O nome Abunazar/origens da família da Maia

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O nome Abunazar/origens da família da Maia

#30105 | doria_gen | 06 nov 2002 16:51

Tenho revisto a questão das origens da família da Maia nos DC de Herculano. Em extremo resumo, descobri o seguinte:

1 - O nome atestado é Abunazar/Abonazar, sem dúvida.

2 - Há um personagem de nome Malik ibn Abunazar, confirmante de uma carta de 996, sem dúvida outro filho, no caso desconhecido, de Abunazar Lovesendes, o sr. da Maia.

3 - Uma genealogia tentativa desta família, na varonia, seria:

1. Recesmundo... N.c. 880? Pai de:

2. Fethe ibn Recesmundo. P.d.:

3. Leodesindo/Lovesendo ibn Fethe, com um plausível irmão de nome Trastemiro [ibn Fethe]. Atestados em 950; Leodesindo em 964. P.d., Leodesindo:

- Nazeron ibn Leodesindo, c.g. - atestado várias vezes.
- Abunazar ibn Leodesindo/Leodesindes/Leovesendes, o sr. da Maia.

Depois posto as fontes, todas documentais. Ou seja, os srs. da Maia tb tinham sangue moçárabe na linha paterna.

Tem muito mais...

Francisco Antonio Doria

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RE: O nome Abunazar/origens da família da Maia

#30179 | José Alberto Allen | 07 nov 2002 21:45 | Em resposta a: #30105

Caro Prof. Dória
Dado que este tema foi retomado, gostaria de me inteirar melhor do sentido em que emprega o termo Moçarabe (e, já agora, Mudejar). Emprega-os num âmbito meramente cultural, ou refere-se a uma miscegenação de sangue ?
Cumprimentos do
José Alberto Allen

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RE: O nome Abunazar/origens da família da Maia

#30205 | doria_gen | 08 nov 2002 08:45 | Em resposta a: #30179

Obrigado pela ressalva. Emprego-o num sentido amplo: indivíduos cristãos de nomes arabizados. Não posso ir além, porque não vejo nada além disso nos documentos das DC.

Mas é impressionante a enorme quantidade de tais nomes árabes, ou arabizados, nas proximidades de Coimbra, no século X. Chamou-me a atenção, em especial, uma carta de 964 - cito de memória - onde se reproduz o que parece ser uma linha atestada noutro canto dos próprios omíadas, começando no califa an-Nazir, recém-falecido então. A carta mostra uma doação sem maior importância, mas creio que pela linhagem que mostra Herculano considera-a falsa. O que me impressionou foi a linha homóloga, como disse, a uma linha omíada atestada independentemente.

Outra coisa: mais ou menos a esta época, um renegado omíada - não era das linhas dos emires, era do grupo que precedeu Abd ar-Rahman I - de nome Ummaya ibn Isaq, wali de Santarém, junta-se a Ramiro II, porque an-Nazir tinha-lhe executado o irmão.

E, enfim - com respeito ao Recemundo supra - lembro o bispo de Elvira deste nome, da corte de Abd ar-Rahman III, embaixador na Germânia e em Bizâncio. E, claro, lembro o rei suevo cujas terras pegavam o norte de Portugal, † 463 (dou a data de memória), Reccesmundo.

Grato, fa

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