Soucassaux

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Soucassaux

#79667 | Carlos Silva | 17 dez 2004 21:52

Caros colegas,

Penso que ainda existe ou pelo menos existiu uma familia Soucassaux em Barcelos.
Alguem sabe da origem da dita familia?

Sei de individuos de apelido Sousa Soucassaux no sec. 19 no concelho de Famalicao (freguesia de Mogege pelo menos, onde nasceu Rodrigo Soucassaux).
Alguem sabe se eram da mesma familia?

cumprimentos
Carlos Silva

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RE: Soucassaux

#79695 | jpcmt | 18 dez 2004 10:41 | Em resposta a: #79667

Meu Caro Carlos Paulo:

Apenas lhe sei dizer que o nosso ilustre Confrade Revº António Júlio Limpo Trigueiros, na sua excelente obra "Barcelos Histórico...", cita, várias vezes, o livro:

- José Mancelos Sampaio e Augusto Soucassoux, "Barcelos, Resenha Histórica-Pitoresca-Artística", Barcelos, 1916.

A família Soucassoux não consta da primeira obra, mas o seu autor saberá, por certo, algo mais...

Mas não tenho o livro de 1916.

Grande abraço, João

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RE: Sousa Soucasaux

#79699 | Carlos Silva | 18 dez 2004 11:48 | Em resposta a: #79695

Caro João,

antes de mais agradeço a atenção, e a interessante referência.

Intrigado com a forma Soucassoux, que nao conhecia, aprofundei a pesquisa e achei nos recursos internet as formas Soucassoux, (com "ou" fonéticamente próxima da pronúncia francesa de "au" e "eau"), Soucassaux, Soucasaux e até Soucasseaux.
Finalmente no 118 vejo que o "padrão" de hoje é "Soucasaux", apelido ainda representado em Barcelos.

Os de Barcelos, e os que eu procuro estudar em Famalicao têm provavelmente a mesma origem.

Grande abraço
Carlos

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RE: Sousa Soucasaux

#79703 | jpcmt | 18 dez 2004 13:59 | Em resposta a: #79699

Caro Carlos Paulo:
De facto é Soucassaux, segundo a fonte que citei (com "ss"). Lamento o incómodo que lhe dei.
Novo abraço, João

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RE: Sousa Soucasaux

#79705 | Carlos Silva | 18 dez 2004 14:06 | Em resposta a: #79703

Caro João,

Incómodo nao deu.
Incentivou a pesquisa.
Pelo visto a forma Soucassaux, que deve ser a primeira foi ultrapassada.

abraço
Carlos

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Soucassaux

#431678 | jfmonteiro | 01 mar 2021 18:09 | Em resposta a: #79705

Olá Carlos, ainda investiga esta família? Eu sou Soucasaux e tenho estado a investigá-la, julgo estar perto de ligar os de Famalicão aos dos Pirinéus franceses, de onde o apelido parece ser originário.

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#431730 | ajtrigueir | 04 mar 2021 11:05 | Em resposta a: #431678

Para a história da família Soucasaux aqui deixo dois textos sobre dois membros do ramo barcelense desta familia, publicados no Dicionário de Barcelenses, de Vitor Pinho, p. 367 e ss

SOUCASAUX, Augusto. Actor Amador e autor de peças de teatro de revista. Tipógrafo. Fotógrafo. Vereador da Câmara Municipal de Barcelos. Patrão Honorário dos Bombeiros Voluntários de Barcelos. Foi uma figura extremamente popular, querida e respeitada por todos, e uma das personalidades mais marcantes do século XX em Barcelos. Nasceu em Barcelos, em 13 de Abril de 1871 e faleceu na mesma localidade, em 19 de Junho de 1962. Era filho de Luís de Sousa Soucasaux, castrador, natural
de Mouquim-Vila Nova de Famalicão e de Ana Joaquina, doméstica. Casou, em 09.01.1898, com Maria Joaquina da Conceição ou Maria de Jesus da Conceição ou Maria de Jesus Cardoso Soucasaux, doméstica, que faleceu em 15.02.1943 e de quem teve descendência: Augusta Maria, Mário, Joaquim, Augusto Eurico e José Soucasaux. O apelido Soucausaux vêm-lhe do seu avô paterno, Diogo de Sousa Soucasaux, natural da freguesia de Vilhery, Arcebispado de Baiona-França. Órfão de pai aos 8 anos,
depois de ter concluído os estudos primários, e com apenas 13 anos, iniciou-se nas artes gráficas, na tipografia do semanário local “Tirocínio” e depois na da “Aurora do Cávado”, do Dr. Rodrigo Veloso, onde conheceu Silva Vieira. Após ter cumprido o serviço militar no Batalhão de Infantaria 20, sediado em Barcelos, tornou-se num empresário de tipografia, a “Tipografia Barcelense” e de papelaria, a “Papelaria Soucasaux” que reúne em Abril de 1904 numa só, na rua D. António Barroso. Teve de viver no Brasil durante cerca de dez anos, para cumprir o último desejo do seu irmão Francisco Soucasaux, que viera do Brasil retemperar forças e faleceu, em sua casa, em 24.09.1904, com apenas 48 anos
de idade. Esse último desejo era elaboração do chamado “Álbum de Minas”, para o qual já tinha recolhido inúmeras fotografias e cuja edição lhe fora confiada em testamento. O primeiro fascículo foi publicado, em inícios de 1906, sob a designação de “Miragem Histórica – Conj. Mineira-1792-1890”. Autêntica monografia ilustrada do Estado de Minas Gerais, destinada sobretudo aos estrangeiros, como se afirmava, foi organizada por Augusto Soucasaux, com o apoio do governo e das câmaras municipais. Este primeiro fascículo, para além de abundantes fotografias da autoria de Francisco Soucasaux, mas também de algumas, embora poucas, de sua autoria, contou com a colaboração principal dos Drs. Josaphat Bello (escritor), Costa e Sena (cientista) e Augusto Lima (poeta), que escreveram, respectivamente, “Breve Notícia sobre o Estado de Minas Gerais”, “Riquezas Minerais do Estado de Minas Gerais” e “Belo Horizonte”. No preâmbulo da obra, Augusto Soucasaux, escreveu: “Modifiquei o plano tornando-o mais prático, mais acessível ao fim que visa. Pena me resta que as condições financeiras do estado e o meu pequeno capital não permitissem que, respeito a esta cidade, fosse a ilustração profusamente desenvolvida. As centenas de clichés que de 1894 a 1904, exibem,
com um grande poderio de arte, as cenas mais íntimas, mais flagrantes da construçãp de Belo Horizonte – documentos de um valor real para o futuro – jazem (é o termo) n’uns tristes invólucros, entregues ao bolor(!). Francisco foi, segundo autorizado dizer, “a história viva da cidade”.”. Augusto Soucasaux partira para o Brasil, em 29.10.1904, tendo chegado ao Rio de Janeiro, com destino a Belo Horizonte, em 13.11.1904. Representando-o como proprietário da Tipografia Soucasaux ficou o P.e
Augusto José da Cunha. Naquela cidade brasileira, fez parte da direcção de um importante estabelecimento e ingressou, por distinção, no Observatório Astronómico, onde trabalhou com cientistas de alta nomeada. Regressou definitivamente a Barcelos, em Julho de 1914, depois de ter efectuada uma visita à sua terra natal, de 29.06. a 31.12.1910, para matar saudades e visitar a família.
Desde muito novo que se dedicou, também, ao jornalismo, iniciando-se, como colaborador, na “Folha da Manhã” e depois foi fundador e director durante cerca de dez anos de “A Lágrima” (01.04.1892– 25.12.1904), quinzenário humorístico ilustrado. Colaborou ainda nas seguintes publicações: “Regenerador Liberal”, ”Barcellos Revista”, “A Raquete”, “Ecos de Barcelos”, “A Opinião”, “Notícias de Barcelos”, “O Barcelense” e “Jornal de Barcelos”. Actor amador, participou, enquanto jovem, em várias peças de teatro. Foi ainda autor de peças de teatro de revista, tais como “Barcelos por Dentro”, levada à cena em 31 de Julho de 1902 no Teatro Gil Vicente, marcando a inauguração deste teatro, e co-autor com Décio Nunes e Artur Roriz Pereira das peças “Ai Que Treta Se Mariquinhas”, representada no Teatro Gil Vicente , em 11 e 12 de Maio de 1935 e “Ou Vai Ou Racha” “representada igualmente naquele teatro, em Junho/Julho de 1955. Augusto Soucasaux destacou-se ainda na arte fotográfica. Foi considerado, depois de San-Payo, o melhor fotógrafo retratista nacional. Na monografia “Barcelos
Resenha Histórica Pitoresca e Artística” publicada em 1927, de co-autoria com José Mancelos Sampaio, lega-nos autênticas maravilhas do património monumental, artístico e natural de Barcelos. Exerceu ainda o cargo de vereador municipal, desde 5 de Abril de 1919 a 18 de Dezembro de 1925, sendo Presidente da Edilidade o Dr. Miguel Fonseca. Esteve ainda ligado a várias iniciativas de
carácter empresarial. Foi um dos pequenos accionistas convidados por João Duarte, de quem foi grande amigo, para a fundação da Fábrica Barcelense e também esteve ligado à fundação da Fábrica de Fiação e Tecidos de Barcelos e à Companhia Editora do Minho. Esteve ligado ainda a várias iniciativas de índole cultural, tais como, o Museu Arqueológico de Barcelos, as obras da Igreja Matriz de Barcelos e a construção do Quiosque do Galo de que foi um dos mais acérrimos defensores. Foi 2º e 1º Patrão e Patrão Honorário dos Bombeiros Voluntários de Barcelos, sendo sempre muito apreciadas as intervenções que fazia na tradicional ceia de aniversário.

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