Pr. Franz Josef Hohenzollern-Sigmaringen

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Pr. Franz Josef Hohenzollern-Sigmaringen

#319833 | Bernardo-Luis | 28 dez 2012 16:31

Ao ler o livro D.Manuel II e D. Amélia, cartas do exílio,

http://www.estampa.pt/index.php?t=detalhe&id=1913

Sobressaiu uma relativa à preocupação do Rei em relação ao cunhado Pr.Franz Josef que terá sido capturado durante a 1ª Grande Guerra e posteriormente feito prisioneiro na ilha de Malta de onde só foi libertado em 1919.

Procurando mais informação sobre o assunto fiquei a saber que o príncipe era membro da tripulação do Cruzador-torpedeiro Emden que terá feito razias na frota aliada.

O resulatdos obtidos por aquele vaso de guerra foram de tal modo relevantes que o Kaiser terá autorizado todos os membros da tripulação a juntarem o nome Emden ao próprio apelido.

Em que circunstâncias e quando foi o príncipe feito prisioneiro ?

Outra questão:
O artigo da Wikipedia refere que, a dada altura, o príncipe aderiu ao nazismo, como muitos membros de famílias reais e aristocratas alemãs.

Alguém sabe se essa simpatia pró-nazi foi compartilhada pela irmã D.Augusta Victoria e/ou pelo cunhado conde Douglas ?

Cumprimentos
Bernardo

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RE: Pr. Franz Josef Hohenzollern-Sigmaringen

#320029 | Bernardo-Luis | 02 jan 2013 16:52 | Em resposta a: #319833

Noutro forum encontrei este relato da prisão do Príncipe Franz Josef.

http://query.nytimes.com/gst/abstract.html?res=9D0DE4DC1738E633A25751C1A9679D946596D6CF&scp=1&sq=hohenzollern+emden&st=p

Capturado "do outro lado do mundo".

Alguma informação quanto às simpatias políticas da Rainha D.Augusta Victoria ?

A ideia que se tem dela é a de uma pessoa bastante apagada, sem qualquer iniciativa digna de registo.

Mas estas pessoas, por vezes, são muito influenciáveis, e poderia ter sido o caso, com um irmão (até certa altura) simpatizante da ideologia do Fuhrer, desconhecendo eu se o marido Cde Douglas subscrevia as mesmas ideias...

O facto de ter sido recebido pela Rainha D.Amélia quando esta estava para morrer, depois de tantos anos de relações cortadas, poderá indiciar que não terá sido simpatizante do Nazismo.

D.Amélia poderia ter a maior admiração por Salazar e a sua política, mas de Salazar a Hitler vai uma grande distância.

Aguardam-se comentários
Bernardo

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RE: Pr. Franz Josef Hohenzollern-Sigmaringen

#320058 | HRC1947 | 02 jan 2013 22:30 | Em resposta a: #320029

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"" 200 OF EMDEN CREW
DEAD; 30 WOUNDED CAP. VON MULLER AND OFFICERS
WILL BE ALLOWED TO KEEP
THEIR SWORDS. ""
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Londres, 11 Nov - Cap. Von Muller de fhe Alemão cruzador Emden, foi atacado pelo cruzador australiano
Sydney e conduzido para terra na ilha de Cocos, onde queimou, e Franz Joseph Príncipe de Hohenzollern, um de seus oficiais, são prisioneiros de guerra de acordo com um COMUNICADO

O Almirantado acrescenta que as perdas no Emden são oficialmente reportadas como 200 mortos e
30 feridos. Nenhum detalhe adicional foi recebido.
O Almirantado determinou que todas as honras de guerra fossem concedidas para os sobreviventes do Emden, e que o capitão e seus oficiais não devem ser privados de suas espadas.
A Central de Notícias recebeu um despacho de Melborne dizendo que a artilharia do Emden foi boa, mas veio a piorar. O navio alemão tinha dois funis atirou longe e pegou fogo ré continua a queimar.
--
THE NEW IORK TIMES
12 NOVEMBRO 1914
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HRC

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RE: Pr. Franz Josef Hohenzollern-Sigmaringen

#320084 | HRC1947 | 03 jan 2013 12:17 | Em resposta a: #320058

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" As eleições nacionais de 1919 marcaram uma derrota parcial dos social-democratas, considerados responsáveis pela fome que se alastra na Alemanha. Para manterem-se no poder, aliaram-se aos católicos e aos burgueses liberais.

Em 1919, foi fundado o Partido Nazista, que teve como chefe Adolf Hitler, austríaco que lutara no exército alemão. No mesmo ano, foi votada a nova Constituição da Alemanha. Estabelecia uma federação de 23 Estados, que passavam a ter uma Constituição democrática, enviando seus delegados a uma Assembléia Nacional. O Reichrast.

O presidente da República seria eleito por sete anos mediante voto direto universal. Tinha por função comandar o exército, indicar os ministros, dissolver o Reichstag se necessário e convocar novas eleições.De 1919 até 1929, a chamada República de Weimar enfrentou enormes dificuldades. Apesar das reformas trabalhistas que limitavam o tempo de trabalho a oito horas e de um conselho de patrões e empregados criado para orientar a política econômica do país, a miséria e a fome orientar a política econômica do país, a miséria e a fome abatiam-se sobre a Alemanha em conseqüência da contínua desvalorização monetária, provocada por necessidade de pagar as repartições de guerra aos aliados franceses tornou a situação ainda mais crítica. Em 1923, a inflação era galopante.

Hendenburg foi eleito presidente em 1925, substituição a Ebert, falecido. A recuperação da Alemanha era bem frágil. A crise econômica mundial de 1929 demonstrando esse fato, pois permitiria a ascensão ao poder do líder do Partido Nazista, Adolf Hitler. Ele se utilizou do descontentamento dos alemães com o governo para obter mais adeptos. O Partido Nazista imitou o Partido Fascista: tinha tropas de choque e empregava métodos violentos contra socialistas, comunistas e judeus, além de perseguir sindicatos e jornais.

Em 1923, a França invadiu o centro industrial da Alemanha. Para forçar sua retirada, o governo alemão incentivou a greve na região e passou a pagar parte dos salários, aumentando a inflação. O desespero aumentou o número de adeptos do Partido Nazista. Hitler iniciou então uma revolução em Munique, mas fracassou, e ficou preso por alguns meses. Ele afirmava que os lemas eram superiores em termos raciais, e que o nazismo deveria conduzir o mundo.

Pregava a necessidade de se manter a pureza da raça ariana, eliminando de se manter a pureza da raça ariana, eliminando os judeus da Alemanha. Os judeus eram acusados de capitalistas, que enfraqueciam a Alemanha.
Quando Hitler chegou a poder, utilizou-se de suas tropas de choque para se livrar de adversários políticos. E em 1932 elegeu 230 deputados de seu partido. Em 1934, morreu o presidente alemão. Hitler, que assumiria em 1933 como primeiro-ministro, impôs uma ditadura violenta.

Pessoas de destaque da oposição foram enviadas para campos de concentração. Todos os estados ficaram centralizados pelas ordens de Hitler. Os judeus perderam a cidadania e passaram a ser perseguidos. Todos eram obrigados a exercer a doutrina nazista."
HRC
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RE: Pr. Franz Josef Hohenzollern-Sigmaringen

#320096 | Bernardo-Luis | 03 jan 2013 16:54 | Em resposta a: #320058

Um navio com 2 funis ???

Talvez 2 chaminés ;-)

Bernardo

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RE: Pr. Franz Josef Hohenzollern-Sigmaringen

#320105 | HRC1947 | 03 jan 2013 20:05 | Em resposta a: #320096

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http://query.nytimes.com/mem/archive-free/pdf?res=9D0DE4DC1738E633A25751C1A9679D946596D6CF

http://ahoy.tk-jk.net/macslog/GermanWW1LightCruiserSMSE.html
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HRC
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RE: O FIM DO LUSITANIA

#320114 | HRC1947 | 03 jan 2013 22:05 | Em resposta a: #320058

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http://titanichistoria1912.blogspot.pt/2012/03/o-fim-tragico-do-lusitania.html
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[ : - D ]
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HRC
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RE: Pr. Franz Josef Hohenzollern-Sigmaringen

#320160 | HRC1947 | 04 jan 2013 15:15 | Em resposta a: #320096

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....Até havia navios com três e quatro FUNIS!! ...
Não se percebe onde está a admiração?.... talvez no
desconhecimento da realidade do Mundo!
HRC
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.

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RE: Rainha D.ª Amélia

#320189 | HRC1947 | 04 jan 2013 23:07 | Em resposta a: #320114

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Nasceu em Twickenham a 28 de Setembro de 1865, sendo filha de Luís Filipe Alberto de Orleães, conde de Paris, e da princesa Isabel de Orleães, sua prima, filha dos duques de Montpensier.
Quando a família Orleães foi banida de França, estabeleceu a sua residência em Inglaterra, onde a gentil princesa teve esmerada educação. Sendo muito inteligente adquiriu muitos conhecimentos literários, afirmando-se ao mesmo tempo uma notável sports­woman. A par dos seus estudos, cuidadosamente feitos sob a direcção dos mais afamados professores, recebia também a jovem princesa uma sólida educação de família ministrada por sua mãe. Foi por intermédio da duquesa de Montpensier que se preparou o casamento da princesa D. Maria Amélia, sua neta, com o então príncipe D. Carlos. Foi o conselheiro Andrade Corvo, ministro de Portugal em Paris em 1886, o encarregado de entregar as cartas autografas, de el-rei D. Luís e da rainha senhora D. Maria Pia, ao conde e condessa de Paris, em que era pedida em casamento a princesa sua filha. Esta cerimónia realizou-se no palácio de Varennes no dia 7 de Fevereiro do referido ano.
Sendo favorável a resposta dos condes de Paris, o casamento de D. Carlos deixou de ser segredo de estado, e foi declarado oficialmente no dia 8 do citado mês e anuo. A futura rainha de Portugal recebeu em Paris em 11 de Fevereiro as maiores provas de simpatia por parte da aristocracia francesa e dalgumas povoações de França, recebendo igualmente preciosas ofertas, que em seguida mencionamos: Das senhoras da cidade de Eu, um crucifixo de marfim e ébano, encimado pelos brasões das casas de França e de Bragança; do clero da mesma cidade, um relicário de S. Lourenço, orago da igreja onde a princesa fizera a sua primeira comunhão; do arcebispo de Ruão uma imagem da Virgem, em marfim, trabalho primoroso dum artista florentino do século XVI; das damas do Sena Inferior, um leque pintado por Eugénio Lami, ornado de pedras preciosas; das damas da Bretanha, uma estatueta de Notre Dame d'Auray, estilo antigo; outra estatueta de prata. esculpida por Froment Meurice, e uma cruz bretã ornada de pedras preciosas; das de Ardennes, um magnífico leque, cravejado de brilhantes; das de Berry, um serviço de jantar, fabricado em Vierzon, com as armas de França e de Portugal, etc. O brinde oferecido pelas damas de Paris tem a forma do navio que serve de emblema à cidade de Paris: uma nau de prata vogando, sustentada por duas sereias, que parecem emergir duma grande bacia de prata, com bordos de jaspe sanguíneo, desenho de Henrique Cameré, sendo o modelo das sereias feito por M. Chapu, membro do Instituto, e o trabalho de ourivesaria de Froment Meurice e de Ancoc; as armas de Paris, com brilhantes, estão dispostas no costado da nau; nas auriflamas lêem-se os nomes de D. Amélia e D. Carlos; os cestos das gáveas têm a forma de coroas murais; no soco tem uma inscrição com a data do casamento: 22 de Maio de 1886.
No dia 15 de Maio realizou-se no palácio Galliera, da rua Varennes, em Paris, o baile de despedida, saindo a futura rainha de Portugal no dia 18, chegando a Lisboa em 19 às 5 horas da tarde. Foi uma verdadeira festa. O príncipe D. Carlos havia partido na véspera ao encontro da sua gentil noiva, pernoitou na Pampilhosa, onde esperou o comboio em que vinha a princesa, com seus pais, irmã e irmão, a princesa de Joinville, e todo o numeroso séquito que desde Paris a acompanhava. Depois de almoçarem na estação do caminho-de-ferro, seguiram no expresso para Lisboa, sendo em todas as estações saudados com entusiasmo. O comboio, conforme dissemos, chegou no dia 19 pelas 5 horas da tarde à estação de Santa Apolónia; onde os reais viajantes eram esperados por toda a família real, o duque de Aosta, a corte e o ministério. Dali seguiram todos em carros descobertos para o paço das Necessidades, que se destinara para a hospedagem dos condes de Paris no meio de grandes aclamações do povo que se aglomerava por todas as ruas daquele longo caminho.

A cerimónia do casamento realizou-se a 22 de Maio na igreja de Santa Justa, vendo-se ornamentadas elegantemente tolas as ruas por onde seguia o cortejo. Durante alguns dias houve pomposas festas: iluminações brilhantes, récitas de gala nos teatros de S. Carlos e de D. Maria, que se viam ricamente adornados, baile no paço da Ajuda, parada militar na Avenida da Liberdade, fogo de artifício, corridas de cavalos, tourada, dada pelo Turf Club, etc. Sua Majestade a Rainha Sr.ª D. Amélia tem-se sempre evidenciado na propaganda do bem; é em extremo caritativa, chegando a socorrer pobres e doentes nas suas próprias casas, acompanhada unicamente duma das suas damas, em trem de aluguer. Fundou a Assistência Nacional aos tuberculosos, instituição de que nasceram Dispensários, que tão bons serviços têm prestado às classes necessitadas. A bondosa rainha interessa-se particularmente pela prosperidade desta grande obra de humanidade, a que tem aplicado toda a sua atenção e inteligência. Visita amiudadas vezes o Dispensário de Lisboa, assistindo às consultas, e dirigindo palavras consoladoras aos doentes. Mostrou sempre o maior interesse pela medicina, e pelos cuidados de enfermeira. Um jornal inglês diz que foi a rainha senhora D. Amélia quem serviu de enfermeira a sua avó, a duquesa de Montpensier, tratando-a com a maior perícia e caridade, e conseguindo mais duma vez pelos seus cuidados conservar-lhe a existência. É também muito dedicada às belas artes; são trabalhos seus os desenhos que ilustram o livro o Paço de Cintra, escrito a seu pedido, pelo Sr. conde Sabugosa. O produto desta obra, que constitui um notável trabalho de história e de arte, foi destinado pela augusta soberana a aumentar o fundo para a luta contra a tuberculose, a nobre cruzada em que tanto se empenha.
Em Junho de 1901 fez uma viagem à ilha da Madeira e aos Açores em companhia de el-rei seu marido. Os reais viajantes e sua comitiva seguiram a viagem nos cruzadores S. Gabriel, D. Amélia e D. Carlos. Percorreram a Madeira e todas as ilhas dos Açores, sendo recebidos em toda a parte com o maior entusiasmo, organizando-se festas brilhantes em sua homenagem. Em 1903, por conselho dos médicos, fez uma viagem ao Oriente, a bordo do iate D. Amélia, levando em sua companhia seus filhos, o príncipe real D. Luís Filipe e o infante D. Manuel. Foi no dia 26 de Fevereiro que saiu a barra de Lisboa. A real viajante tomou o título de marquesa de Vila Viçosa. Visitou diferentes terras orientais, estando em Jerusalém, no Cairo, Port­Said, etc. Na sua comitiva iam os Srs. condes de Figueiró, visconde de Asseca, aio dos príncipes, Kerausch, preceptor, D. António de Lencastre, médico da real câmara, o capelão Damasceno Fiadeiro, prior de Santa Justa, e o pintor Casanova. No regresso esteve em Paris visitando alguns estabelecimentos clínicos e hospitais destinados ao tratamento da tuberculose.
Na horrível tragédia de 1 de Fevereiro de 1908, em que foram barbaramente assassinados el-rei D. Carlos I, seu marido, e o príncipe real D. Luís Filipe, seu filho, a augusta senhora, apesar da sua grande amargura, vendo na sua presença num momento sem vida os entes que tanto estremecia, ainda teve coragem de se impor, procurando evitar tão horroroso crime, o que infelizmente não pôde conseguir. Seguiu-se a aclamação de seu filho, o actual rei senhor D. Manuel II, que foi brilhantíssima de entusiasmo, e desde então as manifestações de simpatia, que por toda a parte e sucessivamente o soberano tem sido alvo devem ser um lenitivo à sua dor profundíssima. Em Novembro do mesmo ano de 1908, el-rei fez uma excursão ás províncias do norte, na companhia de alguns dos seus ministros, recebendo em todas as terras, que percorreu, as mais sinceras homenagens, e estando no Porto no dia 15, seu aniversário natalício, sua majestade a rainha aí o foi encontrar, aproveitando o ensejo para visitar naquela cidade a Misericórdia e o seu hospital, e todas as demais. casas de beneficência. Em 24 de Janeiro de 1905 foi S. M. a rainha senhora D. Maria Amélia nomeada académica de mérito da Academia Portuense de Belas Artes. Além do actual rei e do malogrado príncipe D. Luís Filipe, teve S. M. também uma filha. Em 14 de Dezembro de 1887, deu à luz no palácio de Vila Viçosa uma infanta com 7 meses de gestação, chegando apenas a viver 3 horas, tendo recebido o baptismo das mãos do médico com o nome de Maria. O pequeno cadáver chegou a Lisboa no dia 17 a bordo do vapor Lidador, sendo transportado em coche de gala para S. Vicente de Fora, ficando entre os caixões do príncipe da Beira, D. António, filho de D. João IV e de um filho de D. Maria I.
Com o titulo de Rainha D. Amélia instituiu el-rei D. Carlos I por decreto de 23 de Novembro de 1895, ampliado pelo de 6 de Junho de 1896, uma medalha para comemorar as expedições militares a Moçambique e à Índia. É de forma circular e tem dum dos lados a efígie de S. M. a Rainha.
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Fonte; Portugal - Dicionário Histórico.
Edição electrónica © 2000-2010 Manuel Amaral
HRC
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RE: Rainha D.ª Amélia

#320234 | HRC1947 | 05 jan 2013 22:32 | Em resposta a: #320189

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http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?p=51807055
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HRC

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RE: RAINHA D.ª AMÉLIA

#320238 | HRC1947 | 05 jan 2013 23:12 | Em resposta a: #320234

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http://farm3.static.flickr.com/2252/2312873767_af6f0acb71_o.jpg

Após anos no exílio (desde 1910) Sua Magestade a Rainha Dona Amélia é autorizada pela ditadura a visitar Portugal em 1945.
Nesta visita, Sua Magestade apenas solicitou que fosse autorizada a ficar sozinha durante algum tempo no palácio da Pena, em Sintra. (local onde guardava boas recordações da família) Solicitou também autorização para visitar o panteão dos reis da casa de Bragança, onde estão enterrados o seu marido, Sua Magestade el Rei Dom Carlos I e os dois filhos, Príncipe Dom Luiz filipe e Sua Magestade el Rei Dom Manuel II.

http://www.theroyalarticles.com/content_images/4/1945_sao_vocente.jpg
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HRC

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RE: Pr. Franz Josef Hohenzollern-Sigmaringen

#320268 | Bernardo-Luis | 06 jan 2013 19:55 | Em resposta a: #320160

Funil é um termo técnico de navegação ?

Ou está se a referir a funis que houvesse na cozinha do barco ;-) ?

http://pt.bab.la/dicionario/ingles-portugues/funnel

Interessante a demais informação

Cpmts
Bernardo

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RE: RAINHA D.ª AMÉLIA

#320269 | Bernardo-Luis | 06 jan 2013 19:58 | Em resposta a: #320238

Não obstante o interesse dos seus posts, quero crer que nos estamos a afastar do tópico inicial.

D.Augusta Victoria e as suas simpatias políticas, se é que as tinha...

Bernardo

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RE : OS FUNIS DOS NAVIOS

#320273 | HRC1947 | 06 jan 2013 22:24 | Em resposta a: #320114

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" Philo McGiffin notou, nesta hora, que os navios chineses foram pintados de um 'cinza invisível', embora fotografias contemporâneas indiquem um casco escuro e uma super estrutura brilhante, então, talvez, apenas a super estrutura branca e os funis amarelos fossem repintados de cinza, com o casco permanecendo preto......"

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d2/Battle_of_the_Yellow_Sea_by_Korechika.jpg
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HRC

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RE: D.ª Augusta Victoria, Esposa D. Manue lI

#320277 | HRC1947 | 06 jan 2013 23:18 | Em resposta a: #320269

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... Pelo que se sabe, e analisando o seu percurso... esta Senhora não teria qualquer expressão politica.

-FUNIS:
segue um link onde se fica com uma ideia, em que parte do navio estes se situam.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_do_Rio_Yalu#A_batalha
RE: O FIM DO LUSITÂNIA 03-01-2013, 22:05
Autor: HRC1947 [responder para o fórum] --
http://titanichistoria1912.blogspot.pt/2012/03/o-fim-tragico-do-lusitania.html
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Cumprimentos
HRC
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RE: RE : OS FUNIS DOS NAVIOS

#320284 | HRC1947 | 07 jan 2013 02:16 | Em resposta a: #320273

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CONVENÇÃO Nº 152

SEGURANÇA E HIGIENE : [TRABALHO PORTUÁRIO]

Artigo 20

1. Deverão tomar-se todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos trabalhadores que devam permanecer nos porões ou nas entrepontes de carga do navio enquanto neles funcionarem veículos a motor ou se realizem operações de carga ou descarga por meio de aparelhos accionados por motor.

2. Não deverão tirar-se nem colocar-se os quartéis e vigas de escotilha enquanto se realizarem trabalhos no porão situado sob a boca da escotilha. Antes de que se realizem operações de carga ou descarga, deverá retirar-se todo quartel ou viga de escotilha que possa deslizar-se por defeito de fixação.

3. Nos porões ou nas entrepontes de carga do navio deverá funcionar um sistema adequado de renovação do ar, para prevenir os riscos para a saúde que possam provir dos gases emitidos por motores de combustão interna ou de qualquer outra origem.

4. Deverão adoptar-se medidas adequadas, incluindo meios de evacuação isentos de perigo, para garantir a segurança de toda pessoa quando se carregar ou descarregar carga seca a granel no porão ou entreponte de um navio, quando um [ trabalhador deva trabalhar num FUNIL de enchimento a Bordo do Navio.]].........
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http://www.youtube.com/watch?v=yK9jg7bdySo
http://www.youtube.com/watch?v=C7kGeVYgC00
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HRC

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RE: D. Manuel II ; Oficial Cruz Vermelha Britânica

#320298 | HRC1947 | 07 jan 2013 16:31 | Em resposta a: #320284

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Sendo anglófilo, e admirador do espírito britânico, D. Manuel defende a partir da entrada de Portugal na Guerra, uma participação activa, instando os Monárquicos a não lutarem contra a República e a porem de lado as tentativas restauracionistas enquanto durasse o conflito, e a unirem-se como Portugueses na defesa da Pátria, chegando mesmo, no exílio, a ter solicitado a sua incorporação no exército republicano Português.

Mas ao contrário do que esperava, a maioria dos monárquicos não corresponde às suas expectativas, pois eram germanófilos, que esperavam que a vitória do Kaiser se saldasse pela restauração da monarquia. O Rei por seu lado acreditava que só o apoio à Grã-Bretanha garantia a manutenção das colónias portuguesas, que se perderiam para a ambição alemã em caso de vitória destes, quer Portugal fosse uma República ou uma Monarquia. Mas apenas aqueles mais próximos do Rei se ofereceram para lutar, embora a República não tenha aceite os serviços de nenhum Monárquico.

O próprio Monarca se pôs à disposição dos aliados para servir como melhor pudesse. Ficou de início um pouco desapontado quando o colocaram como Oficial da Cruz Vermelha Britânica, mas o esforço que desenvolveu ao longo da guerra, participando em conferências e recolha de fundos, visitando hospitais e mesmo os feridos na frente, acabou por ser muito gratificante. As visitas á frente foram dificultadas pelo governo francês, mas a amizade com Jorge V era suficiente para desbloquear esses entraves.

O seu esforço nem sempre foi reconhecido. Anos mais tarde, em entrevista a António Ferro, lamentou-se, "A sala de operações do Hospital Português, em Paris, durante a guerra, foi montada por mim. Sabe o que puseram na placa da Fundação!! " De um Português de Londres "....

Ao Rei se deveu a criação do departamento ortopédico do hospital de Sheperds Bush, que por sua insistência continuou a funcionar até 1925, assistindo aos mutilados de guerra. Uma prova de reconhecimento dos ingleses para D. Manuel e para com Portugal foi o facto de Jorge V tê-lo convidado a ocupar um lugar a seu lado na tribuna de honra do desfile da vitória, em 1919.

http://www.youtube.com/watch?v=eN4EGHC5KYM
http://www.youtube.com/watch?v=mGbxJc4GiTs
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HRC

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RE: « O Beneditino de Twickenham »

#320318 | HRC1947 | 07 jan 2013 22:50 | Em resposta a: #320298

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No exílio em Inglaterra, na casa de Fulwell Park, o rei dedica grande parte do seu tempo à sua paixão pelos livros e pela história

«D. Manuel fingia viver em Inglaterra mas que continuava, de facto, a ser rei na nossa maior possessão: na saudade», escreve António Ferro, que entrevistou o rei no exílio, em 1930. A entrevistada foi publicada no «Diário de Notícias» e colheu, em Portugal, reacções favoráveis e de apreço. Ferro, seria um dos portugueses que se deslocou a Twickenham, para o funeral do D. Manuel, dois anos depois, em Julho de 1932, quando um edema da glote sufoca o rei e lhe causa a morte, aos 42 anos.
No dia 5 de Outubro, a República chega ao país e o rei abandona, para exílio, nesse mesmo dia, a bordo do iate D. Amélia, e chega a Gibraltar no dia 7, onde fica até meados de Outubro. A 16 de Outubro, a Rainha D. Maria Pia decide regressar a Itália e o Rei e restante comitiva seguem a bordo do Victoria and Albert, navio da coroa britânica, para Inglaterra.
Em Inglaterra, o rei passa a viver no Palácio de Woodnorton, propriedade do seu tio, o duque de Orleans, pretendente ao trono francês, também ele no exílio. Nos primeiros tempos recebe a visita, a título particular dos monarcas ingleses Jorge V e a rainha Mary, frequenta religiosamente a igreja todos os domingos, leva uma vida social discreta mas de acordo com o seu estatuto, no entanto, o rei mantém-se apreensivo.

A sua situação financeira do rei exilado é precária. O governo republicano decreta o banimento da família de Bragança até «ao quarto-grau», ramo miguelista incluído, e declara os palácios reais «como propriedade nacional pertencendo ao povo português». O Rei intercede para que a Casa de Bragança lhe seja devolvida. Mas em Portugal os bens são arrolados para pagarem as dívidas dos «adiantamentos» à casa real.

Em Janeiro de 1911, é concedida ao rei, pelo governo republicano, uma pensão mensal de 110 libras, com retroactivos a Outubro e Dezembro de 1910, também por essa altura lhe é entregue a Casa de Bragança e alguns bens do rei seguem para Inglaterra.
Ainda com uma situação financeira débil, o rei opta por viver em Richmond, na casa Abercorn, uma casa de dois pisos, com uma grande sala circular na entrada e uma boa biblioteca. E nessa casa que D. Manuel vive, com a mãe, até ao casamento, rodeado por duas grandes paixões, a música ¿ Bach, Haendel, Beethoven ou Mozart, e os livros.
A primeira passagem de ano no exílio ainda acontece em Woodnorton. Nessa noite, D. Manuel recorda, saudoso: «A esta hora, faz hoje um ano estava eu no trono do Paço da Ajuda, e um rebanho de pessoas beijava-me as mãos com protestos de fidelidade e lealdade! Tudo muda, tudo passa»
Em Richmond, a antigo monarca foi recebido com estima e simpatia. Winston Churchill, à época ministro do Interior, tornou-se um dos melhores amigos de D. Manuel, e apesar do que os separava, não deixou de considerar o ex-rei português como um rapaz encantador, muito inteligente, de fortes convicções e cheio de vida e espírito apesar da sua triste condição.
Ainda em casa do tio, o rei tem notícias das malogradas incursões no norte do país de Paiva Couceiro. O «Times» publica que o monarca está por detrás destas acções e que devia ser expulso do país. O rei faz publicar uma «Declaração» onde clarifica a sua posição.
Em Abril de 1912, o rei a conselho do médico vai passar uns dias à Suiça, para descansar. No regresso a Inglaterra, D. Manuel visita o primo, o príncipe Guilherme de Hohenzollern, e conhece D. Augusta Vitória. «Minha prima, bonita, muito fina, muito elegante e agradável», escreve o numa carta ao marquês do Lavradio.

Casa-se a 4 de Setembro de 1913 com a elegante e agradável prima, e arruma um caso da juventude com a actriz Gaby Deslys. Assistiram ao casamento os principais elementos da nobreza, representantes das principais casas reinantes e Eduardo, o príncipe de Gales, em representação do pai Jorge V.
D. Manuel ofereceu à noiva «um soberbo diadema dos joalheiros Leitão» e D. Amélia um lindo colar antigo cheio de «muitas e comoventes recordações».
O casal régio segue em lua-de-mel para Munique e daí continuaria para a Floresta Negra, mas D. Augusta Vitória fica doente e é internada numa clínica. De Munique, o casal regressa a Inglaterra a uma nova casa em Fulwell Park.
Uma casa construída no século XVII, uma mansão com bastantes quartos, seis salas de recepção, quatro casas de banho e uma extensa galeria bem iluminada, a divisão preferida da casa, para D. Manuel, era a biblioteca, dominada por um retrato de D. Carlos sobre a lareira.
A vida social do casal era intensa, recendo visitas das mais destacadas figuras da sociedade britânica e da própria família real, e frequentando destacados membros da aristocracia. Aos domingos, frequentemente, almoçavam em Buckingham com o rei Jorge e a rainha Mary.
Uma actividade social intensa mas os dias muito preenchidos. Levanta-se cedo, trabalha com a secretária-bibliotecária até à hora do almoço, Miss Margery Withers. Quando ela saía, pelas quatro da tarde, D. Manuel prosseguia o trabalho, por vezes, até as primeiras horas da madrugada. O resultado: um assinalável trabalho bibliográfico, literário e histórico. «Os livros são amigos silenciosos e fiéis junto dos quais se aprende a lição da vida», escreve D. Manuel.
Nos anos que se seguiram à Grande Guerra a vida social do rei foi tornando-se mais calma e deixa-lhe mais tempo para se dedicar à sua colecção de livros, incunábulos e manuscritos antigos portugueses, também porque «não há nada que me distraia da minha paixão pela história. A nossa história é a nossa riqueza, o nosso maior território», diz D. Manuel na entrevista a António Ferro.
«A História de Portugal de Herculano é bastante boa, mas incompleta. A de Pinheiro Chagas é apenas uma excelente História da vulgarização, de feitio popular. A de Oliveira Martins, um admirável panfleto mas, por vezes, revoltante¿», prossegue o rei, que conclui: «Não sei escrever história com veneno mas com tinta»

Nesta entrevista, António Ferro questiona-o: «Alguns monárquicos acusam-no de não querer ser rei, de querer ser, eternamente, um rei de exílio», ao que D. Manuel responde, «o rei, até quando não é rei, tem sempre as costas largas».
Porque D. Manuel nunca deixou de estar atento a tudo o que se passava no país e até a um eventual regresso, sublinhando que nunca poria em causa o seu juramento à Carta Constitucional e à religião católica.

Em 1922, no 2º. Congresso Nacional Católico, onde participa António de Oliveira Salazar, ficaria definitivamente estabelecida a independência política dos católicos, dos partidos e da Monarquia. Perdem os monarcas um velho aliado, uma contrariedade D. Manuel, que também nunca conseguir, apesar de tentados esforços, funcionar como elemento aglutinador da Causa Monárquica, onde diversas tendências se debatiam aguçadas pelas exigências de D. Miguel II e dos miguelistas.
D. Manuel concentra-se no seu trabalho bibliográfico e histórico. O primeiro objectivo das suas investigações seria escrever uma monografia sobre o reinado de D. Manuel I, o Venturoso.
Há uma ligeira mudanças de planos e em 1929, sai o primeiro volume de Livros Antigos Portuguezes 1489-1600, da Bibliotheca de Sua Majestade Fidelíssima Descriptos por S.M. El-Rei D. Manuel em três Volumes.
O primeiro volume dos Livros Antigos Portugueses, escrito em português e inglês, tem «além dos dois preciosos manuscritos, o "de Bello Septensi" por Mateus de Pisano e o Livro de Horas da Infanta Dona Isabel, Duquesa de Borgonha e filha de D. João I, cinco incunábalos e trinta e três livros impressos em Portugal até 1539».
Em 1932, a casa de Fulwell Park é assaltada. Quadros, objectos, jóias e documentos foram levados pelos ladrões. D. Manuel lamentou seriamente o roubo, numa carta ao marquês de Lavradio escreve: «É uma lástima! Quando já se perdeu muito como eu, infelizmente sente-se, ainda mais, uma perda como esta».

Mas pouco tempo depois, nesse ano, é publicado o II volume dos Livros Antigos Portugueses, a doença, o trabalho e crescentes dificuldades financeiras deixam o Rei exausto.
A 30 de Junho, o Rei entrega um exemplar do livro que acabara de sair à sua secretária e bibliotecária e assim D. Manuel ... uma das suas derradeiras assinaturas.
A 1 de Julho, D. Manuel foi a Wimbledon assistir a um jogo de ténis, à saída sente-se mal da garganta; de regresso a Fulwell Park sente-se pior, manda chamar o seu médico. Lord Dawson proíbe-o de sair de casa no dia seguinte. Não sai mas sente-se cada fez pior. Vai a Londres consultar um especialista que, depois de o observar, o mandou recolher à cama.
D. Manuel voltou a casa, a situação é cada vez mais aflitiva, sufoca. Foi chamado um médico local que foi incapaz de fazer uma operação muito simples: abrir exteriormente a garganta, eu teria salvo o rei. D. Manuel pede um tubo de borracha e por gestos indica que lhe abram as janelas. Um edema da glote estrangulava-o. Morre a 2 de Julho de 1932.
No dia seguinte os jornais portugueses anunciavam a morte de «D. Manuel de Bragança, ex-rei de Portugal» e referiam-se a ele em termos elogiosos.
As exéquias religiosas do rei têm lugar na Catedral de Westminster com a presença dos inúmeros amigos portugueses, reis e representantes das casas reais europeias, membros do governo britânico, embaixadores de Portugal, Brasil e França, Afonso XIII, ex-rei de Espanha, também no exílio e o Duque de Gloucester, também em representação do pai, Jorge V.
A 10 de Julho, o governo português, numa nota, anuncia a iniciativa de transladar o corpo do «último rei de Portugal» para Portugal.
Os restos mortais de D. Manuel chegam a Lisboa a 3 de Agosto. Nas cerimónias oficiais estiveram presentes o presidente da República, general Óscar Carmona, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira, o presidente do Conselho Oliveira Salazar e inúmeras personalidades.
Os restos mortais do «mais erudito de todos os reis portugueses» estão no Panteão dos Braganças, no Mosteiro de S. Vicente de Fora.
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HRC

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