A questão da família da Maia
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A questão da família da Maia
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fa
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The full text of the book is ready in the preliminary,
rough version, some 100 LaTeX-formatted pages. I still
have to revise it (textual corrections) and add
footnotes, mainly translations of some 10-th century
documents.
(The many `I's below mean the following: despite the
fact that I had lots of help from Marshall Kirk and Nat Taylor,not to forget Brazilian and Portuguese friends like
Luis KW, Manuel Soveral and Manoel Cesar Furtado, a
debt which I very gratefully acknowledge, I'm the sole
responsible for eventual and possible mistakes.)
I claim that the individual that appears in two
documents dated 967 and 968 as Nazeron ibn Leodesindo
ibn Firhi [I discuss the signatures, because there is
Lazeron Leodesindo ibn Firhi next to Nazeron ibn
Teodesindo] is the first Lord of Maia. I also show
that, if he was Zahadon's grandson, then the family
had already important land holdings in the north,
where they are seen after 978. There is no doubt that
Zahadon was an Ummayad, for me.
I also claim that the name ``Abu Nazar'' is very
likely a later *kunya* name, since the only (999)
contemporary document that mentions someone from the
Maia family insistently and consistently refers to
Leouesendo Abenazar [Leodesindo ibn Nazar]. The
*kunya* name is aptly translated as ``padre de muy boa
fidalguía'' in the LL.
I then identify Firhi to the Hasanid Firhi in the
1006/7 document (the original Firhi is the
semi-mythical Quraysh ancestor). I supplement this
identification with the quote on ``the King of
Morocco'' in the LL version of the legend, and see it
as trying to explain the totally unwarranted legendary
descent from Ramiro II.
Why am I waiting? To put it bluntly: for political
reasons. This is a book on a major question in
medieval genealogy, but it has obvious political
implications, as it will assert that nearly everyone
of Spanish or Portuguese descent is descended from
Prophet Muhammad. I'm an agnostic myself - I have a
PhD in math phys, and am very active in the field -
and politically left-leaning; therefore I'm quite
concerned about the book's implications, given the
current international state of affairs. I would like
to have it strictly confined within the bounds of
history and genealogy, but for the moment see no way
out of this conundrum.
fa
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RE: A questão da família da Maia
Caro Francisco Doria,
1º Perdoe-me a ignorância.
Maomé casou com Aicha, de quem não teve filhos. Teve (possivelmente) um filho que morreu criança e Fatima, que casou com Ali e foi mãe de Hassan e Hussein.
Os Omeíadas, como os Abássidas, pertencem à tribo Quraish e, como tal, serão descendentes e mesmo parentes próximos de Maomé. Usam sobretudo os patronímicos Mortada, Houssaini, Moussawi, hoje possivelmente um a dois milhões.
Só um príncipe Omeíada teria escapado ao massacre dos Abbas e, fugido para Espanha, foi o fundador do califado de Córdova.
Se até aqui não disse muitas asneiras, pedia-lhe para me dizer com passou do califa de Córdova a Zahadon.
2º Perdoe-me o desaforo.
Não atrase o livro nem um dia por motivos políticos.
Eu não sou agnóstico, nem doutourado em física, mas católico praticante. Por isso estou à vontade para dizer que a Igreja, hoje Una, Santa, Católica e Apostólica, já foi apenas Católica, Apostólica e Romana. Como Romana, pela intervenção de S. Bernardo de Claraval o impulsionador da vinda dos Borgonhas e dos cavaleiros francos, acabou por ser o "motor" da independência de Portugal mas, esse foi um inesperado efeito secundário, pois o que S. Bernardo pretendia, mais do que combater muçulmanos, era acabar com o perigo de uma heresia ibérica, com culto próprio diferente do romano, dando especial importância ao Espírito Santo e sustentada pela população moçárabe.
Fiquei contente por saber que pretende enfatizar as boas relações entre cristãos e muçulmanos na região de Coimbra. Acho que pode prestar um bom serviço, ainda que cingindo-se como quer à área genealógica e histórica, porque mais tarde ou mais cedo, a História de Portugal tem de libertar-se dessa visão maniqueísta dos "bons" cristãos que reconquistaram Portugal aos "maus" muçulmanos.
Eu, porque não tenho responsabilidades nenhumas (nem sequer sou diplomado) posso dizer o que penso, acho que o melhor do "caldo cultural" português, desde a culinária e doçaria, ao regadio, à medicina e à filosofia, foram heranças árabes hebraicas; dos romanos pouco nos ficou (basta ver o geral desrespeito pelas leis) e, ao invés, da Europa Continental (não marítima) recebemos despotismos, militarismos e esquemas políticos impostos e inadequados.
Fico aguardando o seu livro.
Cumprimentos,
Francisco Tavares de Almeida
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RE: A questão da família da Maia
Bom dia, xará Francisco!
Muitos membros da tribo Quraysh escaparam ao massacre. Houve inclusive um Quraysh, não omíada, al-Firhi, que governou al-Andaluz antes da chegada de Abd ar-Rahman. Com este,ou talvez um pouco antes, chegaram parentes omíadas, os al-Habibi, descendentes de al-Walid. Aparentemente seriam estes os ancestrais de Zahadon.
Identifico Zahadon [cujo patronímico é ibn Halaf] ao homônimo que aparece com o nome ``al-Umawi'' no DC 229, de 1006/7 (Herculano dá data um pouco posterior,mas essa é a data correspondente à data de Hégira citada; veja-se Lévi-Provençal).
Finalmente, analiso o documento que cita um Idris em Coimbra. Houve vários príncipes da casa marroquina na Andaluzia; chegaram inclusive ao califato.
Claro que a análise mais detalhada é a que me leva a identificar Nazeron ibn Leodesindo ibn Firhi ao primeiro senhor da Maia. Em especial, noto que seu possível bisavô, Fromarico, teria terras ao norte. E, como se sabe,o primeiro senhor da Maia teve um filho Fromarico. E também levanto a hipótese de que o mito absolutamente insustentável da varonia nos reis de Leão, dos senhores da Maia, é uma transposição simbólica da varonia real idríssida.
Com um forte abraço, fa
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RE: A questão da família da Maia
boa noite(aqui no Brasil)
sou novo por aqui e gostaria de uma ajuda.
alguem poderia me enviar o brasao da familia MAIA?
meu e mail:
maia1071@yahoo.com.br
grato
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