Partidário(a)s e Oponentes do Rei D. António.
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Partidário(a)s e Oponentes do Rei D. António.
Caros Amigos do Fórum,
De acordo com o que foi dito anteriormente em
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=57079#lista , o prometido é devido.
Aqui vos deixo a lista dos Partidários e Oponentes do Rei D. António; no final poderão, igualmente, constatar quem foram os quatro Governadores durante esta crise dinástica.
Em breve, apresentarei a este Fórum, um curioso e palpitante excerto do livro, que dará uma leve, mas vigorosa ideia, do ambiente agitado que então se vivia e onde serão mencionadas mais 41 figuras de destaque.
Um abraço a todos,
José Pedro Castro
NB.: Para quem acabou de chegar a este tópico, gostaria de referir que os nomes aqui apresentados, foram transcritos do livro de Joaquim Veríssimo Serrão, “O Reinado de D. António Prior do Crato (1580-1582)” publicado em 1956 na cidade de Coimbra.
Partidário(a)s do Rei D. António.
Abreu (Cosme),
Abreu (Fernão),
Abreu (João),
Abreu (Sebastião),
Aguiar (Ambrósio de),
Alcoforado (João Vaz),
Alcoforado (Cristóvão),
Almada (D. Manuel), prelado,
Almeida (António de),
Alpoim (Gomes de), primo de Pedro de A.,
Alpoim (Jerónimo de), de Viana do Castelo,
Alpoim (Dr. Pedro), professor da Universidade,
Álvares (António),
Álvares (Fernão),
Álvares (Padre Fernão de), vigário de Vermoin
Álvares (Padre Luís), jesuíta,
Álvares Chicharro (Gaspar),
Álvares da Índia (António),
Álvares Ramires (Baltazar),
Amaral (Dr. Jorge), jurisconsulto e Lente da Universidade de Coimbra,
Anaia (Pedro de),
António (Marco),
Araújo de Barros (Gaspar),
Ávila de Bettencourt (Ambrósio),
Azevedo (Afonso de),
Baptista (Frei Belchior), da Ordem franciscana,
Baracho (António),
Baracho (Gabriel),
Barba (Pero),
Barreto (António), nobre de Aveiro,
Barreto (António Monis),
Barreto (Gonçalo Lobo), de Viana do Castelo,
Barreto (Heitor Velho),
Barros (Fr. Simão de), da Ordem dominicana,
Beirão (António Henriques),
Bocarro (João),
Borges (Manuel da Costa),
Bostilho (Fernão),
Botado (Luís Álvares),
Botelho (Belchior),
Botelho (Diogo),
Botelho, o jovem (Diogo), primo de Diogo Botelho,
Botelho (Manuel),
Botelho (Pero),
Brito (Constantino),
Brito (Francisco), sobrinho de António de B. Pimentel,
Brito (João de),
Brito (Luís de), fronteiro da província de Entre-Douro e Minho,
Brito de Almeida (Luís),
Brito de Almeida (Manuel), filho de Agostinho Caldeira da Silva,
Brito de Meneses (Sebastião),
Cacheiro (Tomás),
Caldas Pereira (Dr. Francisco), habitante de Braga,
Caldeira da Silva (Agostinho),
Calema (Diogo),
Camelo (Fr. Brás), da ordem de S. Francisco,
Campos (António),
Canto da Silva (D. Violante),
Cárcamo (D. Diogo de), nobre castelhano e camareiro de D. António,
Cardoso (Francisco),
Carlos (Fr. Diogo), religioso de S. Francisco, primo co-irmão de D. António,
Carrilho (Cristóvão),
Carvalho (Fr. Jerónimo), da Ordem dominicana,
Castro (D. Duarte), filho de Diogo de Castro, partidário e depois traidor a D. António,
Castro (D. João de), historiador do sebastianismo e antigo partidário de D. António,
Castro (Manuel de),
Chaves (Luís Francisco),
Cid de Magalhães (Padre Rodrigo),
Correia (António),
Correia (Ambrósio),
Correia (Baltazar),
Correia (Fr. Jerónimo), da Ordem dominicana,
Cortês (Simão),
Costa (D. António),
Costa (Manuel da),
Costa (Fr. Manuel da), religioso de S. Domingos,
Cota (Luís Gonçalves),
Coutinho (António de Sousa),
Coutinho (D. Fernando), da casa de Marialva,
Coutinho (D. João), conde de Redondo,
Coutinho (D. Jerónimo),
Coutinho (D. Manuel),
Coutinho (Manuel da Silva), conde de Torres Vedras,
Cristo (abadessa Francisca de),
Cristóvão (D.), filho do rei D. António,
Cruz (Fr. Atanásio),
Cunha (D. António),
Cunha (D. Manuel da),
Cunha (D. Pedro), capitão-mor de Lisboa,
Dias (António),
Dias (Gaspar), natural de Santarém,
Dias (Gaspar), natural de Setúbal,
Dias (Nicolau), da Ordem dominicana,
Dias da Câmara (Rui),
Dias de Carvalhal (Francisco),
Dias de Carvalhal (João), fidalgo da ilha Terceira,
Dias Montezinos (Gaspar),
Domingos (Frei),
Duarte Francisco,
Escobar (António), agente de D. António em Londres,
Espírito Santo, (Fr. João), da Ordem dominicana,
Estaço (Belchior Dinis),
Estaço (Gaspar Dias),
Estrada (Belchior de),
Faleiro (Diogo),
Faria (Diogo de Lemos),
Fernandes (padre Diogo),
Fernandes (Diogo),
Fernandes (Domingos),
Fernandes (Henrique),
Fernandes (João),
Fernandes de Quadros (Manuel),
Ferrão (Álvaro),
Ferreira (Duarte),
Ferreira da Gama (Estêvão),
Figueira (Sebastião),
Figueiredo (Dr. Ciprião de), corregedor da ilha Terceira,
Fonseca (Aires da),
Fonseca (Fr. Pedro da),
Franco (Gabriel),
Freire (Diogo),
Freire (Francisco),
Freire (João), senhor de Coja,
Freire de Bobadela (João),
Furtado (António),
Gamboa (Gaspar),
Garcia (Diogo),
Gaspar (Frei), de S. Nicolau,
Girão (Manuel Lopes), irmão de Pedro L. G.,
Girão (Pedro Lopes),
Góis (Gil de),
Godinho (Lisuarte),
Godinho (Manuel),
Gomes (padre Bartolomeu),
Gonçalves (Beatriz),
Gonçalves (Domingos),
Gonçalves (Francisco),
Gonçalves (João), procurador de Angra,
Gonçalves (Miguel),
Gonçalves (Pedro), criado do conde de Vimioso,
Gonçalves (Pedro),
Gonçalves de Antona (Baltazar),
Gonçalves da Câmara (João),
Gonçalves da Câmara (Martim),
Gonçalves da Câmara (Rui),
Gonçalves de Faro (Francisco),
Gonçalves de Lima (Sebastião),
Gonçalves de Macedo (Aires), proposto, em sessão de câmara de Coimbra, de 6 de Julho de 1580, para ir visitar o rei D. António,
Grã (Fernão Gomes da),
Guarda (João da),
Guedes de Sousa (António),
Henriques (Fernão), neto de D. Fernão H., 3º senhor das Alcáçovas,
Henriques (D. Martim), da casa das Alcáçovas,
Inácio (Mestre), jesuíta,
Ínsula (Frei Luís da),
Jácome Correia (Aires),
Lagarto (Frei Pedro de Figueiredo),
Leitão (Custódio), secretário do conde de Vimioso,
Leitão (Fr. Estêvão), da Ordem dominicana; desempenhou por duas vezes, de 1564 a 1568 e de 1574 a 1578, o cargo de Provincial dos Conventos portugueses; acompanhou D. António no seu exílio em França,
Leitão de Brito (Simão),
Lemos (D. António),
Lemos (Duarte de), senhor da Trofa,
Lemos (Miguel de), irmão de António L. e Duarte de L.,
Lobato (Fr. Jerónimo), da Ordem dominicana,
Lopes (Manuel),
Lopes (Dr. Rui),
Lopes de Azevedo (Martim),
Lopes da Costa (Padre Amaro),
Lopes de Mesquita (Diogo),
Lopes de Sequeira (António),
Luís (Frei), da ordem dos Biginos,
Luisa (D.), filha do rei D. António,
Machado, (Fr. Damião), da ordem de S. Jerónimo,
Madre de Deus (Frei Pedro),
Manuel (D.), filho do rei D. António,
Manuel (D. Jerónimo),
Marecos (Fr. Diogo),
Marques (Frei Manuel),
Martines (Fernando),
Mascarenhas (D. Francisco),
Mascarenhas (Padre Simão),
Matos (Domingos de),
Melo (Rodrigo de), filho do conde de Tentúgal,
Mendes (Belchior),
Mendonça (D. Diogo),
Meneses (D. António), filho de D. João de M.,
Meneses, o moço (D. Diogo),
Meneses (D. Diogo), fronteiro mór do Alentejo, capitão de Cascais,
Meneses (D. Duarte), senhor de Alcanhões,
Meneses (D. Francisco), irmão do governador João Lourenço Tello,
Meneses (D. Pedro), neto do conde de Tarouca,
Monis (Febo), procurador de Lisboa às cortes de Almeirim,
Monis da Silva (Bernardo),
Monteiro (Cristóvão),
Nóbrega (Dr. Manuel da Fonseca),
Nogueira (Brás),
Nunes (Gonçalo),
Nunes (Jerónimo),
Nunes de Macedo (Francisco),
Oliveira (Henrique de ),
Oliveira (Pedro),
Pacheco (Amador),
Pacheco (Diogo),
Pacheco (Fernão Gonçalves),
Pacheco (Henrique),
Pacheco (João),
Paiva (Dr. Cipião),
Palha (Simão),
Pegas (Manuel de),
Pereira (D. António),
Pereira (Francisco),
Pereira (Manuel), tio do conde da Feira,
Pereira (D. Manuel),
Pereira da Silva (Gonçalo),
Perim Corrêa (Duarte),
Pessoa (Luís Pantaleão),
Pimentel (António de Brito), partidário de D. António e seu embaixador em França,
Pimentel (Luís Pessoa),
Pimentel (Manuel Mendes),
Pinheiro (Fr. Diogo Lopes),
Pinheiro (Fr. Estêvão), da Ordem dos carmelitas,
Pinto (Fr. Heitor), da ordem de S. Jerónimo, foi lente da Santa Escritura na Universidade de Coimbra,
Pinto (Manuel da Fonseca),
Pinto (Pero),
Pita (Gonçalo),
Porto (Fr. Gaspar do),
Portugal (D. Afonso), filho de D. Manuel de Portugal,
Portugal (D. Afonso Henriques de), capelão real de D. António,
Portugal (D. Francisco de), 3º conde de Vimioso e condestável de D. António,
Portugal (D. Luís), irmão de D. Francisco,
Portugal (D. Manuel de), tio de D. Francisco de Portugal,
Quaresma (Diogo de),
Queirós (Amador),
Queirós (António), irmão de Amador Q.,
Rebelo (Francisco),
Rebelo (Gaspar),
Reboredo (Jorge de),
Ribeiro (Gaspar),
Rocha (Tristão),
Rodovalho (Diogo Vaz),
Rodrigues (Diogo), servidor e partidário de D. António,
Rodrigues (Dr. Paio), cónego da Sé de Évora,
Rodrigues (Sebastião),
Rodrigues de Beja (João), filho de Garcia Afonso de Beja,
Rodrigues de Sousa (João), embaixador de D. António em Inglaterra e mais tarde veio trair a causa do seu monarca,
Rodrigues de Vasconcellos (padre João),
Sampaio (Fr. Estêvão), da Ordem dominicana,
Sande (D. Francisco de),
S. Agostinho (Fr. Gregório),
Santos (Fr. Miguel dos), da ordem de S. Jerónimo,
Sena (Fr. António de), da Ordem dominicana; Teólogo e historiador dos fastos da sua Ordem; acompanhou D. António no exílio,
Serradas (Manuel),
Serra (Frei Pedro da),
Silva, o maltês (António da),
Silva (Jerónimo),
Silva (Manuel da), conde de Torres Vedras,
Silva de Azevedo (António da), comendador de Algoso, filho de Diogo Fernandes de Almeida,
Silva de Brito (padre Luís),
Silveira (D. Álvaro),
Simão de Faria (Martim),
Simões (Vicente),
Soares (António),
Soares (Frei Luís), religioso da Ordem da Trindade,
Soares (Manuel da Fonseca), vereador da Câmara de Lisboa,
Soares (Manuel),
Soares de Albergaria (Lopo),
Sotomaior (Fr. Luís), da Ordem dominicana,
Sousa (António de),
Sousa (Belchior de),
Sousa (Diogo de),
Sousa (Francisco António de), partidário e depois traidor a D. António,
Sousa Miranda (Heitor de),
Soverino (João), jesuíta,
Strossi (Filipe), comandante da esquadra francesa em socorro da Terceira,
Subtil (Fr. Vicente), da Ordem dominicana,
Távora (Bernardo de), vereador de Angra do Heroísmo,
Távora (Rodrigo Lourenço de), filho de Lourenço Pires de T.,
Teixeira (Frei José), religioso de S. Domingos,
Thosinghi (Pedro Paulo), italiano, comandante de uma frota francesa em socorro de Portugal,
Tinoco (Manuel Luís),
Torrado (António Vaz),
Tovar (Sancho),
Trindade (Fr. Agostinho da), da Ordem dos agostinhos,
Valdargo (Martim),
Valeroso (Fernando),
Vaz (Baltazar),
Vaz (Diogo),
Vaz da Mota (Dr. João),
Vaz de Sousa (Gaspar), habitante da ilha de S. Miguel,
Vaz de Camões (Simão), (NB.: Primo de Luís de Camões e irmão de D. Bento de Camões, frade de Santa Cruz de Coimbra),
Veiga (António),
Velho (Amador),
Velho (João),
Vicente (Mateus),
Vilas Boas da Rocha (Bartolomeu).
Oponentes do rei D. António
Alba (duque de),
Alexandre, espião ao serviço de Castela,
Álvares Pereira (Nuno), secretário de Estado de Filipe II,
Ávila (Sancho de), general castelhano,
Baptista de Tassis (João), embaixador de Castela em Paris,
Bettencourt e Vasconcellos (João), fidalgo da ilha Terceira,
Daniel, espião ao serviço de Castela,
Delgado, secretário de Filipe II,
Dias (Diogo), emissário de Filipe II,
Eanes do Canto (Pedro), fidalgo da ilha Terceira,
Figueiroa (D. Lopo), general castelhano,
Ganguechi, alferes castelhano,
Granvelle (Cardeal), ministro de Filipe II
Henriques (Dr.),português adepto de Castela,
Hércules, capitão ao serviço de Castela,
Homem (Gaspar), emissário de rei de Castela,
Lemos (conde de), general castelhano,
Lopes de Sequeira (Diogo),
Luna (D. Álvaro de), capitão do exército do duque de Alba,
Maldonado (Diogo), agente castelhano em Paris,
Mendes (Álvaro), joalheiro português e espião ao serviço de Castela,
Molina (Dr.),
Moura (Cristóvão de), agente de Filipe II,
Pereira (Nuno Álvares), Secretário de Estado de Filipe II,
Perez (António), valido de Filipe II,
Salazar (André), soldado castelhano,
Salcedo (Nicolau), aventureiro ao serviço de Castela,
Santa Cruz (marquês), almirante da esquadra castelhana,
Sarmento (D. Garcia), general castelhano,
Soares de Melo (Gião), vereador da Câmara de Santarém,
Sousa (Luís de), partidário de Castela,
Toledo (D. Fernando), filho do duque de Alba,
Valdez (D. Diogo de), mestre de campo castelhano,
Valdez (D. Pedro), general castelhano,
Vaz Bem Talhado (Miguel), traidor ao serviço de Castela,
Zapata (D. Rodrigo), oficial castelhano,
Zayas (Gabriel de), secretário do rei Filipe II.
Governadores durante a crise dinástica:
Lopes de Sousa (Diogo),
Mascarenhas (D. João),
Sá (Francisco de),
Telo de Meneses (João Lourenço).
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Rei D. António e o Fundão
Meu caro jpbabc,
Muito obrigado por esta excelente contribuição.
Estou muito interessado no Estêvão de Sampaio, freire dominicano, que deve ser o mesmo que nos primeiros anos do reinado de Filipe I se distinguiu numa rebelião contra a Inquisição no Fundão. Há elementos mais específicos sobre ele?
Cumprimentos
JLiberato
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RE: Rei D. António e o Fundão
Caro JLiberato,
Constam, de facto, referências relativas a Frei Estêvão de Sampaio nas págs. 101, 195, 196 n.76.
Caso esteja interessado, queira deixar o seu contacto para posterior envio.
Cumprimentos,
José Pedro Castro
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RE: Partidário(a)s e Oponentes do Rei D. António.
Caro JPBABC
Agradeço-lhe este importante e interessante contributo a um tópico por mim começado...
Melhores cumprimentos
MSPAG
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RE: Rei D. António e o Fundão
Caro José Pedro Castro,
Muito obrigado pela sua amabilidade.
Embora viva em Bruxelas, utilizo em Lisboa a seguinte morada para correspondência (não é a minha residência).
JLiberato
Avª Columbano Bordalo Pinheiro 70- 4º Dto.
1070-064- LISBOA
Muito obrigado
JLiberato
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RE: Partidário(a)s e Oponentes do Rei D. António.
Caro Manuel Azevedo Graça,
Em boa hora, o Confrade lançou este tão esquecido e não menos controverso tema da nossa História, na Segunda-feira, dia 2,
cf.: http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=56602#lista .
Curiosamente e, depois de muito cogitar, na noite de Quinta-feira, fez-se-me luz.
Procurei a tese de Veríssimo Serrão, bem encafuado por sinal, entre mais de duas dezenas de caixotes (mudei de casa há um ano) e lá encontrei, já de madrugada, o famigerado livro :-) .
Vai daí, comecei a abrir as páginas com um corta papéis e dei, finalmente, conta do manancial de informação que me esperava, desde o leilão do Burnay http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=57035#lista .
Se o assunto já me interessava ao ponto de ter arrematado este livro, entre outros, em finais de 2002, mais desejoso fiquei, quando, por vossa causa, fui obrigado a esta tarefa escatológica... :-)
Entretanto, a dúvida pertinente por vós lançada em Dom António I, 18.º Rei de Portugal?!... e, esclarecida que foi pelos ilustres intervenientes deste Fórum, resolvi por razões oportunamente evocadas, propor-me a dedilhar :-) os nomes dos intervenientes em tópico próprio sob a designação de Partidário(a)s e Oponentes do Rei D. António, dado que este tema teve uma evolução significativa, como se poderá comprovar.
Neste seguimento, agradeço que esteja atento, pois irei enviar para o Fórum, um magnífico e empolgante excerto deste livro (fruto da profunda investigação científica de J. V. S.), com a maior celeridade possível.
Um grande Bem-Haja para si,
José Pedro Castro
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Excerto inquietante do livro de Veríssimo Serrão.
Caros Amigos,
Ponho agora à vossa disposição um pequeno excerto do livro de Joaquim Veríssimo Serrão, O Reinado de D. António Prior do Crato (1580-1582), Coimbra, 1956, correspondente à pág. 214 e seguintes, que espelha a perturbante e dramática realidade que então se vivia em Portugal.
Atendam à curiosa referência de mais 41 personagens graças à «Colección de documentos ineditos, vol. XI, págs. 390, 393 – Relacción de los Señores, Prelados y Procuradores de las çiudades y villas llamadas al juramiento del reino de Portugal» que o historiador assinala em nota de rodapé.
Boa leitura e um abraço,
José Pedro Castro
(…) Notícias de Tomar davam o dia 10 de Abril (1581) para início das novas Cortes, que só não tinham ainda começado por se aguardar a chegada de vários procuradores de vilas distantes, e talvez porque Filipe II se mantinha esperançado em poder contar com a submissão de D. António.
No dia 16 de Abril já estavam aposentadas naquele burgo as figuras mais representativas do clero e da nobreza de Portugal e os procuradores municipais, testemunhas que seriam presentes à cerimónia da aclamação. Assim, para seguirmos um documento espanhol da mesma época, os arcebispos de Lisboa, Braga (D. Frei Bartolomeu dos Mártires) e Évora; os duques de Bragança, Barcelos, Aveiro; os condes de Tentúgal, Castanheira, Portalegre, Vidigueira e Linhares; o marquês de Vila Real e o barão de Alvito; os membros do Conselho de Estado, que eram o bispo de Leiria, o conde de Matosinhos, D. Pedro de Alcácer, D. Cristóvão de Moura e o secretário Miguel de Moura; e muitos nobres de que destacamos os seguintes nomes: D. Francisco de Castelo Branco; D. Diogo de Sousa; D. Duarte de Meneses; D. Luís e D. João de Lencastre; o antigo embaixador em Castela D. Fernando da Silva; D. Nuno de Mascarenhas; Fernando da Silva, capitão-mór de Belém; Martim Correia da Silva; D. António de Castro, senhor de Cascais; João Rodrigues e Pantaleão de Sá; D. Pedro e D. Jorge de Meneses, este alferes-mór; Bernardino de Távora, reposteiro-mór; Rui Teles da Silva; D. Miguel de Noronha; D. Fernando de Castro; o monteiro-mór D. Manuel de Melo; Francisco Tavares, de Aveiro; Tristão Vaz da Veiga, último alcaide de S. Julião; D. Pedro Coutinho, alcaide-mór de Santarém; Nuno Álvares Pereira, secretário do reino; e o chanceler-mór, os oficiais da chancelaria, os desembargadores do Paço, os escrivães da Câmara, etc., etc. E o terceiro Estado com representantes de 94 cidades e vilas do reino que também prestaram obediência ao soberano.
Os Estados Gerais começaram ainda no dia 16 de Abril, no meio de solenes manifestações em honra de Filipe II. O bispo António Pinheiro e o doutor Damião de Aguiar pronunciaram discursos em que se referiram com largos encómios aos méritos do novo soberano e aos seus direitos à Coroa portuguesa. O prelado de Leiria, sobretudo, invocando a intenção de Filipe II de tratar os portugueses como vassalos fieis, rogava ao soberano que concedesse o régio perdão a todos aqueles que “Induzidos, enganados ou compelidos ofenderam a paz pública e perturbaram a justa posse da legítima sucessão do reino” (Os episódios mais importantes da aclamação de Filipe II vêm-nos referidos num outro documento coevo: Novas de Tomar de 17 de Abril de 1581; B.N.P. mss. Portugueses, 66, fº 31, 33. Para bem se ajuizar do clima de transigência que as Cortes respiravam basta percorrer esse documento. Aí se refere que Damião de Aguiar era «grande enemigo de Don António»; que Francisco Barreto de Lima «llego a el y bejo las manos a su Magde que admitiendo sus descargos le remittio toda su culpa»; que o senhor de Cascais estava descontente com a reduzida mercê que Filipe lhe fizera, nomeando-o Conde perpétuo com a renda de 20.000 ducados, quando ele «para restauraçion de la perdida que hizo sirviendo a su Mag. no se los llegara a 50 mill como hizo al conde de Liñares», etc., etc.).
No dia 18 de abril concedia Filipe o perdão geral aos homens sediciosos que tinham acompanhado D. António no alevantamento de Santarém e no período da efémera realeza deste príncipe. Desse perdão eram no entanto excluídos, «como prinçipaes delinquentes e autores que foraõ causa de tantas mortes roubos e insultos e outros damnos e perturbadores da paz e quietaçaõ publica destes meus Reinos e por ser cõtra o serviço de Ds e meu & bem comum», os seguintes partidários de D. António: D. Francisco, D. Manuel e D. João de Portugal; D. Pedro, F. Fernão e D. Jorge de Meneses; Manuel da Silva e Diogo Botelho; D. António Pereira e D. Jerónimo Coutinho; D. António de Meneses, irmão de D. Jorge; Febo Moniz e António Moniz Barreto; João Rodrigues de Sousa e António de Brito Pimentel; Pêro Lopes Girão e Amador de Queirós; Duarte de Lemos, senhor da Trofa e António de Sousa; João Gonçalves da Câmara e António da Silva de Azevedo; Manuel Mendes e Manuel da Costa Borges; Doutor Jorge de Amaral, António e Gabriel Baracho; Pero Barba e Aires Gonçalves de Macedo; Manuel de Pegas e João Bocarro; Pedro de Oliveira e João Francisco da Costa. Na lista dos religiosos excluídos do perdão, além de D. João de Portugal, mencionavam-se os seguintes: D. Afonso Henriques, Simão de Mascarenhas e João Rodrigues de Vasconcellos; António de Queirós e Frei Manuel da Costa; Frei Estêvão Leitão e Frei Luís de Sotomaior; Frei Nicolau Dias e Frei António de Sena; Frei Heitor Pinto e Frei Damião Machado; Frei André, prior de S. Marcos e Frei Agostinho da Trindade; Frei Miguel dos Santos e Frei Diogo Carlos; D. Lourenço prior de Santa Cruz e Frei Estêvão Pinheiro.
Foi por este tempo que chegaram notícias a Tomar de que D. António, estando no Algarve, pretendera embarcar em certa fragata, mas que alguns espias, adivinhando o seu intento, tinham feito malograr a fuga. Na verdade, D. António encontrava-se então em Vila Nova de Milfontes, mas tudo ignoramos sobre a maneira como teria decorrido essa terceira tentativa de evasão, frustrada como as anteriores. E Filipe II mantinha-se desolado com as andanças secretas do seu duro inimigo! Ele o declarava, com visível contrariedade: «Yo tambien tengo recelo de que se nos ha de ir D. António, y mas si es verdad que anda en su compañia aquel cônsul francês… y ser ido el que llaman conde de Vimioso a Francia por tierra… lo cual obliga á usar de extraordinárias diligencias para que no se nos desgarre D. Antonio». E o mesmo tema é repisado nas suas cartas ao duque de Alba: «Habreis podido entender cuan de veras deseo que se busque D. Antonio pues de hallarle depende ya el entero sosiego de este reino».
Notícias de Tomar deixavam perceber qual o estado de espírito de Filipe II acerca dos portugueses e sobretudo a contrariedade que não podia esconder por D. António continuar à solta. «Su Mag.d esta con salud, mostrando mas contento del que le puedan causar las ympertinencias de esta Nacion tan ymbecil y mudable y entre si tan alborotada que sospechase que ni ay firmeza en su voluntad ny limpieza en sus deseos… Lo que se entiende de Don Anthº es que anda por algunos lugares del Algarve no se entiende ny puede saber el yntento que su Mag.d tiene com el y cada dia andamos mas offuscados en la consideracion de este negocio». No entanto o duque de Alba, procurando tranquilizar o seu soberano, declarava não acreditar na saída de D. António para fora do reino; no seu entender «D. Antonio hubiera salido com ello sin que nadie se lo pudiera estorbar», mas decerto não lhe agradava o caminho do exílio porque a sua pessoa correria maior risco no estrangeiro do que vivendo encoberto em Portugal («Pues en Francia, Inglaterra y qualquier outra parte que él fuere, podrá S. Md hacer dél co que quisiere mejor que no aqui, y tiene necesidad de andar mas recatado que acá…» Como se patenteia, o duque de Alba sugeria já ao secretário de Estado a possibilidade, estando D. António no estrangeiro, de aliciar traidores para porem um termo à vida do rei vencido. Como veremos no decurso do nosso trabalho, foram várias as intentonas para assassinar D. António no estrangeiro, mas nenhuma delas resultou). (…)
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RE: Partidário(a)s e Oponentes do Rei D. António.
Caro José Pedro Castro
Cá ficarei a aguardar, atento e curioso (entenda-se: com aquela curiosidade científica que marca quem gosta de História)...
Melhores cumprimentos
MSPAG
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D. António I, 19º Rei de Portugal
Caro José Pedro Crasto,
Tem-me aguçado de tal modo a curiosidade com esta obra de Joaquim Veríssimo Serrão que hoje me decidi a procurá-la, tendo tido a sorte de a encontrar à primeira tentativa!
Em tópico relacionado foi levantada a questão da realeza de D. Brites, filha de D. Fernando I. Como me parece inequívoco que ela foi Raínha, quanto mais não seja pelo facto de D. Leoner Teles ter sido Regente (e em nome de quem, senão da filha?), isso leva à alteração ordinal do Prior do Crato no trono, devendo em consequência ser considerado o 19º Rei de Portugal.
Um abraço
Alexandre Burmester
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RE: D. António I, 19º Rei de Portugal
Caro Alexandre Burmester,
Folgo muito que tenha encontrado a tese de J. V. Serrão.
Apesar de se tratar de uma investigação científica de grande fôlego, que foi apresentada perante um júri formal da U. C., ao lê-la, tem-se a sensação de se estar perante um filme épico em que o personagem D. António se apresenta como uma figura audaz e vigorosa, ludibriando os seus oponentes e, não fora a doença que o minou, teria dificultado ainda mais a acção de Filipe II…
Veja-se a quantidade de membros do clero envolvidos (daria para iniciar um tópico…), as famílias dominantes, umas, divididas entre o apoio a D. António e o poder sedutor de Filipe, outras, a aguardar serenamente o desenrolar dos acontecimentos, salvaguardando bens e cargos e ansiando por aumentar o seu património e poder… de outro modo não se poderá entender como é que Portugal permaneceu letárgico durante duas gerações…
Saindo um pouco do tema em apreço, mas não o das paixões humanas, curiosamente, agora que estou a escrever sobre este assunto, ocorre-me o filme «Braveheart» de Mel Gibson, em que este personifica a figura de William Wallace; sem querer fazer paralelismos gratuitos, é interessante evocar os comportamentos dos primos, D. António e Filipe II (e os apoiantes de ambos), e é sobre estes comportamentos que desejo referir agora, no âmbito da Psicologia mais elementar, e os de William Wallace, dos barões escoceses e, em particular, o de Robert de Bruce por um lado e o de Eduardo I de Inglaterra e da sua nora, primeira princesa de Gales, Isabel de França (filha de Filipe IV e de Joana de Navarra) casada com o débil e futuro Eduardo II, por outro.
Recordemos a actuação dos barões escoceses, ciosos de riqueza e poder, que seguiram o seu povo, no apoio a William Wallace. Este valoroso chefe, dominou e humilhou Eduardo I, vencendo o seu poderoso exército em Stirling (1297). O rei inglês, com a conivência da quase totalidade dos ambiciosos barões, conseguiu a desforra de W. W., não em campo de batalha, mas pela traição, sendo capturado no castelo de Robert de Bruce, numa cilada que este desconhecia, para depois de capturado, Eduardo o mandar supliciar publicamente em 1305.
Robert de Bruce, ele próprio, um par de vezes traidor ao chefe da revolta (William Wallace) e outras tantas arrependido da sua reprovável actuação e, ter reconhecido em público, o valor fundamental do génio de Wallace à causa da independência da Escócia, acabaria ele mesmo por ser coroado, pelos seus pares, como rei Roberto I da Escócia.
Em 1314, de Bruce desbaratou completamente os ingleses em Bannockburn levando a intrépida Escócia à sua independência, até que, quatro séculos depois, em 1707, o Parlamento escocês decidiu aprovar o acto da união com a Inglaterra, cumprindo-se, assim, os desígnios dos Escoceses.
Quanto ao que refere sobre D. Brites e D. Leonor Telles, irei ler o que foi escrito acerca destas figuras, já que o meu conhecimento sobre este assunto é praticamente nulo.
Um abraço e ao dispor,
José Pedro Castro
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RE: Partidário(a)s e Oponentes do Rei D. António.
Caro José Pedro Castro,
Porque razão não tidos em consiredação como apoiantes de D. António:
Estevão Gonçalves Taborda de Negreiros, o Oculto
( www.genealogia.netopia.pt/0185/pessoas.php?id=1011051 )?
nem seu filho
João Rodrigues Taborda
( www.genealogia.netopia.pt/0185/pessoas.php?id=1011051 )?
Atenciosamente,
Miguel Nunes
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RE: Partidário(a)s e Oponentes do Rei D. António.
Caro José Castro,
Permita-me a correcção dos endereços:
http://genealogia.netopia.pt/0185/pessoas.php?id=1011051
http://genealogia.netopia.pt/0185/pessoas.php?id=1011049
Atenciosamente,
Miguel Nunes
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RE: Partidário(a)s e Oponentes do Rei D. António.
Caro Miguel Nunes,
Esta pergunta só poderá ser respondida pelo próprio autor da tese em apreço.
Os meus cumprimentos,
José Pedro Castro
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