Mangualde- António de Almeida e Mariana Cabral
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Mangualde- António de Almeida e Mariana Cabral
Caros confrades
Nos estudos genealógicos que na zona de Mangualde regularmente são feitos poderão, eventualmente, cruzar-se com estes meus ascendentes dos quais não tenho mais informação senão esta:
Mariana Cabral e António de Almeida (casaram provavelmente entre 1700 e 1716). Tiveram pelo menos um filho: Pedro de Almeida, nascido em 17/2/1716, natural de Póvoa de Cervães, Freguesia de S. João Baptista, Concelho de Mangualde, que casou com Ana Gomes em 1/6/1753 em Redondo.
Peço-vos ajuda, dado que no assento de nascimento de Pedro de Almeida não refere os avós nem a naturalidade dos pais e no seu casamento só refere os pais mas não a sua naturalidade. Já pedi informação ao ADViseu que me informou não localizar, nos livros de assentos de casamento da Freguesia de Póvoa de Cervães, qualquer casamento entre uma Mariana Cabral e um António de Almeida no período compreendido entre 1645 e 1716, ou seja não terão casado na mesma paróquia onde este seu filho foi baptizado.
Partindo deste presssuposto, perdi-lhes o rasto...
Não conheço a zona, nem disponho informação sobre os fluxos migratórios ou as suas causas e é pos isso que agradeço a vossa colaboração no sentido de que possam fornecer novas pistas para deslindar este enigma.
Como supostamente António e Mariana casaram noutra paróquia e não tendo eu mais qualquer informação além da que referi, pergunto aos confrades experts:
- Como deverei conduzir o estudo para localizar os ascendentes de Pedro de Almeida?
Agradeço a vossa contribuição e o espírito de ajuda que sempre professam.
Luís Projecto Calhau
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RE: Mangualde- António de Almeida e Mariana Cabral
Meu caro,
É de facto um caso do género 'alfinete no palheiro'.
Talvez o melhor seja delimitar o 'palheiro'.
Se já começou pelo AD Viseu, eu diria que delimitasse uma faixa temporal relativemente restrita (para o casamento dos pais) e procurasse nas freguesias limítrofes, em envolvimentos concêntricos. Não há nada que indique de facto que eram dali de ao pé, MAS os nomes - Almeida e Cabral - são bons indícios de que poderiam ser dessa zona.
Mas atenção: se esqueça de que a Póvoa de Cervães fica no limite com o Distrito da Guarda (ADGuarda), e os pais poderiam ter vindo de Fornos de Algodres, Seia ou Gouveia. Assim se não encontrar nada em pelo menos dois círculos concêntricos no ADViseu, seria de procurar no ADGuarda com a mesma metodologia.
Aqui no Genea, se pesquisar no 'Mapas'>Portugal>Beiras>Viseu>Mangualde>Póvoa de Cervães e freguesias limítrofes e Viseu>Guarda> concelhos limítrofes>freguesias, e se 'clicar' em baptismos, casamentos ou óbitos, encontra as pessoas que na base são relacionadas com esses locais. Há muitos Cabrais e Almeidas. Já deu uma olhadela?
Melhores cumprimentos.
VF
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RE: Mangualde- António de Almeida e Mariana Cabral
Caro Victor
Em primeiro lugar os meus sinceros agradecimentos.
Segui o seu conselho e constato que as supostas pistas tornam o enigma ainda mais enigmático, e é neste sentido que, sem querer abusar da sua boa-vontade mas recorrendo à sua experiência, re-solicito a sua ajuda.
Atendamos às seguintes associações ou coincidências:
1ª Nos nascimentos que é possível consultar no Genea relativos à freguesia de Chãs de Tavares, concelho de Mangualde, freguesia limítrofe de Póvoa de Cervães, existem várias pessoas com o apelido Cabral. Consultando a ascendência de uma delas (Carlos Cabral Sacadura) cheguei à seguinte data/página:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=16698
Se consultar a informação disponível na página, nomeadamente os filhos da Mariana Cabral (que segundo as minhas contas poderia muito bem ser avó ou bisavó da Mariana Cabral casada com António de Almeida a que fiz referência quando abri o tópico) consigo fazer as seguintes associações de acordo com a infomação de que disponho na minha base de dados:
a) A filha de Pedro de Almeida (que cito na abertura do tópico) chama-se Maria Clara de Almeida e é fruto do seu casamento com Ana Gomes (em Redondo) / Uma das filhas de Mariana Cabral e a sua própria mãe têm o nome de Clara (na página que referi atrás);
b) O assento de baptismo de Pedro de Almeida, embora não refira os avós, refere que os padrinhos foram os cunhados (não sei de quem, se do pai, se da mãe ou do próprio) Pedro Cabral e Eufémia Cabral / Uma das filhas de Mariana Cabral tem o nome de Eufémia (na página que referi atrás);
c) A mãe de Pedro de Almeida chama-se Mariana Cabral - o mesmo nome desta Mariana Cabral nascida em 1617 (cem anos antes do seu nascimento);
Se existe alguma lógica nestas associações e se realmente este ramo pertence ao Pedro de Almeida da minha base de dados (ainda mera especulação), Mariana Cabral (mãe de Pedro de Almeida) poderá ter recebido o apelido do seu pai (como era mais usual acontecer), ou seja, Mariana Cabral (1617) só teve 2 filhos: José Cabral e António Cabral que supostamente qualquer um deles teria idade para ser avô materno de Pedro de Almeida.
Espero não ter sido muito confuso da explicitação do meu pensamento.
Quid Juris?
Óptimos cumprimentos
Luís Projecto Calhau
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RE: Mangualde- António de Almeida e Mariana Cabral
Caro Luís,
1. nas Chãs de Tavares, os Cabrais 'são mais que as mães'. Mas também em todas e mais algumas freguesias de Mangualde e dos concelhos a Norte e Este, essencialmente, mas também a Sueste. Como sabe eles 'irradiam' daí. Conheço relativamente bem porque laços familiares ligam-me aos Cabral Sacadura, Albuquerques, Tenreiros e afins, ou seja 'meia Beira Alta';
2. essas associações que faz, poderão fazer um sentido do tipo "name that runs in the family", mas ao inverso: primeiro descubra os parentescos, depois estabeleça as 'regras' de herança de nomes. Deduzir parentescos a partir de coisas que para já não parecem ser mais que coincidências parecer-me-á apenas um atropelo das evidências históricas. Descubra os registos: nomes repetidos nessa zona são de facto o pão nosso de cada dia;
3. uma assumpção que pode - repito - pode, ser errónea é supor como diz no seu último parágrafo que Mariana Cabral herdou o Cabral do pai 'como era mais usual'. Não era. E até bem próximo de nós, no princípio do séc. XX. O mais usual era as filhas herdarem o apelido da mãe e se houvesse muito a herdar, apenas o morgado herdaria o nome do pai. Mesmo alguns dos filhos, se os houvesse muitos, poderiam ficar só com o nome da mãe. Na maior parte dos casos, parece mesmo que andavam a tirar a sorte ao palitinho para escolher os apelidos (dos avós, bisavós, trisavós, ...) sendo que em grande número de casos eram os próprios que iam escolhendo ao longo da vida os que gostavam mais de usar, com mais ou menos 'escrúpulo' social ou mais ou menos aproveitamento ao serviço do que já aqui foi discutido em outro tópico e que se designa com muita propriedade como 'engenharia social', já bem desenvolvida nos séculos que nos precederam. Mas isso é uma outra história.
Para além disso, não perca de vista para até relativamente próximo no tempo, o uso corrente do padrão ibérico (não é exclusivamente castelhano não senhor: é português também) de pôr o nome do pai em primeiro lugar e o da mãe a seguir (só pelo séc XIX se 'afrancesou' a posição dos nomes pondo o do pai em último).
Zusammenfassung: (tome lá, que é na paga do 'quid juris?')
- ou é tarde demais e eu cansado como estou não consegui ver o óbvio ... ou são hipóteses de trabalho a testar que não deduzem nada de realmente consistente em relação a elos entre os visados, mas que abrem um campo para a pesquisa nos paroquiais.
Cumprimentos.
VF
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RE: Mangualde- António de Almeida e Mariana Cabral
Caro Luis,
Tenho tentado de toda maneira localizar meus parentes aí de Portugal e, após descobrir esse site maravilhoso do Genea, tento contactar todas as pessoas que abordam temas ligados a qualquer de meus ascendentes.
Quando citaram Mariana Cabral, despertou-me o interesse. Digo que Mariana Cabral é minha avó há dez gerações passadas e que desta Mariana, foi filho o Sr Manuel Cabral Tenreiro, meu avô há nove gerações passadas.O registro mais recente do site é de meu avô materno, Arnaldo Cabral Sacadura.
Não sei bem se ajudo ou atrapalho um pouco este fórum porém, é minha maneira de participar e poder ser ajudado em minha busca por parentes próximos, seja aqui no Brasil ou aí em Portugal.
Tenho uma edição de 1964 do livro Anuário da Nobreza de Portugal e, com a ajuda do Genea, passei a entender um pouco sobre os estudos genealógicos que o livro aborda.
Agradeço qualquer ajuda que porventura possas dar.
Saudações
Márcio Cabral
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Mangualde- António de Almeida e Mariana Cabral
Caro Confrade Luís Projecto Calhau,
Se ainda mantém interesse neste tópico, pergunto se conseguiu avançar entretanto nos relacionamentos familiares de Antonio d' Almeida e Marianna Cabral e teria interesse em partilharmos alguma informação a seu respeito.
Como referi noutra sede (contacto via Alengenea 20/6/2019 e e-mail enquanto utilizador do Fórum em 12/7/2019, que talvez não tenha recebido), tenho dados sobre a descendência que se fixou no Redondo.
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