Brasil, Casa da Torre

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Brasil, Casa da Torre

#74321 | fxcosta | 01 out 2004 12:40

Aos Confrades Brasileiros:

Por julgar de inegável interesse histórico e genealógico e sendo um tema quase desconhecido em Portugal, venho solicitar informações sobre a Casa da Torre (BA) e respectiva família, construída por Garcia d’Ávila em 1551 e que durante cerca de 300 anos foi o centro de um enorme morgadio, correspondente a cerca de 1/10 do território brasileiro e abrangendo 129 fazendas que ocupavam 800 mil metros quadrados, sendo também o maior latifúndio do mundo.

Sei que esteve nas mãos dos descendentes de Garcia d’Ávila durante 10 gerações, até à altura da Independência e consequente fim dos morgadios quando alguns migraram para Portugal.

Durante séculos, a Casa da Torre foi o centro de onde irradiaram inúmeras bandeiras e teve um papel fundamental na expulsão dos holandeses do nosso território.

Julgo, sem certeza, que os representantes deste Morgado são os Moniz de Aragão - Viscondes de Paraguassu e Barões de Moniz de Aragão - uma antiga família luso-brasileira.

Grato por qualquer indicação.

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RE: Brasil, Casa da Torre

#74340 | LCM | 01 out 2004 17:42 | Em resposta a: #74321

Sobre esta casa e família existe o seguinte livro:

BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz - "O Feudo - A Casa da Torre de Garcia d'Ávila: da conquista dos sertões à independência do Brasil". Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2000 [601 pp.]

O autor é descendente dos Moniz Barreto de Aragão. poderá certamente encomendar o livro aqui na Livraria do site.

Com os melhores cumprimentos
Lourenço Correia de Matos

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RE: Brasil, Casa da Torre

#74376 | doria_gen | 02 out 2004 01:23 | Em resposta a: #74321

Boa noite.

A representação desta família dos Ávilas da Casa da Torre passou, em fins do século XVIII, aos Pires de Carvalho e Albuquerque, na Bahia, em cuja família ainda se acha.

fa

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RE: Brasil, Casa da Torre

#74382 | Ricardo de Oliveira | 02 out 2004 03:14 | Em resposta a: #74321

Caro amigo

Não estou convencido dessas afirmações e gostaria de aprofundar o debate. As fontes das propriedades agrárias devem ser tão bem documentadas em fontes primárias como as fontes genealógicas. Não sei até que ponto as informações são verdadeiras, mesmo em se tratando das difíceis condições do semi-árido nordestino. Eu não trocaria dez metros da floresta de araucária por um quilômetro de caatinga e de mandacarus ! Também não encontro maiores informações sobre a existência e as condições efetivas de um morgadio no Brasil e as suas relações sociais. A terra era alodial no Brasil. O que houve foi o processo de expansão das famílias povoadoras, dos pontos iniciais da formação do Brasil - São Vicente/São Paulo, Salvador/Bahia e Olinda/Pernambuco, pelo território brasileiro. Formação misturada com a presença tupi e baseada na conquista e colonização ratificada pelas sesmarias bem documentadas, com as suas cartas de datas efetivas e documentadas.
Boa parte da antiga elite baiana descende desses Caramurús e temos também os livros do nosso colega Francisco Antonio Doria sobre esse tema, muito mais instigantes para a genealogia, na nossa opinião. O debate constitucional e jurídico do Brasil Independente liquidou de vez com qualquer resquício de morgadios e não existe representante nenhum deles, mas sim muitos descendentes desses primeiros povoadores da Bahia. O resto é ficção e fantasia.

Cumprimentos

Ricardo Costa de Oliveira

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RE: Brasil, Casa da Torre

#74505 | doria_gen | 05 out 2004 11:32 | Em resposta a: #74382

Ricardo, bom dia.

A idéia de representação não tem significado jurídico; no caso, pretendi designar apenas o atual descendente da linha primogênita e varonil. Nessa linha alternam-se inclusive os nomes Garcia e Antonio Joaquim, a cada geração.

A genealogia completa está no _Anuário Genealógico Brasileiro_, III (complementado com informações no AGB I). Também na _Genealogia Baiana_, de Afonso Costa. (Com certeza não se dão as gerações pós-1940 nesses textos.)

Grandes abraços pós-eleitorais ;-))

fa

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RE: Brasil, Casa da Torre

#74506 | doria_gen | 05 out 2004 11:33 | Em resposta a: #74382

Você tem razão no que diz da descendência do Caramuru: creio que a imensa maioria da população baiana descende do Caramuru.

fa

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RE: Brasil, Casa da Torre

#74544 | valadares | 06 out 2004 12:14 | Em resposta a: #74506

Bom dia,
Meu colega e amigo Angelo Emílio da Silva Pessoa, defendeu uma tese de doutoramento na FFLCH/USP sobre esta linhagem.Ela se chama : As ruinas da tradição: a casa da torre de Garcia D'Avila - familia e propriedade no nordeste colonial. Sao Paulo, 2003. 253 p. + anexos. Foi orientada pela Drª Nanci Leonzo.


a) Paulo Valadares
Cx. postal nº 1025
Campinas, SP, Brasil
13001-970

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RE: Brasil, Casa da Torre

#74579 | doria_gen | 06 out 2004 22:01 | Em resposta a: #74544

Deve dar para conseguir através do sistema de bibliotecas online da USP.

fa

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RE: Brasil, Casa da Torre

#74731 | valadares | 10 out 2004 17:13 | Em resposta a: #74579

Boa tarde, Doria.
Se você tiver interesse posso lhe por em contato com o Dr. Angelo Pessoa.

Paulo Valadares

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RE: Brasil, Casa da Torre

#74734 | doria_gen | 10 out 2004 19:47 | Em resposta a: #74731

Boa tarde, Paulo.

Se puder, bem que o gostaria. Gdes abcs, fa

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RE: Brasil, Casa da Torre

#74923 | valadares | 13 out 2004 12:28 | Em resposta a: #74734

Bom dia, Doria.
O email do Angelo Emilio da Silva Pessoa é : angelopessoa arroba uol.com.br
Ele terminou um artigo sobre a linhagem da Torre para a revista Nossa
História da Biblioteca Nacional. Talvez saia em novembro. Ele vai gostar de
trocar figurinhas com você (já que o seu trabalho é bibliografia de sua
tese)

Paulo

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RE: Brasil, Casa da Torre

#74926 | doria_gen | 13 out 2004 12:54 | Em resposta a: #74923

Obrigado, Paulo. Já copiei e vou mandar um email pra ele.

Gdes abcs!

fa

PS: Quando sai o boletim/jornal de nossa querida sociedade de genealogia judaica?

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RE: Brasil, Casa da Torre

#74980 | jobe00 | 14 out 2004 12:05 | Em resposta a: #74340

Lourenço
Quem é esse Garcia de Ávila? Há documentação sobre ele?
Ignorava por completo esse Ávila.Como vês não controlo nada!
Um abraço,
João Bettencourt

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RE: Brasil, Casa da Torre

#75019 | LCM | 14 out 2004 21:31 | Em resposta a: #74980

Caro João,

Infelizmente nada se sabe sobre a família de Garcia d'Ávila, que passou ao Brasil, Baía, em 1549 levado por Tomé de Sousa. Não se conhece sequer o local de nascimento, levantando o Autor a hipótese de ser S. Pedro de Rates, nome que foi dado à Torre, e que era a terra onde o pai de Tomé de Sousa havia sido Prior. Não me parece muito consistente...
Vossa Senhoria - pois calculo que, no minimo, já seja Moço Fidalgo com exercício... - não controlará tudo, mas controla muita coisa.

Um abraço,
Lourenço

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RE: Brasil, Casa da Torre

#75021 | jobe00 | 14 out 2004 22:01 | Em resposta a: #75019

Caro Lourenço,( Florentino)
O exercício agora é cinegético, à falta de Paço!
Quanto ao Garcia de Ávila veranear na Póvoa ou neste caso nas cercanias, não é provável. É assunto que tenho de investigar.
Não sendo castelhano e nesta altura, só pode ser Açoreano. A ver vamos!
Um forte abraço,
J.B.

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RE: Brasil, Casa da Torre

#75044 | camisao65 | 15 out 2004 10:35 | Em resposta a: #75019

Caros Confrades,

Mais um pequeno contributo para o debate:

PRIMEIRA RAIZ, NO BRASIL, DA CASA DA TORRE-

DIOGO ALVARES CARAMURÚ, natural de Viana, no Minho, Cavaleiro da Casa Real de D. João III, chegado ao Brasil em 1509, casou-se em 1528, em Saint-Malo - França, com a Índia CATARINA ALVARES CARAMURÚ (PARAGUASSÚ), filha do Cacique tupinambá Taparica, batizada, em 30 de julho de 1528 - Catherine du Brésil.CASA DA TORRE DE GARCIA D'AVILA(SUCESSÃO DO MORGADIO)I - GARCIA D'AVILA, fundador da Casa da Torre, chegado ao Brasil na comitiva do 1o Governador Geral Tomé de Souza, em 1549, foi nomeado "feitor e almoxarife da Cidade do Salvador e da Alfândega". Foi casado com Mécia Rodrigues, não tendo sucessão.
Com a Índia tupí FRANCISCA RODRIGUES, tiveram - ISABEL DE AVILA, que casou-se, em primeiras núpcias, com o fidalgo genovês Gil Vicente de Vasconcelos. Falecido o marido casou-se com DIOGO DIAS, filho de VICENTE DIAS DE BEJA, Fidalgo da Casa do Infante D. Luiz, natural do Alentejo - Portugal e de sua mulher GENEBRA ÁLVARES, filha de DIOGO E CATARINA ÁLVARES CARAMURÚ. Deste casamento, de Isabel de Avila com Diogo Dias de Beja, nasceu:II - FRANCISCO DIAS DE AVILA, que usava o nome de - FRANCISCO DIAS DE AVILA CARAMURU -, Senhor da Torre de Tatuapara, Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, casou-se com ANA PEREIRA GAGO, filha de MANOEL PEREIRA GAGO e de sua mulher CATARINA FOGASSA. Tiveram:III - GARCIA DE AVILA, Capitão de Ordenanças, Senhor da Casa Torre, Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, casou-se com sua tia LEONOR PEREIRA. Tiveram:V - FRANCISCO DIAS DE AVILA, Coronel de Ordenanças da Cidade da Bahia, Senhor da Casa Torre. Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, casou-se com sua sobrinha LEONOR PEREIRA MERINHO, filha de sua irmã CATARINA FOGAÇA e de seu marido VASCO MARINHO FALCÃO. Tiveram:VI - GARCIA DE AVILA PEREIRA, Coronel de Ordenanças da Cidade da Bahia, Senhor da Casa Torre, Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, casou-se com sua prima IGNACIA DE ARAUJO PEREIRA, filha do Capitão TOMÉ PEREIRA FALCÃO e de sua mulher IGNACIA ARAUJO. Tiveram:VII - FRANCISCO DIAS DE AVILA, Mestre de Campo e Coronel de Ordenanças da Cidade da Bahia, Senhor da Casa Torre, Fidalgo da Casa Real. Cavaleiro da Ordem de Cristo, casou-se com CATARINA FRANCISCA CORRÊA DE ARAGÃO VASQUEANES, filha do Coronel FRANCISCO BARRETO DE ARAGÃO e de sua mulher CATHARINA CORRÊA DE SÁ. Tiveram:VIII - GARCIA DE AVILA PEREIRA DE ARAGÃO, Coronel Mestre de Campo da Torre, professo na Ordem de Cristo, casou-se com ANA TEREZA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE, filha do alcaide-mor da Bahia SALVADOR PIRES DE CARVALHO, não tendo filhos. Casou-se na segunda vez com , filha de CRISTÓVÃO DA ROCHA PITA e JOSEFA MARIA DA CONCEIÇÃO LIMA, não deixando descendênciaPassou o Morgado à sua sobrinha: IX - ANA MARIA DE SÃO JOSÉ E ARAGÃO, Senhora da Casa Torre, casada com seu primo o Capitão-mór da Cidade da Bahia e Alcaide-Mór de Maragogipe JOSÉ PIRES DE CARVALHO E ALBUQUERQUE. Era filha do Capitão-mor JOSÉ PIRES DE CARVALHO E ALBUQUERQUE e de sua mulher LEONOR PEREIRA MARINHO. Tiveram:X - ANTONIO JOAQUIM PIRES DE CARVALHO E ALBUQUERQUE, que usava o nome de - ANTONIO JOAQUIM PIRES DE CARVALHO E ALBUQUERQUE CAVALCANTI MACHADO D'AVILA PEREIRA -, Coronel do Regimento de Milícias e Marinha da Torre, Barão e depois Visconde da Torre de Garcia Dávila, com grandeza e último Senhor da Casa Torre, casou-se com sua sobrinha ANNA MARIA DE SÃO JOSÉ E ARAGÃO, filha de seu irmão o Coronel de Linha Brigadeiro Graduado JOAQUIM PIRES DE CARVALHO E ALBUQUERQUE, Visconde de Pirajá e de sua mulher MARIA LUIZA QUEIROZ DE TEIVE E ARGOLO.
FIM DO MORGADIOCom a morte, a 5 de dezembro de 1852, do Visconde da Torre de Garcia D'Avila - último Senhor e Morgado da Torre -, já extinto o regime de Morgadio no Brasil desde1835, não houve sucessão do Morgado, nem de seus anexos, por não mais existirem os estes vínculos.
AVILA - "Esta antiga e nobre família conserva a varonia legítima dos PIRES, a chefia e representação dos AVILAS e mais as representações de DIOGO ALVARES - CARAMURÚ e de sua mulher CATARINA PARAGUASSÚ, além do título de VISCONDE DA TORRE DE GARCIA DE AVILA".-CASTRO, Orlando Guerreiro de. Casa da Torre de Garcia de Avila, Varonia - Chefia - Representação. Rio de Janeiro, junho de 1961. p 4.

Fontes consultadas:
- JABOATÃO, Fr. Antonio de S. Maria. Catálogo Genealógico das principais famílias que procederam de Albuquerques e Cavalcantis em Pernambuco e Caramurús na Bahia. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, vol.LII e Notas de Pedro Calmon ao Catálogo. - CALMON, Pedro. Introdução e Notas ao Catálogo Genealógico das principais Famílias, de Frei Antônio de Santa Maria Jaboatão. Salvador, Bahia. Empresa Gráfica da Bahia, 1985. 2v, 809 p.- SOBRINHO, Bulcão. Famílias Bahianas, vol. I - MOYA, Salvador de. Anuário Genealógico Brasileiro - Titulares do Império. Publicações do Instituto Genealógico Brasileiro. São Paulo, 1941 - ANO III. pp 482-502.- CASTRO, Orlando Guerreiro de. Casa da Torre de Garcia de Avila, Varonia - Chefia - Representação. Rio de Janeiro, junho de 1961. 4 p.- Certidões de Cartórios. Diversas.
NOME USADO PELO VISCONDE DA TORRE DE GARCIA D’AVILAO nome “Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque” –, que consta do Decreto Imperial de D. Pedro I, criando o título de Barão da Torre de Garcia D'Avila, é o nome identificado nobiliarquicamente como nome "oficial", para titulação. Isto não impedia que o titular usasse outros nomes de famílias das quais descendia, como era muito comum na época, até como prova para possíveis heranças.O nome " Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque Cavalcanti Machado de Avila Pereira"–, que o Visconde da Torre usou, consta de inúmeros documentos oficiais, como procurações, atestados, ... etc. O nome “Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque” –, que consta do Decreto Imperial de D. Pedro I, criando o título de Barão da Torre de Garcia D'Avila, é o nome identificado nobiliarquicamente como nome "oficial", para titulação. Isto não impedia que o titular usasse outros nomes de famílias das quais descendia, como era muito comum na época, até como prova para possíveis heranças.Exemplos:1 - ARQUIVO NACIONAL: “Notação: 118A.009B Requerente: ARAGÃO, Ana Maria de São José e. PEREIRA, Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque Cavalcante Machado de Avila (Barão da Torre de Garcia D’Ávila) Objeto: Autorização de venda de propriedades por procuraçãoLocalização: BA Datas-Limite: 1824-1825N° de Fls.: 2Obs.: Fazendas de gados e terrenos em Pernambuco / Ceará / Maranhão - Vide Também o processo 118A.009A”.2 - ARQUIVO NACIONAL: “Atestado de Foro de Fidalguia”, passado pelo próprio Visconde da Torre, manuscrito e de próprio punho:"Antonio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque Cavalcante Machado de Avila Pereira, Fidalgo Cavaleiro da C. de S. M. I., Visconde da Torre de Garcia D'Avila, Grande do Império, Gentil Homem da Câmara de S. M., Official da Imperial Ordem de Aviz, Comendador na de Christo, condecorado com a Medalha da Campanha da Bahia, Coronel dos Batalhões da 2a Linha das Mas da Torre, ................, atesto ........... Bahia, 5 de Agosto de 1851” – assinado e timbrado, com seu brasão – "Visconde da Torre de Garcia D'Avila".
A divulgação deste nome, usado pelo Visconde, fornece importante informação, quanto a outras famílias ascendentes diretas do Visconde, a serem pesquisadas.

Cumprimentos

Luis Camizão

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Casa da Torre

#76438 | fábioarruda | 03 nov 2004 15:12 | Em resposta a: #74731

Olá amigos,
"Partindo a primeiro de fevereiro de 1549, a expedição de Tomé de Souza com
três navios: Conceição, Salvador e Ajuda, acompanhados de duas caravelas que
deveriam voltar carregados de pau-brasil chegava na Bahia em 29 de março do
mesmo ano, com ordem expressa do rei de Portugal D. João III para fundar a
cidade de Salvador,a primeira capital do Brasil e ser seu primeiro
Governador Geral.
Os colonos em número de mil pessoas, muitos deles condenado, cristãos novos
e pessoas expulsas de Portugal vieram acompanhados de seis Jesuítas, quatro
padres e dois irmãos e de toda a máquina administrativa; provedor-mor
(finanças), ouvidor-mor (justiça), capitão-mor (guerra), médicos,
arquitetos, etc. "

1) alguém já levantou esta relação?
2) por que os historiadores chamam "Bandeirantes da Casa da Torre" - moravam
com ele no Castelo do Garcia D'Avila ou são os que vieram nos navios?

"Garcia d'Ávila era o almoxarife-mor, rico, temperamento forte de
bandeirante, exerceu notável influência no desbravamento do nordeste baiano,
capturando índios e fundando currais para a criação de gado bovino. Do rei
D. João III recebeu grande sesmaria, calculada em sessenta léguas quadradas,
que abrangia as terras que percorrera com suas bandeiras. Garcia d'Ávila e
seus descendentes construíram uma verdadeira fortaleza nas meiações da hoje
grande Salvador, onde está Dias Ávila, com uma enorme torre para melhor
vislumbrar o inimigo à distância. Daí então recebeu o nome de "Casa da
Torre".
Abraços
Fábio

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RE: Brasil, Casa da Torre

#77292 | Ângelo Emílio | 15 nov 2004 13:25 | Em resposta a: #74321

Caro Moderador.
Eu realizei uma Tese de Doutoramento na Universidade de São Paulo, sobre a família Garcia d'Ávila, defendida em 2003. Em breve o teor integral da mesma estará disponível no Banco Eletrônico de Teses da USP. Mas o assunto que me faz escrever é mais específico, no momento. Algumas semanas atrás o participante Fábio Arruda me enviou mensagem, com uma série de questões, que eu não pude responder de forma imediata, porque estava ocupado com uma série de atividades. Enviei uma breve mensagem para ele, comunicando que em breve faria um contato mais detalhado. Acontece que houve um problema na minha Caixa Postal e todas as mensagens foram apagadas. Solicito a gentileza de informar ao Fábio (se for necessário, pode comunicar a ele meu e-mail) e pedir para que ele reenvie a mesagem anterior, para que eu possa responder às questões formuladas.
Desde já, agradeço a atenção dispensada e envio um abraço.
Ângelo Emílio

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RE: Brasil, Casa da Torre

#94625 | Lilian | 28 jun 2005 23:48 | Em resposta a: #74321

Prezado Sr. FX Costa,

dme perdoe entrar atrasada nessa troca de mensagens sobre a Casa da Torre, mas acontece que não estava inscrita no Forum. Não me considero uma genealogista, mas apenas uma curiosa, com muito interesse na história da Bahia. A historiadora Kátia Mattoso, que mora aqui em Paris, disse-me certa vez que o melhor e mais completo livro sobre a Casa da Torre é O Feudo, de Luiz Alberto Moniz Bandeira. Também falou de Caramuú e Catarina, de Francisco Antônio Dória, mas não o conhecia e que tinha a informação de que continha distorções e equívocos. Quando estive no Brasil, em 2003, comprei as duas obras e realmente concordei com a professora Kátia Mattoso. Pelo que percebi Francisco Antônio Dória colaborou com Luiz Alberto Moniz Bandeira, e Antônio Joaquim Pires de Carvalho, que foram os coordenadores de um projeto apoiado pelo Ministerio da Cultura. O que o livro de Francisco Antônio Dória tem de muito bom são os esquemas genealógicos das diversas fámílias bahianas descendentes de Caramuru, embora eu não tenha meio de avaliar se todas as conexões que ele faz são corretas.
Os dois, Francisco Antônio Doria e LUiz Alberto Moniz Bandeira, coincidem em que os representantes do morgado da Casa da Torre não são os Moniz de Aragão, mas os Pires de Carvalho.
Atenciosamente, Lilian Tourinho

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RE: Brasil, Casa da Torre

#94935 | Lilian | 02 jul 2005 10:53 | Em resposta a: #74321

Hoje, 2 de julho, é um dia especial para a Bahia. Os senhores de engenho, a aristocracia rural da Bahia, tendo è frente a Casa da Torre, consolidaram a independência do Brasil. Pena que os liberais, que fizeram a revolução em Portugal, quisessem restaurar no Brasil o sistema colonial que o grande rei Dom VI já havia abolido. Portugueses e brasileiros seríamos hoje, como Reino Unido, uma só nação, com enorme peso na União Européia. Infelizmente os dois países se distanciaram, ao contrário do que ocorreu com a Inglaterra.
Lamento muito o que aconteceu. Quando vou a Portugal me sinto em casa, ao contrário do que sinto na França, apesar de ter casado com um francês, do qual sou viuva, e viver em Paris há muitos anos.
Cordialmente, Lilian Tourinho

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RE: Brasil, Casa da Torre

#125629 | AST | 23 ago 2006 04:46 | Em resposta a: #94935

Nao sei se se interessam mais no assunto, mas a tese de Moniz Bandeira eh de que Garcia d'Avila trata-se de Garcia de Sousa, filho de Tome de Sousa. Seu nome completo eh Garcia de Sousa d'Avila. Entre outras coisas, Garcia d'Avila comecou seu morgado com sesmarias que recebeu de Tome de Sousa. Se Tome lhe assumisse como filho, nao poderia doar-lhe terras de sesmaria, como era a lei portuguesa na epoca. Ha outros argumentos no livro que garantem esta teoria.

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Brasil, Casa da Torre

#439460 | mabreuelima | 18 fev 2022 21:05 | Em resposta a: #74321

Boa tarde. Espero que tenha conseguido avançar no tema. Eu também busco a Genealogia completa que se relaciona com meu antepassado de 10a. geração que supostamente têm relação direta com a Casa de Torre e Caramuru, mas no entanto não alcancei encontrar a genealogia completa. Qualquer informação será apreciada. Meus cumprimentos, Myriam Lima

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