Somos paulistas há mais de 500 anos, luso-tupi

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Somos paulistas há mais de 500 anos, luso-tupi

#47704 | Ricardo de Oliveira | 14 set 2003 12:01

17 gerações e como já foi dito : "Paulistas somos há mais de 500 anos" !

1 - Tibiriçá, “Vigilância da Terra”, na língua tupi. Maioral dos grupos indígenas estabelecidos nos campos de Piratininga. Convertido e batizado pelos jesuítas Anchieta e Leonardo Nunes. Com a sua autorização e proteção os jesuítas estabeleceram o Colégio de São Paulo em 1554. A sua maior prova de fidelidade e lealdade aos jesuítas e portugueses ocorreu no dia 9 de julho de 1562, quando pessoalmente organizou as defesas e combateu os inimigos indígenas no violento cerco que ameaçou de destruição a povoação de São Paulo, episódio acontecido durante as guerras contra os índios da “confederação dos tamoios” e os franceses do Rio de Janeiro. Faleceu no Natal do mesmo ano de 1562, tendo sido declarado “benfeitor e fundador” de São Paulo pelos jesuítas, que o enterraram na Igreja do Colégio da Companhia de Jesus de São Paulo. Os despojos de Tibiriçá foram posteriormente transferidos para a cripta da Catedral de São Paulo, onde ainda hoje repousam no que é a maior concentração urbana do hemisfério Sul e uma das maiores cidades do mundo. Fato único na história dos impérios europeus. Figura totêmica, cujos descendentes realizariam o sonho tupiniquim de se dominar toda a Floresta Atlântica.

2 - Isabel Dias ou Bartira ou Mbici, flor em tupi, filha de Tibiriçá e mulher de João Ramalho. Em 1532 Martim Afonso de Sousa foi recepcionado pelo português João Ramalho e já encontrou os filhos dele adultos. João Ramalho era natural de Vouzela, Viseu, termo de Coimbra, segundo carta de Tomé de Sousa, Governador do Brasil.João Ramalho era filho de João Velho Maldonado e de Catarina Afonso. Alcaide-Mor e Capitão-Mor de Santo André nos campos de Piratininga. Capitão de Guerra e da governança da vila de São Paulo. João Ramalho consta no documento da Torre do Tombo de Justificação de Nobreza de Domingos Antunes Maciel de Contreiras Ponce de Leon de Zuniga, Feitos Findos, Maço 9, Documentos 22, ANTT, transcrito nos Anais do Museu Histórico Nacional Volume XIV, 1953.

3 – Caetana ou Catarina Ramalho conforme o Manuscrito da TT c.c. Gonçalo Camacho ( a Genealogia Paulistana de Silva Leme (V1 e V9) aponta a conexão entre Tibiriçá e Ana Camacha baseado nas velhas tradições e manuscritos paulistas do século XVIII, um dos quais seria o testamento de J. Ramalho,)

4 - Ana Camacha c.c. Domingos Luis, Cavaleiro da Ordem de Cristo, natural de Santa Maria da Carvoeira, Portugal, Padroeiro da Igreja de Nossa Senhora da Luz em São Paulo. Ana Camacho faleceu em 1606 e Domingos Luis faleceu em São Paulo em 1613 (Cartório 1° de Órfãos de SP). Este casal é central para toda a genealogia brasileira. Boa parte da elite política da região conquistada e colonizada pelas bandeiras nos atuais estados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul descende deste casal.

5 - Bernarda Luiz Camacho, c.c. Amador Bueno, “o Aclamado” em 1641, “a quem os povos desta dita cidade em tempo que era vila unidos em tumultuoso corpo aclamavam Rei, no que não quis consentir o tal Amador Bueno...”. Amador Bueno foi da alta governança da Capitania (Manuscrito Justificação da TT).

6 - Amador Bueno, o moço, falecido em São Paulo em 13/3/1683 com inventário (Cartório 1° de Órfãos de SP) c.c. Margarida de Mendonça. Amador Bueno com apenas 17 anos participou da grande bandeira contra o Guairá em 1628 e em outra contra o Tape, no atual Rio Grande do Sul, em 1637-1638. Foi da governança de SP.

7 – Maria Bueno de Mendonça c.c. Baltazar da Costa Veiga. De acordo com Pedro Taques: "foi nobre cidadão de S. Paulo, onde serviu todos os cargos da república, foi potentado em arcos, e abundante de suas lavouras de trigo e outros mantimentos, com grande criação de gados vacuns" (Genealogia Paulistana, Título Prados, V3, 203-204). Um dos seus filhos foi o Capitão-mor Amador Bueno da Veiga, chefe dos paulistas na Guerra dos Emboabas.

8 - Antonio Bueno da Veiga, pioneiro em Curitiba desde o final do século XVII e nesta localidade faleceu em 23/10/1740 com cerca de 90 anos. Recebeu a sesmaria de Guaraminguava, com 3 fazendas de gado e duas léguas de terra em quadra. C.c. Isabel Fernandes da Rocha, filha do Capitão Antonio Bicudo Camacho, importante tronco de bandeirantes no Brasil Meridional, falecida com inventário em Curitiba em 1717.

9 - Maria Bueno da Rocha, falecida em São José dos Pinhais, Curitiba em 2/9/1777. C.c Capitão João Carvalho de Assunção, de tradicional família de bandeirantes e neto materno do Capitão Povoador e fundador de Curitiba Mateus Martins Leme.

10 - Isabel da Silva de Jesus, batizada na Igreja de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba em 2 de julho de 1718 e lá casada no dia 27 de setembro de 1742 c. Miguel de Miranda Coutinho, fundador e povoador da vila de Guaratuba e lá falecido em junho de 1793 (Genealogia Paulistana V3, 204 e Genealogia Paranaense V4, 211).

11 - José de Miranda Coutinho, natural de Paranaguá, da governança de São Francisco do Sul, vila estabelecida pelos paulistas em 1660 e que se tornaria parte de Santa Catarina depois de 1738. Falecido aos 70 anos com testamento e inventário em São Francisco do Sul em 30/6/1812, c.c. Clara Maria Correia de Lemos, natural de Paranaguá.

12 - Rita Clara de Miranda c.c Salvador Gomes de Oliveira, Capitão, grande proprietário escravista, sesmeiro do Rio Paranaguá-Mirim e Presidente da Câmara de São Francisco do Sul em 1824, falecido em São Francisco do Sul em 1850.

13 - João Gomes de Oliveira (São Francisco do Sul 1824-1892 Joinville), grande proprietário escravista, pioneiro povoador do Rio Cubatão, ao norte de Joinville, da governança local, c.c. Rosa Leocádia Machado Gallo, da família Machado de Joinville, a mesma família do pintor Juarez Machado e de Edson Machado, atual (2003) dirigente da Fundação Catarinense de Cultura. Procópio Gomes de Oliveira, filho de João Gomes de Oliveira, foi um dos mais importantes empresários no Norte de Santa Catarina e um dos melhores prefeitos de Joinville em todo o século XX, marca política de qualidade e honestidade transmitida ao seu genro e primo, o Senador Carlos Gomes de Oliveira, Presidente do Senado em 1956, quando empossou o Presidente da República Juscelino Kubitschek de Oliveira.

14 - João Gomes de Oliveira (Araquari 1865 – 1935 Joinville), Capitão da Guarda Nacional, vereador em Joinville c.c. Adelina Cesarina de Oliveira, filha do Coronel José Antonio de Oliveira e de Emília Nóbrega de Oliveira, neta do último Capitão-Mor da vila de Nossa Senhora da Graça do Rio de São Francisco do Sul, Antonio Carvalho Bueno, filho de João Matias de Carvalho e neto de Maria Bueno da Rocha e do Capitão João Carvalho de Assunção, os de números 9 acima. A família do Coronel José Antonio de Oliveira representava uma das principais parentelas política em Santa Catarina no final do Império e nas primeiras décadas da República, com genros, filhos e irmãos em todos os cargos políticos na Província e no Estado, desde o cargo de Governador e de Senador até os de Vereadores no Norte e na capital Florianópolis.

15 - José Gomes de Oliveira (Joinville 1896- Curitiba 1937), engenheiro civil formado no Mackenzie de São Paulo c.c. Mercedes Gugisch, natural de Curitiba. A geração do século XX volta a terra dos seus avoengos bandeirantes, São Paulo, para completar os seus estudos superiores.

16 - João Vitor Gugisch de Oliveira, nascido em Lages, Santa Catarina, em 16/7/1936, batizado na Igreja do Senhor Jesus dos Passos, Florianópolis, todas povoações vicentistas e paulistas nas origens. A vila de Nossa Senhora dos Prazeres do Sertão das Lagens foi fundada pelos paulistas em 1771 e pertenceu à Capitania de São Paulo até 1820. Coronel Aviador com quase 10.000 horas de vôo, boa parte atravessando os mesmos sertões brasileiros percorridos pelos seus antepassados bandeirantes e agora pela Força Aérea Brasileira - FAB que “assumiu o encargo de estabelecer as comunicações com as nossas regiões mais remotas. Seus aviões cruzavam os céus brasileiros, encarando, muitas vezes, péssimas condições meteorológicas. Iam de norte a sul, de leste a oeste, pousavam em pistas precárias, diminuíam as distâncias, acercavam gentes e lugares. A FAB marcou notadamente a Amazônia, cujos habitantes, ao longo dos rios, esperavam ansiosamente a chegada dos aviões que sequer precisavam de terra para pousar; bastavam-lhes uns metros de rio, uns palmos d’água, e lá estavam eles entre batelões e canoas. Contentavam-se a um só tempo, quando as aeronaves apareciam, a população e os pelotões de fronteira do Exército. Essa sigla de três letras – FAB – era para todos o outro nome do Brasil, a certeza de que, por mais longe que estivessem, a Pátria estava bem perto deles. A FAB cruza os céus brasileiros. Sempre vai estar nos ares. A missão dos desbravadores, dos idealistas, nunca acaba. Recomeça a cada dia”. João Vitor Gugisch de Oliveira também foi o Adido Aeronáutico Brasileiro no Reino Unido, Noruega e Suécia. C.c Maria de Lourdes Caldas Freire da Costa, carioca das primeiras famílias povoadoras do Rio de Janeiro.

17 - Ricardo Costa de Oliveira, nascido no Rio de Janeiro, Estado da Guanabara, 21/8/1964. Paulista pelo batismo e pela genealogia ! Batizado aos 18/4/1965 na Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, Pirassununga, Arquidiocese de Campinas, São Paulo. Bacharel em Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro; Master of Science in Urban Development Planning, University College of London; Doutor em Ciências Sociais, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Professor da Universidade Federal do Paraná e “Cidadão Honorário” de Curitiba, localidade fundada pelos meus avoengos bandeirantes há mais de trezentos anos.

Ricardo Costa de Oliveira

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RE: Somos paulistas há mais de 500 anos, luso-tupi

#47705 | Pedro França | 14 set 2003 13:29 | Em resposta a: #47704

Caro Ricardo:

Achei tão interessante a sua ascendência luso-tupi que a copiei e guardei nos meus ficheiros. Interessante também pelo facto de nela relacionar a elite indígena da zona do Estado de S. Paulo com as elites bandeirantes locais entre S. Paulo-Paraná. Não é fácil por aqui (Coimbra) encontrarmos genealogias brasileiras. Conheço alguns artigos em boletins esparsos existentes no AUC de quando eu era lá funcionário (1986-89), de Salvador Moya; eles não estão acessíveis ao público em geral, são espólio da casa mas vedado aos leitores.
Obrigado pela divulgação e partilha.
Um abraço - Sempre - Pedro França

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RE: Somos paulistas há mais de 500 anos, luso-tupi

#47709 | jliberato | 14 set 2003 16:22 | Em resposta a: #47704

Caro Ricardo Costa Oliveira,
O Domingos Luís que refere no ponto 4. era de Carvoeira, Mafra?
Muito obrigado
JLiberato

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RE: Somos paulistas há mais de 500 anos, luso-tupi

#47711 | Pedro França | 14 set 2003 18:11 | Em resposta a: #47705

Caro Ricardo:

Desculpe-me por intervir novamente com esta pressa. Esqueci-me de lhe perguntar se tem cartas de armas e se sim, quais os nomes representados e se elas se prendem com alguns dos antepassados atrás referidos (ver seu tópico e intervenção de abertura). Depois me dirá. Um abraço - sempre - Pedro França.

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RE: Somos paulistas há mais de 500 anos, luso-tupi

#47714 | Ricardo de Oliveira | 14 set 2003 18:58 | Em resposta a: #47711

Caro Pedro França

Este é um tema muito fascinante. Para quem tiver interesse existe agora a Genealogia Paulistana na rede mundial de computadores. Basta digitar em qualquer mecanismo de buscas a seguinte frase :{ Genealogia Paulistana. Luiz Gonzaga da Silva Leme. (1852-1919). } São horas de informação e de cultura histórica ! Como todas as genealogias sempre é bom ter alguma cautela em alguns dados, mas é fonte de estudos fundamental para São Paulo.

Um abraço
Ricardo Costa de Oliveira

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RE: Somos paulistas há mais de 500 anos, luso-tupi

#47748 | Ricardo de Oliveira | 15 set 2003 13:13 | Em resposta a: #47709

Caro Liberato

Esta é uma possibilidade. Outra possibilidade é a Freguesia de Carvoeira em Torres Vedras, com a Igreja dedicada a Nossa Senhora da Luz. Como Domingos Luís instituiu uma capela de Nossa Senhora da Luz em São Paulo, esta opção parece ser mais plausível. Algumas fontes se referem aos pais de Domingos Luís como o Lourenço Luís e Leonor Domingues e afirmam que ele era natural do lugar de Marinota, Freguesia de Santa Maria da Carvoeira (Edith Porchat, São Paulo no Século de sua fundação). Infelizmente não temos ainda os paroquiais para procurarmos nas diversas Carvoeiras as origens do "Adão" paulista !

Um abraço
Ricardo Costa de Oliveira

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Carvoeira

#47784 | jliberato | 16 set 2003 10:14 | Em resposta a: #47748

Meu caro Ricardo de Oliveira,
Obrigado pela sua mensagem.
Estudei em tempos a freguesia de Carvoeira em Mafra.
Tenho:António Gomes, filho de José Francisco e Domingas Maria, nascido em 1757; e um João Alves que foi casar a Santo Isidoro em 1630 com Francisca de Matos.
Mas não Domingos Luís.
Daí a minha curiosidade.
Um abraço
JLiberato

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RE: Carvoeira

#47811 | Ricardo de Oliveira | 16 set 2003 16:28 | Em resposta a: #47784

Caro Liberato

Eu é que agradeço a sua contribuição. Quem sabe se algum dia com o levantamento das fontes em Portugal não seja possível entroncar todos os portugueses que vieram para o Brasil ao longo dos quinhentos anos !

Um abraço
Ricardo Costa de Oliveira

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RE: Somos paulistas há mais de 500 anos, luso-tupi

#47921 | jorge a soirefmann | 17 set 2003 16:03 | Em resposta a: #47704

Caro Ricardo
Como você é descendente do cacique Tibiriçá e gosta de genealogia certamente irá apreciar um livro recém lançado pela EST Edições, de Porto Alegre, se não me falha a memória o autor é Luiz Antônio Alves. Uma boa parte do livro apresenta inúmeras personalidades brasileiras, de todas as áreas, que são descendentes do Tibiriçá. Saudações.

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RE: Somos paulistas há mais de 500 anos, luso-tupi

#47985 | Ricardo de Oliveira | 18 set 2003 11:31 | Em resposta a: #47921

Caro Jorge

Irei procurar. Como eu escrevi antes, boa parte da população brasileira descende do Tibiriçá pelo casal n°4, Domingos Luís-Ana Camacha, inclusive todos os descendentes das famílias Bueno, Camargo, Antunes Maciel e muitas outras que foram se ramificando ao longo dos últimos séculos. Boa parte das antigas famílias senhoriais e da governança do Mato Grosso ao Rio Grande do Sul descende do Tibiriçá, o que é um número bastante expressivo de pessoas.

Um abraço
Ricardo

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RE: Somos paulistas há mais de 500 anos, luso-tupi

#48003 | ítalo | 18 set 2003 14:55 | Em resposta a: #47985

Caro Ricardo, sem dúvida a presença de sangue indígena na população brasileira é um assunto interessante. No seu caso e no de muitas outras famílias essa herança brasílica se faz principalmente por fêmea enquanto as varonias geralmente são portuguesas. Na família de minha mãe, originária do sertão pernambucano, talvez aconteça algo não tão comum: uma família, não diria da elite, mas que se encontra bem colocada no "contexto social" local, uma família tida como "branca", misturada com Lins e Limas e Albuquerques e que provavelmente tem varonia índia, mas não tupi, provavelmente tapuia (cariri). Desculpe-me a intromissão.
Cordialmente, Ítalo Moraes Rocha Guedes.

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RE: Somos paulistas há mais de 500 anos, luso-tupi

#48046 | Ricardo de Oliveira | 19 set 2003 13:01 | Em resposta a: #48003

Caro Ítalo

Trata-se de uma importante herança genética. A genealogia irá avançar muito com o desenvolvimento da genética. Há pouco li uma pesquisa recente sobre a existência de traços genéticos charruas na população do Sul do Rio Grande do Sul. Os charruas estão extintos e a única maneira de reencontrá-los é a análise da população brasileira naquela região. Os pesquisadores verificaram que os alguns genes das antigas populações indígenas do Sul do RS têm semelhança com os grupos do Sul do Chile, com os mapuches e outros grupos. É uma forma de demografia histórica pré-européia também. Os índios cariris travaram a famosa guerra que durou décadas. Muitos paulistas foram convocados para participar daquele confronto no interior do sertão nordestino.

Um abraço
Ricardo

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RE: Carvoeira

#48057 | magalp | 19 set 2003 14:56 | Em resposta a: #47811

Caro Ricardo C. Oliveira

Que bom seria saber "de todos os portugueses no Brasil, ao longo dos quinhentos anos"!
O meu querido e sempre lembrado Avô materno, viveu vários anos no Brasil, passando pelo Uruguai e Argentina. Aconteceu até q. no Brasil (Rio Grande do Sul)chegou a ser condenado à morte, ao tempo do Presidente Getúlio, mercê das suas ideologias demasiado "vanguardistas" na época...
Pois enquanto aí encontrou dezenas, senão centenas de familiares com quem fez as melhores relações. Inclusivamente eles o salvaram duma morte certa, encarcerado q. já estava, com sentença lavrada...
Pois não sei sequer um único nome desses remotos familiares brasileiros!

cumprimentos,
Manuel Maria Magalhães

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RE: Carvoeira

#48071 | Ricardo de Oliveira | 19 set 2003 18:01 | Em resposta a: #48057

Prezado Manuel Maria Magalhães

São muitos os genearcas, os fundadores das povoações e os nossos antepassados em geral no Brasil com as suas origens obscuras em Portugal, e nós aqui sem maiores detalhes das suas famílias em Portugal e vice-versa. O meu sonho genealógico é a digitalização completa de todas as paroquiais, inventários, processos de genere, Ordem de Cristo, familiares do Santo Ofício, documentos da inquisição e tudo o que houver para a formação de um grande banco genealógico de indivíduos e famílias ao longo dos séculos ! Isto não seria caro para um orçamento cultural que tivesse interesse nas nossas raízes e seria um reencontro com as nossa história. Só cresce alto a árvore que tenha raízes profundas. Eu só imagino os meus vários fins-de-linha em algum arquivo paroquial em Portugal e eu aqui os procurando sem a conexão adequada. Eu os procuro em qualquer condição social e geográfica. Se o Bom Deus permitir - ainda hei de encontrá-los na presente vida !

Um abraço
Ricardo Costa de Oliveira

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