Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
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Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caros confrades
Depois da troca de várias mensagens sobre estas famílias "indevidamente" no tópico Famílias Pimenta e Miranda de Lagos, resolvi abrir um novo tópico para mais facilmente poderem ser dadas novas contribuições sobre Pessanhas, Velosos e Cabrais de Faro.
Assim, ainda não me é claro o facto do Deão da Sé de Faro, João Vellozo Cabral, ter tido uma filha de Francisca da Cunha e Albuquerque, avó materna, supostamente escrava, de outro João Vellozo Cabral. Este teve de pedir dispensa deste facto para poder ser cavaleiro da Ordem de Cristo como foi.
E não é claro pois consta do processo da Ordem de X deste João Vellozo Cabral que Francisca era sobrinha do Deão por ser filha de Ventura da Cunha de Albuquerque, cav. da Ordem de Cristo e irmão do Deão. Aliás, num dos requerimentos de João Vellozo Cabral, que consta deste processo, ele diz "de lhe fazer mercê de o dispensar no impedimento que resultou de sua avó materna porque se não devia reputar escrava, sendo filha de seu bisavô Ventura da Cunha e tratada em cas de seu avô Dom João Vellozo Cabral com o título de sua sobrinha e como tal estimada entre as melhores pessoas da cidade de Faro e repeitada como filha e sobrinha de homens de tanta suposição como é notório......"
Será que a mãe dela é que seria escrava? De qualquer maneira esta parece ser uma história destes meus antepassados mto. escabrosa com um padre a ter uma filha de uma sobrinha eventualmente escrava ou eventualmente filha de escrava!
Do mesmo processo consta que os irmãos Ventura da Cunha de Albuquerque e o Deão João Vellozo Cabral, foram tb. irmãos de Dom Frei Pedro de Santo Agostinho, Bispo de Misénia que faleceu Deão da Capela Real de Vila Viçosa, e de Fernão Cabral, Arcediago da Sé de Lisboa e fundador do Mosteiro das Brizidas junto a Marvila.
Cumprimentos.
Luiz de Albuquerque Veloso
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Luis de Albuquerque Veloso:
As notasde família que possuo, nesse ponto da filha de D. João Veloso, limitaram-se a copiar o Sanches de Baena, que deram como bom. Para lá disso, dizem que João Veloso Cabral casou com Brites Joana de Figueiredo Mascarenhas, dos Figueiredo Mascarenhas, de Faro, e tiveram Manuel Freire de Andrade, que seria progenitor da linha do caro confrade LAV, e de Inês Teresa Mascarenhas, que casou com António Maciel de Andrade, juiz da portagem de Faro, filho de João Maciel de Andrade, vedor das portagens de Faro e Capitão Mor. Não adiantam mais para cima as notas que tenho, deste ramo.
Todavia, João Maciel de Andrade foi casado com Isabel de Andrade, que dizem natural de Tânger, viuva de Lopo Soares de Albergaria, ao que parece sem geração.
Do 2º marido teve Isabel de Andrade uma filha, Maria Teresa Hablau, que c.c. José Freire de Andrade, irmão de João Veloso Cabral, atrás citado, e terão tido António Freire de Andrade, do Regimento de Faro, s.m.n.
Por sua vez, Isabel de Andrade teria sido filha de António Correa de Andrade COX(de agora em diante são todos de Tânger), e de Maria Tavares Leote, esta filha de Jorge Caiado (filho de Tomé Caiado e de Leonor de Campos) e de Maria Madalena da Costa (filha do capitão Gaspar Leote e de Maria Tavares, que me parecem ser o tronco dos Leote Tavares).
De António Correa de Andrade tenho que foi filho de Fernão Martins de Andrade COX (filho de Tomé Gonçalves e de Isabel Domingues) e de Isabel Henriques (filha de Antonio Correa, almocadem, e de Branca Pessanha).
Nunca tive tempo de verificar nada disto, e de onde vem esta Branca Pessanha não achei nos livros que vi (tenho o do JB Almeida Pessanha) nem no GP.
Por fim, dizem as notas que Inês Teresa Mascarenhas e António Maciel de Andrade tiveram Fernado Maciel de Andrade, tenente do Regimento de Faro, que casou com Ana Joaquina Rosa e foram pais de Maria Joana Maciel de Andrade, que consta como minha 4ª avó.
Nunca tive ocasião de ir à TT verificar estas coisas. Se algum confrade tiver já tropeçado nestes nomes, na sua investigação, agradecia que o comunicasse, nem que seja para dizer que está errado.
Temos, para lá dessas confirmações, o problema de quem teria sido essa BRANCA PESSANHA. Alguém sabe?
Sobre o caso da filha do Deão João Veloso Cabral, ela chamou-se Josepha de São Payo, como tenhas nas minhas notas. Sabe-se agora que ela foi filha de uma escrava de Ventura da Cunha, irmão do Deão.
Quanto ao facto de este ter tido uma filha de uma sobrinha, há exemplos na Família Real, e em tantas outras, e penso que isso não feria os sentimentos da época. Por isso, o que diz no documento parece-me corresponder à verdade dos factos. Hoje o panorama é já diferente, mas acho que não podemos esperar que os nossos antepassados tivessem a nossa maneira de sentir estas coisas.
Não sei se já teve tempo de ver as linhas que as "Gerações Viseenses" dão para Manuel Freire de Andrade. Por lado do seu avô Jorge Freire de Andrade, casado com Ana de Ruão Perestrelo, o estudo pára no pai desta, o Dr. Sebastião de Figuieredo, desembargador de Lagos.
Mas irá ter também uma boa surpresa com o novo livro sobre "O sangue português de Teresa Heinz Kerry", que é também descendente deste mesmo Dr. Sebastião de Figueiredo, que Manuel Abranches do Soveral não continua.
Mas Luis Soveral Varela pegou valentemente no assunto e dedica-lhe capítulo especial, seguido de anexos, em que demonstra as quinze linhas diferentes pelas quais o dito Sebastião de Figueiredo descende de D. Afonso Henriques.
É um mundo de informaçã.
Penso que estes novos dados lhe vão poupar muito trabalho.
Estou aqui a repetir ualguma informação, mas parece-me importante, uma vez que mudámos de Forum e os leitores serão outros.
Até uma próxima
Miguel de Sousa
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Luis de Albuquerque Veloso
Revendo algumas notas do Forum GP, encontrei uma questão sua de 2.9.2004, em que perguntava a Maria Manuela Pereira sobre Nuno Mascarenhas Pessanha Lobo, filho de Genebra, de Loulé. Não encontrei resposta à pergunta.
Sucede que, revendo as velhas notas de família, achei informação que parece corresponder à sua pergunta. Se não for isto me perdorá, e não se esqueça que estas notas não foram confirmadas. Mas podem ser uma pista para o que procura. Se estiverem certas, muito bem, se tiverem erros, depois se corrigem.
O que tenho diz isto:
Nuno Pessanha Mascarenhas Lobo (não tenho indicação de irmãos), filho de Diogo Lobo Pessanha, Tenente Coronel, FCR, FSO, e de Genebra Maria da Fonseca Pessanha, que casaram em Loulé em 1690. Do lado materno não há mais detalhes.
Diogo Lobo Pessanha foi irmão de Sebastião de Faria Palermo (o terceiro deste nome), casado em Loulé em 1669, com Sebastiana de Faria, sua prima, de quem vêm muitos Palermos de Loulé.
Foi Diogo Lobo Pessanha filho de Jerónimo Borges Lobo, Capitão Mor de Loulé, e de sua mulher Maria da Fonseca, por sua vez filha de outra Maria da Fonseca e de Sebastião Faria Palermo (o segundo deste nome). Este foi irmão de Gaspar de Faria Falcão e de Leonor Palermo, que casou com José da Costa de Ataíde em Estoi em 1630 e deram os Mascarenhas Pessanhas.
Os pais destes irmãos foram Joana de Mendonça (dos Arraes) e António Palermo, de Estoi, este filho de Gregório Palermo e de Brites de Andrade, que parece ter sido dos Andrades de Tânger.
Sebastião de Faria Palermo (o primeiro deste nome), pai desse Gregório Palermo, foi casado com Francisca Viegas, dos de Estoi, e era filho de Garcia Palermo de Faria, irmão de Lourenço Palermo de Faria o velho, ambos filhos de Lourenço Palermo, da governança de Faro, e de sua mulher Brázida de Faria, filha de Rui Gomes de Faria, vedor da Casa da Índia (irmão de Fernão Gomes de Faria e de Aires Gomes de Faria ou de Lemos, cavaleiro de Santiago, todos filhos de Fernão Gomes e de Brites Gomes) e de sua mulher Catarina Nunes Falcão, filha de Vicente Anes Falcão.
Lourenço Palermo foi filho de Gregório Palermo de Castanheda e de ..., e este foi filho de Lourenço Rodrigues Palermo, Contador de D. Duarte e D. Afonso V no Algarve.
Para trás deste último há mais informação, que, de momento não transcrevo, porque não sei se isto corresponde aquilo de que necessita.
Com as reservas sobre as notas, e os cumprimentos do
Miguel de Sousa
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Luis de Albuquerque Veloso
Acabo de ver alguns tópicos no Forum. Nem de propósito, encontrei informação adicional ao meu tópico anterior na intervenção de 27.3.04, no tema "Palermo de Loulé" - resposta de Marsousa a Miguel Cabrita Matias - em que se acham algumas coisas que não tinha nas minhas notas.
Boa noite
Miguel de Sousa
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Luiz de Albuquerque Veloso,
Também eu consultei na TT esse processo da Ordem de Cristo, e a interpretação que fiz foi um pouco diversa da sua. Obviamente, não garanto que a razão esteja do meu lado, não só porque o assunto era um pouco marginal à minha investigação da altura, não sendo eu de modo nenhum um perito em Algarve, mas também porque as minhas notas datam de há cerca de 1 ano, são sumárias, e já não recordo pormenores. Seja como for, aqui lhe envio exactamente o que escrevi:
4.3.1. Manuel Freire de Andrade, cavaleiro fidalgo da Casa Real, capitão de cavalos da ordenança de Lagos, feitor e recebedor do consulado das alfândegas de Faro, escrivão das cisas de Faro, procurador por Lagos (ou melhor, por Faro) às Cortes que proclamaram rei Dom João IV, etc. C.c. D. Josefa de São-Payo. Nos documentos que vi não diz o nome da mãe dos filhos de Manuel Freire de Andrade, mas diz tratar-se de uma filha natural de D. João Veloso Cabral, deão da Sé de Faro, e de “uma escrava”, por sua vez filha de Ventura da Cunha, COC. Deste último foram irmãos: Fernão Cabral, arcedíago da Sé de Faro e fundador do Mosteiro das Brízidas junto a Marvila, e D. Frei Pedro de Sto. Agostinho, bispo de ...encia, que fal. sendo deão da Capela Real de Vila Viçosa.
4.3.1.1. João Vellozo Cabral, sargento-mor das ordenanças e governador da cidade de Faro, cavaleiro da Ordem de Cristo a 4.5.1707 (pediu dispensa “por ter avó materna escrava”).
4.3.1.2. Ventura da Cunha de Albuquerque, igualmente militar na praça de Faro.
Dito de outro modo, não me pareceu que o Deão e Ventura da Cunha fossem irmãos, mas posso estar redondamente enganado... e não me custa nada admiti-lo. Se assim for, não deixe de mo dizer!
Em qualquer caso, verifico que esse Manuel Freire de Andrade descende, tal como eu, de Amador Girão, que era senhor da Quinta da Lage (Vouzela) por volta de 1550.
Com os melhores cumprimentos,
Pedro Girão
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Luís de Albuquerque Veloso
Pergunto qual a ligação, do nosso avô João Vellozo Pessanha Cabral, casado com Maria Francisca d’Almeida Corte Real, com o referido João Vellozo Cabral ?
Obrigado e um abraço,
José de Azevedo Coutinho
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Miguel de Sousa
Lamento sinceramente se o induzi a si e mais alguém em erro relativamente às ascendências Reais de Sebastião de Figueiredo.
Efectivamente eu não demonstro as suas ascendências Reais como refere na sua mensagem. Se ler a introdução ao § 2º, a págs. 87 digo « Sobre a família de Sebastião de Figueiredo, é largamente referida nas genealogias tradicionais e, de acordo com elas, o que não confirmei, descendente várias vezes da Casa Real Portuguesa...» e a seguir continuo «Deste modo apresenta-se esquematicamnete, no Anexo B, a ascendência de sangue Real, de acordo com as genealogias tradicionais, de Sebastião de Figueiredo, proposto 12º avô de Teresa Heinz Kerry».
Os meus melhores cumprimentos
Luís Soveral Varella
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Luis Soveral Varela:
Muito grato pelo seu post. Tinha tomado a devida nota da sua ressalva, quando acabei de ler o livro, que me deu muito prazer. Entendi muito bem que a sua proposta, nesta parte do trabalho, é um "educated guess", mas em que as circunstâncias de tempo e lugar se conjugam para apontar uma alta probabilidade de tal ligação familiar de Sebastião de Figueiredo ter existido.
Portanto, devia ter escrito (agora que revi o meu texto, saído um pouco à pressa e já com alguma fadiga) "aponta", em vez de "demonstra". Mas anoto a sua exemplar consciência ao fazer-me notar essa falha.
Sendo apenas um "leitor" de genealogia e não um entendido na matéria,parece-me, todavia, que uma grande parte da base de dados do GP provem da transcrição de nobiliários tradicionais, complementados aqui e ali com trabalhos mais aprofundados de certas linhagens, por parte de estudiosos, que os vão corrigindo num ou noutro ponto. Mas, no essencial, a informação estará mais ou menos correcta, salvo num ou noutro tema mais complexo, em que a documentação ainda não tenha sido encontrada ou não exista, ou até tenha sido adulterada [aliás fenómeno universal da genealogia, e seu pecado original].
De qualquer modo, está de parabéns a grande maioria dos nossos investigadores, pela seriedade com que têm publicado trabalhos muito valiosos, nos últimos anos, e que vão servindo de referência aos curiosos como eu.
As "ascendências reais" que mostra no seu livro são deduzidas do que é geralmente aceite. Do que tenho lido, essas ascendências e tantas outras semelhantes podem levantar uma ou outra dúvida, mas creio que são uma base de trabalho pouco contestada pela comunidade dos genealogistas. De outro modo, não teriam cabimento na base de dados do GP.
Aliás, a questão do "educated guess" na ciência genealógica não me parece ter nada de negativo, pois alerta para pistas que a posterior investigação virá orientar para uma verdade mais completa. Tem havido um interessantíssimo debate sobre estas matérias aqui no Forum, nos últimos dias.
Posso complementar com um paralelo. Os meus muitos anos de clínica habituaram-me muito a esse tipo de raciocínio, o "educated guess". Muitas vezes salvam-se pacientes porque nos ocorrem remotas hipótese de diagnóstico. Accionam-se os exames demonstrativos, e, por vezes, resolve-se o assunto porque se veio a comprovar uma hipótese em que, à partida, pouco se acreditava.
De um modo geral, toda a comprovação científica necessita primeiro da hipótese, qundo a matéria não é bem conhecida. A tese vem no fim.
Para concluir, não tenho resistência mental significativa às hipóteses (com alta probabilidade de serem verdadeiras), que põe na sua obra. Se alguém tem conhecimento de provas em contrário, tem obrigação de as declarar.
Como nos casamentos.
Parabéns pelo seu livro
Miguel de Sousa
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Luis de Albuquerque Veloso
Estive a rever as minhas velhas notas, que aqui copiei há dias, e apercebi-me de que fiz um erro de transcrição, nos ascendentes de António Maciel de Andrade. Onde se lê:
"Por sua vez, Isabel de Andrade teria sido filha de António Correa de Andrade COX(de agora em diante são todos de Tânger), e de Maria Tavares Leote, esta filha de Jorge Caiado (filho de Tomé Caiado e de Leonor de Campos) e de Maria Madalena da Costa (filha do capitão Gaspar Leote e de Maria Tavares, que me parecem ser o tronco dos Leote Tavares).
De António Correa de Andrade tenho que foi filho de Fernão Martins de Andrade COX (filho de Tomé Gonçalves e de Isabel Domingues) e de Isabel Henriques (filha de Antonio Correa, almocadem, e de Branca Pessanha).
Nunca tive tempo de verificar nada disto, e de onde vem esta Branca Pessanha não achei nos livros que vi (tenho o do JB Almeida Pessanha) nem no GP. "
deve ler-se
"Por sua vez, Isabel de Andrade foi filha de António Correa de Andrade COX(de agora em diante são todos de Tânger), e de Maria Tavares Leote, esta filha de Jorge Caiado (filho de Tomé Caiado e de Leonor de Campos) e de Maria Madalena da Costa (filha do capitão Gaspar Leote e de Maria Tavares, que me parecem ser o tronco dos Leote Tavares).
De António Correa de Andrade tenho que foi filho de Fernão Martins de Andrade COX (filho de Tomé Gonçalves e de Isabel Domingues) e de Isabel Henriques (filha de Antonio Correa, almocadem, e de VIOLANTE PESSANHA, esta filha de outro Antonio Correa e de BRANCA PESSANHA). "
Como disse, nunca tive tempo de verificar nada disto, e não achei BRANCA PESSANHA nos livros que vi (tenho o do JB Almeida Pessanha) nem no GP. Há uma VIOLANTE PESSANHA no GP, mas parece-me ser outra.
De qualquer modo, parece estarmos em presença de um ramo PESSANHA que não vem nos nobiliários. Provavelmente não serão Pessanhas do Almirante, ou serão outros que pediram o nome emprestado.
Vou consultar os registos da Sé de Tânger, durante o fim de semana, à procura de alguma pista.
Cumprimentos
Miguel de Sousa
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Pedro Girão:
Em primeiro lugar, parabéns pelo seu curioso portal na NET, com muito bom conteúdo.
Pelo que me toca, grato pela sua achega, que me deixa, de facto, a mesma dúvida. Veremos o que diz L. A. Veloso.
Aproveito a sua vinda a este Forum para lhe pôr uma questão sobre Giróns.
O Dr. Crispim Martins da Fonseca Mascarenhas, filho natural de Barnabé de Figueiredo Mascarenhas, dos de Faro, foi casado, segundo Sanches de Baena (FNA) com uma filha natural do Duque de Osuna (que seria seguramente um Girón). Isto consta no 2º volume, pag 56.
Diz mais que essa ascendência de sua mulher, D. Maria de Sousa Pessanha, constaria do Livro 1º dos Ministros C-3-41, do Fundo Antigo da Biblioteca Nacional de Lisboa.
Não diz o autor se este parentesco estava comprovado ou apenas referido, no citado registo.
Tem alguma ideia acerca desta eventual penetração de Giróns em território português. Ainda por cima a sob o nome PESSANHA?
Mistério!
Cumprimentos
Miguel de Sousa
PS - existe algum "site" bom para genealogias de Espanha? Não encontrei ainda nada muito significativo.
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Miguel de Sousa:
Intervenho agora neste tópico pois verifiquei existirem nas suas mensagens referências a um casal de antepassados meus. Refiro-me a Tomé Gonçalves e Isabel Domingues, de Tânger.
Tenho documentados os seguintes filhos de Tomé Gonçalves e Isabel Domingues:
- Catarina Fernandes, casada (Tânger 19.11.1603) com Simão do Couto;
- Bárbara Coelho, b. Tânger 05.07.1590, casada (Tânger 13.05.1629) com o Comendador João de Orta de Andrade (meus antepassados);
- Fernão Martins, b. Tânger 25.09.1595, casado (Tânger 03.02.1619) com Isabel Henriques;
- Luísa, b. Tânger 11.11.1600.
Fernão Martins de Andrade será portanto o mesmo que eu tinha referenciado apenas como Fernão Martins, casado em 1619. Posso confirmar os pais de Isabel Henriques como sendo António Correia e Violante Pessanha. Por coincidência, ou não, o padrinho de baptismo de Luísa, irmã de Fernão, chamava-se Duarte Henriques Pessanha.
Do casal Bárbara Coelho - João de Orta de Andrade foi filha Júlia Castelino, que veio a ser a primeira mulher de Jerónimo Borges Lobo, Capitão-Mor de Loulé, já referido neste tópico a propósito do seu segundo casamento com uma senhora da família Palermo.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Rui Pereira
Grato pela sua atenta intervenção, e pelos esclarecimentos, que me poupam uma parte da excursão pelos indigestos, mas pelos vistos preciosos arquivos da Sé de Tânger.
De facto, as notas de familia - nunca tive tempo nem ciência para as confirmar - são taxativas - dizem Fernão Martins de Andrade. Parece-me até que seria dificil perceber de onde viria o apelido Andrade se não fosse deste ascendente.
Mas é engraçado Julia Castelino ter entrado para a categoria de presuntiva tia do meu ramo, agora que se tem falado tanto dela. Não tenho seguido com atenção essa parte do forum. O nome é italiano? O Algarve dessa época estava atulhado de descendentes de italianos, que devem descender dos 20 genoveses que o Almirante Pessanha, por contrato, tinha que ter ao seu serviço. Nem todos seriam de Genova, provavelmente, mas passariam como tal.
Pelos vistos, não se consegue apurar nada mais antigo destes nossos costados cumuns.
Mas vou tentar perceber porque as minhas notas falam de uma Violante Pessanha e a dão como filha de uma Branca Pessanha e de um António Correa, que apostaria que tivesse sido dos de Tavira (um "educated guess" da minha parte, claro).
Não sei qual teria sido a fonte de informação de quem, no sec. XVIII, escreveu o texto - anónimo, infelizmente - sobre esta ascendencia Pessanha desentroncada, que ainda mais curiosa se torna com a entrada em cena de um Duarte Henriques Pessanha (seria este ramo descendente de Duarte Pessanha?).
Já são muitos Pessanhas desentrocados ao mesmo tempo e aparentemente do mesmo ramo.
Foram muitos Francas, Pessanhas e Ortas para Tânger, na sequência das rixas tipo "vendetta", (das variadas que houve em Tavira) destes contra os Mellos Caséveis, como conta em detalhe o livro de Mascarenhas de Mello.
Sobre João da Orta de Andrade, nada tenho nas notas. Já verificou nas "Gerações Viseenses" se existe lá esse nome? Ou no do Peter Clode? Não tenho esses livro à mão, neste momento.
O nome Orta, nesse contexto, pode ser dos de Tavira, que eram já muitos na época, e aparecem frequentemente nos documentos, segundo me disse o Capitão Anica há uns anos.
Também os Orta se ligaram aos Palermo, pois tenho um João Palermo, cavaleiro, (documentado em 1479, salvo erro, no livro de Miguel Telles Moniz Corte-Real), que já me aparecia nas notas como casado com uma ... Orta, filha de Rui Gonçalves da Costa e de Brites de Orta.
Pode ser que haja algum parentesco entre esta gente toda, por isso aqui deixo estes apontamentos - não verificados, claro. E pode ser que tudo isto venha a fazer sentido, algum dia.
Pelos vistos, nestas coisas é preciso paciência.
Mais uma vez muito grato
Miguel de Sousa
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Miguel de Sousa:
Em primeiro lugar gostaria de agradecer a sua resposta.
Parece-me perfeitamente possível que Fernão Martins tivesse o apelido Andrade. Aliás, a descendência de Tomé Gonçalves e Isabel Domingues tem apelidos muito variados: os três filhos que se sabe terem atingido a idade adulta são Fernandes, Coelho, Martins e agora também Andrade, e nenhum destes apelidos foi usado pelos pais!
Sobre a ascendência de Violante Pessanha não tenho dados, pois trata-se de um ramo ao qual apenas estou ligado por afinidade e por esse motivo nunca o investiguei. No entanto, a data do casamento de Isabel Henriques dá boas possibilidades de ainda se encontrar o registo do casamento dos pais. Nos registos de Tânger encontrará também o casamento a 19.01.1617 de Rodrigo Lobo com Margarida Pessanha. Esta Margarida era filha de Francisco Ximenes e Ana Gonçalves, neta paterna de Manuel Ximentes e Maria de Figueiredo e neta materna de Afonso Gonçalves e Joana Dias. Estudei este ramo a propósito da ascendência de Fernando Pessoa, de quem Francisco Ximenes e Ana Gonçalves são oitavos avós.
O nome Castelino é de facto italiano. Júlia Castelino era bisneta de Paulo Castelino, genovês que foi ouvidor em Tânger e que é o progenitor daquela que creio ser a única família Castelino existente em Portugal.
Os meus Ortas provêm de Ceuta. O pai de João de Orta de Andrade chamava-se Pedro Vieira de Orta, era natural de Ceuta e filho de outro João de Orta de Andrade e de Bárbara Pitis, ou Bárbara Antunes. Este é o casal mais antigo que conheço neste ramo.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Rui Pereira
Grato pelos seus comentários e informações.
Terminei agora uma primeira visita aos registos da Sé de Tânger, à procura da ascendência de BRANCA PESSANHA, que não consegui encontrar. O que achei foi isto, até agora:
1603.11.04
Casamento de Afonso Mascarenhas COX com Luisa Mateus, ambos viuvos, moradores nesta cidade. Testemunhas – António Lopes da Franca, contador, António Correa e sua mulher Branca Pessanha. Padre Simão Dias Pinto
1609.09.08
Casamento de Diogo Correa, filho de Antonio Correa e de Branca Pessanha, já defuntos, com Maria de Negreiros, filha de Fernão Contreiras de Gusmão e de Ana de Vivaldo. Testemunhas Nuno de Mendonça, Capitão Geral, seu filho Nuno de Mendonça, e Jorge de Mendoça Passanha e Gil Barreto e Duarte Henriques Passanha.
Padre João Baptista de Vivaldo
1609.09.08, no mesmo dia do anterior
Casamento de Gaspar de Vivaldo, filho de Fernão Contreiras de Gusmão e de Ana de Vivaldo, com Violante Pessanha, filha de Antonio Correa e de Branca Pessanha, já defuntos. Testemunhas Nuno de Mendonça, Capitão Geral, seu filho Nuno de Mendonça e o contador André Dias da Franca e Jorge de Mendonça Lopes e o alcaide mor Pedro de Freitas e Duarte Henriques Passanha.
Padre João Baptista de Vivaldo
1623.07.19
Casamento de Nicolau de Sousa, filho de Gaspar de Sousa e de Maria Gonçalves da Costa com Genebra Correa, filha do Almocadem António Correa e de Branca Pessanha, já defuntos, todos moradores nesta cidade. Testemunhas o contador André Dias da Franca, o adail Jorge de Mendonça P.ca (Pessanha?), o alcaide mor André Dias e o almoxarife António da Silveira. Padre Manuel Carvalho
1. Portanto, temos uma BRANCA PESSANHA,casda com ANTÒNIO CORREA, almocadém, ainda vivos em 1603 e já falecidos em 1609
2. Filhos, até agora:
GENEBRA CORREA cc MARIA DE NEGREIROS 1609
DIOGO CORREA cc MARIA DE NEGREIROS 1609
VIOLANTE PESSANHA cc GASPAR DE VIVALDO 1623
3. No que respeita às testemunhas dos casamentos, parecem muito bem relacionados e surgem mais PESSANHAS. Parece quase tudo gente de raiz algarvia
4. Mãe e filha têm apelido PESSANHA, o que parece demonstrar uma transmissão, e não um nome de empréstimo ou de simpatia, como encontrei vários casos, entre os quais o que me comunicou.
5. Aumentam, assim, as probabilidades de serem Pessanhas do Almirante
Vou continuar a a ver os Pessanhas todos, para tentar estabelecer árvores. Vai levar alguns dias. Depois lhe direi se resultou alguma coisa.
O nome Vivaldo também me parece italiana. Tem informações sobre esta família?
Os melhores cumprimentos
Miguel de Sousa
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Miguel de Sousa:
Muito obrigado pelas suas informações.
Eu não considero muito provável que o apelido Pessanha de Margarida Pessanha, que mencionei na minha mensagem anterior, seja de empréstimo ou simpatia como mencionou. Parece-me mais simples que provenha de um bisavô ou mesmo trisavô, quem sabe. Não seria inédito. Esse tipo de transmissão é por vezes facilitado se nas gerações intermédias houver algum colateral que use o apelido. No caso de Margarida Pessanha não tenho infelizmente conhecimento de quaisquer tios paternos ou maternos.
Parece-me bem plausível aliás, a existência de parentesco entre os seus Pessanhas e os de Margarida Pessanha, se bem que tal seja provavelmente indocumentável dada a época remota em causa.
Estive a pesquisar os dados que tenho de Pessanhas de Tânger em registos de baptismo (não vi os casamentos porque deduzo das suas intervenções que tem acesso ao livro "Registos Paroquiais da Sé de Tânger") e encontrei:
24.07.1590 - Gaspar, f. Francisco Rodrigues das Fustas e Isabel Mimoso. Padrinhos: Gaspar Dias, escrivão da matrícula, e Maria Pessanha.
05.11.1595 - Isabel, f. António Jorge e Maria Álvares. Padrinhos: Cristóvão Mendes, secretário do Capitão, e Branca Pessanha.
21.03.1599 - Catarina, f. Bartolomeu Cabeças e Ana Gomes. Padrinhos: Luís Machado, irmão de Duarte Pessanha, e Catarina Dias, mulher de Lourenço Pessanha.
11.11.1600 - Luísa, f. Tomé Gonçalves e Isabel Domingues. Padrinhos: Duarte Henriques Pessanha e a parteira.
15.10.1601 - António, f. Bartolomeu Cabeças e Ana Gomes. Padrinhos: Duarte Pessanha e Mécia Pedreira, mulher de Brás Gonçalves Pita.
13.11.1604 - Luís, f. Francisco Gonçalves Lobo e Ana Fernandes. Padrinhos: D. Luís e Joana Dias Pessanha.
12.08.1605 - Maria, f. Brás Galvão e Francisca Mimoso. Padrinhos: Jorge de Mendonça Pessanha e Leonor Domingues.
20.10.1610 - Fernando, f. António Carvalho e Brites Correia. Padrinhos: Afonso Vaz Caminha, fronteiro, e Catarina Gonçalves, mulher de Duarte Pessanha.
27.04.1614 - Maria, f. Sebastião Gonçalves Godinho e Isabel de Chaves. Padrinhos: Manuel Pessanha e a parteira Joana Garcia.
08.07.1615 - António, f. Belchior Velez de Morais e Isabel de Macedo. Padrinhos: Manuel Pessanha e Violante Pessanha.
18.11.1618 - Simão, f. Duarte Borges da Costa e Isabel da Fonseca. Padrinhos: o Adail Jorge de Mendonça Pessanha e Isabel Álvares, irmã do pai.
05.01.1622 - Ana, f. João Lobo de Sampaio e Isabel Álvares Pereira. Padrinhos: o Adail Jorge de Mendonça Pessanha e a parteira.
O "Luís Machado irmão de Duarte Pessanha" mencionado em 1599 poderá ser o mesmo que - ou pelo menos estar relacionado com - um Luís Machado que casou com Hermínia Ferreira de quem teve João Rodrigues Machado de Bettencourt, de Tânger, casado em Portimão em 1651.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Pedro Girão
Muito obrigado pela sua mensagem. Esta questão continua para mim um mistério!
Vamos lá ver o que me parece.
A história de Jozefa de S. Payo ser mulher de Manuel Freire de Andrade consta dos registos de baptismo dos filhos de ambos, Ventura a 27/7/1675 Faro Sé e Maria a 14/8/1671 tb. Faro Sé. Mas de facto o seu nome não consta do processo para OX de seu filho João Vellozo Cabral, de quem não tenho o assento de nascimento.
O facto de sua mãe (Francisca da Cunha de Albuquerque que tb. não consta do processo) ser sobrinha do Deão resulta de apontamentos e árvores de meu bisavô que tenho em casa tal como de notas do Miguel Corte-Real, mas tb. do citado processo OX em que o requerente diz ser "neto pela parte materna de Dom João Vellozo Cabral Deão que foi da Sé de Faro, bisneto de Ventura da Cunha que servio a Vossa Magestade em vários postos de milicia e foi cavaleiro Ordem de X, o qual foi irmão" dos dois sacerdotes que V. cita.
Além disto ele diz e por aí se vê que ele era bisneto de Ventura da Cunha pelo lado da avó materna (e não, como parece indiciar pela frase que venho de transcrever, pelo lado do avô Deão). Assim, "digno da real attenção de Vossa Magestade para lhe fazer mercê de dispensar no impedimento que resultou de sua Avó materna porque senão devia reputar escrava sendo filha de seu Vizavo Ventura da Cunha, e tratada em casa do dito seu Avô Dom João Vellozo Cabral com o titulo de sua sobrinha..." etc como escrevi na 1ª mensagem deste tópico.
Assim, se o Deão é avô materno e tio da avó (Francisca) que era filha do bisavô Ventura da Cunha, o Deão só podia ser irmão deste Ventura. Não lhe parece? Em tudo isto não tenho certezas, mas apenas dúvidas.
Tb. não estou a negar a versão que ela fosse escrava, mas tão só a não perceber muito bem a história toda uma vez que João Vellozo Cabral diz que ela não se devia reputar escrava. Bem sei que tb. diz, e por isso tb. não percebo, que ela era tratada com o TÍTULO de sobrinha do Deão. Era de facto sobrinha ou que significa ser tratado com o título?
Para mais consta ainda das notas que possuo que Dom João Vellozo Cabral, Ventura da Cunha (de Albuquerque) e com certeza os dois irmãos sacerdotes (o Bispo e o fundador do mosteiro de Marvila) são filhos de Belchior Vellozo do Amaral e de Maria da Cunha.
Não creio que isto tenha sido de uma grande ajuda para resolver o que para mim é um mistério.
Cumprimentos do
Luiz de Albuquerque Veloso
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro José
Desculpe só agora responder, mas mais vale tarde do que nunca....
O referido João Vellozo Cabral casou com Brites Mascarenhas e foram pais de Manuel Freire de Andrade que do seu casamento com Leonor Thomazia de Gouveia Pessanha (que penso ser irmã de Diogo de Mendonça Pessanha, antepasssado dos Medonça Pessanha que foram Fidalgos de Cota de Armas) foram pais de Ana Paula Manuel Mascarenhas Pessanha casada com João Baptista Ribeiro. Estas foram os pais do nosso antepassado João Vellozo Pessanha Mascarenhas Cabral que casou com Maria francisca d'Albergaria d'Almeida Côrte-Real.
Abraço do
Luiz
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RE: Fernão M Andrade, Lopo Soares de Albergaria
Caros Luiz de Albuquerque Veloso e Miguel de Sousa:
Regresso a este tópico pois localizei recentemente um documento que vem confirmar parte dos dados constantes das notas aqui referidas pelo colega Miguel de Sousa, assim como acrescentar alguns dados até agora desconhecidos (pelo menos para mim).
No Arquivo Distrital de Évora existe uma habilitação para ordens eclesiásticas, datada de 1706, que se refere a Lopo Soares de Albergaria, Cavaleiro da Ordem de Cristo, natural de Lagos, viúvo de D. Maria Helena.
Este Lopo, que afirmava em 1706 residir em Beja há "passante de 14 anos", era filho de António Marreiros Soares, Cavaleiro da Ordem de Cristo, e de Isabel Domingues de Andrade; neto paterno de Lopo Soares de Albergaria, Cavaleiro da Ordem de Cristo, e de Leonor Vaz Marreiros; e neto materno de Fernão Martins de Andrade, capitão de uma galera, e de Isabel Henriques. Os pais e avós eram todos naturais de Tânger.
No processo refere-se que Lopo se achava "com obrigação de filhos". Também é dito que o avô materno, Fernão Martins de Andrade, teve dois filhos clérigos, um neto clérigo e outro frade.
Há, em outro tópico deste Fórum, uma intervenção de Augusto Ferreira do Amaral que refere serem estes Soares de Albergaria referidos no livro sobre a família destes apelidos:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=52337&fview=c
Infelizmente ainda não tive a oportunidade de consultar a obra em causa.
Não sei qual será a ligação entre estes Lopos e o que já foi referido neste mesmo tópico como tendo sido casado com Isabel de Andrade.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: A filha natural do duque de Ossuna
Caros Miguel de Sousa, Sousa Girão, e demais interessados na ascendência de Maria de Sousa Pessanha:
Começo por pedir desculpa por retirar toda a côr, perfume e fantasia à personagem que Sanches de Baena imaginou filha natural do duque de Ossuna (p. 56 das FNA). Falo de Maria de Sousa Pessanha, a mulher do Desembargador Crispim Mascarenhas de Figueiredo (filho bastardo legitimado de Manuel de Figueiredo Mascarenhas e de Anastácia Freire), com o qual casou (c.g.) em Lisboa (Santos-o-Velho) a 25.6.1684 "com licença do párocho desta freguesia de Santos D.João Mascarenhas, Arcediago desta Sée de Lixboa no Oratorio do Conde meirinho mor" e viveram em Lisboa "em caza dos Condes Meyrinhos mores misticos ao Convento dos frades de S. Joam de Deos".
Temo ser uma vez mais um vulgar cinzentão desmancha encantos. Mas abrindo este delicioso acepipe do nosso Sanches de Baena, embrulhado em sedutor e pomposo papel de seda ("Livro 1º dos Ministros C-3-41 do Fundo Antigo da BNL"), eis que se nos depara uma genuína e legítima Sousa Pessanha Girão, dos de Santarém, com fama de defeito no sangue, mas tranquilamente baptizada na igreja do Sacramento de Lisboa a 10.1.1659 com o nome de "Maria de Sousa Pessanha" e a protecção do padrinho D. João Mascarenhas, conde do Sabugal, a cuja criação a sua família pertencia. Desde pelo menos 3.6.1711 passou a assinar "D. Maria de Sousa Pessanha", sendo filha de António de Sousa Pessanha Girão, nascido em Lisboa ou Santarém, e de sua mulher Leonor Mouzinho da Costa, de Castelo de Vide; neta paterna de outro António de Sousa Pessanha, nascido ci de 1618 em Lisboa, onde ainda vivia, de sua fazenda à Rua Direita de Santos, em 9.1.1686.
Mais pormenores, referências documentais, correcções e desenvolvimentos genealógicos sobre os Figueiredos Mascarenhas e famílias aliadas, constam do meu tomo a sair brevemente "Figueiredos Mascarenhas, capitães-mores de Faro".
Melhores cumprimentos
Miguel Côrte-Real
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Miguel de Sousa:
Regresso a este tópico para informar que localizei na Torre do Tombo um documento que permite corrigir a ascendência de Isabel Henriques referida nas suas notas de família. De facto, Isabel Henriques (casada com Fernão Martins de Andrade) não era filha de António Correia e Violante Pessanha, mas sim de António Correia e Branca Pessanha.
Estes dados constam do processo da Inquisição contra Sebastião Gonçalves (Inquisição de Évora, proc. 970). Este réu tinha 28 anos em 1634, era cristão-velho, filho de Duarte Henriques Pessanha e Catarina Gonçalves, neto paterno de Francisco Henriques e Violante Pessanha e neto materno de Vasco Soudo(?) e Leonor Fernandes, todos naturais de Tânger.
Entre os parentes que cita na sua genealogia consta a tia paterna Branca Pessanha (que era portanto filha de Francisco Henriques e Violante Pessanha), casada com António Correia, cristão-velho, Cavaleiro da Ordem de Cristo. E entre os filhos deste último casal cita Isabel Henriques, casada com Fernão Martins, cristão-velho. Mais adiante no processo aparece como testemunha o próprio Fernão Martins de Andrade, aqui já referido com o nome Andrade, "Capitão de uma das galeotas do serviço de El-Rei", e Cavaleiro-Fidalgo da Casa Real, de cerca de 40 anos (em 1637). Declarou ser casado com uma prima co-irmã do réu.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Rui Pereira:
Muitíssimo grato pela sua mensagem. Já tinha detectado esse processo da Inquisição na BD da TTonline, e confesso que não percebi quase nada, pelo resumo lá disponível. Tinha-o nas notas para ver o processo, quando tivesse ocasião de ir à TT, mas também tenho sempre receio de não conseguir ler as letras antigas.
Penso que agora o assunto fica claro, e o pessoal da família fica a dever-lhe mais esta, a juntar a tantas outras contribuições importantes que já deixou.
Ficam ainda algumas coisas por esclarecer. Mas vejamos agora um ponto da situação, resumido:
I - Francisco Henriques e Violante Pessanha I, ambos de Tanger, devem ter casado c. 1550 e tiveram os filhos seguintes, pelo menos:
II - Duarte Henriques Pessanha c. 1560 cc Catarina Gonçalves em 24.2.1585 na Sé de Tanger. Filhos que seguem abaixo.
Ele também se documenta como Duarte Pessanha de Abranches num assento da Sé de Tanger – casamentos – de 8.1619, o que aponta para que fosse neto de Duarte Pessanha de Abranches cc Joana Dias Valente, ambos de Tavira, ele Comendador do Ervedal, nascido c. 1500 e falecido em 13.3.1553. Este foi filho de Diogo Pessanha – FCCR, COC, sargento-mor de Tavira e senhor da torre de Alfersam, falecendo no Castelo de Lisboa em 1551 - e de Simoa Correia, apontada como filha de Pedro Correia, vereador de Tavira e FCA 1536. Todos eles de Tavira.
III – Violante Pessanha IV cc António Tavares Lopes
III – Sebastião Gonçalves, tratante, cristão-velho, preso pela Inquisição (4 anos?) por acusação de heresia, apostasia e resistência à prisão; segundo um amigo meu, entendido na matéria, poderia ter sido por adesão a uma seita protestante, ou pelo menos às ideias luteranas.
II - Branca Pessanha, cc António Correia em 2.9.1584 em Tanger, tendo os seguintes filhos:
III - Violante Pessanha III cc Gaspar de Vivaldo em 8.9.1609
III - Diogo Correia cc Maria de Negreiros em 8.9.1609
III - Genebra Correia cc Nicolau de Sousa em 19.7.1623
III - Isabel Henriques II cc Fernão Martins de Andrade em 3.2.1619
II - Violante Pessanha II cc António Correia, não se sabendo onde nem como, nem se o António Correia teria sido antes marido de sua irmã Branca, ou seja se é ou não a mesma pessoa que casa sucessivamente com duas irmãs, por falecimento da primeira delas. Este casamento apenas é conhecido por se achar o assento nupcial da filha do casal:
III – Luisa Correia cc Gaspar Marques a 6.7.1619, na Sé de Tanger
II – Isabel Henriques I cc Gil Barreto em 25.5.1596 na Sé de Tanger
Não sei se estará completo e se não falta gente. É natural que sim. DE qualquer modo, faltam datas certas de nascimento e de óbito.
A respeito de ascendências é que não temos progredido muito. Ando a ver agora umas notas sobre os pais de Fernão Martins de Andrade, Tomé Gonçalves e Isabel Domingues, e talvez haja aí matéria a explorar.
Se me quiser contactar através do migsousa@zmail.pt, posso dar-lhe mais detalhes, que aqui me parecem despropositados
Com os melhores cumprimentos
Miguel de Sousa
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Miguel de Sousa:
Muito obrigado pela sua resposta.
O processo da Inquisição que referi contém bastante mais informação genealógica, que colocarei neste mesmo tópico logo que me seja possível.
Estou naturalmente curioso quanto aos novos dados que possam vir a surgir relativamente aos também meus antepassados Tomé Gonçalves e Isabel Domingues.
Irei contactá-lo por e-mail para o endereço que indicou.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Genealogia de Sebastião Gonçalves, de Tânger
Caro Miguel de Sousa:
Conforme anteriormente prometido, aqui ficam os dados completos da genealogia do processo de Sebastião Gonçalves (Inquisição de Évora, processo 970).
Sebastião Gonçalves, cristão-velho, 28 anos (em 28.07.1634), filho de Duarte Henriques Pessanha e Catarina Gonçalves, neto paterno de Francisco Henriques e Violante Pessanha, neto materno de Vasco Soudo e Leonor Fernandes - todos de Tânger.
Casado com Brites Pinto, cristã-nova, de quem tem:
--- Duarte, que morreu de 2 anos.
--- Catarina, de 8 meses.
Tios paternos:
* Luís Machado c. c. Mécia Rodrigues, meia cristã-nova.
* Branca Pessanha c. c. António Correia, cristão-velho, Cavaleiro da Ordem de Cristo, de quem tem:
---- Diogo Correia c. c. Maria de Negreiros, cristã-velha.
---- Francisco Correia, solteiro.
---- Violante Pessanha c. c. Gaspar de Vivaldo, cristão-velho.
---- Genebra de Lebre c. c. Nicolau de Sousa, cristão-velho.
---- Luísa Mateus c. c. António Ribeiro.
---- Isabel Henriques c. c. Fernão Martins, cristão-velho.
* Isabel Henriques c. c. Gil Barreto, cristão-velho, Cavaleiro da Ordem de Cristo, de quem tem:
---- Álvaro Barreto c. c. Ana de Torres.
---- Gonçalo Barreto, solteiro.
---- Duarte Pessanha, solteiro.
---- Maria Barreto, solteira.
---- Antónia Barreto, solteira.
Tios maternos:
* Brites Fernandes c. c. Belchior Martins, cristão-velho, de quem tem:
---- Fernão Rodrigues c. c. Inês de Seia.
Irmãos:
* Francisco Henriques, Capitão-Mor de Albufeira, c. c. Maria Filipe, meia cristã-nova, de quem tem:
---- Duarte Henriques, de 15 anos.
---- Gonçalo Filipe, de 10 anos.
---- Catarina Gonçalves, de 8 anos.
---- Violante, de 6 anos.
---- mais uma filha.
* Manuel Pessanha c. c. Violante Pessanha, meia cristã-nova, de quem tem:
---- Luís, de 1 ano.
---- Inácia, de 3 anos.
* Álvaro Machado, sacerdote clérigo.
* Violante Pessanha, c. em Ceuta c. António Tavares, cristão-velho, de quem tem:
---- Baltazar, de 4 anos.
---- Isabel, de 8 anos.
---- Catarina, de 6 anos.
---- Bárbara, de 2 anos.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Genealogia de Sebastião Gonçalves, de Tânger
Caro Rui Pereira:
Muito grato pelos elementos, que teve a paciência de transpôr para este forum. Pelo proc. IE/9971 de Violante Pessanha pode-se acrescdnentar um pouco este panorama
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RE: Genealogia de Sebastião Gonçalves, de Tânger
Caro Rui Pereira:
Muito grato pelos elementos, que teve a paciência de transpôr para este forum. Pelo proc. IE/9971 de Violante Pessanha pode-se acrescentar um pouco este panorama, pois
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RE: Genealogia de Sebastião Gonçalves, de Tânger
Caro Rui Pereira:
Muito grato pelos elementos, que teve a paciência de transpor para este forum, e de que só hoje me apercebi já cá estarem
Pelo processo da Inquisição de Évora IE/21/9971, de Violante Pessanha, pode-se acrescentar um pouco este panorama, pois esta filha de Luis Machado e Mécia Rodrigues esteve dois anos e meio presa nos calabouços, e era casada com seu primo Manuel Pessanha.
Não sei se este outro processo também terá genealogia bem desenvolvida, e que possa acrescentar algo ao já sabido, mas, de qualquer modo, a descendência deste ramo dos Pessanha em Tanger ficou razoavelmente clarificada, e só por si, terá valido a pena abrir este tópico, independentemente de outras achegas muito interessantes que aqui ficaram.
Muito grato
Miguel de Sousa
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RE: Tomé Gonçalves
Caro Rui Pereira
Tomo a liberdade de colocar aqui as minhas dúvidas e conjecturas sobre a ascendência de Tomé Gonçalves, tal como já tinha apontado
Elas baseiam-se num facto muito simples – seu filho, Fernão Martins de Andrade, nasceu em Tanger em 25 de Setembro de 1595. Mas já em 1 de Janeiro de 1587 encontramos um Fernão Martins de Andrade a casar uma sua filha, Luisa de Andrade, cuja mãe consta ser Maria Coelho. Logo, existe uma forte probabilidade de Fernão Martins de Andrade I ser pai ou avô de Fernão Martins de Andrade II, o que faria com que Tomé Gonçalves tivesse sido filho de Fernão Martins de Andrade I.
Vamos ver se tal hipótese é viável, de acordo com a documentação disponível, recorrendo apenas aos Registos Paroquiais de Tanger
º Fernão Martins de Andrade I
Cc Maria Coelho, em data e local ignorados, mas certamente fora de Tanger, pois no assento de casamento de sua filha, em 1587, os pais não são dados como naturais da cidade. Provavelmente o casal terá chegado a Tanger pouco antes de 1587, pois os três filhos seguintes já têm assento de nascimento na cidade, a saber.
ºº. Tomé Gonçalves ou Tomé Gonçalves de Andrade I, que segue
ºº Luisa de Andrade cc Jerónimo Correia em 1 Jan 1587 em Tanger
ºº Sebastião de Andrade cc Isabel de ...gara em 17 Nov 1603 em Tanger
ºº Jorge Coelho cc Isabel Vaz em 28 Out 1593
ou seja, dois filhos usaram o apelido do pai e um terceiro, Tomé Gonçalves, pode tê-lo usado; e um filho o apelido da mãe: Vejamos agora o caso de Tomé Gonçalves, de que não existe prova directa de que seja filho deste proposto pai.
Tomé Gonçalves cc Isabel Domingues, cuja filiação ignoramos, mas sabe-se que tiveram os filhos seguintes, a quem indicamos a derivação onomástica provável
ººº Catarina Fernandes cc Simão do Couto a 19 Nov 1603 em Tanger
Teria tomado o nome do presumível avô Fernão
ººº Barbara Coelho cc João da Orta de Andrade em 13 Mai 1629 em Tanger
Teria tomado o apelido de sua presumível avó paterna
ººº Fernão Martins de Andrade II cc Isabel Henriques em 3 Fev 1619 em Tanger. Teria tomado, integralmente, o nome do avô que aqui lhe apontamos.
ººº Luisa; ignoramos se sobreviveu e que nome tomou
Fernão Martins de Andrade II foi cavaleiro fidalgo da Casa Real, capitão de galeota da Armada Real, cavaleiro e comendador da Ordem de Cristo, e faleceu antes de 1649.
Foi casado com Isabel Henriques, filha de António Correia, almocadém, e de Branca Pessanha, com já está totalmente confirmado, todos naturais de Tanger.
Teve esse casal dois filhos:
ºººº António Correia de Andrade, em 5 Abr 1655, cc Antónia Vieira de Madureira Pita, filha de Francisco de Madureira Brandão, Capitão e Governador de Tanger e de sm Maria Pita..
ºººº Isabel Domingues de Andrade cc António Marreiros Soares em Tanger em 9 Out 1661, que tiveram Lopo Soares de Albergaria III, casado com ( I ) D. Maria Helena Conforte Correia e (II) com D. Isabel Antónia de Madureira Pita, minha 8ª avó, depois desta ter enviuvado de João Maciel de Andrade, Capitão-mor de Faro, de quem teve cinco filhos.
Do casal António Correia de Andrade, em 5 Abr 1655, cc Antónia Vieira de Madureira Pita são conhecidos 4 filhos, que seguem :
ººººº Isabel Antónia de Madureira Pita, natural de Lagos, cc João Maciel de Andrade, Capitão-mor de Faro, em 10 Fev 1695, na Sé de Faro. O casal teve 5 filhos identificados
ººººº Francisco Correia de Andrade, viveu em Lagos, onde se documenta em 1598 como irmão nobre da Santa Casa da Misericórdia
ººººº Maria Helena Conforte Correia, já citada acima
ººººº Tomé Gonçalves de Andrade II, que se documenta nos assentos paroquiais de Faro em 1673, num apadrinhamento, de que perdi a nota. Recebia também uma mercê de uma fanga de farinha por mês da Casa Real, desde 1687.
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Em conclusão, podemos estabelecer a sequência desta linha de descendentes, do seguinte modo
1 Fernão Martins de Andrade I
2 Tomé Gonçalves de Andrade I
3 Fernão Martins de Andrade II
4 António Correia de Andrade
5. Tomé Gonçalves de Andrade II
Aqui fica esta hipótese, à consideração dos confrades, e do estimado Rui Pereira, também descendente possível do primeiro dos apontados.
Fico à disposição para qualquer esclarecimento, e ficaria grato se se dessem ao trabalho de verificar a dedução, para ver se contém erros, o que é sempre possível, nestas incertezas.
Agradecíamos também aos confrades que tenham eventualmente encontrado rasto de um Fernão Martins de Andrade, casado com Maria Coelho, nalgum assento paroquial do país, o subido favor de o comunicarem por esta via. Talvez assim sejam possíveis conclusões mais definitivas.
Com os melhores cumprimentos
Miguel de Sousa
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RE: Tomé Gonçalves
Caro Miguel de Sousa:
Muito obrigado pelas novas informações que colocou aqui no Fórum.
Eu não sabia da existência do Fernão Martins de Andrade mais antigo e sua mulher Maria Coelho, e de facto parece muito provável que eles sejam avós dos irmãos Fernão Martins de Andrade, Bárbara Coelho e Catarina Fernandes.
Para além do entroncamento por Tomé Gonçalves, uma outra possibilidade que não estará excluída (pelo menos se Tomé Gonçalves nunca aparecer com o apelido Andrade), é a de Fernão Martins de Andrade e Maria Coelho serem pais de Isabel Domingues. Seria interessante conhecer os descendentes (se existirem) dos filhos confirmados do casal Fernão/Maria para se ver se há alguns com os apelidos Gonçalves ou Domingues.
Aproveito esta ocasião para referir que tenho acompanhado a discussão da família Maciel, mas infelizmente nada sei sobre a mesma para além do que foi publicado em 2003 no artigo sobre a ascendência de Fernando Pessoa de que sou co-autor.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Tomé Gonçalves
Estimado Rui Pereira:
Confesso que também não sabia que tinham existido 2 indivíduos de nome Fernão Martins de Andrade, pelos vistos ambos nossos antepassados comuns.
Apenas verifiquei o facto ao actualizar a minha base de dados, com a novas informações que fez o favor de aqui colocar. Aí a discrepância acabou por me saltar à vista, apenas por estar muito concentrado, e por verificar regularmente os pedigrees dos novos membros entrados.
O resto é apenas Registos Paroquiais da Sé de Tânger, que aliás estão longe de ter esgotado as surpresas.
Quanto à alternativa que coloca, pensei bastante nela. Mas depois de analisar longamente os dados, atrevi-me a deixá-la de lado. Os filhos confirmados de Fernão/Maria são os já citados, que aqui repito, por cópia:
“ºº Luisa de Andrade cc Jerónimo Correia em 1 Jan 1587 em Tanger
ºº Sebastião de Andrade cc Isabel de ...gara em 17 Nov 1603 em Tanger
ºº Jorge Coelho cc Isabel Vaz em 28 Out 1593
ou seja, dois filhos usaram o apelido do pai e um terceiro, Tomé Gonçalves, pode tê-lo usado; e um filho o apelido da mãe: Vejamos agora o caso de Tomé Gonçalves, de que não existe prova directa de que seja filho deste proposto pai.”
Não tenho cópia dos assentos de nascimentos de Tanger para estes 3 irmãos, mas tenho-os como filhos desses pais, e não de Fernão Martins de Andrade II, que nasceu a 25.9.1595. Creio que retirei essas datas de nascimento de algum local deste ou de outro Forum, que agora não consigo localizar, e creio que estarão certas. Mas é sempre prudente verificar, evidentemente.
Quanto ao assunto da família de Fernando Pessoa, é uma permanente paixão dos estudiosos. Sobre estes últimos dados, que nada acrescentam à ascendência do Poeta, já solicitei ao nosso comum parente José Cabecinha o favor de, se não se importar, colocar aqui a data e local do casamento de Maria Vitória Rita Maciel, uma vez que foi ele que teve a amabilidade de me a ter transmitido.
Já em fim de linha, e falando ainda dos Martins de Andrade, faz alguma ideia da região de origem desta gente?
Os melhores cumprimentos do
Miguel de Sousa
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RE: Tomé Gonçalves
Caro Miguel de Sousa:
O segundo Fernão Martins de Andrade não é meu antepassado. Eu descendo de Bárbara Coelho. Relativamente à origem da família não tenho grandes pistas. Em Ceuta existiam Andrades, por exemplo os do ramo do meu antepassado João de Orta de Andrade.
A data do casamento de Maria Vitória Rita Maciel já foi em tempos divulgada neste Fórum, mas a intervenção correspondente (de António Bivar) acabou por ser apagada visto ter sido feita num tópico cujo conteúdo restante pouco tinha de genealogia. Tenho uma cópia impressa dessa intervenção de 07.07.2003, em que se refere que o casamento foi a 08.07.1781 em Faro (São Pedro).
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Fernão Martins de Andrade
Caro Rui Pereira:
Peço perdão pelo lapso evidente. A ser descendente, só o será por Fernão Martins de Andrade I, e não pelo II, mas sim pela irmã deste, Bárbara Coelho.
Em tempo, acrescento ainda que se documenta um António Martins de Andrade nos primeiros tempos dos Registos Paroquiais de Tanger. Parece tratar-se de um irmão ou até pai do primeiro Fernão Martins.
Ainda bem que tinha a data de casamento de Maria Vitória Rita Maciel. Bailava-me a ideia que já a tinha visto, mas não sabia onde; hoje de manhã cheguei a procurar no seu excelente artigo sobre a família de Fernando Pessoa, saído no nº 19 das Raízes & Memórias, em 2003.
Agradeço ter inserido essa informação, bem como tudo o resto.
Os melhores cumprimentos
Miguel de Sousa
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RE: Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Senhor Veloso
Não sei se a minha resposta será extemporânea, nem se contribuirá para a sua pesquisa. No entanto, aqui vai o que consegui me pesquisas que efectuei, relativas à sé de Faro. Como não sei muito de genealogia, peço perdão por algum termo menos correcto.
Os dados que possuo são referentes ao nome "Pessanha" e são os seguintes:
Gabriel Mendonça de Pessanha foi, em 1696, Arcediago da Sé de Faro, por coadjutoria e futura sucessão.
Francisco Xavier Lobo de Pessanha, fidalgo da casa de Sua Majestade, filho de Diogo Lobo Pereira, capitão, natu. de Loulé, filho e Jerónimo Borges Lobo, natural e Tânger e de D MAria da Fonseca natural de Faro; e de Genebra Maria da Fonseca, natural de Loulé, filha de Francisco de Faria Mascarenhas, natural de Faro e de D. Isabel Pessanha de Aragão, natural de Loule.
Tomou o cargo de Arcediago da Sé por coadjutoria e futura sucessão de Gabriel Mendonça de Pessanha. Francisco X. L. Pessanha foi prior de Moncarapacho e familiar do Santo Ofício. Também seu pai, Diogo Lobo Pereira foi familiar do S.O.
Era irmão de António Lobo da Gama Pereira, cónego na sé de Faro e sobrinho pela parte materna de Nuno Mascarenhas, Deputado do S.O.
Tenho ainda a notícia de que o seu avô patreno era filho de João Lobo de S(?) Paio, natural de Tânger.
Tem carta de familiar de 23 de Abril de 1723, passada pela Inquisição de Évora
António Lobo da Gama Pereira, natural de Loulé, tinha o canonicato da sé de Faro por coadjutoria de Jósé de Frias e Costa.
Estes dados obtive-os na TT na Habilitações do S. O. Penso que é: "Francisco- Maço 44 doc. 915", mas não tenho a certeza.
Faria muito gosto que estas informações lhe fossem uteis. Se não forem...fica a boa vontade
Cumprimentos
António Alferes Pereira
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Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro confrade,
Ao ler o estudo genealógico "Os Cabrais de Celorico" deparei-me com o seguinte excerto que talvez possa ajudar:
"Teve este Belchior Veloso de sua mulher Jerónima Cabral, o fundador em Lisboa das capelas de Marvila e Ventura da Cunha e Albuquerque, mestre de campo no Algarve onde casou com Tereza de Mesquita, sem geração, vivendo na quinta da Marroquia, junto a Loulé; êle e sua mulher fizeram testamento, vinculando os seus bens em sua sobrinha Maria de Castro e Sousa, mulher de Estevâo Rebelo Falcão. D. António, bispo de Constança, também era filho de Belchior Veloso Cabral."
Cumprimentos,
José Cabral
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Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro José Cabral:
Muito grato por esta informação, que tem detalhes que desconhecia. Amanhã vou fazer um pequeno levantamento do que sei desta gente, e tentarei colocar neste local, se tiver tempo que chegue.
Fala-me de um estudo sobre os Albuquerque de Celorico, mas de momento não estou a ver de que obra se trata: Seria possível detalhar, para que a consiga consultar?
Cumprimentos
Miguel de Sousa
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Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro José Cabral:
Afinal achei esta nota já com alguns anos, de Eduardo Albuquerque:
..."Como quer que seja, o nome desta gente figura num trabalho de Manuel Ramos de Oliveira, “ Os Cabrais de Celorico” trazido a público na Revista Altitude, ano II, n.º 8 e n.º 11, de Agosto e Novembro de 1942, tendo como fundamento entre outros, segundo creio, um manuscrito do século XVIII, “ Famílias da Província da Beira” de Agostinho de Sá Veloso."...
Estava num ficheiro que já tinha esquecido: Tem cópia desse artigo? Tem 77 anos, quem diria, mas tenho muito interesse nele
Muito grato
Miguel de Sousa
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Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Miguel de Sousa,
Sim, tenho cópia do estudo genealógico os "Cabrais de Celorico" publicado na Revista Altitude, se me facultar o seu email poderei digitalizar e enviar-lhe.
Cumprimentos,
José Cabral
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Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro José Cabral
Atrasado uns anos.... muito lhe agradeceria se me pudesse enviar o texto dos Cabrais de Celorico, publicado na revista que refere para o seguinte endereço mail: mfc.lav@gmail.com
Melhores e mais gratos cumprimentos
Luiz de Albuquerque Veloso
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Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caro Luiz de Albuquerque Veloso,
Descende dos Cabrais de Celorico? Estou a investigar as famílias nobre de Celorico da Beira e tenho bastante informação sobre as mesmas até ao século XIX (levantamento dos registos paroquiais), mas também tenho grande interesse na actualização das descendências daquelas famílias.
Cordiais cumprimentos,
Paulo Duarte de Almeida
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Pessanha, Veloso e Cabral, do Algarve
Caros Paulo Duarte de Almeida e José Cabral, boa tarde
Tenho um ascendente de nome José Cabral, natural da freguesia de S. Julião, concelho de Punhete (atual Constância), filho de João da Silva e de Catarina Cabral. Não tenho a data de nascimento de José Cabral, mas admito que ele tenha nascido por volta de 1695-1705.
Ele, José Cabral casou com Isabel de Sousa em 19-12-1724 na igreja de Salir, concelho de Loulé.
Não tenho mail elementos sobre José Cabral mas começo a colocar a hipótese de haver alguma ligação a Jerónima Cabral (cc Belchior Veloso). É apenas uma suspeita. Por isso pedir-lhes-ia, caso fosse possível, que me enviassem alguns elementos sobre os "Cabrais" de Celorico, designadamente, de 1700 para trás.
O meu email é juliotsousa@gmail.com
Antecipadamente grato.
Com os melhores cumprimentos.
Júlio Sousa
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