Chefias Familiares
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Chefias Familiares
É moda recente em Portugal dizer-se que a família x, y ou z é representada por sicrano ou beltano.
Se a representação de determinada linhagem, família, ou pessoa era liquida nos tempos da Monarquia, quando, por cartas, alvarás e outros documentos, de forma implícita ou não, o Rei reconhecia a determinada pessoa a Chefia duma linhagem, hoje a coisa afigura-se mais complicada.
Num dos antigos Anuários da Nobreza de Portugal dá-se a representação dos Furtados de Mendonças à Casa Loulé, a moda pegou e hoje é um dado adquirido que este ramo dos Mendonças, mais do que secundogénito, é Chefe de Nome e Armas dos Mendonças portugueses.
Algum dos caros “foristas” tem elementos sobre esta matéria?
Os melhores cumprimentos,
Nuno Borrego
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RE: Chefias Familiares
Nuno Borrego, meu caro
Uma vez mais tem carradas de razão. Neste caso dos Furtados de Mendonça, foi-me demonstrado cabalmente e há talvez mais de três anos, pelo J.A. Ribera, que assim era e se bem me lembro com grande "fúria" minha, pois sou grande defensor e admirador dos "pais" dos ANP/1950-1964. Mas não se conclua com isto que menos considero os actuais redactores do ANP!
Só prova que a genealogia é uma ciência viva, tendo portanto a necessária investigação e consequente correcção de informações que não passavam muitas vezes de mero "exercício de cópia", infelizmente...
Visto por um outro prisma, se calhar até terá sido por maldade que atribuiram à Casa de Loulé, a chefia dos "hurtados"...
Não esqueçamos que Domingos Afonso usava muitas maldadezinhas!
Cumprimentos, na esperança de ver na minha livraria uma sua obra, que será por certo deveras apreciada.
Magalhães
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RE: Chefias Familiares
Meu Caríssimo Amigo,
Levantei esta questão porque tenho uma hipótese, documentada, mais do que ponderada e à qual dediquei imenso tempo.
Para mim, salvo melhor hipótese, a Chefia dos Mendonças portugueses recaiu na família Castro do Rio, Condes de Barbacena, pelo casamento de D. Margarida de Noronha, filha herdeira de Jorge Furtado de Mendonça e de D. Mécia Henriques (Gayo, § 1º, n.º 16), com Martim de CAstro do Rio. Com geração até ao presente, representada por D. Maria Zoraida Elvira de Cárcamo Lobo Germack Possolo (cf. A Família Cárcamo, Raízes & Memórias, n. 12).
Não é só o Gayo que dá a representação desta família aos Castros do Rio, todos os nobiliários o fazem, e a representação desta gente não é propriamente igual à dos Pires de Borba, Campo Maior ou de outro qualquer lugar.
O problema é que em genealogia um erro repetido muitas vezes torna-se "verdade", daí que um trabalho recente (A CAsa Loulé, de Dom Filipe Folque de Mendóça) diga o seguinte, que me deixou atónito, eu que pensava já ter visto tudo, "...No séc. XVI admitiu-se tacitamente que a chefia de uma Família estaria no ramo que mais cedo tivesse adquirido a Grandeza do Reino..." (fonte: MArquês de Abrantes, Introdução ao Estudo da Heráldica, Biblioteca Breve, ICLP, 1992, págs-69-70).
Os melhores cumprimentos,
Nuno Borrego
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RE: Chefias Familiares
Caro Nuno,
Como estás cansado de saber, estou completamente de acordo contigo quanto a este assunto.
O Marquês de Abrantes assumia de facto a posição que dizes, mas não concordo com ele, apesar dos seus muitos méritos como investigador. Segundo ouvi dizer, defenderia esta teoria pois assim lhe vinham parar algumas das muitas chefias de nome e armas que tinha. Como nunca "mexi" nisso não tenho a certeza se esta história será fundamentada.
Estou contigo!
Um grande abraço,
Lourenço
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RE: Chefias Familiares
Viva Lourenço,
Não estou propriamente a contar espingardas :-), só vou tentando contribuir para o desfazer de erros, meias verdades, etc., que acredito não foram produzidos por maldade.
Vou mandar a relação das AT que me faltam.
Abraço
Nuno Borrego
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