Documento com ``Zahadon, o omíada'' em Coimbra.
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Documento com ``Zahadon, o omíada'' em Coimbra.
Transcrevo abaixo msg sobre documento onde se acha um confirmante com o nome:
Sulayman ibn Zahadon, ``al Umawi''
(Salomão, filho de Zahadon, o omíada)
em Coimbra. Data nominal, 1016 (pode ser Era de César). Lembro que um Zahadon é dado, nas versões emanadas do LL da Miragaia, como pai de ``Artiga,'' mãe de Abunázar Lovesendes, ancestral da casa da Maia.
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This is a summary of what I've found so far. I've been going through an old collection of documents mainly from Lorvão (Laurbanus) monastery near Coimbra (Portugal) which was published with brief Latin summaries by Portuguese historian Alexandre Herculano in 1857. Any major library will have it, and I know of no recent edition (a pity, really). Its title is: _Portugaliae Monumenta Historica, Diplomata and Chartae_, I and II. Its contents are usually referred to by the initials DC plus a code number and a date; the code number is the document's number.
You'll find there sales of properties, wills, a few royal decrees. Some of them stem from originals; most are early copies. There is much discussion about which of those are false, but there is general agreement that the bulk of the collection is sound. The texts are in Latin, pidgin Latin, early Portuguese, early Spanish.
You'll find there all those people that populate the early Portuguese genealogies, which again gives some sort of overall credibility to them - not in detail, but in the overall picture.
This has been long known, and so you may ask me, why nobody noticed it before? I think that only quite recently - probably after Mattoso's publication in 1965 or so of his reconstruction of the early Portuguese lines - people became aware of the need to go to those charts and to check them against the genealogies in the 14th century _Livro de Linhagens_. Just recall that a brilliant researcher like Armando de Almeida Fernandes still refers to ``Dom Alboazar Ramires'' (iicr) in the corresponding entry in the _Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira_.
The main things I've found there, from the earliest charts (c. 870) to 1061:
- There are several references to individual(s) named Lovesendo/Leodesindo/Neodesindo/Leodesindo ibn Fethe in major charts (I mean, next to the king).
- There are several references to one Nazeron/Lazeron ibn Leodesindo, with children, in those charts.
- There is one Malik ibn Abunazar in a 998 chart that just precedes the much-quoted 999 chart of the litigation involving Lovesendo Abunazar/Abonazar (this is how the name is spelled out in the chart).
- There are charts DC 96 (deemed a false by Herculano), DC 229 (1016), DC 240 (1018 ?), that essentially deal with the same sale of property to Lorvão, and which lists several namesakes of the Ummayad. DC 229 is the one where we find ``Zahadon ``al-Umawi,'' where Umawi is a well-known alternate form for Ummaya. (The great Ummayad mosque in Damascus is jaabi' al-amawi/al-umawi.) Next to him appears a Zahad al-Umawi. (Zahad is ``hermit'' or more likely ``judge.'' Zahadon is a kind of augmentative; cf. Nazar,actually Násr, as in Gamal Abdel Násser) and Nazeron.
- There is a confirmant ``gabdella iben zagaz'' that I identify as abdallah iben zahad. Reason is: initial g is an 'alif, and so should be the g in zagaz, and final z stands for spirant dh. Then this individual could be seen as a gson of Abdallah amir of Córdova, dec. 912, through Zahad and an unnamed daighter of the amir.
My conclusions are:
- There was at least one branch of the Ummayad family at Lorvão; it remained there after the Christian - I would like to say here, barbaric... - reconquest in 878, kept their high social status and intermarried with the new élite.
This is undoubtful. Next:
- I also find enough circumstantial evidence in support of the line to the Ummayad I've long proposed:
[Zaira/Artiga/Ortega] bint Zahadon ibn Zahad ``al Umawi,'' Zahad being married to a daughter of Abdallah of Córdova.
This *would ensure* - notice the qualification which I stress again, would ensure - the kinship between the old da Maia family and the Ummayad, and so a kinship to Muhammad, Prophet of Islam.
chico
PS: The book will have several descent charts, from the Prophet downwards; I am also going to include steadfast lines to Anglo-American families.
A final comment, which I can't resist:
1 - I am descended through several lines from the Maia family. So is the vast majority of Portuguese and Brazilian families.
2 - I have Jewish blood, and so has my wife. I, too, have Negro - I refuse to use politically correct terms - blood, which is obvious from my skin color. My children and gdaughter have a Jewish name among their surnames, and are proud of that.
3 - What I'm saying here is that it is highly likely that a huge portion of the Western population is related to the Prophet of Islam. This has an obvious symbolic meaning in those troubled times.
(I have no religion.)
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RE: Documento com ``Zahadon, o omíada'' em Coimbra.
Caro confrade:
O que nos traz é da maior importância.É nesta altura mais oportuno do que nunca mostrar o figurino mestiço que criou Portugal e que Portugal divulgou.A verdade é particularmente revolucionária,neste caso.Esse livro é muito esclarecedor.Quando sai?
O outro recebeu o CD.São provas magníficas.Mas são para quê?Agradeço esclarecimento directo para o email do outro.
Cumprimentos.
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RE: Documento com ``Zahadon, o omíada'' em Coimbra
Prezado colega e amigo,
Peço-lhe desculpas pela falta de comunicação - percebi depois que a carta a ser encaminhada junto ficou fora do pacote... Devia ter mandado um e-mail, mas as coisa se assoberbaram. Detalho em pvt mais tarde.
Devo-lhe, indiretamente, o estímulo para fazer esta busca; muitíssimo grato. Talvez uma das dificuldades de percepção da importância deste documento está em que não se costuma de pronto identificar ``al amawi'' ou ``al umawi'' como ``o omíada,'' esperando-se formas mais óbvias, como ummayad, etc. - e lá está alamaui, na transcrição medieval.
Conversei já com meu editor, e já estou redigindo o livro. Espero fazê-lo rápido. Depois da entrega dos originais, mais uns três meses.
Vou, óbvio, procurar mostrar como é ramificada a descendência da família da Maia: com certeza toda a população de Portugal, quase, e quase também a do Brasil. Todos parentes do Profeta!
Grato pela amizade, com um abraço, fad
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RE: Documento com ``Zahadon, o omíada'' em Coimbra
Obrigado mais uma vez.Sugiro que não faça o livro só para iniciados e identifique,prolongando,as linhagens provenientes dos da Maia e dos outros ramos.Há muita gente que não tem acesso a toda a bibliografia mediavalista,nem aos grandes nobiliários e que se poderá entusiasmar pela genealogia se perceber que pode entroncar no Profeta.Deviamos fazer o mesmo para certos figurões judaicos,para se perceber a coincidência.Não seria desinteressante um capítulo conexo de demografia histórica e de calculo matemático dessa descendência(probabilidades,etc),bem como outro ligado às novíssimas identificações genéticas,via ADN.Este estudo, assim, pode vir a ser constituido a bem da Humanidade.Talvez já tarde...
Cordiais cumprimentos.
Conde
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RE: Documento com ``Zahadon, o omíada'' em Coimbra
Com certeza. Vou seguir todas as suas sugestões, e vou inclusive indicar - porque a prova é complexa - as etapas do argumento que afirma ``praticamente todo português descende da família da Maia.''
Vai ser um livro altamente legível, e cheio de tabelas de descendência (tenho várias delas já prontas). A parte documental vai para os apêndices - não vou sequer traduzir in totum os documentos, apenas resumi-los e explicitar as partes relevantes.
Me permita uma pergunta: onde ficava Vilela, perto de Coimbra? Albalat ? Boton ou Bolon? São as terras dos omíadas coimbrãos, e de Zahadon.
Grato, fa
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RE: Documento com ``Zahadon, o omíada'' em Coimbra
Caro Francisco António
Valongo, que talvez tenha origem em Bolon, encontra-se a cerca de 7 km de Coimbra, lado Poente.
Vilela e a Torre de Vilela, a 1 ou 2 km entre si, estão a cerca de 10 km a Norte de Coimbra (entre Trouxemil e Souselas)
Entre Valongo e Vilela, talvez cerca de 15 km.
Talvez possa amanhã, passar pelo Instituto Geográfico do Exército e numa escala 1/25 000, conseguir “ver” mais qualquer coisa, especialmente o “morro de Zuleiman”!
Um abraço,
José
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RE: Documento com ``Zahadon, o omíada'' em Coimbra
Obrigado, José. Como vc sabe, Vilela era nas terrs do ramo omíada em Coimbra; `Bolon,' `Albalat,' nas terras de Zahadon.
Grato, fa
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RE: Documento com ``Zahadon, o omíada'' em Coimbra
Caros Francisco António e José,
Na verdade, todas essas localidades se encontram a norte da cidade de Coimbra.
Quando se fala em Bolon, estamos a falar dos fertilíssimos Campos do Bolão, na bacia do Mondego, onde o rio vira o seu curso de norte para o poente, junto ao Choupal.
Vilela é, efectivamente, uma aldeia com o mesmo nome, como já foi dito, da freguesia da Torre de Vilela, no curso do antigo "rio Viaster", como é chamado em documentos dessa época, e que hoje chamamos de "rio dos Fornos".
Quanto a Albalat, há dúvidas da localização actual... Será Brasfemes?
Boton é a vila de Botão, no limite do concelho de Coimbra com os concelhos de Penacova e Mealhada.
Era uma vastíssima propriedade que partia quase das portas da cidade de Coimbra e avançava para norte/nordeste cerca de uns 15 Km.
Com os melhores cumprimentos,
Tiago Monteiro Dias.
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RE: Documento com ``Zahadon, o omíada'' em Coimbra
Caro doria_gen
Ja' se passaram 7 anos mas no caso de nao ter encontrado, pode ser que lhe de^ uma pista para encontrar Albalat. Al balat em arabe significa chao de mosaico/ceramica/tejoleira, contudo "Al balat al malik" significa "a corte", nao as pessoas, mas sim o edificio ou sitio onde o rei tinha a corte. Nao conheco essa parte do pai's para lhe poder dizer se ha' hoje alguma povoacao com um nome parecido mas pode ser que consiga identificar se 'e que sabe de qualquer coisa ligada a reis por aqueles lados!
Cumprimentos.
Rosario
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RE: Documento com ``Zahadon, o omíada'' em Coimbra
Fui, entretanto, verificar o que tinha aqui nos meus apontamentos e dei conta que Albalat ou Alvalat é dado como sendo no local da actual Pedrulha, Reitoria eclesiástica e freguesia de Santa Cruz de Coimbra.
Com os melhores cumprimentos,
Tiago Monteiro Dias.
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