Verissimo Serrão duvida da cantiga do genovês

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.... Verissimo Serrão duvida da cantiga do genovês

#171451 | kolon | 01 nov 2007 10:55

Caros Confrades,

Como o outro tópico está já cheio de mais respondo aqui neste novo tópico á mensagem:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=159380#lista

"P.S. Verissimo Serrão duvida da cantiga do genovês? De que factos terá o caro Pedro inferido semelhante conclusão? ..."

Já não é preciso de "concluir" o próprio Prof. Dr. Joaquim Verissimo Serrão escreveu-me que está 100% de acordo como o que eu escrevi n'O Mistério Colombo Revelado e será a "magnífica tese genovesa" do senhor "Engenheiro" Coelho que continuará em dúvida.

Cada vez mais e mais leitores vam abrindo o livro da luz e vam conseguindo ver que o seu "tecelão de lã genovês" enfiou-lhe um grande barrete na cabeça e até no seu blog da PH-Colombina mostra-se uma foto de como o Coelho e os seus colaboradores trabalham de saco metido na cabeça para que ninguém os desvie da cegueira do "Colon bo Y taliano".

Mas o nosso esforço não pára somente com vir escrever neste fórum seguimos mostrando as nossas provas ao mundo. RTP Açores, TV Canal 2 da Andalucia, VRT da Bélgica, Discovery Channel, em breve uma edição em Espanhol e a logo a

5 de Novembro - Apresentação do Livro ao Gabinete do Primeiro Ministro, José Sócrates, às 15H30

5 de Novembro - Na FNAC Colombo - uma palestra titulada "Quem foi Colombo em Portugal?"
seguida por Perguntas e Respostas e Sessão de Autógrafos.

Local: Loja FNAC no Centro Comercial de Colombo às 21H30

http://www.colombo.bz/events_novidades.htm

Mas o Coelho tal como o nome implica só se dá bem na escuridão do buraco e para que não se sinta mal quando vem á luz vem de saco na cabeça mesmo quando conversando com os seus outros "coelhos" que sofrem da mesma doença como se vê na foto: http://ph-colombina.blogspot.com/2007/10/s-para-lembrar.html

Se eu tivesse que adivinhar dizia que o "Engenheiro" Coelho, (ainda aluno) é aquele de camisola á esquerda e o seu Mestre é aquele de fato á direita. Será que temos um Mestre a puxar o coredlinhos do Coelho? Estará ele nesta foto a ser admoestado pelo Mesttre por não fazer mais do que faz em tentar apagar a luz d'O Mistério Colombo Revelado?

Cumrpimentos,
Manuel Rosa

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O soño do falcónRE:Verissimo Serrão duvida da cant

#171497 | kolon | 01 nov 2007 19:41 | Em resposta a: #171451

Caro Pedro,

Como andas interessado pelo Conde de Caminha (ttp://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=153753&fview)

gostava de saber se já leste este livro?

"O soño do falcón"

Estou pensando em encomendar-lo.
http://www.andelvirtual.com/tev/catalogo/ver.php?pid=5663

Cumprimentos,
Manuel Rosa

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Mason in the year 1442 Verissimo Serrão duvida

#171502 | kolon | 01 nov 2007 20:34 | Em resposta a: #171497

Caro Manuel TT,

Seguindo a responder á sua mensagem:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=165695#lista

Estou a ler um livro
"A candid disquisition of the Principles and Practices of the most antient and honourable society of free and accepted masons..."

"Dedicated by permission to the most noble and most worshipful Henry Duke of Beaufort ..."
impresso em Londres com data "A.L. 5772 . A.D. 1772"

Alguns extratos:

Prince Edwin summoned all the Masons i the realm, to meet with him in a congregation at York, in June A.D. 926, who cam and composed a general grand lodge, of which he was Grand Master: And having brought with them all the old writings and records of the craft extant, some in Greek, some in Latin, some in French, and other languages, from contents thereof, that assembly framed the constitutions and charges of an English lodge...."


... this inscription in a painting which is displayed by a child: S. T. O. T. A.
... the letters signify Supremo Totius Orbis Terrarum Architecto.

...even King Henry himself was made a Mason in the year 1442 and many Lords and gentlemen of the court aafter his example solicited and obtained admission into the fraternity.."


Ao que parece os Maçons eram já organizados e iniciados á muitos anos antes de 1717 e estranho que foi mesmo em Inglaterra onde já estavam bem enraízados que finalmente vieram á luz em 1717.

Cumprimentos,
Manuel

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O soño do falcónRE:Verissimo Serrão duvida da cant

#171508 | pedro3m | 01 nov 2007 20:53 | Em resposta a: #171497

Caro Kolon

não li mas obviamente gostaria de já ter lido.

Comprei há uns dez meses o livro da teoria galega e ainda não o li.
Li em alguns sites a biografia desse personagem que considero fascinante.
Foi um homem de enorme coragem. E ao ler sobre a vida desse homem pensei que não poderia ser Colombo, visto que morreu em 1486 e ainda por cima foi traído por filhos portugueses.
Achei que esse período e esses factores não encaixavam no Colombo.
No entanto há uma carta do Colombo a relembrar aos reis católicos uma reunião que tiveram num mês de JAneiro anos antes e essa data coincide na perfeição com a data da última vez que MAdruga foi visto com vida.
A morte dele não está isenta de algum mistério.

Diria que pela personalidade encaixa na perfeição no Colombo corajoso e quando necessário implacável.

cpts

PM

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O soño do falcónRE:Verissimo Serrão duvida da cant

#171656 | kolon | 04 nov 2007 00:19 | Em resposta a: #171508

Caro Pedro,

Fiquei curiosos de investigar mais sobre este homem quando sube que o seu filho foi enviado a Inglaterra em 1488 para prender ou executar o Conde de Penamacor, sobrinho de Colon.
Acontece que Bartolomeu Colon foi a Londres em 1488. Ese Bartolomeu Colon era o mesmo filho do Madruga e se Colon era outro filho do Madruga não gostaria tanto ele como a Corte de Castela que a sua linhagem permancesse mais envolivda em mistério????

Cpts,
Manuel Rosa

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Saudades, moral, paralelismos

#171674 | coelho | 04 nov 2007 09:59 | Em resposta a: #171451

Silvinha Rosinha com saudades 02-11-2007, 17:54
Autor: coelho [responder para o fórum]
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Caro Sr. Rosa,

por falta de tempo e também por falta de gosto, não tenho vindo a participar nestes tópicos colombinos desde finais de Setembro. Se as regras normais de convivência neste espaço aconselham a que nos dirijamos uns aos outros com "Caro ...", por maioria de razão tal se justificaria após ausência prolongada de um dos interlocutores, não lhe parece?

Está com saudades minhas? Senão está, para quê esta provocação? E já agora, se insiste em chamar-me "coelhinho", terei que passar a chamá-lo de "Silvinha Rosinha". Gosta? Espero que sim!

Ah! Já agora não preciso que me chame engenheiro, mas se assim preferir tratar-me, agradeço que seja sem aspas!

Então afinal o Veríssimo Serrão concorda consigo 100% ou só 99%?? Então não havia pelo menos um problema no prefácio? Realmente acha que alguém acredita que Veríssimo Serrão acredita que Colombo era português? Que Veríssimo Serrão admita que Colombo tenha feito jogo duplo com os reis católicos e com Dom João II, tudo bem. Que Veríssimo Serrão admita que Colombo tenha sido um agente duplo, em algum tempo ao serviço de Dom João II, ainda vá. Agora, parece-me que um Veríssimo Serrão em seu perfeito juizo não defende que Colombo era português!! Aliás, o Sr. Rosa sabe muito bem que Veríssimo Serrão nunca defendeu isso, e que eu saiba continua a não o fazer!

Acho imoral a utilização que tem vindo a fazer do nome deste emérito catedrático de história.

O Coelho não está na escuridão de nenhum buraco. O Coelho é virtual, mas é bem menos virtual do que o qumandante, o saltão, o colombo-o-novo, etc. etc. Lembra-se deles????

Cumprimentos,
Coelho



RE: Silvinha Rosinha com saudades 02-11-2007, 19:21
Autor: Mavasc [responder para o fórum]
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Meu caro Coelho

É com a maior alegria que o revejo nestes tópicos de colombinos dislates! Compreendo o seu afastamento, o assunto está tão " fanado" que nem quase vale a pena abordá-lo, mas não posso deixar de manifestar a minha alegria por o ter de volta, nem que seja por estes breves instantes!

Um grande abraço

Benedita



RE: Silvinha Rosinha com saudades 02-11-2007, 21:08
Autor: artur41 [responder para o fórum]
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Caro Coelho,


Por onde tem andado...?

A questão está "fanadíssima". É que já não percebo do que é se está a falar...!


Um abraço,

Artur João



RE: Silvinha Rosinha com saudades 03-11-2007, 18:50
Autor: coelho [responder para o fórum]
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Caríssimo Artur,

pois, eu também não percebo do que estão a falar. Parece-me que estão a percorrer uma trajectória circular, portanto sem fim. Quando chegam aos 360º já estão nos 0º outra vez e continuam: 90, 180, 270 e volta ao 0!

Um sincero abraço,
Coelho




RE: Silvinha Rosinha com saudades 03-11-2007, 18:44
Autor: coelho [responder para o fórum]
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Caríssima Benedita,

é com a maior alegria que recebo as suas sempre alegres e amigas mensagens!

O assunto está fanado, fanadísismo! Querem o balão de oxigénio e, vai daí, envia-se uma provocação ao Coelho! O Coelho até gosta de debater, o problema é que o Coelho não está a ver nenhuma assunto novo na mesa. O problema é que continuam a fazer o leitor de parvo. O problema é que até os leitores mais predispostos a revisionismos sobre Colombo se afastam, aliás com manifesta mágoa (veja-se o caso do mtt cravo). Sobram os pedritos de fafe, que Deus lhes perdoe!

Um grande abraço,
Coelho




RE: Silvinha Rosinha com saudades 03-11-2007, 19:51
Autor: Mavasc [responder para o fórum]
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Caro amigo Coelho

De qualquer modo gosto de o ver, de novo, a visitar o Fórum! É evidente que o assunto caíu de podre pois não há qualquer novo " achamento" que o alimente.
Sei bem que o Coelho gosta de debater e mantem o velho espírito guerreiro, mas até os interlocutores se afastaram de tão esvaziada questão.
Contudo, apercebo-me de um déjà vu: o marketing, o livrinho enviado á socrática figura, a maneira como se põe a notícia de o Aníbal debater Colombo, a FNAC...eu vi isto há 20 anos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Ao menos que paguem ao Mascarenhas Barreto direitos pela autoria do cenário! E que não façam copy/past dos insultos em tempo dirigidos aos discordantes! Mas, com o material pouco pensante que me é dado ver, vai ser mesmo copy/past!

Um grande abraço da

Benedita



RE: Silvinha Rosinha com saudades 04-11-2007, 09:53
Autor: coelho [responder para o fórum]
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Caríssima Benedita,

exactamente! O paralelimo com o Sr. Barreto é notório. Há no entanto uma inovação: a utilização da net e de multiplos nicks para promover o livro (ou deverei dizer "promover a fé"?). É claro que não podemos exigir que Mascarenhas Barreto nos idos de 1990 usasse algo que ainda não existia!

O paralelismo com Mascarenhas Barreto, que se verifica também ao nível das alergias provocadas, deveria servir pelo menos para certas pessoas perceberem que a causa da alergia no caso do Sr. Rosa não é nem nunca foi o facto de ele ser emigrante nos USA.

Há indivíduos voluntaristas que tudo fazem para mudar o curso da História. Tivemos muito disso ao longo dos últimos cem anos: Salazar, Franco, Hitler, Estaline etc.

Há depois outro tipo de voluntaristas, os que pretendem mudar a história a posteriori. É nesse grupo que entram o Sr. Mascarenhas Barreto e o Sr. Rosa. Eles têm alergia a investigadores de carreira e com créditos firmados. Eles preferem trabalhar com (aliás "evangelizar") o povo simples e desprevenido, usando os meios de comunicação social de massas e actualmente a net. A este propósito, recordo José Mattoso que uma vez, em entrevista, disse que se alguma coisa a sua carreira de investigação histórica lhe ensinou é que os voluntarismos tendem a dar asneira.

Um grande abraço,
Coelho

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Entrevista de Veríssimo Serrão a "O Diabo"

#171675 | coelho | 04 nov 2007 10:04 | Em resposta a: #171451

O Diabo - Um ano e meio depois de o Governo de maioria PS estar em funções, o País está melhor?
VERÍSSIMO SERRÃO - Achando-me no último quartel da vida e desiludido com a situação existente, a minha resposta tem muito a ver com a experiência acumulada no decurso dos anos. Quem vive da reforma e do pouco que aufere nas obras que publica, não consegue nutrir esperanças quanto ao futuro. E, nem se quer me lamento da situação em que vivo, porque nesta democracia que se ufana de o ser, vivem milhares de pessoas abaixo do patamar de uma vida decente. A mesma que lhes foi prometida por pretensos democratas que não sentem nem praticam os princípios da Justiça social. E por isso me interrogo como foi possível haver-se chegado tão baixo na distribuição da chamada riqueza nacional.
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O Diabo - Considera que este Executivo está a fazer as reformas que o País precisa, como diz o Primeiro-Ministro, ou pede e deve ir-se mais longe?
VERÍSSIMO SERRÃO - Aquando da investidura do Sr. Presidente da República, que nenhuma culpa tem na situação criada, senti esperança de que as promessas feitas pelo eng.° Sócrates poderiam ter sucesso. Confessei mesmo a este jornal, que esperava uma boa colaboração de ambos, que nada permite afirmar que não se mantenha no plano pessoal. Todavia, a defesa do interesse nacional, que o Sr. Presidente incute nos seus discursos, não alcançou correspondência nas promessas do Primeiro-Ministro, que assume cada vez mais posições duras e gravosas no teor dos seus discursos. E, embora discorde do recurso à greve, que pela insistência comicieira satura a população desprotegida, reconheço que o mal-estar social se vai agravando. Está mesmo a abrir focos de luta insanável com alguns indispensáveis sectores profissionais como são o patronato, o professorado, a banca, e por aí me fico.
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O Diabo - Concorda com os que dizem que o PS está a ocupar o espaço do centro-direita, pelas medidas mais reformistas que está a desencadear?
VERÍSSIMO SERRÃO - O que garante o sucesso de uma retoma da política é sempre uma acção nacional e eficaz para resolver os problemas mais candentes de uma população sofredora. Mas não é pedindo sacrifícios hoje e outros, porventura mais pesados amanhã que um Governo restabelece a confiança dos governados. O reformismo não se coaduna com promessas vãs e sem efeito imediato. As promessas equivalem a um jogo de intenções, quando não falsidades, por parte de quem não as vê cumpridas.
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O Diabo - Então por que motivos se anunciam?
VERÍSSIMO SERRÃO - Talvez por que um Governo de maioria absoluta sabe que não há voto numérico da oposição capaz de o derrubar. Considera-se o são patriotismo e a competência governativa do Sr. Presidente da República, que é o supremo garante da vontade da Nação, pelo que se impõe ir mais longe no diagnóstico da crise, mesmo que ao Prof. Cavaco Silva repugne utilizar tal recurso. Porque ninguém indaga as responsabilidades com que o eng.° Guterres se permitiu criar e engrossar o «monstro» cujos tentáculos estão a comprometer o nosso presente. Para não ir mais longe e falar do futuro de Portugal. As «amplas» liberdades do sistema partidário, que reconhece como único «soberano» o povo que elege os seus representantes, leva muitos a concluir que não existem culpados da situação a que Portugal chegou. Portado isso, o PSD devia provar que não é responsável pela situação financeira a que se chegou. Para que se não diga mais uma vez de que «a culpa morreu solteira»!
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O Diabo - Continuamos em crise económica, social e cultural. Ainda temos valores e desígnios nacionais?
VERÍSSIMO SERRÃO - Já hoje não serão em grande número os que se mantêm fiéis aos principais desígnios nacionais, na hora que sentimos Em ser portugueses e em falar o idioma que Camões imortalizou. A minha geração mantém actuantes esses valores do espírito e na geração que desponta o mesmo sucede. Gostamos de confessar que somos oriundos da mais velha nação da Europa. Uns tantos estrangeirados criticam-nos por sermos fiéis à divisa de Deus, Pátria e Família. Mas é algum crime acreditar em Deus, amar Portugal e pormos o nosso carinho na educação dos filhos e netos?
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O Diabo - E valores patrióticos ainda existem?
VERÍSSIMO SERRÃO - Talvez haja diminuído o número dos que amam Portugal e sentem o papel que o nosso País desenhou na história da civilização universal. As ideologias materialistas fizeram muitos desviar desse caminho de bons ideais. Mas com o decurso da vida muitos deles voltarão a sentir as vivências do passado. A aproximação da morte tomará mais forte essa ligação como os princípios em que os nossos pais nos moldaram o espírito.
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O Diabo - Enquanto historiador, como explica, que um País com 900 anos de existência esteja a viver uma crise tão profunda como a que atravessamos? A que se deve?
VERÍSSIMO SERRÃO - Por haver sido professor de História durante muitos anos, sinto a história nacional no mais fundo da alma. E, como leitor na Universidade de Toulouse de 1950 a 1960, por lá deixei marcas da história e da cultura portuguesas. A crise mental foi profunda desde a década de 1960 havendo muitos que se deixaram tentar pelas modas libertárias que vieram do estrangeiro. Muitos deles estão hoje arrependidos da tentação em que caíram. Mas a História, severa nos seus juízos, chamará patriotas aos que o foram e traidores aos que não se mostraram dignos de nascer em Portugal.
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O Diabo - Na sua opinião, a ruptura política, social, histórica e cultural que se deu com o 25 de Abril originou o início de um declínio nacional?
VERÍSSIMO SERRÃO - A História demonstrará também que o 25 de Abril foiuma tentativa para instaurar um regime do tipo soviético em Portugal. Só que os romanheiros do golpe já estavam separados um ano e meio depois. No dia 25 de Novembro, perante o malogro dessa ameaça, o major Melo Antunes ainda poupou o Partido Comunista à sanha popular. Mas cumpre pensar no seu trágico desabafo, de autêntico arrependido, antes de fechar os olhos: «A descolonização foi uma tragédia»! Mas o mal de dissolver as raízes históricas de Portugal estava feito, pelo que o declínio nacional começou com a traição que, ao tempo, se cometeu contra a verdadeira essência da nação portuguesa.
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O Diabo - Trinta e dois anos depois do 25 de Abril já é possível fazer um balanço histórico da «revolução dos cravos»?
VERÍSSIMO SERRÃO - No princípio de 1974 a situação militar estava ganha em Angola e Moçambique, oferecendo apenas dificuldades na Guiné onde a orografia do terreno, em certos locais, era favorável aos grupos de insurreição apoiados por Dakar e pela Guiné-Conacri. Mas a diplomacia portuguesa tinha condições para negociar tratados de paz com condições dignas de razão portuguesa. Quando os senhores do M.F.A, esquecendo o juramento de honra que tinham feito, se revoltaram contra o poder constituído, perderam a razão política e jurídica que assistia a Portugal. Ou seja, conceder independências com condições para fazer novos Brasis em Africa. A democracia então restaurada foi apenas um meio de implantar governos de essência marxista. Veio depois a desgraça de quase trinta anos de guerra civil em Angola, de quase dez em Moçambique e dos horrores da Guiné onde 2000 fulas fiéis a Portugal foram fuzilados sem que as autoridades portuguesas lhes tivessem valido. É mais uma ignomínia que sujará para sempre o Movimento das Forças Armadas.
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O Diabo - Há quem diga que faz falta a Portugal um «novo Salazar». Concorda?
VERÍSSIMO SERRÃO - O Dr. Oliveira Salazar pôde realizar a sua obra de saneamento financeiro porque tinha o apoio das forças militares. Criou um País novo na resolução das carências que o afligiam, e com a maior competência e isenção que um estadista pode ter na sua política paternalista para não lhe chamar de autoridade. O Dr. Salazar impediu a União Soviética de perturbara vida portuguesa, pelo que teve de reforçar os mecanismos de defesa. Ninguém pode arrancar o seu nome do grande livro da História de Portugal, que serviu com dedicação e aprumo. A propósito: quando acaba a graçola popular de chamar 25 de Abril à ponte sobre o Tejo, que tinha o seu nome? Não vêem os responsáveis políticos que as se colocam mal ao permitir que se mantenha uma designação contrária à verdade da História?
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O Diabo - O 25 de Abril foi um dos momentos histórico-políticos mais marcantes do País nas últimas décadas. Mudamos para melhor ou para pior?
VERÍSSIMO SERRÃO - Pergunto apenas: Qual era o País do tempo que tinha as suas finanças mais estáveis? O escudo era a terceira moeda do mundo, cobiçada em todos os bancos e postos de câmbio. No dizer de Valdez dos Santos, o nosso País era «uma pequena Suíça», com os investidores a colocarem aqui o seu dinheiro, num clima produtivo e da maior confiança. Não havia desempregados nem miséria visível e a própria emigração era impulsionada pelas correntes de oposição apenas para desacreditar o regime. Mas quem pode negar que a humana governação do Prof. Marcelo Caetano merecia o apoio da população?
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O Diabo - Concorda com a ideia de que os portugueses vivem demasiado agarrados aos seus feitos passados em vez de olharem para o futuro?
VERÍSSIMO SERRÃO - Tendo a alma «em pedaços, espalhada pelo Mundo», que nos resta hoje senão viver uma crise de saudade, no regresso forçado ao pequeno solar do Atlântico? A isso força quem sente a consciência tranquila por haver cumprido até à exaustão o seu destino universal. Nenhuma outra nação colonizadora pode exprimir tanto o seu orgulho como comunidade humana. Resta-nos a língua que Camões imortalizou e que Pessoa endeusou como a expressão do nosso Quinto Império que as grandes potências do mundo impediram de se concretizar. Porque foram elas, tendo à frente os EUA e a União Soviética quem mais fez, desde a era Kennedy, para erguer o neo-colonialismo adverso ao espírito cristão do ecumenismo português.
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O Diabo - Há duas semanas ficou encerrado um capítulo da nossa História e quemuitos consideram ainda como um «resquício» da descolonização: Cahora Bassa. Portugal ficou apenas com 15 por cento da hidroeléctrica moçambicana. Como comenta o desfecho deste episódio?
VERÍSSIMO SERRÃO - Nada justifica que Portugal tenha perdoado 85 por cento da dívida de Cahora Bassa ao Governo de Moçambique. As dívidas pagam-se sempre, a título oficial ou apenas pessoal. Se o Primeiro-Ministro tivesse levado o assunto ao Parlamento, haveria de escutar fortes críticas por parte da oposição, mormente numa época em que Portugal precisa de endireitaras suas finanças. Não se pode ser benemerente com a República de Moçambique, que tem de pagar o encargo de Cahora Bassa em que não dispendeu um centavo. E, se amanhã, Lourenço Marques negociar com a China ou outra grande potência a parte de leão que agora lhe coube, como será possível discordar do atropelo dos direitos portugueses? Nunca o País desceu tão baixo na defesa da nossa soberania!
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O Diabo - Perdemos 1900 milhões de euros com este acordo, incluindo o perdão da dívida a Moçambique. Para um País que vive em crise, não é um exagero?
VERÍSSIMO SERRÃO - Seria condição bastante para o Governo do Eng.° Sócrates ser exonerado, no caso de a Assembleia da República estar atenta ao desvario cometido. O que não recebemos de Moçambique, o que significa o perdão concedido à antiga colónia, seria bastante para equilibrar as nossas finanças em crise. Mais do que um «exagero», trata-se de uma forma de não defender os interesses nacionais e, para mais, numa época difícil da vida financeira nacional.
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O Diabo - Após 30 anos de democracia, como analisa actualmente o sistema político em Portugal?
VERÍSSIMO SERRÃO - Se a mudança havida fosse apenas a de transformar um regime de autoridade numa democracia de tipo europeu, não seria preciso assistir às cenas de vilipêndio humano que se seguiram: a prisão de um digno e honesto Presidente do Conselho, o mais digno e prestante dos mestres de direito em Portugal; a prisão do Chefe de Estado na pessoa de um almirante espoliado do título profissional que obtivera de maneira honrada; os saneamentos de professores universitários; as prisões sem fundamento; as reclassificações de funcionários a pequena vingança atentatórias dos direitos dos cidadãos, no fundo, muitas cenas indecorosas a que assistimos e que retalharam profundamente a nossa sociedade. Dir-se-ia que o 25 de Abril vinha julgar um grupo de malfeitores apenas por não crerem nas virtudes da democracia! A conduta revanchista do Partido Comunista foi hedionda quando se recordam os factos a trinta anos de distância!Felizmente que o bom senso permitiu travar o chamado PREC que tantas injustiças e mesmo mortes de pessoas dignas ao tempo causou...
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O Diabo - A culpa da crise democrática que vivemos também é dos políticos?
VERÍSSIMO SERRÃO - Não obstante a instauração da paz social, a democracia foi seguida de conflitos nos sectores do trabalho, das opções políticas e dos diferendos humanos que se foram, entretanto, esbatendo. Se alguns políticos radicais abusaram da situação criada, a maior parte deles ganharam melhores hábitos de cidadania. O que sucede com frequência é que as promessas eleitorais nem sempre são cumpridas. Mas isso já se integra nos jogos pessoais dentro do sistema de que Portugal não é o único País a queixar-se. São os defeitos inerentes à democracia que ocorrem também noutros países e que a América do Sul conduziu ao êxito do populismo.
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O Diabo - Hoje, os cidadãos olham com «descrédito» para a classe política. Partilha da ideia de que os políticos defraudam os eleitores?
VERÍSSIMO SERRÃO - Conheço bons e maus políticos, tudo depende da preparação que mostram para a actuação partidária e em que a honestidade e o préstimo dos eleitos chegam a dar resultados satisfatórios. O que se nota é a ineficiência de governos quando carecem de nomes que asseguram o êxito da governação. Se os políticos têm nome, acabam por deixar o nome ligado a uma acção que serve realmente os interesses do País.
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O Diabo - Acha que a partidocracia está a minar os partidos e a afastar os políticos competentes?
VERÍSSIMO SERRÃO - Vejamos o que se passa como governo da Madeira, onde o Dr. Alberto João Jardim se tem dado de alma e coração à sua terra natal. Quem esteve na Madeira há 30 anos e lá volta hoje quase que não a reconhece pela onda de progresso material que a transformou. Ora, retirar à ilha, nesta altura do ano, créditos de que a mesma precisa para realizar empreendimentos, leva o Dr. Jardim a protestar de forma veemente. É a sua forma temperamental de se exprimir, que outros iguais a ele, agindo no continente, não recebem censuras, e quando o Dr. Jardim usa da palavra, o Governo, deputados, imprensa em geral, todos desancam no líder madeirense. A sua margem de vitória nas eleições regionais está hoje nos 56 porcento do eleitorado. Alguém lhe pode levar a mal que, perante a manobra de lhe diminuírem o orçamento, ele proteste e ponha o sistema em causa? É apenas para confirmar que a partidocracia mina os partidos e utiliza aspiores manhas para afastar os políticos que lhe fazem sombra.
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O Diabo - Ainda se pode falar em ideologias, tendo em conta o actual panorama partidário?
VERÍSSIMO SERRÃO - O grave na política actual é que a ideologia falseia a política dos cidadãos e conduz os eleitores no sentido que ela pretende. Impõe-se redefinir o quadro de acção dos partidos democráticos, para que os eleitores não se deixem ludibriar pelas coligações e, sobretudo, pela distinção de direita e esquerda que os sequazes deste invocam com frequência.
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O Diabo - Os partidos políticos estão descaracterizados?
VERÍSSIMO SERRÃO - Cada vez acredito menos nos partidos, porque o que para mim vale é a honestidade e competência dos que são chamados a governar. Com dez anos de governação como Primeiro-Ministro, que ajudaram a moldar um Portugal novo, o Sr. Presidente da República bem pode servir de exemplo para o que estou a dizer.
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O Diabo - Hoje a corrupção anda de mãos dadas coma política. Somos um País de corruptos?
VERÍSSIMO SERRÃO - Não somos um País de corruptos, ainda que haja forças descontroladas que se aproveitam, quando fomentam a corrupção na vida económica. Talvez o fenómeno da corrupção ajude a compreender porque há pessoas que ganham salários chorudos, enquanto outros se debatem com a injustiça de não terem o suficiente para viver.
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O Diabo - É por este fenómeno que a Justiça chegou ao estado a que chegou?
VERÍSSSIMO SERRÃO - Não pretendo falar do estado a que chegou a Justiça em Portugal, embora creia que o problema radica na falta de autoridade de quem governa. Os magistrados são, por inerência, pessoas sérias e detentoras da missão de defender a verdade. Se deixam a imprensa adulterar o que dizem ou escrevem, não há maneira de repor a Justiça no esquema antigo e que a enchem de reconhecimento dos povos.
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O Diabo - O problema de Olivença continua a ser um «espinho» entre Portugal e Espanha?
VERÍSSIMO SERRÃO - Em termos da história de 1801, a região de Olivença pertence a Portugal. Mas dois séculos passados, nem a população local aceitaria um plebiscito que confirmasse a sua integração na Espanha. Gostam dos portugueses, mas preferem ser espanhóis.
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O Diabo - Portugal ainda deve ter medo de uma invasão económica espanhola?
VERÍSSIMO SERRÃO - Sou um sincero amigo da Espanha, onde tenho inúmeros amigos nas áreas universitária e cultural. Mas defendo o princípio de cada nação viver na sua própria casa, com as respectivas interdependências preservadas. Tudo o que sefaça para manter a amizade entre os dois países deve ser estimulado. Mas sem complexos de inferioridade da parte portuguesa, porque temos o orgulho bastante para nos considerarmos iguais, embora diferentes pela riqueza natural que a Espanha possui.
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O Diabo - Integrou a Comissão de Honra do actual Presidente da República na última campanha presidencial. Cavaco Silva é o Presidente de «todos os portugueses»? Como avalia, até agora, o seu mandato?
VERÍSSIMO SERRÃO - O Prof. Cavaco Silva é, na verdade, o Presidente de «todos os portugueses». Nas suas mensagens, desde que assumiu a chefia do Estado, mostrou ser o estadista melhor preparado para defender os interesses de Portugal. Não tenho ambições políticas a cultivar, e ainda menos as de ordem pessoal que ao longo da vida me deixaram indiferente, exceptuando a carreira universitária que foi a paixão da minha vida. Sei que o Sr. Presidente da República fará tudo o que estiver ao seu alcance para defender os interesses do nosso País no mundo. E que o fará coma autoridade, o conhecimento da política e o amor a Portugal que são apanágio das suas qualidades e serviços.
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O Diabo - A União Europeia vive uma das maiores crises institucionais da sua história, muito por causa de um Tratado Constitucional que muitos já dizem estar morto. Como olha para o futuro da Europa?
VERÍSSIMO SERRÃO - Não creio no futuro da Europa que excede já a sua dimensão histórica, para se realizar num amontoado de civilizações e interesses económicos. Como eu a sonhei há anos, a Europa ganhava em unir os seus ideais e objectivos à parte ocidental do continente. Era a Europa ocidental que acabava no Báltico e, como linha interior, a que vai da Grécia e, quando muito, à Polónia. Mas, a junção dos países de Leste e da Turquia otomana faz da Europa um ser artificial e sem futuro imediato. A não ser para receber os créditos da União Europeia enquanto os mesmos durarem...
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O Diabo - A meio do segundo mandato, George W. Bush perdeu para os democratas margem de manobra perante o Senado e a Câmara dos Representantes. É o princípio do fim da «era Bush» nos EUA e no Mundo?
VERÍSSIMO SERRÃO - A quase alternância no governo dos dois principais partidos nos Estados Unidos, não me perturba a mente. Se eu fosse americano, daria o meu voto ao Partido Republicano, porque se identifica melhor com os meus ideais. Mesmo que a «era Bush» sofra agora um revés, nada impede que em 2008 ou 2012 os republicanos voltem a obter o poder.

Ana Clara

2005-11-15

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RE: Entrevista de Veríssimo Serrão a "O Diabo"

#171680 | Mavasc | 04 nov 2007 10:55 | Em resposta a: #171675

Meu caro Coelho

Desta entrevista, bem elucidativa das ideias desde sempre assumidas pelo Professor Veríssimo Serrão, apenas faço notar um pequenino ponto: o absoluto esquecimento das culpas que o governo cavaquista tem na actual conjuntura sócio-económica!

Um abraço

Benedita

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RE: Entrevista de Veríssimo Serrão a "O Diabo"

#171683 | coelho | 04 nov 2007 11:19 | Em resposta a: #171680

Caríssima Benedita,

TODOS temos culpa, incluindo obviamente os sucessivos governos. Mas, se quisermos centrar-nos apenas nos governos, então, na distribuição que faço das culpas, os governos do Eng. Guterres levam a fracção maior! Minha modesta opinião, claro! Lamentavelmente um engenheiro e ainda por cima bom aluno! Se continuo, acabo dando razão aos dislates do seu educando Iluminado Aguiar relativos a engenheiros e bons alunos.

Na sequência da sua outra mensagem, devo dizer que deixei ontem a equipe de jardinagem em conflito. Andavam às marradas. Espero que quando voltar a ve-los ainda estejam vivos. Estariam a discutir a origem de Colombo?

Um grande abraço,
Coelho

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RE: Entrevista de Veríssimo Serrão a "O Diabo"

#171685 | Mavasc | 04 nov 2007 11:39 | Em resposta a: #171683

Meu caro Coelho

Sei lá quem tem mais culpas? A nossa culpa é votarmos neles, mas qual é a outra opção?
Quando fiz notar as culpas cavaquistas foi só para as elencar ao cômputo geral, nada mais!
Mais dia menos dia resumo todas as minhas opiniões políticas a uma só asserção: isto é tudo uma cambada de ladões e vigaristas! Asserção de velha, fechando a televisão e não vendo telejornais e, muito menos, mesas redondas, mesas ovais, mesas rectangulares, mesas nenhumas! Vou investir numa equipe de jardinagem e esquecer o mundo, " Adeus mundo falso e cruel!"

Quanto á sua equipe de jardinagem , se marrava, discutia Colombo pela certa! Mas eu curo-as, esteja descansado, com o meu novo grau de Professora Doutora e ...herbicida, ficam mansas de vez!

Grande abraço

Benedita

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RE: Entrevista de Veríssimo Serrão a "O Diabo"

#171686 | coelho | 04 nov 2007 12:01 | Em resposta a: #171685

Caríssima Benedita,

arreda que te escaldas! Tenho que comunicar à minha equipa de jardinagem para não comer a relva envenada com o herbicida da eternamente jovial, ainda que prof.doutora, Benedita.

Talvez eu seja ingénuo (aliás, segundo algumas versões, burro) mas a vigarice anda a par com a estupidez e a esperteza saloia. É por isso que, por vezes, aquilo que parece pura vigarice é uma mistura de vários factores em que entra a vigarice, a estupidez, a preguiça mental, etc. Eu sempre digo que o problema do Sr. Rosa não é apenas um problema de falta de honestidade intelectual. Há ali muita confusão naquela cabecinha que atenua as culpas no cartório da vigarice.

Mas fico preocupado com o seu desancanto! Há que não cair em extremos. Portugal não é o melhor país do mundo, mas está muito mais perto de ser o melhor do que de ser o pior!!!! Não esqueçamos isso.

Grande abraço,
Coelho

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RE: Entrevista de Veríssimo Serrão a "O Diabo"

#171696 | pedro3m | 04 nov 2007 13:33 | Em resposta a: #171680

Cara MAria Benedita

Duma não escapa. Foram os anos de Guterres que mais prejudicaram o país.
As condições foram as mais excepcionais em dezenas e dezenas de anos. Nunca tinha entrado tanto dinheiro da UE em Portugal (o dobro do que recebia Cavaco) e no final do mandato tinhamos como símbolo do Guterrismo, bêbados e drogadíssimos deste país a receber mensalmente o seu subsídiozito. O país chega ao fim do guterrismo com mais 100.000 funcionários públicos do que antes de ele entrar. O actual ministro das finanças espera chegar ao fim deste mandato com umas dezenas de milhar a menos e já li o número de 80.000 o que demonstra o que foi o Guterrismo: uma vaca gorda e doente.

Tendo em conta o legado deixado e os meios à diposição, Guterres arrisca-se a ser o pior governante português do séc XX.
Lembro os negócios ruinosos em série e impunes até hoje, nomeadamente o acordo com a LusoPonte.
E lembro ainda Pina Moura. Ajudando a retalhar a EDP para uma empresa espanhola da qual ele é a face em Portugal, esse exemplo de homem que foi ministro das finanças e economia passou todo o seu mandato a ver as empresas portuguesas a não conseguir ganhar um concurso de obra pública em Espanha, situação igual à de hoje.
Recentemente numa decisão política foram atribuídos 200 MW a essa empresa espanhola, da qual o sr. Pina Moura é o representante em Portugal, para exploração de um parque éolico. Atribuição directa!
Tudo isto e tudo aquilo que Veríssimo Serrão afirma na sua entrevista a que junto a destruição criteriosa dos símbolos navais portugueses pelo simples facto de que a história portuguesa era para ser varrida do mapa, definem com clareza o que tem sido a esquerda em Portugal nos últimos 30 anos.
Termino ainda referindo a Casa Pia e o Apito Dourado.
No primeiro Bibi vai levar com a carga toda nas costas. Uma vírgula mal escrita, uma escuta em que a assinatura está torta, e o que mais convier, tudo isso será o remate final para obviamente libertar tudo e todos e colocar Portugal no seu ponto mais baixo. Este é o legado do 25 de Abril: destruição da história e dos seus símbolos e um país a reboque de iberistas, vendidos, e de uma anormal quantidade de corruptos. As consequências são as que se deparam. Um povo em baixo animicamente e uma desigualdade social que se aproxima da do Brasil lenta, mas decididamente.

Poucos serão os países com uma junção tão grande de potencialidades. História, língua, posição estratégica, mar e um povo sedento de protagonismo.
Fugir em vez de nobremente descolonizar, abandonar à sua sorte quem ajudou os portugueses em África, elevar quem traiu e trai o país, são os vectores que a esquerda vai ter de corrigir... e ASSUMIR.
Assumir que o 26 de Abril em diante esteve entregue a perversas mentes soviéticas, que houve uma tentativa clara de arrancar da mente dos portugueses a sua história que os acompanhou séculos e assumir como uma vergonha nacional todo o processo de descolonização, são coisas que mais tarde ou mais cedo o país vai ter de encarar.
Portugal não tem de ser mais NAto ou mais Europa. Tem é de assumir o seu papel. A lusofonia tem de erger-se que um bloco cultural global, tal como a hispanidade e o mundo anglo-saxónico.
Falar disto e depois recordar-me do Sócrates que nem sabe como se licenciou, recordar-me de Guterres e do seu subsídio mínimo de preguiça garantido, e ainda da cereja Soares, o homem com mais asneiras globais, ainda vivo em todo o planeta (a do tapete é demais), faz-me arrepiar. Pobre Portugal.
E nem falo de um sr. muito simpático que foi presidente da capital, cujo legado financeiro foi traumático e cujo sucessor fez questão de piorar bastante mais, saindo este último birrento e mal-criado depois de perder democraticamente umas eleições. Falo deste infante, pois dá-me graça ver republicanos que são verdadeiros infantes e princípes. E mais ainda quando insistem na cassete da democracia, blá blá.
Lembro-me ainda das palavras de CArmona Rodrigues, que foi corrido por 1 % daquilo que faziam os socialistas.
Portugal é pois a loja de porcelanas onde dentro brincam os birrentos de esquerda. Ora, vamos lá fugir de África. Agora desmembrar a Lisnave. Tu vende todos os navios e paquetes que tenham símbolos nossos. E tu, vai lá à casa Pia e... já sabes.
É uma festa. Toca a partir tudo, mas o que fazer? São crianças (leia-se, de esquerda) senhor! Tudo tem de se lhes perdoar!

PM

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RE: Entrevista de Veríssimo Serrão a "O Diabo"

#171701 | Mavasc | 04 nov 2007 14:04 | Em resposta a: #171696

Caro Pedro

Está enganado, eu escapo, sim! Viu-me, porventura, defender o guterrismo? Eu apenas acrescentei á lista o "cavaquismo", esquecido na entrevista não sei porque razão mais os malbaratados fundos da CE!
Mais, afirmei e afirmo que não quero, sequer, ouvir políticos discursarem sobre seja o que for porque não acredito em nenhum! E não abro, sequer, excepções! Nem sequer me dou ao trabalho de lhe apontar as vigarices, entradas ilegais de funcionários, etc, dos outros governos que temos tido.
A nossa única diferença é que eu faço remontar toda esta fantochada a uns séculos atrás e você vem-me falar em nobres descolonizações e esquerdas soviéticas quando eu situo o problema da descolonização no mínimo aos finais da IIª Grande Guerra e as esquerdas estão metidas na gaveta há sei lá quantos anos! Ou acha, porventura, que este governo é de esquerda?Acha que é no povo que esta gente pensa? Só se o povo se encontrar dentro dos respectivos e chorudos bolsos!
Bom, acabei um tempo de antena sobre uma coisa que detesto, politiquice, e deixo para os mais novos estes debates que não levam a nada, pode ser que eles acreditem em alguma coisa, o que não acontece comigo.

Cpts

Maria Benedita

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O Mistério Colombo Revelado ao Primeiro Ministro

#171716 | kolon | 04 nov 2007 16:51 | Em resposta a: #171701

Caros Confrades,

Amanhã dia 5 de Novembro, às 15h30 será entregue no Gabionete do Primeiro Ministro o lifvro O MISTÉRIO COLOMBO REVELADO.
Para o evento estaram presentes o Historiador e Autor, Manuel Rosa, o Presidente da Câmara de Cuba, Sr. Francisco Orelha, o Senhor Conde da Ribeira Grande, D. José Cabral Gonçalves Zarco da Camara, a Drª Patrícia Costa Dias da Editora Ésquilo e possivelmente o Engº Carlos Calado dos Amigos da Cuba.

Ás 21h30 tenho uma apresentação do livro na loja FNAC do Centro Comercial Colombo, intitulada «Quem foi Colombo em Portugal?» seguida por uma sessão de autógrafos.

Cumprimentos,
Manuel Rosa

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O DEVER DA VERDADE - Medina Carreira e RC

#171730 | Marmello | 04 nov 2007 19:47 | Em resposta a: #171701

Caros Confrades

Depois de ler O DEVER DA VERDADE, Medina Carreira e Ricardo Costa, a polémica sobre de quem é a culpa do estado do país é irrelevante.
Andamos à 30 anos a ser governados por uma trupe de aldrabões, da direita à esquerda. Venderam-nos a fantazia de uma Social Democracia que já estava em decandência na europa à 30 anos.

Quando aceitarmos a verdade, e deixarmos de sonhar e desejar a Social Democracia do pós guerra europeu central, o engodo dos aldrabões, passaremos a ser decentemente governados. Até lá, será sempre a cair cada vez mais baixo, seremos ultrapassados pela maioria dos países de leste nos anos mais próximos.

O pior é que a globalização falará mais alto e nem a Europa nos pode valer. A menos que ela se transforme numa fortaleza para garantir mais uns anitos do "modelo social europeu".

Melhores Cumprimentos
Marmello

PS: desculpem o desabafo, mas o tópico já tinha à muito degenerado.

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