cartas de armas

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cartas de armas

#6394 | Luisa Ortigão | 28 jun 2001 14:20

Ao investigar os meus antepassados descobri que um 6º avô meu viveu num solar brasonado no entanto a família passou por dificuldades financeiras e teve de o vender.

Mais tarde a minha bisavó (descendente do referido meu 6º avô) foi mãe solteira e o meu avô trabalhou sempre no campo. A referida casa foi mandada construir por um tio do meu 6º avô, padre (por isso as armas tem o chapeu de abade) que era o dono do brasão.

Gostava de saber se posso pedir ao Anuario da Nobreza para usar este brasão e se tem de ser forçosamente com o dito chapéu.

Obrigada.

Luisa Ortigão

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RE: cartas de armas

#6398 | JCC | 28 jun 2001 16:06 | Em resposta a: #6394

Luisa

Em principio as armas transmitem-se de pais para filhos e, por isso, a menos que seja descendente do tal tio abade, não poderá suceder-lhe nessas armas.

O que, todavia, pode suceder é que essas armas não tenham sido dadas a esse tio mas a um dos seus antepassados. Se assim for voce já estaria na linha de sucessão e haveria que averiguar se tem ou não direito a usar armas.

Quanto ao tipo de armas seguramente que seriam sem o chapéu de clérigo já que este está reservado aos clérigos. Por outro lado, uma vez que se trata de uma senhora, também não seria um escudo mas sim uma lisonja (losango), e não teria elmo mas antes um "laço de amor".

Cumprimentos

João Cordovil Cardoso

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RE: cartas de armas

#6401 | Luisa Ortigão | 28 jun 2001 17:26 | Em resposta a: #6398

João

Fico-lhe muito grata pela explicação. Mas já agora gostava de aproveitar para lhe pedir que me esclarecesse o seguinte, partindo do principio que o meu 6º tio tenha herdado as armas dos seus/meus antepassados, que mais tenho de averiguar para saber se tenho direito a elas?

Na mminha família nunca ouvimos falar nessas armas fui eu que as descobri através da genealogia e só pelo fórum fiquei a saber que se podiam pedir reconhecimentos desta natureza.

Obrigada

Luisa Ortigão

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RE: cartas de armas

#6407 | Ortigão | 28 jun 2001 20:53 | Em resposta a: #6401

Cara prima

Supostamente terá que organizar um processo em que prova através de certidões de nascimento e casamento que descende das familias representadas no brasão de armas, ou que descende do senhor a quem foi atribuido o uso do dito brasão de armas. Depois envia-o para o conselho da nobreza, e eles registam um brasão para seu uso, com as devidas diferenças. Claro que há nuances neste tipo de processos, mas estes são os traçoes gerais.

Espero bem que esse brasão de armas não seja da familia Ramalho Ortigão, ou eu não iria aguentar o atestado de incompetência:)

melhores cumprimentos
Rodrigo Ortigão de Oliveira

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RE: cartas de armas

#6412 | Luisa Ortigão | 28 jun 2001 21:56 | Em resposta a: #6407

Caro Ortigão

Em primeiro lugar eu penso que não devemos ser primos (apesar de me agradar a ideia de ser da familia do seu avô escritor) pois o meu ramo Ortigão, de gente muito trabalhadora mas humilde, teve origem numa alcunha de um antepassado meu algures no alentejo, pelo menos é essa a versão que corre, e as senhoras muitas vezes (e até uma tia-avó minha) usavam Ortiga.

Por aquilo que eu percebi das vossas intervenções noutros tópicos um nobre tem que ser filho de outro nobre não é assim? Como os meus antepassados mais próximos não tinham esse estatuto social, e mesmo eu, apesar de ter formação superior, não me vou iludir com a descoberta, poderei pedir a carta para que os meus filhos e os seus descendentes possam um dia conhecer melhor a família remota e saber que houve no passado gente importante de quem descendem?

Desculpem a minha falta de conhecimentos nesta matéria. Gostava também de saber quanto é que se paga para se fazer o dito pedido ao Conselho de Nobreza, e onde fica essa entidade?

Muito obrigada

Luisa Ortigão

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RE: cartas de armas

#6413 | Ortigão | 28 jun 2001 22:12 | Em resposta a: #6412

Cara Luísa

Em relação ao tópico e ás questões por sí levantadas, creio que o importante a reter aqui é que registar uma carta de armas é um processo genealógico que permitindo-lhe fazer algum raport á nobreza, não lhe concederá necessáriamente esse estatuto.
Isto na minha opinião, da qual haverá gente a discordar, pois como já deve ter reparado pelas minhas participações não acredito em nobreza feita depois de 1910.
Resumindo carta de brasão de armas tudo bem, Anuário da Nobreza de Portugal é que talvez já seja um bocadinho demais.
Mas como lhe disse em mensagem anterior, tudo isto depende de multiplos factores, há quase tantas nuances como casos. Se fornecer mais dados ao forum, estou certo que alguem a poderá ajudar mais.

Posto isso, acho que é importante que se registem brasões de armas, pois são na minha opinião o logotipo familiar por excelência.

Não tenho bem a certeza de quanto custará, mas creio que ficará por volta dos 30 mil escudos. Quanto ao Conselho da Nobreza, nem sei se tem sede própria, mas haverá decerto aqui no forum quem a possa ajudar melhor nesse aspecto.

Quanto ao resto, gostaria muito que me falasse um bocadinho mais dos seus ortigões. É que os meus que estudei recentemente, têm origem no Alto Alentejo, provávelmente na freguesia de Ortiga, arredores de Portalegre, e o apelido que passaram a usar era também uma alcunha. Fiz recentemente uma pesquisa por numeros de telefone, e estava convencido que tinha mais ou menos todos os "ortigão" (da minha familia ou não) cobertos, mas em genealogia realmente nunca podemos ser muito ambiciosos, pois acasos fantásticos como este estão-nos sempre a acontecer.

Desde já muito obrigado!

Rodrigo Ortigão de Oliveira
* ortigao@netcabo.pt

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RE: cartas de armas

#6421 | magalp | 28 jun 2001 23:59 | Em resposta a: #6398

Caro João Cordovil Cardoso

A propósito das armas femininas, em lisonja. Gostei de o "ouvir" para que assim fiquem esclarecidas muitas damas mal informadas, que ostentam armas masculinas, em escudo, de fantasia ou não, mas com elmo,paquife e virol, tudo aquilo a que não tem direito. E o que é pior, encomendados no ourives da esquina, para uso e abuso das ditas damas. Algumas até que teriam a obrigação de conhecer os usos...
Mas, penso que senhoras, filhas de titulares (não estou certo que exclusivamente com grandeza) podem encimar a respectiva lisonja com o respectivo coronel de grandeza que competia ao sue pai, em lugar do dito "laço de amor". O "Armeiro Mor", entre outros, reproduz brasões nessas condições.
Cumprimentos
M.Magalhães

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RE: cartas de armas

#6422 | JCC | 29 jun 2001 00:08 | Em resposta a: #6421

Caro M Magalhães

Infelizmente é verdade e, em casa de ferreiro... Uma das minhas primas, e a sua mãe, usam as armas do meu avô (assumidas ao que até agora pude confirmar), com escudo, elmo e só não tem paquife porque as usam no anel e não deveria caber...

Quanto ao coronel, embora também não esteja segurom creio que tem razão.

Cumprimentos

João Cordovil Cardoso

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RE: cartas de armas

#6448 | fdmcv | 29 jun 2001 16:37 | Em resposta a: #6398

Caro João C. Cardoso,

Desculpe minha ignorância quanto aos costumes da heráldica, mas o que seria exatamente e onde posso encontrar exemplos de "laços de amor" ? Quanto ao timbre, pergunto se o costume é o de as mulheres também o usarem.

Se não me falha a memória, minhas primas em Portugal optaram por um sistema misto, com a lisonja e o elmo ... Creio que as tradições estão aí para serem mesmo alteradas com o tempo, não ?

Saudações,

Fernando de M. C. Vieira
Rio de Janeiro

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RE: cartas de armas

#6507 | FCS/FATCS | 01 jul 2001 14:07 | Em resposta a: #6421

Caros Senhores

Passo por cima do "encomendado no ourives da
esquina" - (será que se for encomendado no ourives do meio da "street" já não existe problema ?), por considerar de mau gosto a sua referência.

Quanto ao assunto de base, considero que o que não evolui... morre (o que, para quem me conhece, sabe que não significa transigir com toda a evolução, mas estar atento para adequando o acessório, salvar o essencial).

Assim:
- até alguns anos, à Senhora, quando
aplicável, apenas se chamava "Embaixatriz".
Hoje, chama-se também, quando aplicável
"Embaixador", e também, quando aplicável,
Gestor, Piloto, Comandante, Alferes,
Capitão, Coronel e General.
Isto é, existe uma diferença quando a
Senhora disfruta de uma situação em razão
da função do marido, -(como foi o caso
maioritário até décadas atrás)-; ou
de função própria (ou de seus ascendentes).

- Mas o que refiro, nem sequer é novo, se
aplicado à heráldica!
Alguém me pode dar a conhecer as lisonjas"
usadas pelas Raínhas DªMaria I e
DªMaria II?

(Já agora um exemplo: ao visitar meses
atrás o Convento de Mafra, o grupo
visitante foi informado deligentemente
pela guia de que o torreão norte(ou sul?)
fora os aposentos da Raínha, e chegados
ao torreão oposto, fomos informados que
aquele fora os aposentos do REI, com
excepção das Raínhas Dª Maria I e Dª
Maria II. De imediato referi à guia, em
particular, que as referidas Senhoras
foram REIS, e não Raínhas-consortes.)

Certamente que muitas das Senhoras (e Senhores) usarão símbolos heráldicos incorrectos, sem se observarem as razões do aludido acima!

Mas o que pretendo com esta minha intervenção, não é abrir polémica pessoal, mas apenas referir que o futuro da heráldica e da genealogia não se circunscreve a observar cegamente as regras do passado, mas com o maior respeito pelo mesmo Passado prepará-lo para os desafios do futuro -(que não poupa instituições, países, comunidades, famílias e indivíduos)-, não deixando incólumes mesmo aqueles que se admitiam sê-lo ou que mais resistência teriam.

E a finalizar direi:
não vislumbro tarefa fácil !


Fernando Correia da Silva

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RE: cartas de armas

#6513 | magalp | 01 jul 2001 22:48 | Em resposta a: #6507

pelo estilo constacto uma especial aptência para a pedagogia.
Mas se calhar, no ramo errado...
Por mim esteja descansadinho, pois só entro em polémica quando os interlocutores me interessam e possa ganhar algum conecimento.
Não me parece o caso. Creio mesmo que seria tarefa muito difícil...

M.Magalhães

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RE: cartas de armas

#6552 | Eduardo Albuquerque | 02 jul 2001 21:35 | Em resposta a: #6513

Caros Senhores,

Gratificante nestas páginas, é, sem dúvida, o confronto de “seres” “estares” e “saberes”, que se vão manifestando e revelando e que nos permitem uma contínua aprendizagem decorrente da dialéctica emergente e que, também, por vezes, nos “convolam” para outras paragens quiçá bens distantes do nosso “ser”, quando, ainda, “menino e moço” e « naquele engano de alma, ledo e cego que a Fortuna não deixa durar muito », ouviamos o paciente “ Cenourinha ”, ( alcunha com que carinhosamente a rapaziada do saudoso Colégio dos Carvalhos tratava o Reverendo Padre Correia, alcunha essa denunciante da sua particular cor de cabelos e estatura ), nas sua prelecções latinas.

Não pretendendo subscrever qualquer tese “behavorista”, de acção reacção...muito em voga no pensamento sociológico americano, veio-nos à memória, uma fábula muito velha, já lá vão mais de dois mil anos, de Esopo, dada a público por Fedro, Julius Phaedrus, e que em memória ao nosso querido Mestre, transcrevemos “de verbo ad verbo”.

« Fame coacta Vulpes alta in vinea
Uvam appetebat, summis saliens viribus;
Quam tangere ut non potuit, discedens ait:

" Nondum matura est ; nolo acerbam sumere “.

Qui, facere quae non possunt, verbis elevant,
Adscribere hoc debebunt exemplum sibi. » (a)

Perdoem-me, os Senhores, os devaneios, coisas da idade...

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque



(a) Tradução livre:

Impelida pela fome, uma raposa cobiçava um cacho de uvas posicionado numa videira alta, dando para o efeito pulos vigorosos;

Como não pudesse alcançá-las, afastando-se pronunciou:

“ Ainda não está maduro; não o quero tomar verde”

Quem, o não pode fazer, ergue palavras, para imputar isso a decisão sua.

Em suma, e à portuguesa:

Quem desdenha, quer comprar.

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RE: cartas de armas

#6557 | magalp | 03 jul 2001 00:19 | Em resposta a: #6552

Carissimo Eduardo Albuquerque

É sempre com o maior prazer que leio as suas muito esclarecedoras intervenções.
Também me lembro, e com que saudade Deus meu, do meu velho e ilustre pedagogo, "Sócrates", de sua alcunha, com quem muito aprendi em História, Literatura, Filosofia e, não tanto quanto devia, Latim. Amiúde me pergunto como reagiria o meu sábio Mestre diante dum qualquer desafio, em resposta a uma qualquer questão. Talvez a ele lembrasse a fábula da raposa e das uvas. Mas, de algum modo infelizmente, tenho muitos "genes" (como agora é moda dizer-se) Álvares Ribeiro, portanto, e para além da altura, apetite e farto ventre, tenho também mau génio. Sou tão intempestivo quanto a minha Tia Máxima, reliosa dorotéia, que mandava as suas alunas fazer lavores,ou simplesmente coser meias, por não entenderem qualquer simples passo numa tradução latina ou grega...
Daí aquela minha intempestiva resposta - nem sei a quem - que lamento, pois e entre outras coisas, não se compatibiliza com os seus distintos e bem elaborados textos.
Os melhores cumprimentos.
Manuel Maria Magalhães

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RE: cartas de armas

#6570 | Luisa Ortigão | 03 jul 2001 12:27 | Em resposta a: #6394

Caros Participantes

Agradeço a todos os contributos que deram para me elucidar nas questões que levantei.

Desculpem a franqueza mas não entendo porque é que a certa altura entraram participantes neste tópico com o intuito de discutir antecedentes escolares e alimentar outras discussões que espero não tenham sido provocadas pelas minhas dúvidas.

Pela minha parte considero-me esclarecida, ainda que desapontada com certas atitudes e dou por terminada a minha participação neste tópico.

Parabéns aos responsáveis deste site e os meus sinceros agradecimentos.

Luisa Ortigão

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RE: cartas de armas

#6588 | Eduardo Albuquerque | 03 jul 2001 21:45 | Em resposta a: #6557

Caríssimo Manuel Maria Magalhães,

Registo, manifestamente sensibilizado e penhorado, a sua gentil e muito esclarecedora mensagem.

Neste contexto, não possa deixar de subscrever uma velhíssima máxima, "Errare humanum est", o que à luz do actual pensamento metodológico, não é motivo para grande desassossego.

Na verdade, hoje, é unanimemente assumido que a ciência avança mais pelos erros que pelos acertos...numa construção, reconstrução, "ad aeternum"...

E o estado do paraíso, da perfeição plena, não o temos nós neste mundo...

Contentemo-nos com uma intenção a... e já não será mau...

Fundamental, em todo o nosso pensamento é remar contra toda uma nova "maré", daquilo que se costuma designar por sociedade do vazio determinada pela ausência de « alma », característica da sociedade super-racionalizada, dominada pela ciência, e pela racionalidade que lhe é própria, pelo excessivo acentuar de intenções pragmáticas, utilitaristas, desligada de qualquer apelo a valores e princípios, ou dito de outro moda, essas próprias intenções convertidas elas mesmas em " valores ", e consequentemente negando toda a racionalidade axiológica e fundamentante, a qual acabaria por desaparecer conjuntamente com a morte de Deus e dos valores culturais.

É contra toda esta forma de pensar redutora do pensamento, com a hipertrofia do sujeito, e consequente esquecimento da integração comunitária, com o exacerbar de egoísmos e individualismos, com a afirmação do « homem inteligente » em oposição do « homem espiritual », pelo domínio da racionalidade finalística face à racionalidade espiritual, que é necessário caminhar.

É, em suma, pela afirmação do homem e da sua dignidade, enquanto tal, emergente do respeito, do reconhecimento e da reciprocidade, e dos inerentes corolários de co-responsabilidade e solidariedade que deve ser reconstruído, reabilitado o “edifício” social.

Ora isto, em meu modesto entender, não é incompatível com a recuperação de uma certa tradição de caris monárquico, enquanto salvaguarda de outros valores que em consonância com os supra declarados, contribuam para o bem estar de todos os cidadãos.

São bem conhecidas as antinomias, colisões ou conflitos de direitos, das incompatibilidades de concurso de dois ou mais direitos num mesmo caso, e da necessária compressão de uns em benefício dos outros, pelo princípio da concordância prática.

Assim, por exemplo refere-se a liberdade de expressão ou de imprensa, quando em oposição à intimidade da vida privada, ao direito ao bom nome e à reputação, à segurança do Estado, à moral pública...

Nestes termos a hereditariedade no exercício de funções, a nível da representação e chefia do Estado, se teórica e aparentemente possa entrar em colisão com o princípio da igualdade e seus desenvolvimentos..., no que toca ao acesso a cargos públicos, os valores que pode consubstanciar, de estabilidade, credibilidade, representatividade histórica..., porque e quando consolidadora, ou estabilizadora, sublinhe-se, daqueles supra ditos valores, tornam-na aceitável e desejada e nada obsta à auto-compressão dos direitos de todos os cidadãos, quando por eles for democraticamente aceite, no que concerne ao caso em questão.

O direito dos cidadãos não desaparece, porque a soberania em última instância continua a residir neles, apenas sofre uma voluntária e deliberada auto-compressão, que a todo o tempo, por renúncia, abandono,...do titular do cargo, ou por declarada vontade geral, volta à sua plenitude, configurando-se, assim, como um direito elástico.

No fundo são valores aparentemente contraditórios que se harmonizam para o bem comum, e será sempre este a ditar o caminho a seguir.

De novo voltei a convolar, perdoe-me o desatino, coisas da idade...

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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