titulo de morgado
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titulo de morgado
já alguem ouviu falar no titulo morgados do jardim do mar?
se existe qual o brazão?
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RE: titulo de morgado
O morgadio (cujo administrador se chamava morgado) era um regime de bens em que um conjunto de bens se vinculava ao morgadio, ou seja se destinava a ser administrado pelo morgado não podendo ser vendidos, etc.
O morgado era, habitualmente, o filho mais velho, pelo que estes bens se transmitiam indivisos de pai para o filho mais velho, assegurando assim a muntenção de um património. Normalmente incluiam ,quando existia, a casa nobre da familia, etc.
Não me parece obrigatório que este regime apenas fosse usado pela nobreza e, daí, que um morgado possa não usar armas (brasão).
Como pode constatar, do que disse atrás, morgado *não* é um título.
Por outro lado não é preciso ser titular para ter direito de usar armas.
Cumprimentos
João Cordovil Cardoso
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RE: titulo de morgado
O titulo de Morgado do jardim do Mar, pertence á familia Vasconcelos e couto Cardoso.
Esta familia aparece no "livro de Oiro", escrito por dois autores do qual só me lembro do Travassos Valdez. Lá poderá encontrar uma pequena introdução historica desta familia bem como a sua ligação aos condes da calçada, através de uma filha deste morgado.
Existe na Drac(direcção regional assuntos culturais), a geneologia do Morgado do Jardim do Mar, feito por um seu descendente, onde poderá encontrar, ligações a várias familias, todas elas com relevo regional: Homem Del Rei, bettencourt, esmeraldo, carvalhal, entre outras com titulo nobiliarquicos.
Esta familia tem solar proprio com capela, facto rarissimo na Madeira nos dias que correm, e tem brazão .
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RE: titulo de morgado
Agora que já há um mínimo de referências ao Morgado em questão, no “Livro de Oiro da Nobreza”, de Domingos de Araújo Affonso e Ruy Dique Travassos Valdez, Tomo I, pág. 420, verifica-se que uma descendente dos Morgados do Jardim do Mar (seria a herdeira?), D. Sarah de Vasconcelos Couto Cardoso foi casada com Tristão Vaz Teixeira de Bettencourt e Câmara, mas S.G.
Este titular também está referido aqui no site e na “Nobreza de Portugal e do Brasil”, Vol. II, pág. 660:
“Foi único Barão de Jardim do Mar Tristão Vaz Teixeira de Bettencourt e Câmara, que nasceu no Funchal em 1848 e ali morreu a 20-X-1903, filho de José Manuel da Câmara e de sua mulher, D. Ifigénia Constança Moniz de Meneses.
Foi funcionário aduaneiro e director e proprietário do Diário de Notícias do Funchal.
Casou com D. Sara de Vasconcelos Couto Cardoso, filha de Francisco João de Vasconcelos do Couto Cardoso, morgado de Jardim do Mar, e de sua mulher, D. Luísa de Oliveira; s. g.
O título foi-lhe concedido por D. Carlos, em 1896.”
Portanto, houve morgados de Jardim do Mar que “inspiraram” um título de Barão. Quanto a heráldica é que não encontro nada.
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: titulo de morgado
Relativamente á heraldica ela existe. Não só no obra geneologica dos morgados do jardim do Mar, onde logo no inicio aprece o brasão de familia bem como a totalidade da carta de brasão. Como também se pesquisar no "armorial Lusitano", no titulo de Cardoso, á uma referencia a esta familia.
Caro Vasco jácome, como é um apaixonado pela geneologia , deixo-lhe aqui alguns sites de história com misturas geneologicas, relativas á Madeira, que espero que sejam do seu agrado;
http://www.madinfo.pt/organismos/ceha/elucidario/intr.htm
www.nesos.com (acho que aqui também está incluido o arquivo regional)
cumprimentos,
fjardim
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RE: titulo de morgado
Caro fjardim
Obrigado pela informação. Realmente numa vista de olhos rápida, o site parece ter batente informação interessante!
Cumprimentos,
Vasco Jácome
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RE: titulo de morgado
Caro Vasco Jácome,
Relativamente ao site www.nesos.pt. É um site que está sendo realizado pela universidade da Madeira,informaram-me que ainda está em construção, mesmo assim a informação disponivel é imensa.
Por outro lado não posso deixar de reparar, que tem sempre á mão respostas, baseadas nas grandes obras, de geneologia e revistas da especialidade. Se fazem parte da sua biblioteca privada, gostaria que me informasse, caso seja possivel, onde poderei porventura, adquirir-las. A limitação na Madeira, de obras e revistas geneologicas é consideravel. Em termos nacionais rezume-se, ao livro de Oiro da Nobreza, e á Nobreza de Portugal e do Brasil, enquanto de revistas, é nulo. Neste campo tenho grande curiosidade, por exemplo, desculpe se estiver enganado, no anuário do conselho de Nobreza (?, não me soa muito bem, de qualquer maneira é a actualização dos titulares nobiliarquicos).
cumprimentos,
Fjardim
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RE: titulo de morgado
Vasco jácome, vai-me desculpar, mas se já experimentou, entrar no site da nesos, não vai conseguir, pois enganei-me na terminação. A morada correcta é: http://www.nesos.net/
cumprimentos,
fjardim
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RE: titulo de morgado
A mensagem do dia 5-6-2001, do Vasco Jácome. que fala do Barão do jardim do mar.
Só queria acrescentar que o titulo de morgado do jardim do mar poderá ter inspirado, o seu titulo de barão. No entanto, penso que esse titulo foi mais de acordo com o nome do lugar onde o Barão vivia. Jardim do mar, situado a sudoeste da ilha, próximo da calheta por um lado e do Paul do Mar por outro.
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RE: titulo de morgado
Concordo inteiramente consigo, J.Cordovil Cardoso, contudo existiram (antes de 1834) morgadios e "morgadios" completamente diferentes. Dalgum modo, ainda hoje e nas terras da Maia, subsistem curiosas formas de"morgadio" na sucessão de terras e bens, bem assentes nos antigos usos e costumes, com o mesmíssimo fim, mas sem qualquer pretensão de nobreza ou fidalguia. Por outro lado, existem por todo o Portugal inúmeras "casa solarengas", bem documentadas, muitas vezes com interessante "tombo" pessoal, que foram sede do administrador de determinados vínculos, mais ou menos importantes e, regra geral, com pesadas obrigações à Igreja e à Corôa. Posso dizer-lhe, a título de exemplo, que os descendentes do último Morgado de N.Sª da Abadia, na Casa do Campo (Molares, Celorico de Basto), hoje "Casal do Campo" na TURIHAB... tiveram de pagar avultada importância à diocese de Braga, (suficiente para construir um enorme Seminário...)para remir ou desafectar, o dito vínculo. O mesmo sucedeu no Morgadio da Ribalonga, cujo Administrador era detentor dos antigos "Direitos Reais", o que implicava enorme responsabilidade e pesados gastos. Se por parte da Corôa, não houve despesas com a extinção deste morgadio, o mesmo não aconteceu com a Igreja Católica, que fez então a sua lauta cobrança. Os dois morgadios apontados estavam registados na Casa Real e grande parte parte dos seu familiares inscritos como moradores, em diversas classes - MF - FC - FCR - FCCR - dispensados ou não de servir na Índia, com maior ou menor tença e geralmente sem a obrigação de exercício no Paço.
Cumprimentos
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RE: titulo de morgado
Caro fjardim
Antes de mais, só agora respondo porque estive fora o fim-de-semana.
Na sua mensagem há uma coisa que não percebi bem: a dificuldade no acesso a outras obras está na consulta em biblioteca ou na aquisição? Na primeira situação, naturalmente nada posso adiantar.
Quanto às possibilidades de aquisição, julgo que o panorama madeirense não deve diferir muito da maioria do país. Julgo que devem existir boas livrarias onde, na altura do lançamento, se podem adquirir as obras.
Relativamente a estabelecimentos “especializados”, tenho ouvido falar de duas, embora não conheça nenhuma pessoalmente:
Livraria Férin
Rua Nova do Almada, n.º 72
1200-289 Lisboa.
Telefone 21-3424422
E-mail: livraria.ferin@mail.telepac.pt
Livraria Esquina
R. Afonso Lopes Vieira, 126
4100-020 PORTO
Telef: 226 0625 314
Fax: 226 053 878
E-mail: livrariaesquina@mail.telepac.pt
Estes endereços podem ser importantes, porque contactando directamente ou por outra livraria daí, pode ser que consiga o que procura. Pelo menos a de Lisboa aceita encomendas pelo telefone e enviadas à cobrança.
As edições “Carvalhos de Basto” além de editarem a obra do mesmo nome, têm-se dedicado à edição/reedição de diversas obras de grande interesse como por exemplo, o Nobiliário de Felgueiras Gayo. Infelizmente, algumas delas anunciadas como esgotadas. Não estou certo se estes livros aparecem à venda nas livrarias ou se obrigatoriamente têm de ser pedidos para lá:
Edições Carvalhos de Basto, L.da
Casa do Arrabalde – Arcozelo
4990-150 PONTE DE LIMA
Telef: 258 742 442 Fax 258 742 516
Quanto a revistas, existe a “Raízes e Memórias” da Associação Portuguesa de Genealogia. Esta tem de ser encomendada para a Ferín. Suponho que os sócios, tenham direito a ela, não sei em que condições financeiras.
Existe também a “Armas e Trofeus” do Instituto Português de Heráldica, mas não sei quais os seus canais de distribuição.
A Universidade Moderna, do Porto, também tem estado ligada ao lançamento de obras genealógicas, que são encomendadas para lá (www.umoderna.pt).
Existem ainda livrarias virtuais (Livraria Arco Iris - http://www.liv-arcoiris.pt/ ou http://www.bertrand.pt/bertrand/).
O problema está em tomar conhecimento do lançamento de determinada obra e comprá-la antes que esgote! Aí, para obras esgotadas e antigas, talvez o único recurso sejam os alfarrabistas. Sei de um, talvez dois (não tenho a certeza se o 2 ainda trabalha com livros):
Fernando Ferreira Santos
Rua dos Chãos, 121 r/c - T
4710-230 BRAGA
Telef: 253 271 962
Fernando M F Pais Moreira
Largo de S. Tiago, 15
4700 BRAGA
Telef: 253 615 601
Quanto à sua questão mais específica, não sei se se refere ao Anuário da Nobreza de Portugal (este pode tentar na Ferín ou na Esquina), ou ao “Boletim Oficial do Concelho de Nobreza” o qual abrange todos os títulos reconhecidos pelo Conselho de Nobreza, desde 1945 até 1998 e suponho que já esteja publicado. Não sei é se tem de ser pedido para o dito Conselho.
Em resumo, quanto a novos lançamentos (inéditos ou reedições) o importante é saber da sua existência. Eu próprio já usei o fórum para anunciar 3 obras. Quanto a obras “clássicas” o importante será ter as suas referências completas e tentar os contactos expostos. Para isso, pode fazer uma busca pelo tópico “Fontes” aqui do GP, ou procurar, por exemplo, em www.bn.pt, que funciona como o maior índice on-line que conheço.
Esperando ter sido útil,
Vasco Jácome
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