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#63799 | ana55 | 29 abr 2004 10:20

olá, eu sou uma nova utilizadora do vosso site, e sempre tive muita curiosidade em saber, qual a origem da minha família, gostava que me informassem, como devo proceder, até breve.

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RE: oliveira

#63807 | rgc | 29 abr 2004 11:41 | Em resposta a: #63799

Cara Ana

Se permite trato-a assim. Há muitíssimos apelidos iguais que não correspondem à/s mesma/s famílias. Foram usados e passaram às gerações seguintes sem laços consanguíneos com os que se encontram registados nos diferentes e diversos armoriais portugueses.
Vou contar-lhe uma história e não "estória",porque se passou comigo.

Um dia fui a uma livraria comprar um jornal e ao ver na prateleira um exemplar do "Armorial Lusitano "onde vêm descritas as armas heráldicas e origens, etc. de muitas famílias portuguesas, porque de muitas outras as fontes de referência desapareceram pelo terramoto de 1755 e por incúria também.
Mas como ia dizendo ao reparar na volumosa obra e deveras útil chamei a atenção do dono para a importância da obra,quando apareceu a senhora do dito que tendo ouvido a conversa me respondeu: é sim, senhor! um bonito livro com desenhos muito engraçados e vem lá a minha família !!!Bem, pensei, se calhar é verdade e perguntei que família era, ao que me respondeu ser de uma família e , calcule, logo das famílias mais notáveis em termos heráldicos e genealógicos. Não me desmanchei, calculei a confusão e perguntei-lhe: como sabe? Ah! é que o meu avô era (omito o apelido, como discrição). E tem documentos que provem que o seu avô é da família que aí vem no Armorial Lusitano ? Tem o mesmo nome. Minha senhora eu também tenho um avô desse apelido e não sou nada à senhora que eu saiba,e nem sou dessa família que diz, tanto mais que esse meu avô é do norte e a senhora do sul ( o que não invalida os parentescos, claro).
Por isso a senhora deve investigar e tirar isso a limpo e não afirmar que o seu avô por ter o mesmo apelido da família do Armorial Lusitano que tem à venda é também sua. É a confusão que muitas pessoas fazem pensarem que por terem apelido homónimo são todos parentes uns dos outros.
Assim para comprovar o que pensa terá de tirar certidões de nascimento, de casamento de seus pais , avós e depois pesquisar nos arquivos distritais para poder afirmar que é de tal família. Sem documentos que o provem, nada feito. Ninguém que perceba destes assuntos acredita na senhora.E já agora, se aparecesse aqui um mendigo ou um esfarrapado qualquer a pedir esmola e que até fosse um descendente da família a que diz ser sua e ao ouvir a conversa lhe dissesse que também era seu primo porque tem o mesmo apelido. A srª aceitava-o como seu primo sem ele provar com qualquer documento ? Calou-se ficou aborrecida comigo, reparei nisso, mas tive de informá-la delicadamente que pessoas de tal apelido há muitos, mas que não são parentes. Por ex:- Oliveiras também eu os tenho na família do Algarve. Mas se não lhe disser quem são os meus e se a Senhora não me disser quem são os seus nunca saberemos se somos ou não parentes. Até poderemos ser e era interessante.
Pode ver a origem dos -Oliveira-família nobre portuguesa no livro referido e na Grande Enc. Port, e Brasileira, etc.e depois com certidões que for tirando dos seus pais, avós, até onde for possível nas conservatórias do Registo Civil a que pertençam , terá de frequentar os Arquivos Distritais, A Torre do Tombo, etc. e pesquisar,ter muita paciência, muito trabalho, arrelias também ,mas sempre compensadas pelo contentamento que temos ao encontrarmos mais um avô, uma avò, outros parentes e avós mais antigos que não sabíamos de onde eram e onde viveram, suas ocupações, importância social, podendo ser um grande fidalgo ou um humilde trabalhador rural, mas é um avô nosso, que nos deu origem, temos sangue dele a circular nas nossas veias e é um elo de ligação do passado ao presente e do presente ao futuro. Grandes ou pequenos fizeram a Pátria Portuguesa .

Aqui todos, sem excepção lhe daremos todas as ajudas possíveis e imaginárias sempre de boa vontade, creia ;e nunca receie fazer perfguntas cuja resposta seja óbvia,ou ter receio de perguntar. Perguntar com delicadeza não ofende ninguém e só não responde quem não souber, nem que seja com uma simples palavra de estímulo. Mãos à obra. Aqui estamos para ajudá-la. Eu comecei assim e foi a ajuda e compreensão e com erros meus que fui aprendendo e descobrindo antepassados e outros parentes encadeados noutras famílias que nem imaginava.

Envio-lhe os meus melhores cumprimentos e desejo-lhe que seja sempre bem sucedida na pesquisa dos seus antepassados e dos parentes que hoje tem em tantos lados e que ainda desconhece.

Rafael Carvalho

Desculpe se vai alguma falha ortográfica,mas foi ao correr da pena.

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