Familia Quintino Olhão, Vila Real de Santo António
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Familia Quintino Olhão, Vila Real de Santo António
Descendo de Maria Augusta Quintino de olhão onde nasceu no final do século XIX.
Despois um ramo foi para a Vila Real de Santo António. Outro estabeleu-se em Huelva. Outro em Setúbal. Outro em Faro e Loulé.
Gostaria de estabelecer contacto com a algum mebro da Família Quintino de Vila Real de Santo António.
Também com membros de Heulva onde um primo meu de apelido Quintino foi Consulo na primeira metade do século XX, além de possuir comercio de máquinas de escrever.
Cumprimento
David Moreira
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RE: Familia Quintino Olhão, Vila Real de Santo António
Atenção que há Quintinos na India e em Macau que derivam dos Quintinos do Sul.
Cumprimentos.
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RE: Familia Quintino Olhão, Vila Real de Santo António
Caro David Moreira:
As suas mensagens mais recentes no Fórum fizeram-me consultar sua mensagem mais antiga, a que não devo ter dado originalmente a atenção devida.
Existem Quintinos no Sotavento algarvio pelo menos desde o século XVIII. Um ramo relativamente numeroso, a que eventualmente poderá pertencer a sua ascendente Maria Augusta Quintino, inicia-se com o casamento em 1784 de José Quintino Dias, natural de Lisboa (que usava "Quintino" como nome próprio, segundo creio), com D. Teresa Dionísia Mascarenhas, de Tavira. Um dos filhos deste casal, igualmente chamado José Quintino Dias, foi General e recebeu o título de Barão de Monte Brasil.
Em Castro Marim existiu no final do século XIX um escrivão e tabelião chamado José António Quintino, sem ligação familiar com os anteriores, que era originário do Baixo Alentejo, se não estou em erro.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Familia Quintino Olhão, Vila Real de Santo António
Caro Rui Pereira
Agradeço a sua informação.
A minha bisavó Maria Augusta Quintino, nascida a 2/6/1879, era natural da Fuzeta Olhão. Seu pai José Quintino era de Sant Iago, Tavira. Seu avô paterno chamava-se Quintino dos Santos e pouco mais sei.
Sei também, que tinham alguns familiares ilustres, pelo menos a nível local.
Um deles foi vice-cônsul e/ou cônsul de Portugal em Huelva já no século XX. Era conhecido pelo "Cônsul Quintino", sei que esse primo deixou descendência nessa zona de Espanha.
Assim, tenho um Tetra-avô chamado Quintino dos Santos, que teve um filho em Tavira. Presumo que o "Quintinho" viesse da parte do pai e "dos Santos" da parte da mãe, penso que nessa altura usava-se o apelido da mãe em último lugar como ainda acontece em Espanha.
A possível ligação poderá ser possível, através do concelho de Tavira pela D. Teresa Dionísia Mascarenhas, de Tavira. Fico muito grato por esta informação. Irei investigar sobre este meu ramo.
Nota de curiosidade:
Uma tia-avó contava que esse ramo tinha primos ilustres. Mas tirando o primo Cônsul não ficou na memória mais ninguém só ficou a seguinte história de família:
A única ligação à nobreza foi num episódio, em que a Rainha D.Amélia, quando ia de férias a essa zona do Algarve, terá um dia parado o coche junto à janela da minha bisavó e terá tentado falar com ela. Mas a minha bisavó, surda devido a doença infantil, não terá sido muito agradável para a Rainha e cheia de medo terá se escondido debaixo da cama. Depois aparecerem os pais, que devem ter apanhado um susto, com a filha debaixo da cama aos gritos e a Rainha Dona Amélia de fora da janela a tentar acalmar a minha bisavó , mas depois foi tudo esclarecido. Pensamos que a curiosidade da rainha pela minha avó deveu-se a alguma semelhança física. Sei que correu na terra a rainha queria levar a minha avó bis avó para a corte, supostamente por essa razão. Mas isto passou-se à mais de 100 anos, até que ponto os factos aconteceram ou são lenda, não sei.
Com os meus melhores cumprimentos;
David Moreira
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RE: Familia Quintino Olhão, Vila Real de Santo António
Caro David Moreira:
Pelos dados que me indica na sua mensagem mais recente parece-me pouco provável que a sua família Quintino esteja relacionada com as que indiquei. Aparentemente trata-se de um outro caso, independente, de passagem do nome próprio Quintino a apelido.
Creio não ser correcta a sua interpretação da origem dos nomes do seu antepassado Quintino dos Santos. Quintino, escrito no início do nome, é simplesmente nome próprio, embora já possa ter sido eventualmente usado por alguns dos seus antepassados, e "dos Santos", nome de invocação religiosa, apenas se consolidou como apelido, na generalidade dos casos, a partir do século XIX (embora haja excepções). Assim, é perfeitamente possível que na ascendência de Quintino dos Santos não exista nem o nome Quintino nem o nome Santos.
Venho acompanhando com grande interesse as suas mensagens no Fórum pois tenho muitos antepassados algarvios, incluindo bastantes ramos de ascendência em Olhão e Tavira. Até ao momento não reconheci nenhum dos nomes que indicou, mas estarei atento às notícias que nos for dando do progresso das suas investigações.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Familia Quintino Olhão, Vila Real de Santo António
Caro Rui Pereira
A hipotese da passagem do nome prório a apelido foi a primeira que me ocorreu.
Mas também já me informaram que a hipotese que expliquei também é possível. Só seconsegue ter a certeza estudando um pouco.
Tenho uma antepasada de nome "Albertina da Ponte Felizardo" filha de "José da Ponte Felizardo" neta de "Felizardo da Ponte". Da zona de Loulé.
Eu pensava que o "Felizardo" tinha passado de nome próprio a apelido.
Mas explicaram-me que também seria possivel que o "Felizardo" já fosse apelido um apelido da família do pai e "dos Santos" o aplelido da mãe como acontece em espanha. A aparente inversão, não seria que a nova maneira de ordenar os apelidos, como o apleido do pai ou avò paterno em último lugar.
O engraçado é que os sobrinhos, os filhos e os netos desta Albertina da Ponte Felizardo ora mantêm o apelido "da Ponte" ora o apelido "Felizardo", à primeira vista parece que são famílias diferentes mas entronca tudo nestes antepasados.
Um sobrinho neto da Albertina da Ponte Felizardo chama-se Henrique (Felizardo) de Sousa teve um alto cargo de direcção na Lever Portugal. Casou-se com uma senhora com origens fidalgas. E pouco mais sei mas gostava de ter mais informções deste primo. A sua ascendência irá entroncar um irmão da referia albertina.
Com os meus melhores cumprimentos
David Moreira
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RE: Familia Quintino Olhão, Vila Real de Santo António
Caro David Moreira,
No tópico sobre "Famílias de São Clemente de Loulé" encontrará muitas referências à família "Ponte" entre os quais um Gonçalo da Ponte (do século XVII) que muitos de nós procuramos há 20 anos!
Cumprimentos
JLiberato
Estrasburgo
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RE: Familia Quintino Olhão, Vila Real de Santo António
Caro David Moreira:
Como refere, apenas investigando um pouco mais será possível esclarecer a origem do apelido Quintino da sua família. O que me parece mais provável, como referi, é o nome originar-se em Quintino dos Santos, mas só a documentação poderá dar certezas a este respeito.
José da Ponte Felizardo parece-me um caso absolutamente exemplar de passagem de nome próprio a apelido. Devia vir nos manuais escolares de genealogia. Cumpre exactamente os critérios que enunciei em mensagem recente neste mesmo Fórum, em que dou um exemplo fictício mas idêntico a este (http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=104873&fview=c):
- O pai tem um nome próprio invulgar - Felizardo.
- O filho tem um nome completo muito comum - José da Ponte - e começa a ser conhecido pelo seu nome acrescentado do nome do pai para ser distinguido de outras pessoas com nome igual.
Com certeza que a pessoa que lhe "explicou" que Quintino dos Santos ou Felizardo da Ponte podiam ter um apelido como primeiro nome deu essa "explicação" com a melhor das intenções. Mas essa explicação está errada. Era comum existirem pessoas sem apelido (como será eventualmente o caso de Quintino dos Santos), mas nome próprio todos tinham, e o primeiro nome era invariavelmente um nome próprio. Não há qualquer dúvida de que Quintino e Felizardo são neste caso nomes próprios.
Eu próprio tenho antepassados de apelido Ponte em Loulé, que passaram a Faro no final do século XVII. Mas o apelido era muito comum em Loulé. Por exemplo, não há ligação conhecida entre os meus Pontes e o Gonçalo da Ponte referido pelo colega JLiberato.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Familia Quintino Olhão, Vila Real de Santo António
Caro Rui Pereira
Como disse já referi, quando iniciei o estudo destes meus antepassado a sua explicação foi a primeira que me ocorreu. Sabia que era comum isso acontecer.
Acontece que a Tia avó falava muito deste ramo dos Quintinos. E sendo este Quintino dos Santos bisavô da minha tia avó e avô da minha bisavó ficava um pouco estranho este Senhor a origem do apelido desta família. Digo isto por esta razão:
A minha tia avó falava de outros ramos "Quintinos" e dizia que eles eram primos direitos do seu avô, o tal José Quintino. Penso que o pai do primo Cônsul Quintino era um deles, pois este era segundo primo da Maria Augusta Quintino.
Isto só me parece possível se o Quintino dos Santos tivesse outros irmãos com o mesmo nome. Dai a hipotese de Quintino dos Santos poder ser só apelidos. Tenho apenas conhecimento deste nome através da certidão de nascimento da minha bisavó, pelo que não sei se foi omitido o nome próprio do avô paterno na certidão. Também me informaram que por vezes só aparecem os apelidos dos avós nas certidões. Gostaria saber se isto é comum?
Quanto ao Felizardo, algo se passa semelhante aos Quintinos. Vários ramos de Felizardos aparentados com José da Ponte Felizardo, ao nível de primos. E assim fica estranho considerar o Felizardo da Ponte a origem do apelido.
Outro caso semelhante aconteceu:
A Maria Augusta Quintino casou-se como "Thomaz Daniel" filho de "José Daniel" neto de "Daniel de Sousa". Aqui não tenho mais informações sobre primos, apenas conheço os ramos originários dos irmãos do Thomaz Daniel.
É provavel que o nome prórpio do Daniel de Sousa se tornou o apelido de família, a custo da perda do "de Sousa".
Este apelido "Daniel" é o único que carrego no meu nome.
A outra hipotese que referi, foi-me dada, depois de eu ter concluido que no caso dos Quintinos e Felizardos havias primos que punham em causa a primeira hipotese.
De qualquer maneira só com alguma investigação chegarei a ter certezas.
Muito obrigado pela sua ajuda.
Os meus melhores cumprimentos,
David Manuel Viegas Daniel Pereira Moreira
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RE: Familia Quintino Olhão, Vila Real de Santo António
Caro David Moreira:
São de facto interessantes as situações que refere, apontando para uma presença mais antiga dos nomes Quintino e Felizardo entre os seus ascendentes.
A explicação mais simples que me ocorre é que, eventualmente, tanto Quintino dos Santos como Felizardo da Ponte teriam nomes iguais aos respectivos pais. Haveria assim, em ambos os casos, um antepassado comum para todas as pessoas que usaram cada um dos nomes.
Haverá outras possíveis explicações mais estranhas (como por exemplo um sobrinho ficar com o nome do tio), mas o mais importante, aqui como quase sempre, é pesquisar os registos para se encontrar a resposta.
Relativamente à indicação de por vezes "só aparecerem os apelidos dos avós nas certidões", devo confessar a minha estupefacção perante tal afirmação, que é totalmente infundada. A Genealogia é uma área que interessa a todos, e em que consequentemente todos têm ideias formadas, mas geralmente pouco ou nada correctas, e o que seria à partida um conselho torna-se prejudicial.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Familia Quintino Olhão, Vila Real de Santo Ant
Caros colegas de forum,
A minha família materna tem origens em Castro-Marim tendo um descendente do qual ainda sei pouco chamado José António Quintino (*30 Agoosto de 1820). José António Quintino teve como filha Rita dos Mártires Quintino que casou com José Nogueira da Silva (ambos de Castro-Marim). O filho, meu bisavô, Manoel Quintino Nogueira da Silva (industrial da indústrial conserveira) casou com Mariana Rosa da Encarnação Pereira tendo como filha a minha avó materna, Rita dos Mártires Pereira Nogueira que casou com Sérgio Mateus Antunes Costa, também de Castro-Marim. Será que algum dos colegas sabe mais informação sobre o José António Quintino e ascendestes ? Tenho datas e mais nomes sobre os familiares que acima falei. Muito obrigado.
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RE: Familia Quintino - Castro Marim
Caro jcteixeira:
Em primeiro lugar permita-me que lhe dê as boas-vindas ao Fórum do Genea Portugal.
A menos que haja confusão de homónimos da minha parte, o seu antepassado José António Quintino foi escrivão e tabelião em Castro Marim. Muitos dos seus livros notariais ainda hoje se encontram no Arquivo Distrital de Faro. Eu próprio possuo fotocópias de documentos relativos a propriedades de Castro Marim escritos pelo seu antepassado. Nunca investiguei a ascendência desse seu familiar, mas tenho a nítida ideia de ter lido em registos que ele, ou talvez um ascendente, seria originário de uma localidade do Baixo Alentejo, talvez Mértola.
Por outro lado, creio que temos parentes em comum. Segundo informações que me foram transmitidas, José Nogueira da Silva (f. 1917) e Rita dos Mártires Quintino (1848-1933) foram também pais de Manuel Quintino Nogueira da Silva (1883-1943) e de Joaquina Margarida Nogueira (1881-1968), casada com Manuel Marcos Mimoso Faísca (1878-1925), meu parente por várias vias.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Familia Quintino - Castro Marim
Caro Rui Pereira,
Confirmo que José António Quintino era originário de Évora (1820-1903) tendo
falecido em Castro-Marim. Não tenho dados da esposa mas sim dos filhos que são Rita dos Mártires Quintino (1848-1933) e o Padre Jacinto Quintino que por sinal teve uma filha, Joaquina dos Mártires Quintino. Manuel Quintino Nogueira da Silva era meu bisavô casado com Mariana Rosa da Encarnação Pereira (1885-1956), ambos de Castro-Marim. A irmã deste meu bisavô, Joaquina Margarida Nogueira da Silva casou com Manuel Marques Mimoso Faíca (1878-1925). Tiveram três filhos, Manuel Nogueira Faísca (1909-??), Maria Eulália Nogueira Faísca (1901-1978) e Alfredo Faísca), todos meus Primos. Destes primos conheço de perto a Maria Eulália e o Manuel Nogueira Faísca que casou com Angelina de Mendonça Gusmão (Moncarapacho 1908-) e tiveram como filhos Maria Helena Nogueira Faisca (1931-), José Marciano Nogueira Faísca (1933-) e Angelina de Gusmão Nogueira Faíca (1935-1983).
Já vi no Genea o ramo dos Mimoso Faísca embora ainda me faltar algum elo para saber como entroncam nestes Nogueira Faísca. A minha prima falou-me de um Sebastião Mimoso e do Capitão Mimoso que veio desterrado para Casto-Marim por falta de respeito com um superior por causa de um cão (? histórias ....).
Para chegar até mim, Manuel Quintino Nogueira da Silva teve três filhos, Catarina Pereira Nogueira (1914-1918), José Pereira Nogueira (1911, 1920) e Rita dos Mártires Pereira Nogueira (1907-1987), minha Avó. Os dois irmãos da minha avó morreram em criança de Difteria (garrotilho). A minha avó casou com Sérgio Mateus Antunes Costa (1905-1966) também de Castro-Marim, cujo pai, Manuel Francisco Prudêncio da Costa (1883-1960) era Tesoureiro da Câmara Municipal de Castro-Marim e foi o fundador do Museu do Castelo da Vila.
Muito agradeço a sua ajudo visto ser novato nestas andanças. Fico muito satisfeito por saber que temos algumas costelas em comum. A prima Angelina está muito velhinha e vive com a filha Maria Helena Nogueira Faisca em Castro-Marim, o que ajudou a pesquisa neste rmo da família por a minha mãe ir mantendo o contacto.
Espero não ter sido muito confuso nestas explicações e agradeço a sua ajuda na confirmação e no completar destes dados.
Melhores Cumprimentos,
José Carlos Teixeira (jcteixeira).
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RE: Familia Quintino - Castro Marim
Caro José Carlos Teixeira:
Muito obrigado pela sua resposta, que não me pareceu nada confusa.
Da ascendência de José António Quintino não tenho mais informação. Quanto à ligação dos seus parentes Nogueira Faísca com as pessoas que se encontram na base de dados do GP, esta é a seguinte:
Manuel Marcos (ou Marques) Mimoso Faísca - penso que o seu segundo nome seria originalmente Marcos, nome próprio, pois não se encontra ninguém de apelido Marques nas gerações mais próximas da sua ascendência - era filho de Alfredo Xavier de Sousa Faísca (1849-1932) e de D. Catarina Cândida Nogueira Mimoso (1834-1912).
D. Catarina Cândida Nogueira Mimoso era filha de Sebastião António Nogueira Mimoso e de D. Maria da Encarnação Monteiro, meus quintos avós, que estão na base de dados do GP. Sebastião António Nogueira Mimoso (1812-1889) foi, tanto quanto sei, o primeiro Sebastião da família e será aquele de quem a sua prima lhe falou.
Alfredo Xavier de Sousa Faísca era filho do meu quinto avô Miguel António de Sousa Faísca, que está na base de dados do GP, e de sua segunda mulher D. Maria Rita da Purificação Xavier Mascarenhas.
O casamento entre Alfredo e D. Catarina foi um de três irmãos Faísca com três irmãs Mimoso. Na base de dados constam os meus quartos avós António de Sousa Faísca e D. Amália Rita Nogueira Mimoso. Para além destes e de Alfredo e D. Catarina houve ainda um casamento entre João Xavier de Sousa Faísca (irmão inteiro de Alfredo e meio-irmão de António) e D. Hermínia da Purificação Nogueira Mimoso (irmã de D. Catarina e D. Amália). Descendentes dos três casamentos usaram os apelidos Mimoso Faísca.
Relativamente à história do Captitão Mimoso desterrado por causa de um cão, confesso que fiquei muito curioso pois é nova para mim. Os Mimosos, presentes em Tânger desde o século XVI, passaram a Faro no século XVII e chegam a Castro Marim cerca de 1775 na pessoa do Sargento-Mor Manuel Nogueira Mimoso, que casa nesse ano com uma viúva desta vila, D. Luísa Teresa Mascarenhas de Figueiredo. No ano seguinte um segundo Mimoso, António José Nogueira Mimoso (também militar, e que viria a atingir a patente de Major), sobrinho de Manuel, casa com uma enteada do tio, D. Maria Antónia Lampreia de Figueiredo. É deste segundo casamento que descendem os Mimoso Faísca, pois Sebastião António Nogueira Mimoso era neto de António José e D. Maria Antónia.
Tenho muito estudados os meus numerosos ascendentes de Castro Marim e respectivos colaterais, pelo que se me puder fornecer dados sobre os seus ramos castromarinenses é bem possível que possa dar-lhe mais algumas indicações.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Familia Quintino - Castro Marim
Caro Rui Pereira,
Antes de mais obrigado pela sua grande ajuda que vai demorar alguns dia a digerir. Como estou à espera de mais de uma dezena de certidões que pedi ao Arquivo Distrital de Faro penso ter mais dados em breve. Se não vir inconveniente gostaria de lhe pedir o seu endereço de mail para trocar alguma informação de forma mais personalizada, o meu é jcteixeira@netcabo.pt
De qualquer forma aqui vai um resumo dos dados que tenho:
Tal como já falámos José António Quintino era originário de Mértola (1820-1903) tendo falecido em Castro-Marim. Não tenho dados da esposa mas sim dos filhos que são Rita dos Mártires Quintino (1848-1933) e o Padre Jacinto Quintino que por sinal teve uma filha, Joaquina dos Mártires Quintino. Manuel Quintino Nogueira da Silva era meu bisavô materno casado com Mariana Rosa da Encarnação Pereira (1885-1956), ambos de Castro-Marim. A irmã deste meu bisavô, Joaquina Margarida Nogueira da Silva casou com Manuel Marques Mimoso Faíca (1878-1925). Manuel Quintino Nogueira da Silva teve três filhos, Catarina Pereira Nogueira (1914-1918), José Pereira Nogueira (1911, 1920) e Rita dos Mártires Pereira Nogueira (1907-1987), minha Avó. Os dois irmãos da minha avó morreram em criança de Difteria (garrotilho).
Do lado do meu Avô materno, Sérgio Mateus Antunes Costa (1905-1966) também de Castro-Marim, cujo pai, Manuel Francisco Prudêncio da Costa (1883-1960), casado com Mariana Vaz Palma Antunes (Castro-Marim 1879-1944) era Tesoureiro da Câmara Municipal de Castro-Marim e foi o fundador do Museu do Castelo da Vila. O meu Avô tinha dois irmãos, António Eleutério Antunes Costa (1907-2002) e Arsénio Miguel Antunes Costa (1910-1931). António Eleutério Antunes Costa casou com Maria Isabel Borges (Azinhal 1908-1996) e tiveram três filhos, José Manuel Borges Costa, Arsénio Ciríaco Borges Costa e António Paulo Borges Costa.
Manuel Francisco Prudêncio da Costa, meu terceiro avô, era filho de António Francisco da Costa (Castro-Marim 1838-1923) e de Mariana da Conceição Moreira e Costa (Castro-Marim 1847-1899).
Mariana Vaz Palma Antunes, minha terceira avó e esposa de Manuel Francisco Prudêncio da Costa, era filha de Adelina Vaz Palma (Azinhal 1872-???), do Pai ainda não tenho registo.
Muito obrigado pela sua ajuda e até breve.
José Carlos Teixeira
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RE: Familia Quintino - Castro Marim
Caro Rui Pereira,
Esqueçi-me de acrescentar na resposta de à pouco que José António Quintino casou (ainda não tenho o nome da esposa) e a filha Rita dos Mártires Quintino (Castro-Marim 1848-1933) casou com José Nogueira da Silva (Castro-Marim 1842-1917). O filho de ambos é Manuel Quintino Nogueira da Silva, do qual já falámos.
Só falta acrescentar que a minha mãe, filha de Rita dos Mártires Pereira Nogueira e Sérgio Mateus Antunes Costa é Mariana Nogueira Antunes Costa (Ilha de Moçambique 1933-). A minha Mãe nasceu na Ilha de Moçambique e só voltou para Castro-Marim com 12 anos para ir fazer o Liceu em Faro. Depois veio para a Faculdade de Letras para Lisboa e ficou em casa de uma afilhada da minha Avó Rita, o apelido também é de Castro-Marim, é Soromenho.
Quanto a mais apelidos familiares de Castro-Marim a minha Avó falava de um Primo Manuel Desidério Rosa e de outros primos de Cacela de apelido Tamissa.
Um abraço,
José Carlos Teixeira
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RE: Castro Marim
Caro José Carlos Teixeira:
Muito obrigado pela sua mensagem.
Tenho a impressão de que a sua antepassada Mariana da Conceição Moreira [e Costa], nascida em 1847, poderá ser filha de António da Conceição Moreira e Custódia da Conceição. Este casal teve pelo menos um filho, António da Conceição Moreira Júnior, nascido cerca de 1852, que casou em 1886 com D. Maria da Encarnação Mimoso Soromenho (1857-1892). E eis que aqui surge o apelido Soromenho - coincidência?
Falta explicar de onde surgem os Mimoso Soromenho. Na minha mensagem de ontem eu descrevi como as três irmãs Mimoso casaram com os três irmãos Faísca. Faltou referir que uma das três irmãs, D. Catarina Cândida, tinha sido casada em primeiras núpcias com um tio daquele que seria o segundo marido. Trata-se de João Manuel Álvaro Soromenho, que nasceu cerca de 1816 em Odeleite e faleceu na mesma freguesia em 1870. João Manuel era irmão de D. Maria Rita da Purificação Xavier Mascarenhas, mãe dos dois irmãos Faísca mais novos.
Do citado primeiro casamento de D. Catarina Cândida com um Soromenho houve descendência que usou os apelidos Mimoso Soromenho. D. Maria da Encarnação, acima referida, foi a filha primgénita do casal.
Resta-me referir que quase todas as pessoas referidas nesta mensagem descendem da numerosa família Rodrigues Mascarenhas de Castro Marim. Assim acontecia com D. Maria Rita da Purificação Xavier Mascarenhas, seu irmão João Soromenho e dois Faíscas que eram filhos de D. Maria Rita; as três irmãs Nogueira Mimoso também eram Mascarenhas por via de sua avó paterna; e os próprios Antónios da Conceição Moreira, pai e filho, eram descendentes dos Mascarenhas, e por varonia.
Significa isto que, se o meu palpite quanto à sua antepassada Mariana da Conceição Moreira estiver correcto, seremos ainda parentes (embora em grau muito remoto) pela citada família, de que aliás descendem igualmente outros genealogistas incluindo vários participantes deste Fórum.
Se preferir contactar-me por e-mail pode escrever para:
rmfrp@hotmail.com
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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