Na verdade, resolvi tirar isso a limpo de vez. O que temos é:
- Na segunda metade do século IX existiu em Lorvão um Idris - e esse nome só aparece na família alida do Marrocos. (DC 3, de data 911, corrigida pelo Prof. Ruy de Azevedo - tenho o facsímile e é clara a adulteração da data).
- Zahadon, do DC 39, de 933, era Zahadon ibn Halafi. Sua mulher Aragunte era filha de um Fromarico, muito provavelmente Fromarico `Cendoniz' [Tedoniz?], que creio da família de Vímara Peres.
- Um dos netos de Zahadon era muçulmano: compra terras pagando com um escravo cristão.
Isso tudo vem de longas discussões com Marshall Kirk e Nat Taylor. O que de mais próximo achamos de identificável ao senhor da Maia, Abunazar Lovesendes, é um Nasrum ibn Leodesindo ibn Firhi [Fikhri, provavelmente}, que - pensamos - era um idríssida.
A questão religiosa é mais fácil de se resolver do que parece a princípio. Meu amigo e consultor o Prof. Dr. Mohammed El-Hajj contou-me de uma família cristã iraquiana, al-Husaini, descendente do Profeta. Por que? Um ancestral casou com uma cristã, repudiou-a, e a mulher levou consigo os filhos, educando-os na sua religião.
Penso que Fikhri pode ter casado com uma senhora da família de Mendo Guterres, pela onomástica dos da Maia, que teria sido quem educou os futuros maiatas.