Diplomatas Portugueses no Brasil
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Diplomatas Portugueses no Brasil
DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
(Carlos Eduardo de Almeida Barata)
Rio de Janeiro, 16.10.2001 – 22:09
Ilustres amigos participantes do Fórum GP:
Mais uma vez, parece que venho perdendo o meu centro, ou quiçá quase enlouquecendo, mas não consigo ficar parado, e tenho a necessidade de produzir constantemente.
Assim, enquanto a loucura não me abater de vez, resolvi criar mais este tópico para auxílio das nossas pesquisas Histórico-genealógicas na relação Brasil-Portugal.
Continuando a dar seguimento aos tópicos:
1. DICCIONÁRIO ARISTOCRÁTICO,
2. TÍTULOS DE NOBREZA NO BRASIL, e
3. PORTUGUESES NO BRASIL – CARTAS DE NATURALIZAÇÃO
Acrescento, a partir de hoje, este novo tópico:
4. DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
Com a finalidade de registrar quem foram os diplomatas portugueses que estiveram servindo no Brasil, desde a nossa Independência, o que aconteceu em 7 de Setembro de 1822.
Portugal reconheceu a independência do Brasil pelo Tratado de Paz, Amizade e Aliança entre Portugal e o Brasil, de 29 de agosto de 1825, assinado na Cidade do Rio de Janeiro, então Corte, por Sir Charles Stuart (depois 1.º Conde de Machico, e 1.º Marquês de Angra, em Portugal) – conforme veremos mais adiante.
DIPLOMATAS ANTERIORES AO TRATADO DE 29.08.1825
1. Desembargador Francisco José Vieira
De 1821 a 1822, serviu, no Rio de Janeiro, o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino de Portugal e do Brasil. Esteve, novamente, no Rio de Janeiro, em 1823, junto com o 3.º Conde de Rio-Maior – ver abaixo. Não sendo recebido no Brasil, retornou à Portugal, partindo a 02.10.1823. Em Portugal, foi Ministro dos Negócios Estrangeiros de D. Miguel.
2. João de Saldanha Oliveira Juzarte Figueira e Souza, nascido a 30.9.1811, e fal. a 27.08.1872. 3.º Conde de Rio-Maior [03.03.1825], 18.º Morgado de Oliveira. Par do Reino [30.04.1826]. Filho de Antônio de Saldanha Oliveira Juzarte e Souza, 2.º Conde do Rio Maior, e de Maria Leonor Ernestina de Carvalho Daun e Lorena – cuja genealogia segue no trabalho de Albano da Silveira Pinto, “Resenha das Famílias Titulares”, Tomo II, pág. 429.
Foi Plenipotenciário de Portugal no Brasil, chegando no Rio de Janeiro, a bordo da corveta Voador, sem bandeira de parlamentário, no dia 16.09.1823, em companhia do Desembargador Francisco José Vieira (ver acima), em comissão para tratar de uma conveniente conciliação entre o Brasil e Portugal. Como não trouxeram nenhuma instrução para reconhecerem a independência do Brasil, não foram nem sequer ouvidos, e regressaram à Portugal, partindo a 02.10.1823.
3. Dr. José Antônio Soares Leal
Foi Agente Confidencial, que chegou ao Rio de Janeiro, em 09.1824. Também não foi recebido, e mais, foi preso e, logo após, reexpedido para Portugal.
4. Sir Charles Stuart, nasc. a 02.01.1779, e fal. a 06.11.1845. Filho de Sir Charles Stuart, general dos exércitos britânicos, e de Ane Luisa Bertie, neta do duque de Ancaster. Diplomata inglês a serviço de Portugal. Foi agraciado, pelo governo português, com os títulos de 1.º Conde de Machico [Dec. de 22.11.1825], e 1.º Marquês de Angra [Dec. 01.05.1826]. Membro da Câmara dos Lords, em 1828, com o título de Barão Stuart de Rothesay da Ilha de Bute. Par do Reino-Unido e Irlanda. Embaixador da Grã-Bretanha.
Diplomata inglês, enviado por Lord Canning à Lisboa, na função de Plenipotenciário, com a finalidade de oferecer seus serviços ao Rei D. João VI, para realizar qualquer missão junto ao Governo brasileiro. D. João, o nomeou a 15.07.1825, a Plenipotenciário e Ministro mediador de Portugal, para o Brasil.
Enviado ao Rio de Janeiro, assinou em 29.08.1825, o Tratado de Paz, Amizade e Aliança entre Portugal e o Brasil, que reconheceu o Brasil na qualidade de Império independente. Assinou, ainda, na mesma data, a Convenção Adicional ao mesmo tratado, que criou a Comissão Mista Brasil-Portugal, encarregada de avaliar e liquidar prejuízos a brasileiros e portugueses causados pelas lutas da nossa Independência.
O Tratado e a Convenção foram ratificados pelo Brasil em 30.08.1825 e por Portugal em Carta de Lei de 16.11.1825, pelo qual D. João VI mandava publicar e cumprir a ratificação desse Tratado.
Representando o lado do Brasil, estavam os seguintes Plenipotenciários:
Conselheiro Luiz José de Carvalho e Melo, Ministro de Estrangeiros (depois Visconde da Cachoeira – conforme vai no tópico Títulos de Nobreza no Brasil);
Senador José Egídio Álvares de Almeida, então Barão de Santo Amaro (depois Visconde e Marquês do mesmo título - conforme vai no tópico Títulos de Nobreza no Brasil);
Francisco Vilela Barbosa, Ministro da Marinha (depois Visconde e Marquês de Paranaguá - conforme vai no tópico Títulos de Nobreza no Brasil);
Sir Charles Stuart, 1.º Conde de Machico, e 1.º Marquês de Angra, foi, em Portugal, membro do governo do reino, durante a Guerra Peninsular. Portador da Carta Constitucional, ortogada por D. Pedro IV.
5. Carlos Matias Pereira
Encarregados dos Negócios de Portugal junto a Santa Sé. Nomeado a 14.04.1826, a Encarregado de Negócios de Portugal no Brasil. Teria sido o primeiro a representar Portugal, nesta função, após o reconhecimento da Independência do Brasil. Nesta qualidade, no ano seguinte – 1827 – foi o emissário de D. Pedro I, Imperador do Brasil, para entregar a D. Miguel, o decreto que o nomeava seu lugar-tenente.
6. D. Manoel de Assis Mascarenhas Castelo Branco da Costa e Lencastre, nasc. a 18.07.1778, e fal. a 05.02.1839. Foi o 3.º Conde de Sabugal, 5.º Conde de Óbidos, 5.º Conde de Palma e 9.º Senhor de Palma. 10.º Alcaide Mor de Óbidos e de Selir. 11.º Meirinho-mor – títulos em que sucedeu por morte de seu pai, a 27.08.1806. Par do Reino [1826]. Filho de D. José de Assis Mascarenhas Castelo Branco da Costa Lencastre e de D. Helena Maria Josefa Xavier de Lima – cuja genealogia segue no trabalho de Albano da Silveira Pinto, “Resenha das Famílias Titulares”, Tomo II, pág. 471. Ver Também, “Anuário da Nobreza de Portugal, Ano I, 1950 – Conde de Óbidos, pág. 250.
Nomeado a 25.06.1830, a Encarregado de Negócios de Portugal no Brasil. Teria sido o segundo a representar Portugal, nesta função, após o reconhecimento da Independência do Brasil. “O governo exilado de D. Maria II nomeou-o ministro de Portugal junto a corte do Rio de Janeiro, onde não foi bem sucedido, tendo sido a sua demissão assinalada por graves dissabores. Regressou ao reino e, como a sua idade e falta de saúde fossem grandes, recolheu à vida privada, conservando, porém a sua cadeira de par.” [Grande Enciclopédia Portuguesa-Brasileira, vol. XIX, pág. 106 – Condes de Óbidos]
Cau Barata
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RE: DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
Prezado Carlos Eduardo. Saudações! Parabéns pela iniciativa do tópico. A título de sugestão, você poderia abarcar a família Lampreia que veio de Portugal com um representante diplomático, o qual teria um bisneto Ministro de Estado das Relações Exteriores do Brasil - Luís Felipe Lampreia. Cordialmente, Inácio Ricardo
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RE: DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
Rio de Janeiro, 17.10.2001 - 23:39
Caro amigo Inácio Ricardo,
Percebo que, como eu, não sabes o que é dormir.
Está acatado a sua sugestão, porém, somente quando estiver tratando dos diplomatas do final do séc. XIX [1896], é que poderei falar do Embaixador João de Oliveira de Sá Camelo Lampreia.
Um forte abraço
Cau Barata
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RE: DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
(Carlos Eduardo de Almeida Barata)
Rio de Janeiro, 22.10.2001 – 17:30
= 1835 =
7. JOAQUIM BARROSO PEREIRA
Em 1833-1835, servia na função de Encarregado de Negócios de Portugal, na Côrte Brasileira (Rio de Janeiro).
= 1835 =
8. JOAQUIM ANTONIO DE MAGALHÃES (Conselheiro), nasc. em 1795, em Lamego, e fal. em 1848, em Lisboa. Estadista e diplomata. Orador, publicista e poeta.
Doutor em Direito. Deputado. Foi Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário de Portugal no Brasil, por nomeação de 20.10.1835 – cargo que desempenhou de 10.1835 a 12.1836. Ministro do Reino, no governo do duque de Palmela [1842]. Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça. Secretário e Ministro dos Negócios Estrangeiros da Junta do Porto [1848].
Foi quem assinou o Tratado de Comércio e Navegação entre Portugal e Brasil, a 19.05.1836, e o Artigo Adicional ao mesmo, de 06.07.1836. Representando o Brasil, estava o Plenipotenciário José Inácio Borges. Não foi aprovado pela Câmara dos Deputados.
Assinou, ainda, a 20.10.1836, documento que dava por resolvidas certas dúvidas acerca da liquidação das reclamações a cargo da Comissão Mixta portuguesa-brasileira, no Rio de Janeiro, criada em virtudde daquele Tratado de 29.08.1825 – citado acima, no ítem 4. Representava Brasil, o Ministro de Estrangeiros, Antonio Limpo de Abreu.
Sobre o Ministro Limpo de Abreu, sua história, biografia, ascendência e descendência, publiquei extenso trabalho em meu livro “PRESIDENTES DO SENADO NO IMPÉRIO – Uma radiografia Histórica, Genealógica, Social, Política e Diplomática do Brasil Imperial.
= 1835 =
8-1 - Francisco de Paula e Melo.
Quando da vinda do Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário, Joaquim Antonio de Magalhães, servia em 1836, de Adido de Portugal no Brasil, Francisco de Paula e Melo.
= 1836 = (1839)
8-2 - Bernardo Ribeiro de Carvalho
Quando da vinda do Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário, Joaquim Antonio de Magalhães, servia, em 1836, de Chanceler Ribeiro de Carvalho. Em 1837-1839, ainda continuava nesta função.
= 1837-1838 = [novamente em 1846]
9. JOÃO BAPTISTA MOREIRA, nasc. a 06.01.1798, no Porto, e fal. em 1868, no Rio de Janeiro. Filho de joão Baptista Moreira, negociante no Porto, e de Maria Teresa de Souza. Casado, a 18.10.1808, com Maria Margarida da Silva, nasc. a 20.08.1797, filha de Luiz Manuel da Silva e de Teresa de Jesus da Silva.
Foi Enviado Extraordinário e Consul Geral de Portugal no Rio de Janeiro, em 1837-1838. Em 1846, surge na função de Consul Geral de Portigal na Côrte do Rio de Janeiro.
Foi o 1.º barão de Moreira, título concedido durante a regência de D. Fernando, a 11.09.1855. . Fidalgo da Casa Real, com as honras de guarda-roupa. Do Conselho do Rei. Comendador da Ordem de Cristo e da Ordem de N.S. da Conceição de Vlia Viçosa. Oficial da Ordem da Torre e Espada.
Por Patente de 14.05.1818, foi nomeado vice-cônsul do reino das Duas-Sic;ilias. Veio para o Brasil, em 02.11.1823, chegando ao Rio de Janeiro, a 24.01.1824. Em 06.1826, foi nomeado, pelo primeiro agente diplomático de Portugal no Brasil, depois da abdicação de D. Pedro I, Carlos Matias Pereira (ver ítem 5), para a função de vice-cônsul de Portugal na côrte do Rio de Janeiro. Em 1827, durante a ausência do mesmo diplomata, Carlos Matias Pereira – citado acima, ítem 5 – serviu nas funções de Encarregado de Negócios interino. Foi elevado a cônsul, e até meados do ano de 1833, ficou nestas funções. Deixou este cargo naquele mesmo ano, sendo readmitido em 1835, assumindo a posição de cônsul geral. Desde 1826, durante o longo lapso de 35 annos este funccionário se tem quasi sempre conservado na gestão do consulado geral, que nquelle anno instaurou, tendo servido constantemente a contento e com louvor de todos os ministros de Estado que em Portugal se tem succedido na repartição dos negocios estrangeiros, e tendo apenas estado ausente do Rio de Janeiro durante 25 mezes, quanfo foi a Portugal nos annos de 1834 e 1839 (Feliciano de Castilhos – Esboço Biographico, pág. 18).
= 1837-1838 =
9-1 Luiz José da Silva
Quando da atuação do Ministro João Baptista Moreira, servia de Adido de Portugal no Brasil, entre 1837-1838, Luiz José da Silva. Na Chancelaria, continuava Bernardo Ribeiro de Carvalho.
= 1839-1840 =
10. JOAQUIM CESAR DE FIGANIÈRE E MOURÃO, nasc. a 07.10.1798, em Lisboa, e fal. a 24.12.1866, no Brooklin, Nova Iorque, EUA]. Conselheiro de Sua Magestade, Fidalgo-Cavaleiro da Casa Real. Comendador das ordens de Cristo e de N.S. da Conceição de Vila Viçosa. Sócio de várias academias e corporações científicas. Filho do oficial de marinha, Cesar Henrique de Figaniére [Marselha, França - 31.10.1830, Lisboa], naturalizado português em 1821, e de Violante Rosa Mourao. O Conselheiro de Figanière e Mourão, do seu segundo casamento, com D. Catarina Stuart Gifillan, de família escocesa, nasceu o 1.º Visconde de Figaniére, Frederico Francisco Stuart de Fihanière e Mourão [02.10.1827, Nova Iorque - ] – visconde, título em duas vidas, passado por D. Luís I, por decreto de 25 e Carta de 31.05.1870 – conforme segue em Albano da Silveira, Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal, Tomo I, págs. 578 e 680. O Conselheiro de Figanière e Mourão, era irmão do escritor Jorge César de Finanière e Mourão, nasc. a 04.4.1813, no Rio de Janeiro, e fal. em 1887, em Lisboa.
Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário de Portugal no Brasil, por nomeação de 02.05.1839. Foi, depois, Ministro plenipotenciário de Portugal em Washington, Estados Unidos, em cujo exercício faleceu, em 1866. Na Chancelaria, continuava Bernardo Ribeiro de Carvalho.
No Rio de Janeiro, onde serviu de 1839 a 1840, pôs termo ao tráfico da escravatura, e foi um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Beneficência.
= 1839-1844 =
10-1 Francisco João Muniz
Quando da atuação do Ministro de Figanière e Mourão, servia Vice-Cônsul, encarregado do Consulado Geral, Francisco João Muniz. Continuou, neste cargo, durante a gestão do Ministro Bayard [ver ítem 11] e do Encarregado José de Vasconcelos e Souza [ver ítem 12].
Em 1844, Moniz residia no Rio de Janeiro, na rua do Ouviror, n.º 27, Centro da Cidade.
= 1840-1843 =
11. ILDEFONSO LEOPOLDO BAYARD, nasc. a 03.09.1785, em Coimbra, e fal. a 25.01.1856, assassinado por um seu criado ao recolher-se à noite a sua casa, na praça da Alegria, em Lisboa. Diplomata e militar.
Oficial da Secretaria da marinha e Domínios Ultramarinos [1816]. Secretário da legação nos EUA [1821]. Encarregado dos negócios políticos e comerciais em Cppenhague [1822-1824]. Secretário da legação e encarregado de negócios em Berlim [1823-1828]. Em 1829, seguiu para o Brasil, onde não aceitou o cargo de Secretário da Legação no Rio de Janeiro. Oficial maior da Secretaria de Estado de Negócios Estrangeiros [Dec. 13.08.1830]. Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário de Portugal no Brasil [Dec. 27.12.1839] – para onde partiu a 23.05.1840, e onde permaneceu até 1843.
Assinou a Convenção de 04.12.1840, entre o Brasil e Portugal, sobre o modo de ajustar o pagamento das reclamações dos súdisos português e brasileiro, liquidadas pela Comissão Mixta. Pelo Brasil, assinaram os plenipotenciários Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho e Bento da Silva Lisboa.
Achando-se gravemente doente, retirou-se para a Europa, com licença do governo, em 07.1843, sendo colocado em disponibilidade, a pedido. Ministro dos Negócios Estrangeiros e interino da Guerra, em Portugal [1847].
A partir de 1844, aparece José de Vasconcelos e Souza [ver ítem 12], servindo na função de Encarregado de Negócios – quer me parecer que seja interinamente, já que tenho informações do Ministro Bayard, como ausente, em 1844.
Cavaleiro da Ordem de Cristo. Conselheiro de Estado [08.1850].
= 1841 =
11-1 Conde d’Alva, D. Luiz Roque de Souza Coutinho Monteiro Paim, nasc. a 01.02.1783, em Paris, França, e fal. a 05.04.1850, em Lisboa. 1.º Marquês de Santa Iria, em sua vida. 3.º Conde d’Alva. Par do Reino [Carta Régia de 30.04.1826]. Alcaide-Mor de Rio Maior. Gentil Homem da Camara da Rainha. Filho de D. Vicente Roque José de Souza Coutinho de Menezes Monteiro Paim [1726-1792], e de Luiza Ines de Montboissier Beaufort de Canilliac [1754-1792]. Com geração do seu cas., a 05.05.1800, com sua sobrinha Mariana Vicencia de Souza Holstein [1784-1829] – conforme segue em Albano da Silveira, “Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal”, Tomo I, pág. 71.
Quando da atuação do Ministro Bayard, servia de Secretário da Legação Portuguesa na Côrte do Rio de Janeiro, o Conde d’Alva.
= 1841-1843 =
11-2 José de Vasconcelos e Souza
Quando da atuação do Ministro Bayard, servia de Adido, José de Vasconcelos. A partir de 1844, já aparece servindo na função de Encarregado de Negócios [ver ítem 12].
Nota: Francisco João Muniz, continua, desde 1839 [ver ítem 10-1], servindo na função de Vice-Cônsul, e encarregado do Consulado Geral de Portugal na corte do Rio de Janeiro.
Cau Barata
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RE: DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
Caro Cau Barata,
Em primeiro lugar quero felicitá-lo pelo seu brilhante trabalho "Dicionário das Familias Brasileiras", que é um contributo importantissimo no estudo da genealogia e das relaçoes entre os dois países irmãos, assim como felicitá-lo pelas suas sempre oportunas intervenções neste forúm.
Tenho um 5º avô, chamado JOSÉ MARIA REBELLO DE ANDRADE DE VASCONCELLOS E SOUSA, (vem no seu dicionário),de quem tenho toda a ascendência (era trineto materno de José Pinto Pacheco, FCR, e s.m. D. Teresa Freire de Andrade - casal este já largamente falado no forúm, donde descende também o grande Eça de Queirós, e os Morgados de Bertianos, entre outros).Foi casado com D.JERÓNIMA PEREIRA DA CUNHA COELHO HENRIQUES Y OSMA.
Da sua descendência, além do meu ramo,que voltou para Portugal na Corte, sei que ficou no Brasil, seu filho JOÃO, afillhado de D. João VI, que se ligou à familia dos Barões do Passeio Alegre e dos Viscondes do Rio Comprido.
JOSÉ MARIA REBELLO DE ANDRADE DE VASCONCELLOS E SOUSA, foi FCCR, Cavaleiro da Torre e Espada
Comandante da Guarda Real da Policia do Rio de Janeiro, Marechal de Campo, Irmão pelo Capitulo dos Nobres, da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, etc.
Gostava que me fornecesse, caso tenha, e não lhe dê muito trabalho, mais dados biográficos deste meu avô, assim como elementos sobre a sua descendência brasileira.
Antecipadamente grato, com os melhores cumprimentos,
Luis B.de M.S. Pinto Gonçalves
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RE: DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
Caro Luis B.de M.S. Pinto Gonçalves,
Confesso que, dando uma primeira olhado nos apontamentos sobre os Rebello de Vasconcelos e Souza, não achei maiores informações que pudessem somar as que já foram no Dicionário das Famílias Brasileiras.
No entanto, sendo uma família estabelecida na Cidade do Rio de Janeiro, do ponto de vista genealógico, certamente vais conseguir maiores detalhes nos arquivos do COLÉGIO BRASILEIRO DE GENEALOGIA:
Rua Augusto Severo, n.º 8, 12.º andar-parte
Glória - Centro - Rio de Janeiro
CEP.: 20.021-040
Presidente: Paulo Carneiro da Cunha
A/c Dr. Victorino Chermont de Miranda - uma das pessoas mais atuantes do Colégio.
Quanto a frase:
"seu filho JOÃO, afillhado de D. João VI, que se ligou à familia dos Barões do Passeio Alegre e dos Viscondes do Rio Comprido:.
Cabe uma pequena correção:
Os dois titulares acima, é a mesma pessoa. O Visconde do Rio Comprido, foi, anteriormente, Barão do Passeio Público [e Passeio Público, não existe a denominação Passeio Alegre] - conforme ainda falarei no tópico "Titulares de Nobreza no Brasil".
Um forte abraço,
Cau Barata
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RE: DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
(Carlos Eduardo de Almeida Barata)
Rio de Janeiro, 19.11.2001 – 18:44
(quase um mês depois da última intervenção)
= 1844 =
12 D. JOSÉ DE VASCONCELOS E SOUZA [o mesmo do ítem 11-2]
A partir de 1844, aparece servindo na função de Encarregado de Negócios – quer me parecer que seja interinamente, já que tenho informações de sua nomeação para este cargo, somente em 1847 [ver ítem 14], além da indicação de que o Ministro Bayard, seu antecessor[ver ítem 11], se encontrava ausente, em 1844 [por doença].
Quando da atuação do Ministro Bayard [ver ítem 11-2], servia de Adido de Portugal na corte do Rio de Janeiro, cargo em que ainda aparece em 1843.
Em 1844, então no cargo de Encarregado de Negócios, residia no Rio de Janeiro, na rua do Cetete, n.º 7, hoje bairro do mesmo nome, entre o Centro do Rio de Janeiro e a Zona Sul.
Em 1845, temporariamente (ou interinamente), aparece o nome do Conselheiro José Maurício Corrêa [ver ítem 13], na função de Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário de Portugal na Côrte do Rio de Janeiro. No final do mesmo ano, há o retorno de José de Vasconcelos e Souza.
Nota: Francisco João Muniz, continua, desde 1839 [ver ítem 10-1], servindo na função de Vice-Cônsul, e encarregado do Consulado Geral de Portugal na corte do Rio de Janeiro.
CORPO CONSULAR
12-1 Conde de Paraty, D. João Inácio Francisco de Paula de Noronha, nasc. a 31.07.1820, e fal. a 22.04.1881. Filho de D. Miguel Antonio de Noronha [1784-1849], 1.º Conde de Paraty, e de Francisca Quintina de Menezes [1739-]. Par do Reino [07.02.1850]. Oficial-mor honorário da Casa Real. Comendador da Ordem da Conceição.
Com geração do seu cas.,a 06.03.1842, com Francisca da Cruz Lacé Pedroza [1827-1864] – conforme segue em Albano da Silveira, “Resenha das Famílias Titulares e Grandes de Portugal, Tomo II, pág. 229.
Neste ano de 1844, aparece exercendo a função de Adido de 2.ª Classe, residindo no Rio de Janeiro, à rua dos Inválidos, n.º 102, centro da Cidade.
Ainda servia neste cargo, em 1845, durante a gestão do Ministro Corrêa; e 1846, na gestão do barão de Moreira. Nesta ocasião, já aparece residindo no Campo da Aclamação, n.º 22 [hoje com a denominação de Campo de Santana], centro da Cidade do Rio de Janeiro.
12-2 Antonio José Pedroso, comendador da Ordem de Cristo.
Neste ano de 1844, aparece exercendo a função de Adido honorário, residindo no Rio de Janeiro, à rua da Ajuda, n.º 53, centro da Cidade [hoje região da Cinelândia]. Ainda servia neste cargo, em 1845, durante a gestão do Ministro Corrêa; e 1846, na gestão do barão de Moreira.
12-3 Antonio Ferreira de Noronha Feital
No ano de 1845, aparece na função de Vice-Cônsul, e encarregado do Consulado Geral de Portugal na corte do Rio de Janeiro. Era residente na rua do Ouvidor, n.º 27 – uma das principais ruas do comércio e da moda, em fins do séc. XIX, na cidade do Rio de Janeiro, e uma das mais antiga, inicialmente denominada de caminho do mar [séc. XVI] e rua Aleixo Manoel [séc. XVII], entre outras.
NORONHA FEITAL - Família estabelecida no Rio de Janeiro. A união dos dois sobrenomes teve princípio em Antônio Ferreira Feital [c.1722, RJ -], filho de Manuel Ferreira Feital e de Antônia de Alvarenga. Deixou numerosa descendência de seu cas., em 1747, em Lisboa, Portugal, com Luiza Inácia de Noronha [c.1725, Lisboa -], filha de Jorge de Noronha. Foram avós de Antonio Fereira de Noronha Feital, diplomata citado acima. Foram bisavós, entre outros, do Dr. João Maria de Noronha Feital [1818-1873], Dr. em medicina, Cirurgião de Esquadra, Cap. de Mar e Guerra. Chefe de Saúde da Esquadra brasileira nas águas platinas. Médico da Escola de Marinha, Membro honorário da Academia de Medicina, Oficial da Ordem da Rosa, Cavaleiro da Ordem de Aviz, Cavaleiro da Ordem de Cristo; e bisavós de Miguel Maria de Noronha Feital [1824-1885], Bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas. Deputado Provincial e Cavaleiro da Ordem de Cristo [Dicionário das Famílias Brsileiras, Tomo I, vol. I].
= 1845 =
13. Conselheiro JOSÉ MAURÍCIO CORRÊA
Em 1845, aparece na função de Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário de Portugal na Côrte do Rio de Janeiro. No final do mesmo ano, há o retorno de José de Vasconcelos e Souza.
Nota: O Conde de Paraty [ver ítem 11-1], continua servindo, desde 1844, na função de Adido de 2.ª Classe. O Comendador Pedroso [ver ítem 11-2], continua servindo, desde 1844, na função de Adido honorário.
CORPO DIPLOMÁTICO
13-1 Jeronimo José Duarte Silva
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Chanceler do consulado geral de Portugal na Côrte do Rio de Janeiro. Ainda servia em 1846, na gestão do barão de Moreira. Neste ano de 1846, residia na rua do Sacramento, n.º 13, centro da Cidade do Rio de Jabeiro.
13-2 José Maria dos Reis Trovão.
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Angra dos Reis, Província do Rio de Janeiro. No ano seguinte, aparece com a denominação de Ilha Grande.
13-3 José Custódio Ozorio
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Campos, Província do Rio de Janeiro. Ainda servia em 1846, na gestão do barão de Moreira.
13-4 José Francisco Guimarães.
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Itaguaí, Província do Rio de Janeiro. Ainda servia em 1846, na gestão do barão de Moreira.
13-5 Antonio José da Costa Alves
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Macaé, Província do Rio de Janeiro. No ano de 1846, passou o cargo para Manoel Domingos de Araújo [ver ítem 14-3].
13-6 Joaquim José Ferreira
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Mangaratiba, Província do Rio de Janeiro. Ainda servia em 1846, na gestão do barão de Moreira.
13-7 José Antonio de Melo
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Parati, Província do Rio de Janeiro. Ainda servia em 1846, na gestão do barão de Moreira.
13-8 José Agostinho de Salles
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na Província da Bahia. Em 1846, aparece no cargo de Consul.
13-9 Manoel Caetano de Gouvêa
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na Província do Ceará. Em 1846, já na gestão do barão de Moreira, aparece no cargo de Consul.
13-10 Joaquim José da Costa Portugal
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Consul de Portugal na Província do Maranhão.
13-11 Fernando José da Silva
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Consul de Portugal na Província do Pará. Ainda servia em 1846, na gestão do barão de Moreira.
13-12 Comendador Joaquim Baptista Moreira
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Consul de Portugal na cidade do Recife, Província de Pernambuco. Ainda servia em 1846, na gestão do barão de Moreira, já como Consul Geral.
13-13 Dr. Manoel Gomes Coelho Valle
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Porto Alegre, Província do Rio Grande do Sul. Em 1846, na gestão do barão de Moreira, aparece como Consul.
13-14 Manoel José Barreiras
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na Província do Rio Grande do Sul.
13-15 Cipriano da Silva Prost
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Santos, Província de São Paulo.
13-16 Francisco José Pinheiro
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Paranaguá, Província de São Paulo. Ainda servia em 1846, na gestão do barão de Moreira.
13-17 Manoel José Vieira de Macedo
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Itapemirim, Província de São Paulo. Ainda servia em 1846, na gestão do barão de Moreira.
13-18 José Bello de Araújo
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na Província de Santa Catarina.
Cau Barata
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RE: DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
Caro Inacio Ricardo:
Posso confirmar que a família Lampreia que referiu tem de facto origem em Portugal.
Sou parente por duas vias do Embaixador João de Oliveira de Sá Camelo Lampreia, bisavô de Luiz Felipe Lampreia, antigo Embaixador do Brasil em Portugal e Ministro de Estado das Relações Exteriores no Governo de Fernando Henrique Cardoso.
Caso esteja interessado poderei dar mais informações.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
Caro Rui Pereira
Gostaria sim de obter mais informações sobre a família do diplomata português Lampreia
Grato pela atenção
Cordiais saudações
Inacio Ricardo
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RE: DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
Caro Inacio Ricardo:
O Embaixador João de Oliveira de Sá Camelo Lampreia nasceu no Funchal (Madeira) em 10 de Setembro de 1863. Era filho do Deputado Francisco Joaquim de Sá Camelo Lampreia e de D. Sindina (ou Ascendina) Natália de Oliveira. Sua esposa D. Amélia de Campos Ferreira Lima nasceu em 20 de Agosto de 1867 em Lisboa e era filha dos Viscondes de Ferreira Lima, José António Ferreira Lima e D. Amélia Augusta de Campos Pereira. João de Oliveira de Sá Camelo Lampreia e D. Amélia de Campos Ferreira Lima casaram em Lisboa, na freguesia de Santa Isabel, a 7 de Fevereiro de 1885.
Francisco Joaquim de Sá Camelo Lampreia era filho do Marechal de Campo João Lampreia de Sarre (nascido em Castro Marim, Algarve, a 14.01.1790 e falecido na Madeira a 16.09.1856) e de D. Isabel Hermínia de Sá Camelo (natural de Moura, Alentejo).
João Lampreia de Sarre era filho do Tenente João Velho de Sarre e Gusmão e de D. Ângela Rita de Figueiredo Lampreia, ambos naturais de Castro Marim. D. Ângela Rita era irmã da minha antepassada D. Maria Antónia Lampreia de Figueiredo, que está na base de dados do GP:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=114495
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
Caro Cau Barata,
Tem alguma informação sobre a ascêndencia de Alfredo Montanha Martins de Pinho, 1º barão de Burgal cujas Notas Biográficas são:
Presidente do Banco Regional do Brasil
Director do Liceu Literário do Rio de Janeiro
Comendador da Ordem de Cristo e de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.
Barão de Burgal (8.10.1891)?
um abraço
Francisco Montanha Rebelo
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RE: DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
Caro Rui Pereira
Grato pelas informações
Cordiais cumprimentos
Inácio Ricardo
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RE: Diplomatas Portugueses no Brasil
Caro Cau Barata,
Desculpe o pedido, mas consegue descobrir alguma coisa sobre um Jacinto Sant'Ana e Vasconcelos Moniz de Bettencourt, cônsul da Bahia, algures entre 1852 e 1870?
Obrigado e um abraço,
Jacinto Bettencourt
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RE: Diplomatas Portugueses no Brasil
Caro Cau Barata,
Por favor se o senhor me podia escrever para o meu email:
alpoim@aol.com,
Tenho uma pergunta a respeito de um dos senadores antigos do Brasil.
agradeco muito,
cumprimentos,
aristides mendes
(New York)
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Diplomatas Portugueses no Brasil - Parte 04
Rio de Janeiro
DIPLOMATAS PORTUGUESES NO BRASIL
(Carlos Eduardo de Almeida Barata)
Parte IV
Rio de Janeiro, 26.07.2004 –
= 1846 =
14. BARÃO DE MOREIRA, JOÃO BAPTISTA MOREIRA [1798- 1868] – o mesmo do ítem 9.
Enviado Extraordinário e Consul Geral de Portugal no Rio de Janeiro, em 1837-1838 [ver ítem 9].
Em 1846, surge na função de Consul Geral de Portigal na Côrte do Rio de Janeiro.
Foi o 1.º barão de Moreira, título concedido durante a regência de D. Fernando, a 11.09.1855 – ver ítem 9.
NOTA: RELAÇÃO DOS DIPLOMATAS QUE VIERAM DAS GESTÕES ANTERIORES.
Nota 1. Jeronimo José Duarte Silva, continua na função de Chanceler na Côrte do Rio de Janeiro [ver ítem 13-1] - vem da gestão anterior.
Nota 2. José Custódio Ozorio, continua na função de Vice-Consul em Campos [ver ítem 13-3] - vem da gestão anterior.
Nota 3. José Francisco Guimarães, continua na função de Vice-Consul em de Itaguaí [ver 13-4] - vem da gestão anterior.
Nota 4. Joaquim José Ferreira, continua na função de Vice-Consul em Mangaratiba [ver ítem 13-6] - vem da gestão anterior.
Nota 5. José Antonio de Melo, continua na função de Vice-Consul em Parati [ver ítem 13-7] – vem da gestão anterior.
Nota 6. José Agostinho de Salles, o mesmo do ítem 13-8 (ver), no entanto, agora aparece como Consul, na mesma Província da Bahia.
Nota 7. Manoel Caetano de Gouvêa, o mesmo do ítem 13-9 [ver], no entanto, agora aparece como Consul, na mesma Província do Ceará.
Nota 8. Fernando José da Silva, continua na função de Consul na Província do Pará [ver ítem 13-11]. .
Nota 9. Joaquim Baptista Moreira, continua na função de Consul de Portugal, na cidade do Recife, Província de Pernambuco [ver ítem 13-12] – vem da gestão anterior.
Nota 10. Dr. Manoel Gomes Coelho Valle, o mesmo do ítem 13-13 (ver), no entanto, agora aparece como Consul, na mesma cidade de Porto Alegre.
Nota 11. Francisco José Pinheiro, o mesmo do ítem 13-16 [ver] continua na função de Vice-Consul em Paranaguá.
Nota 12. Manoel José Vieira de Macedo, o mesmo do ítem 13-17 [ver] continua na mesma função de Vice-Consul em Itapemirim.
= 1846 =
14-1 Antonio Ferreira de Oliveira
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Barra de São João, Província do Rio de Janeiro.
= 1846 =
14-2 José Maria dos Reis Trovão [ver ítem 13-2].
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município da Ilha Grande [que em 1845, aparece com a denominação de Angra dos Reis, na mesma região], Província do Rio de Janeiro.
= 1846 =
14-3 Manoel Domingos de Araújo
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Macaé, Província do Rio de Janeiro.
= 1846 =
14-4 João de Almeida Monteiro
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na Cidade de Maceió, Província de Alagoas.
= 1846 =
14-5 Jeronimo Antonio Leite
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na Província do Espírito Santo.
= 1846 =
14-6 Carlos Luciano Mendes
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Consul Geral de Portugal na Província do Maranhão. Comendador.
= 1846 =
14-7 Félix José Pereira Serzedello
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na Província do Pará.
= 1846 =
14-8 José Francisco Ferreira
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na cidade de Santarém, Província do Pará.
= 1846 =
14-9 Francisco Alves de Souza Carvalho
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na Província do Paraíba.
= 1846 =
14-10 Domingos Soares Barbosa
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na cidade do Rio Grande, Província do Rio Grande do Sul.
= 1846 =
14-11 José Gonçalves dos Santos Silva
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na Província de Santa Catarina. No mesmo ano de 1846, há registro do nome de José Ramos da Silva, no cargo de Vice-Consul em Santa Catarina.
= 1846 =
14-12 Antonio da Cunha Machado
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na Província de Sergipe.
= 1846 =
14-13 José Antonio da Silva
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal na Cidade de Iguape, Província de São Paulo.
= 1846 =
14-14 Francisco Pereira de Melo
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Santos, Província de São Paulo.
= 1846 =
14-15 Manoel Ribeiro dos Santos
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Vice-Consul de Portugal no Município de Ubatuba, Província de São Paulo.
= 1846 =
14-16 Miguel José Alves
Membro do Corpo Diplomático de Portugal. Chanceler do Consulado de Portugal na Província de Pernambuco.
(Continua)
Cau Barata
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RE: Diplomatas Portugueses no Brasil
Ex.mo Senhor.
Aproveitando esta sua brilhante investigação,lembrei-me de lhe pedir ajuda relativamente a dados biográficos que possa obter com respeito ao meu bisavô,
Augusto Peixoto,comendador da Ordem de Nª.Srª da Conceição de Vila Viçosa,que era consul de Portugal em Salvador da Bahia em 1865.
Muito grato,apresento-lhe os melhores cumprimentos.
Diogo Archer
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RE: Diplomatas Portugueses no Brasil
Prezado Sr. Diogo Archer
Vou procurar alguma informação sobre vosso bisavô. Talvez demore um pouco a responder.
Tenho, em meu computador, um tópico que denominei: - Responder para Portugal. Cada uma das mensagems que coloco neste tópico, contêm cerca de 6 perguntas. Ainda estou na " Resposta" número 8, e já tenho 20 na caixa de saída, ou seja, estou atrasado em cerca de 78 agradecimentos e/ou respostas.
Tento seguir a ordem, somente interrompida quando a resposta é imediata, sem a necessidade de fazer alguma investigação mais demorada.
Meus cumprimentos
Cau Barata
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RE: Diplomatas Portugueses no Brasil
Ex.mo Srº Cau Barata:
Agradeço-lhe muito a sua pronta resposta e fico aguardando com o maior interesse o futuro desenvolvimento.Acessoriamente teria outras perguntas a fazer-lhe,mas depois do que ouvi falta-me a coragem.
Muito Obrigado e cumprimentos,
Diogo Archer
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RE: Diplomatas Portugueses no Brasil
Ex.mo Sr. Diogo Archer
Espero não ter dito algo que lhe tenha desencorajado a fazer suas perguntas.
Na verdade, penso que 90% da minha participação tem sido levar maiores informações sobre o mundo português dentro do Brasil, do ponto de vista histórico-genealógico, esperando, sempre, com muito gosto, as perguntas.
A forma que encontrei para ajudar, foi criando tópicos com a finalidade de enviar estudos, pesquisas ou genealogias, independente das perguntas, com a esperança de alcançar, em algumas destas mensagens, uma informação perdida de algum amigo pesquisador.
As perguntas serão sempre bem-vindas e, se não houvessem as mesmas, certamente já teria encerrado todos os tópicos, pois ficaria caracterizado de que os mesmo estariam fora do interesse dos amigos.
Em algumas ocasiões me chegam várias perguntas e, em muitas delas, necessito de maior tempo para dedicar buscas mais detalhadas. Assim, na demora de encontrar algumas respostas, acabam acumulando muitas dúvidas, no entanto, conforme lhe disse, separo todas na pasta de Respostas pendentes, com a finalidade de obter alguma resposta para as mesmas.
Infelizmente, acabo demorando muito nas respostas, mas faço o possível para respondê-las, como já ocorreu com algumas, quase um ano depois.
No mais, uma pergunta feita em um tópico - o que tem ocorrido - possibilita outros responde-las. Houve muitas que, na demora de uma resposta minha, outros responderam. Estas respostas também me são de grande ajuda.
Assim, independente da minha demora, não deve haver receio ou falta de coragem em perguntar, pois outros estão atentos e despretenciosamente prestes a ajudar. E, conforme já disse, se a resposta estiver ao meu alcance, ela segue de imediato.
Meus cumprimentos
Cau Barata
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RE: Diplomatas Portugueses no Brasil
Olá Barata,
Se tiver alguma coisa sobre o ministro José de Almeida Vasconcelos, ministro de Portugal no Brasil, estou buscando dados genealógicos dele e da mulher: nascimento, local, casamento, filiação. Se vc tiver algum desses dados, principalmente o nome completo da mulher, agradeço. Ele esteve com a mulher em Montevideu em 1872. Sei que ainda não chegou nesta época, mas quando chegar, fica aqui registrado o meu pedido.
Um abraço
Dalmiro
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RE: Diplomatas Portugueses no Brasil
Rio de Janeiro
Grande e ilustre amigo, Presidente Dalmiro:
Há tempos que vejo a sigla Dmotta, que pensava lhe pertencer, o que agora se confirma. Apesar da sigla, vou lhe tirar do anonimato.
Fico honrado com a participação do Presidente do Colégio Brasileiro de Genealogia, cuja instituição, em breve, estará no ar, via internet, fornecendo a ajuda necessária aos confrades do além mar, sobre os elos perdidos, cá neste mundão que é o Brasil.
Prezado amigo (pres.) Dalmiro, dei uma primeira olhada na lista dos Ministros enviados por Portugal, para atuar no Brasil, assim como, nos que o Brasil enviou a Portugal, e não vejo na relação o nome de José de Almeida Vasconcelos. Com o sobrenome (apelido) Vasconcelos, os mais próximos daquela data de 1872, quando o mesmo esteve em Montevidéu, são o Conselheiro José de Vasconcelos e Souza, sobre quem já falei neste tópico, e que retorna ao posto de Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário, a 12.07.1862; e o Conselheiro Mathias de Carvalho e Vasconcelos, que assumiu na mesma função do diplomata anterior, em 23.10.1869, cargo que ainda exercia em 1872.
Quanto aos diplomatas enviados pelo Brasil, para exercer o cargo de Ministro, somente vejo o nome do Conselheiro Antonio de Menezes Vasconcelos de Drummond, que assumiu o posto a 24.04.1837, onde permaneceu por longo período até ser exonerado e posto em disponibilidade ativa, a 06.08.1853, sendo substituído pelo Barão de Itamaracá.
Houve outros Vasconcelos, em períodos próximos, porém anteriores, como João Batista Vieira de Carvalho e Vasconcelos, que Portugal nomeou para servir na qualidade de Cônsul Geral na Cidade de Piraí, Província do Rio de Janeiro, em 1870-1873.
Quanto ao nome José de Almeida e Vasconcelos, vejo dois, pai e filho, na relação dos brasileiros que foram estudar em Coimbra, ou seja: José de Almeida e Vasconcelos, natural do Rio de Janeiro, matriculado em 1848, no Curso de Matemática, e filho de outro José de Almeida e Vasconcelos. É possível que um deles seja o que procuras. Assim, vale tentar pedir ajuda ao confrade Pedro França, no tópico dedicado aos Arquivos da Universidade de Coimbra.
Há também um Manuel de Almeida Vasconcelos, natural da Bahia, filho de Joaquim de Almeida Vasconcelos, e matriculado em Coimbra, em 10.11.1821.
Prezado amigo Dalmiro vou continuar na busca destes Almeida e Vasconcelos e, encontrando alguma informação, entro em contado.
Estimo, de coração, todo o sucesso na Presidência do CBG, que já deu passos importantíssimos na direção dos novos tempos, com um valioso quadro de grande respeito.
Abraços do amigo
Barata
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RE: Diplomatas Portugueses no Brasil
Rio de Janeiro, 28.07.2004
Ilustre amigo Dalmiro
Encontrei no meu banco de dados, um um José de Almeida Vasconcelos, negociante, natural de Portugal, casado com Maria Rosa-de Vasconcelos.
Foram pais de:
I - Virgínia Vasconcelos, nascida por volta de 1872, esposa de Alfredo Alvares de Macedo Coutinho,filho de Marcelino dos Santos de Azeredo Coutinho-Júnior e de Mariana Francisca de Macedo Alvares.
Estes, foram pais de:
II - Odete Coutinho, nascida por volta de 1895, casada com seu primo Armando José de Macedo Soares Terra Passos, nascido a 22.12.1893, no Rio de Janeiro, filho de Antonio Joaquim Terra Passos e de Sarah de Macedo Soares – família bastante conhecida do Rio de Janeiro, oriunda dos canaviais de Itaboraí.
Abraços
Barata
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RE: Diplomatas Portugueses no Brasil
Caro Cau Barata,
Por favor se o senhor me podia escrever para o meu email:
alpoim@aol.com,
Tenho uma pergunta a respeito de um dos senadores antigos do Brasil.
agradeco muito,
cumprimentos,
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RE: Diplomatas Portugueses no Brasil
Meu caro Barata,
Muito agradeço as suas informações. O motivo da minha indagação é que tenho fotos deste José de Almeida e Vasconcelos, dedicada ao Barão de Pinto Lima em 1872, e de sua mulher, de quem não sei o nome. Quando o José Gabriel da Costa Pinto, nosso saudoso amigo, viu as fotos, logo disse: "era o ministro português a serviço no Brasil". Sem fazer pesquisa alguma, aceitei esta afirmativa como correta e, lendo as mensagens que vc tem enviado para este forum, ocorreu-me a indagação. Por outro lado, num documento que meu primo Celso Vieira de Carvalho me havia mostrado, havia uma relação das pessoas que iriam fazr uma cavalgada na corte. Uma delas era madame Vasconcelos, mulher do ministro português. As fotos mostram um casal jovem, na faixa dos 20 ou dos 30, em 1872, em Montevideu, quando lá estava também o Barão de Pinto Lima.
É isto, caro Barata. Agradeço a acolhida pela minha participação neste forum, que me foi indicado pelo Gilson Nazareth e que já se me revelou eficaz e pelos votos de bons resultados no CBG.
Uma braço do seu amigo
Dalmiro
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Diplomatas Portugueses no Brasil
Este forum ainda está ativo?
Procuro registro do Vice-consul de Portugal em Barra de São João - Rj em 1806. O nome dele era Jose Rodrigues Lopes.
Agradeço caso alguém posso me indicar como conseguir esta informação.
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Diplomatas Portugueses no Brasil
Prezado Cau Barata,
Gostaria de acrescentar à sua lista de diplomatas portugueses no Brasil, o nome do irmao do Antonio Ferreira de Noronha Feital que consta na sua lista, o meu parente Francisco José de Noronha Feital, consul em Salvador, na Bahia, aonde faleceu antes de 12 de março de 1844:
FRANCISCO DE NORONHA FEITAL - N. a 23.11.1794 na Cç. Carmo, Conceição Nova, Lisboa, e b. a 15.12., ib.
"O consulado portuguez faz publico, que nos dias 16, 18 e 20 do mez que corre, ha de andar em leilao para ser arrematado no ultimo dos dias supra ao meio dia, toda a mobilia, e um escravo pertencente ao Espolio do finado consul portuguez, Francisco José de Noronha Feital, na caza em que o mesmo finado residia à rua direita da Piedade- Bahia 13 de março de 1844" e "O chanceller do consulado da naçao Portugueza nesta provincia no lugar do consul da mesma naçao, convida a todos os Srs. credores, e devedores, do finado consul portuguez, Francisco José de Noronha Feital, para apresentarem suas contas, a fins de serem legalizadas- Bahia, 12 de março de 1844. (Fonte: Correio Mercantil (BA), Anno XI, sexta-feira, 15 de março de 1844, no. 60, pg. 3 sob a rubrica "Annuncios" "Consulado Portuguez").
Saudaçoes,
Helio Lopes da Costa Jr., associado do CBG
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