RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
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Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caros Genealogistas,
Já repararam que muitos dos grandes nomes da história de Portugal tinham ascendência próxima britânica?
Deixo aqui alguns exemplos:
- Infante D.Henrique (filho de Filipa de Lancaster)
- D.João II (duplamente bisneto da mesma Filipa de Lancaster)
- Vasco da Gama (bisneto materno de um Sudley/Sodré)
- Afonso de Albuquerque (trisneto de D.Fernando Afonso de Albuquerque e da inglesa Laura)
- Salvador Corrêa de Sá (neto materno de uma inglesa)
- Henrique de Paiva Couceiro (filho de uma Armstrong-Mitchell)
Coincidência engraçado, não é?
Nuno Maria Côrte-Real
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RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
Mein Geehrter Herr,
Wenn wir die Remoteursprung des portugiesischen fidalguia (das reale) studieren, wir unvermeidlich Skandinavierblut finden.
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Nuno Maria Côrte-Real,
Acrescento à sua interessante lista el-Rei D.Afonso III, neto materno de Leonor, princesa de Inglaterra.
Cumprimentos,
Alexandre Callado
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RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
Caro Gonçalo M. Ramires,
Se fôr o velho personagem de Eça de Queiroz, compreende-se a sua ciumeira pró-germânica... Se bem me lembro, os Mendes Ramires descendiam "por varonia límpida e sempre pura" de barões godos da Reconquista!
Auf Wiedersen
NCR
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RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
Hallo Nuno Maria,
Es ist nicht ein Fall von der Eifersucht. Wenn Sie einen nahen Blick nehmen, sehen Sie, daß die englische Aristokratie auch Nachkomme vom deutschen Saxons oder von den Franzosen - skandinavische Normannen ist.
Ich bin sicher, daß Sie auch von der reinen Goth Extraktion sind. Sind Sie nicht ein zutreffender Adliger, von den alten und weithin bekannten Familien, die älter als das fundação sind?
Für mich ist das zutreffende fidalguia das, das seine Ursprung zu Ramiro, zu Amalrico, zu Ordonho Wamba, zu Witiza, zu etc. verfolgen kann... Alles, das nachher kam, ist das eine Fälschung gerecht.
Sie können dieses auf die Literatur, spanisch und portugiesisch sehen: Benito, Inclan, Camilo, Eça, alle diese Verfasser feierte den gotischen Ursprung der zutreffenden iberischen Aristokratie. Sie können "Livro Velho" auch überprüfen, Livro do Deão, Conde D. Pedro, Gayo....
Mit besten Grüßen,
R.
Wenn Sie nicht Deutsches verstehen, informieren Sie mich bitte.
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RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
Ich verstehe nicht.
Englisch, Spanisch oder Französisch, bitte.
Mit Freundlichen Grüssen,
Vasco Maria Cyrne (von Sommer)
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RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
Hallo Vasco,
Nie Verstand. Ich spreche auf portugiesisch, obgleich ich denke, daß Goethe Idiom schön ist, obgleich nicht so schön wie die Wörter von Camoes.
O que quero aqui significar é que a verdadeira fidalguia é aquela que descende comprovadamente dos senhores Godos. Tudo o veio depois, tem menor valor e nunca pode ser confundido com a verdadeira nobreza, como é frequente em Portugal (veja-se p.exe. o dito “Anuário da Nobreza”).
Aceite as minhas saudações,
Gonçalo
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RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
Caro Gonçalo,
Infelizmente é impossivel comprovar descendencia dos Reis Godos até hoje. O meu nome é Sousa Cyrne, exactamente para lembrar e honrar esta minha ligação com os potencialissimos Godos, há pelo menos 400 anos, e destes subir alegre, honrada e orgulhosamente até Ufu-Ufus, Belfaguer, Witiza, etc... mas pelo menos a minha costela Alemã, von Sommer(Barão), acho que me garante alguma nobreza antiga... :) (não sei porque nunca investiguei a sério esta costela).
De qualquer maneira sou um Cyrne e para mim estes é que são os bons e a minha familia, e portanto é destes que trato e são estes que me tratam.
Cumprimentos,
Vasco
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RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
Caro Gonçalo,
Parabéns pelo sentido de humor! A sua ideia de escrever em alemão para homenagear as origens teutónicas da única "nobreza verdadeira" (a opinião é sua, de resto na esteira de Arthur de Gobineau) teve uma certa graça.
Como não sei alemão, tenho que pedir a uma amiga que me faça as traduções, mas como ela é giríssima até agradeço o pretexto para a pedinchice!
Quando abri o tópico, a minha ideia era fazer notar o facto curioso de vários dos nossos grandes heróis terem ascendência inglesa muito próxima (mães, avós, bisavós...). Remotamente, todos temos costela germânica, claro. Mas também berbere, árabe, judaica e sabe-se lá o que mais...
Falando mais a sério: para mim, a nobreza autêntica portuguesa é toda aquela (e apenas essa) cujo estatuto hereditário foi oficial e legalmente concedido ou reconhecido pela Corôa durante a vigência da Monarquia. Independentemente das remotas ascendências bárbaras, ibéricas, magrebinas, hebraicas ou até esquimós das famílias abrangidas.
Imagino que o carácter decisivo que atribuo ao aspecto juridico e legal não agrade a toda a gente. Mas, se calhar, este meu legalismo resulta de alguma costela Romana!
Avé
Nuno Maria Côrte-Real
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RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
Avé Vasco!
Proponho que a partir de agora as mensagens sejam todas escritas em Latim.
Nuno
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RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
Avé, Nuno
Até porque;
Multi Sunt Vocati, Pauci Vero Electi.
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RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
Caro Gonçalo,
Já agora que fala nisso, lembrei-me que de onde eu acho que vieram as maiores e mais antigas fornadas de elites governativas (nobreza) e que degeneraram muitas casas reais europeias vieram da Dinamarca.
Cumprimentos,
Vasco
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Nuno Maria,
habituei-me a apreciar o seu sentido critico, mas desta vez, com franquesa, acho que se precipitou! ;-)
Não se pode argumentar que "muitos dos grandes nomes da história de Portugal tinham ascendência próxima britânica" recolhendo apenas 6 nomes, 2 dos quais eram reis, e outros 2 são relativamente secundários. Apenas Vasco da Gama e Afonso de Albuquerque seriam bons exemplos do que acredita ser verdade! E mesmo assim, no caso de Vasco da Gama, haverá alguma diferença entre ter um avô materno inglês e ter um avô materno com sobrenome de origem inglesa.
Um abraço,
Coelho
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caros Participantes:
O que parece indiscutível é que na maioria das Casas Reais e Principescas da Europa o sangue germânico abunda, veja-se o citado caso da Família Real Dinamarquesa - Oldenburgo Schlesvig-Holstein - de origem germânica (Oldenburgo seria uma província/ducado) e a quantidade de Casas Reinantes cuja varonia se vai achar invariavelmente aos antigos Principados Alemães.
Aliás, a Família Real Inglesa é disso exemplo "paradigmático", passe a expressão, quer se considere a actual dinastia como Hanover ou Saxe-Coburgo, sendo certo que o futuro Rei de Inglaterra também vai pertencer à Casa de Oldenburgo, Ramo Grécia.
Inversamente ao conteúdo da mensagem inicial, é sabido que o sangue do nosso Condestável D. Nuno Álvares Pereira se encontra hoje espalhado por quase todas as Casas Reais Europeias e que são muitas as bolas amarelas ou azuis associadas nesta BD a figuras internacionais, desde Monarcas a Actores de Cinema.
João Pombo
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Coelho,
Desculpe, mas não está a ser rigoroso. Dos seis nomes que mencionei, apenas um era rei e não dois. Quanto a Vasco da Gama, o que afirmei foi que era bisneto de inglês (está documentalmente provado que era neto materno de João Sodré e os indícios - heráldicos, epigráficos, etc - quando à recente origem britânica dos Sodrés são incontornáveis).
Declara ainda que são apenas seis nomes, dois dos quais secundários. Apenas seis nomes, mas que nomes, meu caro Coelho! O Infante D. Henrique, D.João II, Vasco da Gama e Afonso de Albuquerque. Talvez os quatro nomes mais gloriosos da fase inicial da Expansão Portuguesa!
Quanto aos nomes secundários: Paiva Couceiro, de acordo. Mas Salvador Correa de Sá foi uma figura menor? Foi apenas o grande obreiro da hegemonia portuguesa no Atlântico Sul, a partir do século XVII.
Repare ainda que não pretendo, nem consigo, extrair nenhuma conclusão especial destes factos. Apenas assinalei esta coincidência, que me pareceu curiosa.
Um abraço,
Nuno Côrte-Real
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro João Pombo,
Não percebo porque razão o facto de muitas Casas Reais europeias descenderem (através dos Bragança) de Nuno Alvares Pereira há de inverter o conteúdo da mensagem inicial. Isso impede que os seis personagens referidos fossem filhos ou netos de ingleses?
Um abraço
Nuno Côrte-Real
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro João Pombo,
Já agora e a propósito de Nuno Alvares Pereira, deixe-me lembrar-lhe que a sua mãe era de origem próxima castelhana (Carvajal).
Acha que estes factos diminuem a Historia de Portugal? Nem por sombras! O "portugues puro" é uma ficção, sobretudo nas elites. Há muita mistura, tal como sucede com os outros povos. Filipe II e o Duque de Alba estavam carregadinhos de sangue portugues. Napoleão e a Madame Curie, duas glórias da França, eram de origem corsa e polaca. E assim por diante!
Um abraço,
Nuno Côrte-Real
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Nuno Maria,
tem razão! Só um é rei. Eu queria dizer elementos da familia real (neste caso, um é rei e outro é filho e irmão de reis). As familias reais, devido à politica de casamentos, têm numerosas ligações internacionais. Se encontrou duas figuras importantes com costela inglesa, também tem Dom Afonso Henriques (pai francês), muitos reis com mãe espanhola, etc. E também não falta quem argumente que, por trás de muitos dos nossos grandes, está uma costela judia.
Quanto a Vasco da Gama, continuo sem saber se o tal bisavô (realmente diz bisneto!) era inglês ou era português com sobrenome de origem inglesa!
> Declara ainda que são apenas seis nomes, dois dos quais secundários. Apenas
> seis nomes, mas que nomes, meu caro Coelho!
Eu só queria dizer que a sua amostra de 6 nomes não é suficientemente representativa para poder afirmar que "muitos dos grandes nomes da história de Portugal tinham ascendência próxima britânica". E não é mesmo! Se tivesse dito "alguns", já eu não teria nada a opôr. Mas foi só um reparo, para evitar generalizações abusivas ...
Um grande abraço,
Coelho
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Coelho,
Aceito desportivamente o reparo. Digo agora, "alguns dos maiores nomes da nossa História". Thank You very much!
Um abraço
NCR
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro João Pombo,
parece-me que a preponderância das varonias germanicas nas casas reais europeias não é assim tão antiga. Remontará ao sec. XIX? Suponho que se relacionará com o peso que os principados alemães foram ganhando e que viria a culminar com a formação de uma grande potencia com pretensões a dominar toda a Europa.
É evidente que foram sobretudo as tribos germanicas que fizeram cair o imperio romano, pelo que, de uma forma ou de outra, muitas das monarquias europeias têm uma origem germânica, mas isso é mais remoto. As varonias germâncias nas familias reais europeias actuais são muitissimo posteriores à queda do império romano.
Cumprimentos,
Coelho
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caros Confrades,
Proponho-lhes a leitura de "A Nobreza do século XIX em Portugal" de Francisco de Vasconcelos, um livro editado em 2003, em que, além de se referir, como é evidente à nobreza do século XIX, desmistifica a ideia de que seria entre a nobreza minhota que se encontrariam o maior número de famílias decendentes dos godos, o que não é verdade. Grande parte da fidalguia minhota não seria de modo algum tão antiga, remontando a 1400, 1200, mais atrás em certos casos, o que anda longe dos godos. Há, é verdade, famílias minhotas com ascendência goda, mas esta é mais facilmente comprovada na nobreza de corte com origem real.
E fidalguia em Portugal é mais do que descender dos godos; a situação portuguesa e espanhola faz muitas famílias descenderem de vizires, imperadores turcos, santos, e não vejo em que possa isso ser menos nobre.
Além de que os próprios godos teriam de justificar a sua nobreza, o que nem sempre acontece.
Cumprimentos
José Berquó de Seabra
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Nuno Maria:
Talvez me tenha exprimido mal.
Quis dizer tão somente que de certa forma a inversa também é verdadeira: Há certamente grandes nomes da História britânica com sangue português nas veias e não só... basta ver os costados de George Bush e do seu opositor Kery e os costados das grandes Casas Nobres Inglesas.
Aproveito para fazer um reparo: Evidentemente que o sangue do Santo Condestável não entrou directamente nas Casas Reais europeias, mas sim através do Duque de Bragança.
O respeito e fascínio que tenho pela vida de D. Nun'Álvares levou-me, involuntariamente, a omitir a figura do Duque de Bragança.
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro José Berquó de Seabra,
Concordo consigo. O livro do Francisco de Vasconcelos é magnífico! Clarifica uma data de conceitos e realidades fundamentais no que toca à evolução da nobreza portuguesa, sobretudo durante a transição do Antigo Regime para o Liberalismo.
Um abraço
Nuno Côrte-Real
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Coelho:
A preponderância das varonias germânicas nas Casas Reais europeias não é de facto muito antiga mas, pelo menos nos casos Ingleses (Hanover) e Russos (Holstein-Gottorp) é certamente anterior ao séc. XIX.
O caso dinamarquês é diferente e mais complexo.
Aliás, lembro-me agora de um comentário curioso que li numa revista cor de rosa (estava no barbeiro a cortar o cabelo...) a propósito do casamento da Princesa Carolina do Mónaco com Ernesto de Hanover.
Dizia-se aí que este casamento era talvez a única forma de voltar a colocar a Dinastia Grimaldi no "bom caminho", fazendo a aliança com um representante (julgo que chefe) de uma dinastia com prestígio, cujos Príncipes também têm (ou tinham) o título de Príncipes da Grâ-Bretanha.
Não deixa de ser curioso, sobretudo comparando com o efémero Reino de Hanover, já que a dinastia Grimaldi "reina" no Mónaco há mais de sete séculos e é mesmo considerada das mais antigas da Europa.
Mas toda esta questão é de facto muito interessante, sendo certo que nem sempre foi o peso dos prinicpados alemães que esteve por detrás de muitas decisões históricas.
Falo agora da Casa de Saxe-Coburgo-Gotha, que só teve preponderância quando alguns membros foram convidados a reinar noutros Países (Bélgica e Bulgária).
Cumprimentos,
João Pombo
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Nuno Maria:
Acho que os factos que aponta só engrandecem a História de Portugal.
O problema é que os portugueses nunca souberam lidar muito bem com os mesmos.
Aliás, os exemplos que cita - Napoleão e Marie Curie - são bons exemplos da tradição francesa de acolher pessoas de todos os povos e raças e muitos mais há.
Algo que os espanhóis também sabem fazer bem melhor do que nós.
Um abraço,
João Pombo
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro João Pombo,
Queira desculpar-me, mas não estou bem de acordo com o que refere em relação à capacidade portuguesa de bem acolher "pessoas de todos os povos e raças", se é que o entendi bem.
Saltam-me à ideia, desde logo, os cruzados que ajudaram na conquista de Lisboa e que por cá ficaram, os flamengos dos Açores, os variados navegadores italianos que por cá se instalaram no séc. XV, os comerciantes britânicos e do norte da Europa que se instalaram no Porto nos séc. XVIII e XIX, os galegos de Lisboa, e mais exemplos colectivos, digamos assim, se poderia arranjar. A nível de individualidades, e sem me cingir aos britânicos que dão título ao tópico, poderia citar Luís António Verney, Carolina Michaelis de Vasconcelos, Guilhermina Suggia, Guilherme Stephens, Roberto Ivens, Hintze Ribeiro, Alexandre O'Neil, Ana Hatherley, Manuel de Arriaga, António Champalimaud, Manuel Boullosa e - se me é permitido mencionar um parente - Pedro Burmester, todos de origem estrangeira. Poderia aliás citar-lhe aqui sem grande esforço uma dúzia de famílias portuenses de origem estrangeira relativamente recente. E há ainda aqueles que, sem adquirirem a nacionalidade portuguesa, cá foram acolhidos e nos deram o seu valioso contributo, como o Barão de Forrester, Nicolau Nasoni e Calouste Gulbenkian.
Nada mau, concordará?
Um abraço
Alexandre Burmester
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Alexandre Burmester,
Concordo absolutamente consigo. Apenas acrescentava à lista Deco e Luiz Filipe Scolari!
Um abraço
Nuno Maria Côrte-Real
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Zé,
Concordo contigo: "prosápia à parte"....! lol lol
Uma coisa importante: não te esqueças da ascendência Celta.
Um abraço
Artur
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Artur,
Os celtas. Penso que são o grande contributo para a veia poética e musical do povo português. É um povo quase mágico.
Obrigado por teres falado neles, Artur, tão esquecidos.
Um abraço
Zé
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Aliança com a Inglaterra
Caro Nuno Maria Corte-Real
Permita-me dizer que a aliança com os ingleses (britânicos) foi muito importante em um momento de nossa história. Também ficaria situado em um partido "anglófilo" no nosso conjunto de alianças internacionais. Eu tenho um antepassado inglês e um alemão no século XIX. Diria da aliança com os ingleses do final do século XVII até o início do XX, que tiramos mais deles do que eles nos tiraram ! (foi isso que Churchill teria dito da influência do álcool na sua vida !)
Os espanhóis (castelhanos) sempre foram inimigos da raça e tradição, os franceses sempre que puderam nos prejudicaram, desde pequenos assaltos como no Brasil (sempre foram derrotados), até a grande destruição das Guerras Napoleônicas. Os alemães nunca tiveram capacidade de manter um Império Ultramarino. Os ingleses representam um povinho de comerciantes, como eles mesmos falam, de shop keepers. Tiveram uma ascensão lenta e vagarosa e depois uma queda rápida e veloz. Os holandeses eram muito mais importantes no século XVII e nos engolfamos com eles na primeira guerra mundial verdadeira. Como Boxer falou : perdemos na Ásia, empatamos na África e vencemos na América (no Brasil) ! Os ingleses acabaram nos ajudando ao também declarar guerra contra a Holanda. Antes as nossas forças expulsaram os ingleses das bocas no Amazonas e tomamos a maior floresta equatorial do planeta. Os piratas ingleses nos incomodaram pouco. Passamos para os ingleses uma princesa (D. Catarina) e uma bomba para os ingênuos : Tanger (na qual os ingleses se deram mal e logo a abandonariam depois que o governador deles foi morto em uma emboscada) e Bombaim, que garantiu a tênue presença portuguesa na Índia (uma inutilidade, o Brasil é que foi a única terra de colonização portuguesa verdadeira) até depois da saída britânica de lá com a independência indiana. O Tratado de Methuen foi um tratado entre uma sociedade do Antigo Regime com uma sociedade que avançava para a modernização e para a revolução industrial. Com esse tratado nem a Espanha e nem a França jamais tiraram qualquer pedaço do Império do Português, nós é que avançamos nas terras espanholas na América. Traficamos escravos africanos em aberto desafio aos barcos britânicos até 1850. Portugal manteve Angola e Moçambique enquanto que o poderoso Império Alemão perdeu todas as suas colônias na Primeira Guerra Mundial. As divergências foram poucas (como no Ultimato Africano). Depois da Segunda Guerra Mundial a decadência britânica nos assuntos internacionais foi assustadora. O triste epílogo é a situação no Iraque.
Cumprimentos
Ricardo Costa de Oliveira
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RE: Aliança com a Inglaterra
Caro Ricardo Oliveira,
Fez uma síntese estupenda e muito lúcida sobre a importância da aliança inglesa para a salvaguarda da independência e dos interesses de Portugal (e concomitantemente do Brasil) durante largos séculos.
De facto, apenas a aliança com a potência atlântica dominante nos permitiu evitar a absorção pelas potencias continentais na Europa (sobretudo a Espanha e a França) e a eliminação total na disputa pelos espaços e mercados coloniais.
Com a decadência britânica (fundamentalmente após 1945), fomo-nos aproximando dos Estados Unidos, a nova potência atlântica dominante. Com isso ganhamos algum espaço de manobra na própria União Europeia.
A velha parceria anglo-portuguesa saldou-se em alguns casamentos dinásticos (D.João I/Filipa de Lancaster; Carlos II/Catarina de Bragança) e sobretudo na forte influência britânica sobre a elite aristocrática portuguesa. Antes da cisão com Roma e a religião Católica, essa influência traduziu-se em casamentos e ligações de sangue, como as que se observam nos casos mencionados na abertura do tópico.
Cumprimentos
Nuno Maria Côrte-Real
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Os Léchaud !!
Vasco Maria Léchaud de Sousa Cyrne
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Alexandre Burmester:
Sem querer pôr em causa a hospitalidade do povo português, não podemos sequer comparar a forma de acolher (e de fazer seus) dos franceses, p.ex., com a nossa.
Os exemplos que cita - a maioria - não são sequer contemporâneos (séc. XX), ao passo que os franceses continuam a fazê-lo em todas as áreas da vida social.
Falo, p.ex., das artes (artes plásticas, cinema, música, etc...), da política, da cultura, do desporto, etc...
Creio que só os norte-americanos os superam nesse aspecto, mas aí estamos a falar de uma nação de emigrantes, pelo que seria injusta qualquer comparação.
Mas há outra questão:
Uma coisa é acolher, p.ex., um milionário como Calouste Gulbenkian, outra coisa é "acolher" galegos anónimos para trabalharem na restauração ou noutras actividades, consideradas pelos portugueses como "menial tasks".
Também me parecem desajustados do tema os exemplos de António Champallimaud e Hintze Ribeiro ou Roberto Ivens, já para não falar de um Manuel de Arriaga (quer pela via Arriaga quer pela via Brum...).
Os exemplos de Nasoni e Verney são bons, mas ninguém os associa intrinsecamente a Portugal, nem mesmo a maioria dos portugueses.
Por incrível que pareça, os melhores exemplos são mesmo Deco e Scollari (se ficar por Portugal e optar um dia pela nacionalidade portuguesa) e é precisamente desse tipo de "acolhimento" que falava.
No entanto, temos agora uma grande oportunidade pela frente, com a emigração do leste europeu e não só.
Um abraço,
João Pombo
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro João Pombo,
Pelos vistos não o entendi bem e também não me expliquei bem. Quando referi individualidades com apelido estrangeiro não pretendia dizer que a sua origem era próxima ou remota, apenas ilustrar como ao longo dos tempos inúmeros estrangeiros se estabeleceram em Portugal. E não percebi que o caro confrade se referia apenas à actualidade.
Acho contudo que há exemplos tão bons ou melhores que os franceses e também me parece que os áreas que cita são um pouco desajustadas, pois não é decerto por falta de hospitalidade da nossa parte que cá se não instala gente das artes plásticas, do cinema ou da música. E no que se refere a políticos estrangeiros que se acolhem a França, devo dizer que nem sempre se trata de gente recomendável - e esses ainda bem que não procuram estas paragens. Não me parece também que o Primeiro Ministro israelita seja da sua opinião, pois ainda há poucos dias apelou à comunidade judaica francesa para que se instalasse em Israel, dado o crescente clima de anti-semitismo naquele país. A França foi, aliás, o único país ocupado por Hitler que colaborou na deportação de judeus - e isso em pleno século XX.
Os meus cumprimentos
Alexandre Burmester
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro João Pombo,
Acho muito interessante esta questão da emigração recente e em larga escala de pessoas da Europa de Leste para Portugal.
Penso que até agora terão já vindo cerca de 100.000 pessoas, da Ucrânia, Rússia, Moldávia, Roménia, etc. Mesmo que só um quinto por cá fique definitivamente (i.e. 20.000), isto representará uma grande infusão de sangue eslavo no povo portugues. Dentro de 100 anos poucos portugueses não terão a sua costelita ucraniana...
Isto é uma novidade absoluta. Nós, os portugueses, absorvemos contingentes étnicos de muitos lados, mas a componente eslava era quase inexistente, até agora.
Um abraço
Nuno Maria Côrte-Real
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Alexandre Burmester:
Nesta pequena questão temos ambos razão.
A ideia que quis focar era que nós nem sempre soubemos acolher bem determinadas pessoas de outros países e daí o exemplo francês, que me parece dos melhores, já que o caso dos EUA é totalmente diferente.
Mesmo tendo em conta os bons exemplos por si citados, creio que a França ficará sempre a ganhar, sobretudo pensando na História contemporânea (Vd. caso Vieira da Silva e sobretudo a forma como esta é venerada pelos franceses).
Aliás, nem quero pensar no que seria se o seu ilustre parente Pedro tivesse tido a ideia de trabalhar assiduamente em França, em condições necessariamente melhores.... A esta hora e para além de uma merecida condecoração com grande pompa no Eliseu, já lhe tinham impingido a nacionalidade francesa, mesmo à força:))
É esse determinismo agressivo que tem faltado ao nosso País, isto sem prejuízo de o Alexandre ter toda a razão quanto ao que diz na mensagem anterior, em que implicitamente alude às poucas condições que existem em Portugal para o desenvolvimento de certas actividades, nomeadamente artísticas e científicas.
Não comento, obviamente, as declarações do Sr. Sharon, a meu ver descabidas, tendo em conta o clima que se vive em Israel e Palestina.
Um abraço,
João Pombo
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RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
E os descendentes do Caramuru, no Brasil? E os que, aqui, têm varonias indígenas - e geraram ilustres famílias?
fa
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RE: Zutreffender Adel hat deutsches Blut
Tem muito sangue basco, também. Os senhores da Maia tinham, provavelmente, varonia árabe. Os Braganções viriam dos álanos, um povo não indo-europeu.
E traças linhas aos reis godos... hum, é complicado (traço algumas, mas com muitas notas de pé de página).
fa
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RE: Ascendência Inglesa de Figuras Históricas
Caro Nuno Maria:
Trata-se talvez dos mais interessantes desafios deste início de século e só espero que o País e os Portugueses estejam à altura de o enfrentar.
A maioria dos emigrantes de leste são pessoas altamente capacitadas e, infelizmente, subaproveitadas.
Todos nós conhecemos os casos dos médicos e engenheiros a trabalhar nas obras, na agricultura ou mesmo a mendigar nas ruas.
Se é verdade que no período pós-colonização (pós independência das colónias) o País sofreu grandes modificações com o regresso dos portugueses das colónias, muitas altamente positivas, não menos verdadeiro é o facto de estarmos já a verificar mudanças significativas com a emigração eslava, de que só temos de saber tirar proveito.
Como advogado, já tenho conhecido alguns emigrantes que conseguiram montar pequenos negócios que irão mais tarde ou mais cedo florescer, todos eles inexistentes em Portugal, o que só prova a imaginação e capacidade de trabalho destes emigrantes, nossos futuros compatriotas.
Muitos empresários portugueses já se aperceberam das mais valias inerentes a esta emigração e muitos já manifestaram inequivocamente a sua preferência por estes trabalhadores.
Um abraço,
João Pombo
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