que eram acusados. O bispo recusou-se a reintegrar os sacerdotes por ele demitidos ou suspensos, mas estes recorreram para a Coroa, que lhes deu provimento.
O poeta madeirense Francisco Álvares de Nóbrega e o deão da Sé do Funchal, João Francisco Lopes Rocha, padeceram bastante por ocasião da referida perseguição, tendo este ultimo dirigido uma carta ao ministro José de Seabra da Silva, datada de 16 de Outubro de 1793, em que amargamente se queixava do Bispo por lhe manter a suspensão do exercício de seus ofícios sacerdotais e dos respectivos vencimentos, com manifesta violação das leis portuguesas e das expressas determinações do governo da Rainha. Esta carta, publicada muitos anos depois no tomo III do Campeão Português em Londres, é documento importante para o estudo das instituições maçônicas na Madeira.
O Bispo D. José da Costa Tôrres foi 4 anos depois da perseguição, em 22 de Tunho de 1796, transferido para o bispado de Elvas, e, diz um manuscrito da época, citado pelo Dr. Azevedo, «sahiu (da ilha da Madeira) na noite de 6 de Outubro de 1796, sem se despedir de pessoa alguma, nem do S. S.mo Sacramento: e thé gora ignora-se o motivo deste afetado embarque de noite, e por portas travessas». D. Diogo Pereira Forjaz Coutinho só deixou de ser capitão-general das ilhas da Madeira e Porto Santo quando faleceu em 30 de Março de 1798.
Diz o Dr. Álvaro Rodrigues de Azevedo no artigo Madeira, publicado no Dicionário Universal Português, que tudo faz crer que o impulso maçônico nesta ilha foi de origem francesa, e que, se o Marquês de Pombal, e, depois, os ministros de D. Maria I não quiseram contrariá-lo abertamente, é porque viram nele o meio de contrabalançar o absorvente predomínio dos mercadores britânicos. Se foi êste, porém, o intento dos aludidos ministros, êle malogrou-se, pois que a ocupação inglêsa e a protecção concedida mais tarde por varios individuos da mesma nacionalidade aos liberais madeirenses, criou entre estes o partido britanico, que, como diz o mesmo erudito investigador, só pouco a pouco se desfez, por efeito da queda do govêrno de D. Miguel, em 1834.
A maçonaria reorganizou-se enquanto a Madeira esteve ocupada por tropas britanicas (1801 a 1802 e 1807 a 1814), datando provavelmente dessa epoca a fundação da loja Unido, da qual sairam as lojas Constancia e Fidelidade, estabelecidas durante o periodo liberal. Agostinho de Ornelas foi o primeiro veneravel dessa loja, e tanto ela como as suas filiais parece que estiveram subordinadas ao Grande-Oriente de Lisboa, ou, pelo menos, trabalbaram de acôrdo com êle, enquanto o pais se regeu por instituições liberais.
A alçada que o govêrno absoluto mandou á Madeira em 1823 dispersou os mações e condenou muitos deles a degrêdo, mas já em 1825 havia aqui uma sociedade secreta denominada dos Jardineiros, organizada por bacharéis e estudantes da Universidade. Vê-se de um antigo documento que em 1824 os mações se reuniam em casa do inglês Gran, que era também pedreiro livre.
A constituição maçonica foi impressa na tipografia do Patriota Funchalense em Janeiro de 1823, e entre os mações condenados pela alçada que veio á Madeira nesse ano, avultam o Dr. Nicolau Caetano Pita, redactor daquele jornal, o Dr. Francisco de Assis Saldanha,juiz de fora, o Padre Gregorio Nazianzeno Medina e Vasconcelos e o Padre Tomé João Pestana Homem de El-Rey, vigario do Campanario.
A maçonaria, diz o Dr. Alvaro Rodrigues de Azevedo no Diccionario Universal Portugues, resurgiu robusta em 1826, tendo á sua frente João do Carvalhal, mas os acontecimentos politicos de 1828, a alçada que neste ano veiu á Madeira, a pronuncia de 216 e a prisão de 101 liberais e mações, os degredos e prisões a que estes foram condenados, a emigração e o homisio dos não presos, o terror dos cadafalsos em que tantos portugueses foram mortos e emfim os cinco anos de sanguinario despotismo do govêrno de D. Miguel, dizimaram e dispersaram a maçonaria madeirense, assim como, por causas identicas, a do continente do reino o havia sido.
«Quando em 5 de Junho de 1834 as instituições liberais foram estabelecidas na Madeira, poucos mações aqui existiam; consta, porem, que ainda assim duas lojas se levantaram, mas já longe do antigo espirito de unidade maçonica; não verdadeiras lojas, senão clubes facciosos, e que, porisso, em pouco foram absorvidos pelos clubes partidarios propriamente ditos, prevalecendo a todos o celebre Club do Carmo, onde suas armas estrearam os já agora falecidos caudilhos politicos madeirenses da geração anterior á que principiou na vida militante pelos anos de 1846 e 1847».
Em 1843, não existia nenhuma loja maçonica na Madeira, e assim se mantiveram as cousas até 11 de Março de 1872, em que alguns homens estranhos á politica, dirigidos pelo tenente-coronel reformado José Paulo Vieira, instalaram no Funchal a loja capitular Liberdade, da qual foi primeiro veneravel o dito tenente-coronel.
A 16 de Abril de 1873 instalou-se no Funchal a loja Trabalho, a 23 de Maio de 1877 a loja União Liberal e a 13 de Abril de 1878 a loja Cinco de Junho, mas estas três lojas fundiram-se pouco depois de 1880, ficando existindo desde então uma unica loja com a denomição de Trabalho, que teve curta duração.
A maçonaria madeirense montou em 1872 uma tipografia, na qual publicou primeiro a Madeira Liberal e depois o Oriente do Funchal, sendo esta fôlha continuação daquela, e se as lojas «não fossem abandonadas, dizia em 1882, o Dr. Azevedo, abandonadas por quem tinha o imperioso dever de dar-lhes conselho, direcção, força, seriam hoje gloria da Maçonaria Portuguesa».
Além da loja capitular Liberdade, de que falámos atrás, existem hoje (1921) no Funchal a loja Trabalho, o Gremio 5 de Outubro, a Britannic Lodge e a loJa Patria Portuguesa, tendo a primeira destas associações maçonicas sido fundada em Junho de 1901, a segunda em 13 de Outubro de 1911, a terceira em 29 de Dezembro de 1913 e a última em 12 de Janeiro de 1916. A loja Revoluçao e Progresso, fundada em 1899, durou apenas 6 ou 7 meses, e a loja Britanica, criada, segundo cremos, em Junho de 1908, foi substituída pela Britannic Lodge, cujos obreiros são na quasi totalidade inglêses e obedecem ao Grande Oriente da Inglaterra.
Tal é, em resumo, o que tem sido a maçonaria madeirense desde a fundação da primeira loja, nos fins do terceiro quartel do século XVIII, até a actualidade (1921). Sendo os seus fins identicos aos da maçonaria portuguesa, um dos artigos do seu programa é pôr em obra os principios avançados, e porisso teve de sofrer grandes perseguições e vexames antes de conquistar as liberdades que de há muito desfruta na nossa ilha.
Carlos Eduardo Monteiro de Barros França Ennes.
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
boa noite
Alguém me poderia informar sobre a Loja Boa Viagem?
Muito agradecida
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
A Grande Loja Legal de Portugal/GLRP é a única organização maçónica portuguesa internacionalmente reconhecida como Regular. A Maçonaria Regular foi institucionalizada a partir de 1717. Nessa data, quatro Lojas maçónicas de Londres constituíram a Premier Grand Lodge.
A Maçonaria Regular rege-se por 12 Princípios, ou Landmarks Regulares, também conhecidos pelos 12 Pontos da Regularidade, que poderão ser consultados no espaço As 12 regras.
Entre essas Regras da Regularidade avultam as de que apenas podem ser admitidos como maçons regulares homens livres e de bons costumes, crentes no Criador (mas cabendo à livre e íntima consciência de cada um a conceção individual do mesmo, a religião que professa e a forma como o faz) e a exclusão de qualquer controvérsia sobre Política ou Religião. Os trabalhos das Lojas Maçónicas Regulares são conduzidos à Glória do Grande Arquiteto do Universo (a denominação, abrangente a todas as crenças e religiões que os maçons utilizam para se referir ao Criador) e na presença das 3 grandes Luzes da Maçonaria: o Livro Sagrado (ou Livros Sagrados, se em assembleia houver elementos que, professando diferentes religiões, tenham diversos Livros Sagrados), o Esquadro e o Compasso.
A observância estrita destes princípios distingue a Maçonaria Regular de outras formas de entender e praticar o fenómeno, designadamente da Maçonaria dita Irregular ou Liberal, originada em diferente conceção, nascida em França. São diferentes a identidade e alguns princípios seguidos por estas duas formas de praticar e entender a Maçonaria.
Em contraposição a esta mencionada distinção de princípios, é comum a toda a boa prática da Maçonaria, seja Regular, seja Irregular ou Liberal, a existência de um específico método de aperfeiçoamento pessoal e moral (e, para a Maçonaria Regular, também espiritual), baseado no estudo do Simbolismo e na análise, compreensão, aplicação e relacionação do significado obtido dos símbolos estudados, na aquisição e consolidação de conhecimentos através de sucessivos patamares e na interiorização das lições recebidas através da sua absorção global, pela Razão e Emoção. Essenciais ao espírito e prática maçónicos são a contribuição do conhecimento e esforço individuais para o grupo em que o indivíduo se insere - a Loja -, correspondentemente retribuídos pelo papel do grupo no aperfeiçoamento individual.
Instituição buscadora da excelência, da Sabedoria, da Força e da Beleza, funcionando segundo os princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, a Maçonaria desde há séculos que transforma homens bons em homens melhores e, por essa via, contribui para a melhoria das sociedades em que se insere.
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Índice: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
D.José, Rei de Portugal
Duque de Palmela
Duque de Loulé
Conde de Cabral
Rei D.Fernando II
Almiro Gaspar Marques - Advogado e Grão-Mestre da Grande Loja Regular de Portugal.
Antônio Carlos Gomes - Músico, compositor de Óperas e maestro.
António Egas Moniz - Médico, prémio Nobel da Medicina.
António Marques Miguel Arquitecto, Past Gão Mestre da GLRP e membro da Academia de Belas Artes de Lisboa.
Alfredo da Rocha Vianna Filho - Compositor, flautista, saxofonista, cantor e regente.
Auguste Comte- Pai do Positivismo Jurídico e da Sociologia e Grande Filósofo Francês.
Antônio Francisco Lisboa - "Aleijadinho" patrono da arte no Brasil
Antônio José Gonsalves Chaves - Importante Charqueador
[editar] B
Barack Hussein Obama II - Presidente dos EUA.
Benjamin Franklin - Cientista e político estadunidense
Bento Gonçalves da Silva - General brasileiro - Revolucionário farroupilha.
Bernardino Luís Machado Guimarães - Presidente da República Portuguesa
Brigham Young - Segundo Presidente De A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, ou os Mórmons.
Bernardo Valentim Moreira de Sá - Insígne violinista, pianista, maestro, compositor, musicólogo, musicógrafo, professor e director da Escola Normal do Porto, fundador do "Orpheon Portuense" e Director-fundador do Conservatório de Música do Porto, fundador da "Sociedade de Música de Câmara" e do "Quarteto Moreira de Sá", conferencista, etc. [1]
[editar] C
Charles Chaplin - Cineasta inglês
[editar] D
Domenico Scarlatti - Compositor barroco italiano.
[editar] E
Emídio Guerreiro - Matemático e político.
[editar] F
Fernando Teixeira - Fundador da Grande Loja Regular de Portugal - GLRP.
Fernando Valle - Médico e político.
[editar] G
Carlos Viegas Gago Coutinho - Aviador
George Washington - Primeiro presidente dos Estados Unidos.
Giuseppe Garibaldi - Revolucionário italiano.
Gomes Freire de Andrade Grão-Mestre do GOL
Germano Rigotto ex-governador do estado do Rio Grande do Sul.
Harry Houdini - Mágico ilusionista - Inventor do "escapismo".
Isaac Newton - alquimista e notório físico
Irineu Evangelista de Souza (Barão e Visconde de Mauá)
Jaime Wright - Pastor presbiteriano, defensor dos Direitos Humanos no Brasil.
João Rosado Correia - Arquitecto, Professor Universitário, Ministro do Equipamento Social e Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano
Johann Wolfgang von Goethe - Escritor alemão
José de San Martín - General argentino
José de Souza Marques - Educador, advogado, político e pastor batista
José Bonifácio - Cientista e político brasileiro.
José Martí - Mártir cubano, iniciado em 1871 no Grande Oriente Lusitano.
José da Silva Carvalho - Obreiro da Revolução de 1820 e ministro de D. João VI, de D. Pedro IV e de D.ª Maria II; foi Grão-Mestre.
Johann Sebastian Bach - Músico e compositor Erudito.
Jânio Quadros - Ex-Presidente do Brasil
John Stuart Mill- pensador inglês
Joseph Smith - Primeiro Presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, líder Mórmon e Percursor do Mormonismo.
[
Ludwig van Beethoven - Compositor alemão
Luís Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias - Patrono do exército brasileiro.
Luiz Gonzaga - compositor e Cantor - Rei do Baião
Manuel Deodoro da Fonseca - Proclamador da República e primeiro presidente do Brasil.
Manuel Fernandes Tomás - Fundador do Sinédrio
Mário Covas Júnior - Engenheiro, Político brasileiro e ex-governador do estado de São Paulo
Martin Luther King Jr - Nobel da Paz e pastor da Igreja Batista
N
Norton de Matos - General, governador de Angola durante a Primeira República e político português
Orestes Quércia, político brasileiro, ex-governador do estado de São Paulo.(Expecula-se de que o mesmo tenha sido afastado da Ordem.)
Passos Manuel (Manuel da Silva Passos)- líder dos setembristas.
Pedro I do Brasil e Pedro IV de Portugal - Primeiro Imperador do Brasil, foi também Rei de Portugal.
[
Quintino Bocaiúva - Governador do Rio de Janeiro, político.
Rui Barbosa - Jurista, jornalista e político brasileiro
Richard Wagner - Músico e Compositor alemão
Rudyard Kipling - Escritor, jornalista e poeta inglês. Escreveu o conto original 'Mogli o menino da selva', transformado em animação pela Disney.
Simon Bolívar - General venezuelano, libertador da América do Sul do domínio colonial espanhol.
[Theodore Roosevelt - presidente dos EUA
Tiradentes - mártir da Inconfidência Mineira
Thomas Alva Edison - Um dos maiores inventores da História
Voltaire - Filósofo francês.
Vinicius de Moraes Poeta e compositor brasileiro.
Disney - desenhista.
Wolfgang Amadeus Mozart - Músico austríaco
[
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
TRADIÇÃO HERMÉTICA E MAÇONARIA (2)
FEDERICO GONZALEZ
De fato, as corporações de construtores medievais deram a estrutura à Maçonaria, inclusive os três graus iniciáticos, e sua simbólica fundamental vinculada com a Arte de Construir. Esta influencia deriva, ou ao menos tem antecedentes nos Collegia ou Scholae romanos, vinculados às Religiões de Mistérios, as quais, por sua vez, fazem-no com o Egito, como já dissemos. Por outra parte, na Alexandria greco-egípcia, dos primeiros séculos anteriores e posteriores ao cristianismo, volta-se a produzir um ressurgimento tanto das religiões mistéricas, que ainda subsistiam, como dos estudos neoplatônicos, pitagóricos e teúrgicos-gnósticos, que desembocam numa corrente onde a Tradição Hermética veiculará estas energias até o Renascimento (em que tornarão a florescer), passando pela Idade Média, onde revestiram formas cristãs, o que não foi difícil dada a identidade de ambas as tradições quanto a suas origens e fins. É precisamente na Idade Média (quando se construíram em toda a Europa milhares de templos, castelos, e cidades inteiras, tanto em estilo românico, quanto gótico, por meio destas associações corporativas, incorporadas à cidade medieval como elementos constitutivos de sua ordem) onde se assenta a gnose Hermética, por intermédio de Pitágoras e da Aritmosofia, quer dizer, o sentido verdadeiro dos números, das proporções, da orientação, dos ciclos, etc., ou seja: os mistérios da Cosmogonia, os segredos do ofício, manifestados pela Filosofia dos Pais da Igreja e Dionísio Areopagita, entre outros, e sobretudo, sem dúvida, pelo Evangelho Cristão, São Paulo, e o fundo tradicional mitológico, religioso e agrícola das culturas anteriores ao cristianismo. 27
Todas estas influências espirituais, ou intelectuais, passam diretamente à Maçonaria, como se encontra documentado em manuscritos alemães e ingleses, e é sobre esta estrutura que se adicionam os outros elementos que mencionamos. Assim a Alquimia se integra a este pensamento posto que ela não é mais que uma expressão ou adaptação a mais deste saber tradicional, e os mesmos Adeptos se colocam sob a filiação Hermética e seu patrocínio. O mesmo vale dizer dos Rosacruzes, herdeiros do pensamento hermético e historicamente relacionados com eles e com a Maçonaria. Também por suas raízes medievais, deve se buscar a associação da Ordem com outras Ordens construtoras e de cavalaria
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
ILUMINISMO INGLÊS E MAÇONARIA
A pesquisa sobre a participação de profissionais não artesãos nos agrupamentos dos maçons, a partir do século XVII, revela que os aceitos constituíram núcleos diversificados de obreiros nas Lojas operativas. Algumas dessas deixaram de ser convencionais para se tornarem formadoras de opiniões. As Lojas freqüentadas por intelectuais ganharam prestígio e marcaram a figura do livre pensador, um erudito que tinha salvo-conduto da realeza para divulgar suas idéias e melhorar os conhecimentos da elite. As reuniões maçônicas, a partir dessa época, proporcionaram nova visão do homem e do mundo e elevaram a complexidade dos conhecimentos à disposição da comunidade.
Os interesses das monarquias, das religiões dominantes e das ciências criaram episódios relevantes, que colaboraram para a evolução organizacional e funcional da maçonaria. Foi o caso que se verificou na difusão do movimento filosófico e cientificista inglês, o iluminismo, a partir da Royal Society, que desempenhou papel fundamental na criação e na consolidação da primeira Grande Loja maçônica, em Londres. Despontou a liderança de John Theophilus Desaguliers, um francês que mudou-se pequeno com seus pais para a Inglaterra, onde anos mais tarde freqüentou a Universidade de Oxford e se doutorou em Lei Canônica.
A ciência foi importante na vida de Desaguliers, principalmente a teoria das leis mecânicas de Newton, com quem estreitou laços de amizade. Foi eleito para a Royal Society em Londres e fez conferências em tavernas para divulgar a ciência newtoniana. Dedicou-se a interpretar princípios do Deísmo pois, para a sociedade de intelectuais londrinos, Deus era a Causa Primeira e Final do mundo, responsável pela Segunda razão da existência do Universo, a força de gravidade que ordena a relação dinâmica de todos os corpos celestes, interpretada e descrita por Isaac Newton.
Desaguliers estudou os conceitos filosóficos voltados para a importância do estudo da matéria e seus movimentos como elementos constitutivos do Universo. Acreditou que o Sábio e Todo-Poderoso Autor da Natureza iniciara Sua Obra divina pelo átomo e que dotara a matéria de movimento e de propriedades de atração e repulsão.
Como se constata, o sentimento materialista religioso esteve sempre muito presente na base das especulações científicas do iluminismo inglês, levado também para os alicerces conceituais que sustentaram a criação da Grande Loja de Londres e o novo modelo de Loja maçônica, apoiado na estrutura física do Parlamento e na pedagogia da Sociedade Real. Os princípios da arquitetura clássica igualmente tiveram forte receptividade entre os aristocratas britânicos no início do século dezoito. As características mais valorizadas foram a simetria, os arcos, as colunas dórica e jônica e os templos com domos.
Desaguliers integrou o partido político Whig, que surgiu depois da revolução de 1688, que pretendeu subordinar o poder da Coroa ao do Parlamento. As doutrinas que compuseram a ideologia da oligarquia Whig endossavam a idéia de soberania parlamentar com liberdades naturais, constituindo uma proposta de revolução política, que fez surgir no século seguinte o Partido Liberal inglês.
Desaguliers tornou-se Grão-Mestre eleito, dois anos depois da instalação da Grande Loja em 24 de junho de 1717, em Londres. Recrutou cientistas e outros pensadores para posições de liderança no projeto maçônico organizado, visando fazê-lo florescer em harmonia, reputação e número. Criou a figura do Deputado do Grão-Mestre, nomeado para representar o Grão-Mestre em situações de impedimento ou de coincidência temporal de eventos. Trabalhou estreitamente com o ministro presbiteriano James Anderson, membro da Royal Society, na redação de uma Constituição para a novel Grande Loja. Juntos, fizeram as primeiras analogias entre a antiga arquitetura e o moderno mundo da maçonaria intelectualista, sustentando que os princípios da antiga maçonaria possibilitaram a construção das pirâmides egípcias e o templo do Rei Salomão.
Desaguliers e Anderson lançaram a idéia central que serviu de referência para a confecção da Tábua de Delinear do primeiro grau da maçonaria inglesa, onde estão desenhadas as colunas dos princípios dórico, jônico e coríntio, presentes nos desenhos simétricos dos antigos edifícios e que refletem a harmonia com a natureza. Nas Constituições da Grande Loja há especial menção aos direitos do Grão-Mestre, investido nas funções de Poder Executivo, concebido como um Primeiro Ministro da maçonaria.
O sistema de graus foi idealizado pelos líderes da Grande Loja para servir ao propósito de explicar as idéias da intelectualidade inglesa, a respeito do processo de aperfeiçoamento moral, cultural e filosófico do ser humano, em que a escada simboliza a ascensão individual e estimula a busca do conhecimento que qualifica a caminhada existencial.
A Grande Loja ajudou as Lojas locais a funcionarem como assembléias, elegendo os dirigentes da sua entidade maior e mantendo encontros permanentes para discutirem assuntos importantes para a comunidade, além de servirem como centros ritualísticos, conferindo os graus aos candidatos admitidos.
As Lojas promoviam ações filantrópicas, contribuíam para o Fundo de Caridade da Grande Loja e prestavam assistência financeira aos maçons necessitados. Nessas condições, em que observa-se a presença da Grande Loja como uma coordenação centralizadora das principais iniciativas, houve a intensa promoção, entre 1719 e 1736, de atividades sociais e culturais nas Lojas e em toda a Londres, Lojas que funcionavam em cafés, tavernas e hospedarias, promovendo a sociabilidade, a expansão da cultura e a vida clubística.
Inegável é que o sistema ritualístico, com sua pedagogia maçônica diferenciada, provou ser um veículo efetivo para a explicação das idéias do século dezoito, dos conceitos newtonianos aos princípios éticos do Deísmo. O sistema ritualístico funcionou também como uma religião civil e foi reconhecido como uma importante fonte do anglofilismo. Os maçons ingleses entenderam que as leis da mecânica newtoniana revelavam muito sobre o ordenamento da natureza e que as doutrinas deitas, da mesma maneira, ajudavam a definir princípios apropriados para a conduta moral da sociedade.
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Mana da Graça Silva Dias
Anglismo na Maçonaria em Portugal
no limiar do século XIX"
Não se pretende expor aqui uma tese mais ou menos polémica,
mas indicar apenas, como em ante-estreia, uma das
perspectivas abertas por um trabalho de muitos anos de investigação.
No ponto de partida estava, como é óbvio, uma ideia
preconcebida, uma interrogação: foi a Maçonaria o motor do
processo revolucionário em Portugal? Esta interrogação continha
outras. Foi a Maçonaria a forja do jacobinismo, logo
estava marcada pelo sinal francês quase ab initio?
À medida que se avançava com o trabalho, uma convicção
se formava: a Maçonaria em Portugal não teve um percurso
linear: nascida sob o signo da Maçonaria britânica — de tónica
andersoniana primeiro, ou de teor tradicional (antients), mas,
em ambos os casos, de cariz desconfessionalizado e apolítico —,
só se afrancesou, ou jacobinizou (se se preferir), com o século
xix já a aproximar-se do término da 2.a década. É pois
sobre este percurso de longue durée que nos vamos debruçar.
1. Nas quatro fases cronológicas da implantação da Maçonaria
em Portugal, no século xviii, quer antes, quer depois da
Revolução Francesa, foi sob o signo da Maçonaria britânica,
e não sob o signo da Maçonaria francesa, que essa implantação
se verificou.
A l.a fase compreende o período que vai de 1733 a 1737, em
que existem duas lojas: a dos Mercadores Ingleses, de predominância
protestante, e a denominada Casa Real da Lusitânia,
composta por uma maioria de irlandeses. Desta existe Sumário,
relativo aos interrogatórios a que os irlandeses se sujeitaram.
Quase todos eram católicos e frequentavam o Corpo Santo,
gozando de boa opinião entre os religiosos. Ao tomarem conhecimento
da bula condenatória, cessaram as suas actividades
maçónicas, embora nada nos permita afirmar que cessassem de
se considerar mações.
Na 2.a fase (1743), consideramos a loja de João Coustos,
onde os traços do maçonismo inglês, andersoniano, são indis-
* Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova
de Lisboa.
** A análise a que corresponde a síntese feita nesta comunicação encontra-
se no livro Os Primórdios da Maçonaria em Portugal, de publicação
iminente, escrito pelo Prof. Silva Dias e por mim. 399
cutíveis, conforme ressalta dos processos do Venerável e dos Irmãos
Mouton, Bruslé, Richard e Boulanger.
Numa 3.a fase, teremos, por assim dizer, dois tempos e dois
espaços, mas em estreita correlação. Ê muito provável que, depois
da vinda de Lippe, houvesse lojas com participação de
nacionais portugueses. Havia, decerto, muitos mações entre
mercadores e militares estrangeiros e, possivelmente, os portugueses
que pertenciam aos regimentos aquartelados em Valença
ou Almeida não estariam imunes de maçonismo. Simplesmente,
como a hipótese se não documenta, temos de considerar como a
loja lusitana mais antiga a do Funchal. Pelos anos 70, já havia
actividade maçónica na ilha, com participação de portugueses.
Esses portugueses eram da primeira nobreza da terra, pelo
menos Orneias Frazão e Leal de Herédia, e estes e Joaquim
António Pedroso fizeram estadas em Inglaterra e alguns foram
mesmo iniciados em Londres. Quando Barthélemy Andrieu du
Boulaiy chegou à Madeira, por 1780, os efectivos das lojas eram
escassos, mas, depois da sua chegada, a Maçonaria tomou nova
expansão. Em 1790, dá-se uma cisão que teve por base a questão
das obediências. A loja de S. Luís aderiu à obediência francesa
e a de Orneias à linha inglesa.
Quer sobre o veneralato de Orneias Frazão, quer sob o de
Andrieu, podemos concluir que, não se podendo dizer que a loja,
como tal, tivesse um compromisso determinado no campo ideológico
ou político, o espírito dominante, que se pode detectar
através da teoria e da prática dos sócios mais influentes, aponta
no sentido do deísmo e do filosofismo. Se encontramos Aires de
Orneias e d'Alincourt empenhados numa luta política com o
governador Sá Pereira, não significa isto que eles ponham em
causa a ordem estabelecida, mas apenas que contestavam a
acção governativa do poder local. Nada aponta, pois, para uma
tomada de posição dos mações, e muito menos da Maçonaria,
contra a Monarquia absoluta — aqui na sua figuração pombalista.
Também não há indícios de vinculações dos mações
madeirenses à corrente do liberalismo político francês, ou sequer
fisiocrático. É certo também que não nos encontramos
naquela linha de um deísmo cristão de Anderson ou Désaguliers,
ou dentro dos parâmetros do iluminismo católico, de que D. Luís
da Cunha, Ribeiro Sanches, Vernei ou mesmo Pombal foram
expoentes. E, se podemos dizer igualmente que, no rito e no
ritual, esta primeira Maçonaria lusitana faz um corte com a
Maçonaria que, timidamente, as fraternidades de O'Kelly e João
Coustos tentaram enraizar entre nós (linha jacobita, linha
orangista), é certo também que adere convictamente a uma
atitude de bom entendimento com os governos existentes, sistema
adoptado pela Grande Loja de Londres desde 1717. A prática
ideológica da Maçonaria portuguesa, na sua fase madeirense
setecentista, não está centrada nos problemas estruturais da
sociedade e do Estado, mas nos problemas da cultura, nas suas
incidências religiosas. E, como se sabe, é exactamente quando
o filosofismo dá o salto qualitativo do plano cultural para o
400 político que, com propriedade, se pode falar de jacobinismo.
Até lá pode, e deve, falar-se de filosofismo, ou deísmo, nas suas
diversas leituras: cristã, voltairiana, etc.
Pelos anos 90, a Maçonaria na Madeira, um instante desmantelada
por obra e graça do governador Sá Pereira, retoma
a actividade — e retoma-a em força. Os membros da ordem
maçónica distinguem-se não só pelo seu proselitismo, como também
pela sua origem social — nobres, na maior parte educados
na Inglaterra ou em estreito contacto com a colónia inglesa, ou
inglesada. A Orneias Frazão e Brito Herédia podemos acrescentar
o nome do P.e Alexandre José Correia, com diploma
maçónico em inglês e o Miguel Carvalho, recebido nos Barbados
(Antilhas Inglesas). As lojas eram mistas, de ingleses e portugueses
— nobres, burgueses, eclesiásticos. Em 1792, ainda não
há quaisquer indícios de jacobinismo nas lojas madeirenses, mas
há indicações de que o deísmo e o filosofismo impregnavam
a mentalidade de muitos, da maioria, até, dos irmãos. Note-se,
todavia, que era um deísmo e um filosofismo nas suas formas
mais moderadas, muito longe das formas audaciosas que essas
correntes assumiam já nos círculos intelectuais de Valença ou
de Coimbra.
Uma nota curiosa (para os leigos, entenda-se) é que, segundo
uma testemunha, o juramento prestado nas lojas funchalenses
era de obediência ao príncipe de Gales. Juramento puramente
simbólico, aliás, mas significativo da linha maçónica dominante.
2. Detivemo-nos na loja madeirense, não só por ser a primeira
loja portuguesa documentada, mas por dela derivar a loja
lisboeta de D. André de Morais Sarmento.
Oferece esta loja pontos de muito interesse para uma análise
enriquecedora da realidade maçónica no nosso país. Se, por um
lado, é, exteriormente, o modelo acabado da prática maçónica
francesa do Ancien-Régime, com aquelas inovações espúrias ao
maçonismo inglês, como seja a existência do aparato tétrico do
gabinete de reflexão e a intervenção do Irmão Terrível, mantém,
contudo, a essência da Maçonaria azul, sem concessões a altos
graus, e, sobretudo, a secundarização do fenómeno religioso,
a liberdade de pensamento. Ao lermos uma declaração prestada
por Morais Sarmento, na Inquisição, deparam-se-nos asserções
como: «[...]! nunca ouvira tratar matéria pertencente à religião
nem ao Estado [...])», o que não é um simples pró-forma, mas
de onde resulta claramente o neutralismo religioso que provém
da Maçonaria orangista, com as suas dimensões de tolerantismo
e indiferentismo oficial nas matérias de crença e de culto. Por
1797, em estreita ligação com as lojas do corpo expedicionário
inglês, também estava constituída uma outra loja — a que chamaremos
loja Gordon — onde coexistiam ingleses e portugueses,
católicos e não católicos. Esta loja obteve patente da Grande
Loja dos Antients, a linha mais conservadora e apolítica.
3. Não há qualquer indício de que a Maçonaria ou os mações
tivessem sido em Portugal, no século xviii, propulsores ou
difusores do iluminismo ou que, mesmo depois da Revolução 401
Francesa, tivessem conotações jacobinas (militância política no
sentido da Revolução Francesa). Não quer isto dizer que, depois
de implantado em Portugal, à margem da Maçonaria e dos
mações, o iluminismo, alguns irmãos não venham a revelar
afinidades, ainda que simplesmente ténues e escassamente intelectualizadas,
com o iluminismo. Mas quer dizer que nem
sequer afinidades deste tipo se detectam com o jacobinismo.
A lenda do francesismo e jacobinismo da Maçonaria portuguesa
no século xviii é uma visão apriorística de Pina Manique—
um Pina Manique, a partir de um dado momento, sob
a influência nítida da leitura de Barruel. É conhecida a tese
do famigerado jesuíta: a Revolução Francesa fora obra de um
complot maçónico, ou, por outra, de três conspirações —a da
incredulidade, a da rebelião e a da anarquia— que se tinham
fundido no seio do clube dos jacobinos. Esta tese teve grande
voga, principalmente nos meios tradicionalistas, et pour cause,
aos quais fornecia uma explicação simples e, sobretudo, cómoda
por desculpabilizadora. Pina Manique, com o espírito obsecado
pelo espectro do ruir dos tronos e dos templos, vai encetar uma
política ora repressiva, ora preventiva (de preferência esta,
se possível), para deter um perigo que se lhe afigura encarnado,
sobretudo, no pedreirismo. As contas do intendente para as
Secretarias do Estado são exemplares do seu zelo verdadeiramente
apostólico em detectar espiões, agentes, ou simplesmente
divulgadores, entre nacionais e estrangeiros, em pousadas, cafés,
casas particulares, praças e jardins públicos. Mas a luta é
bifronte, pois se não limita à actuação oficial. Toda uma literatura
política contra-revolucionária, de que as figuras de proa
são, sem dúvida, J. Morato e José Agostinho de Macedo, sai
à liça. É, na verdade, de uma guerra que se trata, patente até
nos títulos: Atalaia contra os Pedreiros-Livres, Sentinela contra
os Maçons, etc.
O discurso político processa-se da mesma maneira que a
literatura de massas. Ê uma linguagem narcotizante que recorre
à palavra-choque, a palavra que desencadeia imediatamente a
imagem requerida (e não a palavra mediatizada) e que, por
conseguinte, dispensa da parte do receptor a reflexão e a crítica.
Mação é igual a jacobino, igual a partidário dos Franceses, igual
a traidor. O percurso — que requeria apenas uma preparação
sumária ou apenas o bater da mesma tecla uma e outra vez —
era duplamente eficaz. Por um lado, mobilizava as massas para
um extirpar do elemento perturbador — o intelectual progressista,
o burguês esclarecido— que, nesta óptica, estava feito
com o invasor. Por outro lado, viabilizava medidas violentas
contra os «traidores». Esta táctica provocou às vezes resultados
funestos, como o documentam as contas do intendente Seabra
da Silva, ou os relatórios dos corregedores dos bairros da capital,
alarmados com os motins populares, onde as vindictas pessoais
tomavam as vezes de «justa indignação». Mas eram «excessos»
que, uma vez canalizados, serviam a Nação, o mesmo é dizer
o sistema.
4. As nossas investigações permitiram chegar à conclusão
segura de que nenhum dos indivíduos que Pina Manique mandou
prender ou expulsar do País sob a acusação (depois de 1789)
de enviados do Grande Oriente de Paris fosse sequer mação.
Ê certo que a Maçonaria teve um papel nos motins de Campo
de Ourique em que Gomes Freire de Andrade esteve implicado,
mas é preciso não esquecer que por detrás de Gomes Freire
e do seu projecto de se apoderar do governo militar de Lisboa
para mais facilmente expandir a Maçonaria entre as forças
armadas estava nem mais nem menos do que o príncipe Augusto-
-Frederico, duque de Sussex, alta patente da Maçonaria inglesa,
depois até seu grão-mestre. Foi também sob o patrocínio deste
príncipe que se constituiu o Grande Oriente Lusitano. Que entre
os dois oficiais jogava a solidariedade maçónica, não resta
qualquer dúvida, mas também os uniam vistas comuns no campo
político, como a liberalização do regime. Porque as duas forças
aqui em confronto, nos chamados motins, são: a equipa de
franceses (emigrados tradicionalistas) e portugueses (monarquistas
tradicionalistas) e os colaboradores de Gomes Freire,
imbuídos de concepções revolucionárias, mas de cariz moderado.
Nem fazia sentido que Sussex, mação, sim, mas filho de Jorge III,
e defendendo os interesses do seu país, quisesse pôr à frente
da guarnição de Lisboa um jacobino.
Pode objectar-se que parece absurdo que o partido inglês,
então no poder, não apoiasse, muito pelo contrário, Gomes Freire
e o príncipe inglês, mas o Governo temia a força desestabilizadora
que o avanço do maçonismo poderia representar para o
País, num momento conjuntural altamente crítico. D. Rodrigo
de Sousa Coutinho e D. João de Almeida não eram hostis à
sociedade maçónica e muito menos queriam atirá-la para os
braços do francesismo, mas queriam o Exército disciplinado
e afastado das lutas políticas.
A primeira tentativa directa para afrancesar a Maçonaria
data da época de Junot. É bastante conhecida a pretensão do
general invasor em ser eleito grão-mestre e também o fracasso
dessa veleidade, devido à resistência da maioria dos membros
do Grande Oriente.
5. O ano de 1809 é particularmente infausto para os mações
— o que não surpreende, dada a conjuntura nacional e a
necessidade sentida pelos poderes públicos de um bode expiatório
em que se polarizasse o descontentamento popular.
Numa conta da Intendência de Polícia, datada de 5 de Janeiro
— era então, como se sabe, intendente-geral Lucas Seabra da
Silva —, refere-se uma ceia realizada nos fins de Novembro,
precisamente a 29, numa casa de pasto, aos Remolares. Essa
ceia seria, presumivelmente, para comemorar o 1.° aniversário
da entrada das tropas francesas na capital. Mas o que a tornava
particularmente suspeita de maçonismo era o facto de os seus
participantes proibirem os serventes de entrarem na sala do
repasto. O corregedor dos Remolares junta um relatório sobre o
mesmo caso, apelidando a dita ceia de deboche e qualificando 403
os seus participantes de homens de costumes relaxados. E desta
ceia passa a referir outras ceias que considera análogas, às quais
se associavam, «por vezes», mulheres fáceis. Mas o corregedor
tem a hombridade de declarar que não consta tivesse havido,
neste banquete, «palavra indecente» e que até se fizeram brindes
ao príncipe regente. Há pois, neste relatório (que é um exemplo,
entre muitos) uma manifesta contradição entre um juízo preconcebido
que a mera descrição dos factos não avaliza. Também
se pode inferir deste caso exemplar que:
a) Se a ceia era comemorativa da entrada dos Franceses,
estranho se torna a homenagem ao príncipe regente;
6) Se a ceia era um banquete maçónico, os sentimentos
pró-franceses não eram os dominantes.
Nesse mesmo Janeiro de 1809, doutra ceia se fala também
nas contas da Intendência, essa realizada na cadeia do Limoeiro
e declaradamente maçónica. A questão dos brindes dividiu os
irmãos, pois, se uns entendiam dirigi-los ao príncipe português,
outros — sinceramente ou por provocação — pretendiam homenagear
Bonaparte.
E o ano vai correndo com informações deste jaez até à
Semana Santa, altura escolhida pelas autoridades para medidas
de força.
6. Na Semana Santa de 1809, o Governo Português procedeu
à prisão de vários mações e o acontecimento mereceu os mais
vivos protestos da diplomacia inglesa e dos altos comandos
militares ingleses destacados em Portugal. A Inglaterra não
só não aceita a arbitrariedade das detenções, assentes numa
base pretextual (inteligência com os exércitos invasores, do
que, aliás, jamais foram arguidos), como pressiona por todas as
formas o Governo Português. Em fins de Dezembro desse mesmo
ano, é a vez de os mações ingleses demonstrarem a solidariedade
com os seus irmãos e fazem um desfile público que constitui
uma reprovação do comportamento governamental. O alcance
do desfile maçónico não escapou às autoridades, que o classificaram
de «premeditado insulto contra o Governo». E, habilmente,
nesse mesmo relatório, argumenta-se que esta manifestação
pública dos mações ingleses concorreria para persuadir o
povo de que as detenções assentavam sobre culpas de maçonismo,
quando o que havia era apenas a coincidência de a
maioria dos presos pertencer à Maçonaria. Subentende-se que as
verdadeiras culpas (aliás expressas em peças oficiais) eram de
carácter político: a inteligência com o inimigo, como se referiu.
Em 1810, a Setembrizada não se realizou também sem a
oposição da diplomacia e dos comandos militares ingleses, a
tal ponto que logo, ou pouco depois, alguns dos setembrizados
passavam, em navios britânicos, dos Açores para Inglaterra,
onde se mantiveram até 1813-14.
Todavia, entre a l.a invasão e a Setembrizada muito caminho
se tinha andado. Importa, todavia, ver para além das aparências.
Muitos dos chamados «partidários dos franceses» eram apenas
indivíduos descontentes com uma política lesiva dos seus interesses.
Consideravam que a Inglaterra se tinha apoderado do
comércio e da indústria nacionais e que era a grande responsável
pela carestia da vida e, em geral, pelo definhamento económico
do País. Daí o porem em paralelo uma espoliação pela força,
a dos Franceses, e uma espoliação branda, a dos Ingleses. Libertos
da primeira, era a segunda a fazer-se sentir. Esta tomada
de consciência vai reflectir-se, como é evidente, no rumo ou
na tónica da Maçonaria portuguesa.
E note-se também a reacção antifrancesa, embora visasse,
de um modo geral, o regresso do «antigamente», começa a ser
permeável a uma ânsia de renovação. Este anseio é alimentado,
nomeadamente, pela militância de Hipólito José da Costa, no
Correio Brasiliense, de José Liberato Freire de Carvalho, no
Investigador Português em Inglaterra, e de Cândido José Xavier,
nos Anais das Ciências, das Artes e das Letras.
A ideia de Cortes começa a avolumar-se no horizonte político
português. Quase ocioso se torna apontar o papel doutrinário
desempenhado pela série de artigos intitulada Paralelo da Constituição
Portuguesa com a Inglesa. E, principalmente, a defesa
constante de uma tese articulada em dois pontos:
1) Que o filosofismo e o jacobinismo à francesa não constituíam
uma proposta política válida para o nosso país;
2) Que a Nação só poderia sair do estado deplorável em que
se encontrava adoptando um liberalismo à inglesa, embora
sem perder de vista a realidade histórica portuguesa.
Mas, se a acção dos irmãos, a partir do estrangeiro, é importante
para a disseminação das ideias liberais, a Maçonaria
portuguesa, como tal, já não tinha fôlego para uma actuação
no terreno.
O desmantelamento sofrido pela instituição maçónica, devido
às perseguições dos anos 1809, 1810 e 1811, não lhe permite
já desempenhar qualquer papel, quer como veículo ideológico,
quer como congregação de forças. Quando, em 1814-15, Gomes
Freire de Andrade e os seus camaradas da Legião Portuguesa
regressam ao País, encontram o terreno preparado: um sentimento
crescente de hostilidade contra o partido anglófilo no
poder e uma maçonaria moribunda. Fácil se torna agora à
facção jacobina apoderar-se dos comandos da ordem maçónica.
É então que a Maçonaria muda em Portugal, trocando, para
sempre, a bandeira da Inglaterra pela bandeira da França.
405
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RE: Maçons, Pedreiros livres , etc. Mais polémica !
A "ética maçónica" dever ser como a "ética republicana", só existe na cabeça deles.
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Muito obrigado caros confrades por facilitarem tanto conhecimento aos leitores deste topico. Por isso pergunto e espero saibam responder quantos dos "maconeiros" e pedreiros livres, constantes das listas elaboradas, integraram a pequena mas corajosa forca liberal que desembarcou nas areias do Mindelo ??? atentamente, Jose Maria de Melo da Veiga Ventura
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Na minha modesta opinião, a publicação das mensagens e das listas nominativas neste forum de Genealogia, não se justifica. O estudo e a discussão do "feito maçonico" pedem outros media. Cumprimentos da Natércia
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RE: Clero, Nobreza e Maçonaria
Boa tarde digníssimos confrades
Estando eu a percorrer os diferentes tópicos encontrei este que está a referir um tema que acho interessante, algum de vós poderá ajudar-me no seguinte:
Estou a algum tempo a tentar confirmar se; o meu bisavô pertencia ao "Oriente Lusitano",pois segundo relatos familiares diziam que ele era maçon e que passava a maior parte do tempo preso,ele chamava-se José António Jorge Pinto(Pintor),viveu entre 1875 e 1945,estaria ligado aos maçons militares.
Desde já agradeço qualquer informação no sentido de confirmar .
Cumprimentos
Celestino Pinto Costa
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