Fernão de Magalhães
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Fernão de Magalhães
Caros confrades,
Está á venda um pequeno livro intitulado"A naturalidade de Fernão de Magalhães revisitada" da autoria do Prf. Amândio Morais Barros, Editorial Afrontamento-2009
Como é habitual neste autor, um dos melhores investigadores portugueses, a escrita é sempre muito clara e o conteúdo esclarecedor.
Uma boa leitura para férias
Cumprimentos
José António Reis
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RE: Fernão de Magalhães
Caro Confrade,
sabe-me informar onde posso adquirir a referida obra, e o preço da mesma?
Tinha interesse, sobretudo, em saber onde este autor afirma ser a terra natal de Fernão de Magalhães.
Com os melhores cumprimentos,
Henrique Dias
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RE: Fernão de Magalhães
Caro Confrade,
Se esperar alguns dias, estará, com certeza, á venda aqui na livraria do Geneall
Cumprimentos
José António Reis
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RE: Fernão de Magalhães
Caro José António Reis,
agradeço mais esta informação, e fico então aguardando na expectativa.
Cumprimentos,
H. Dias
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RE: Fernão de Magalhães
Caro Henrique Dias,
Pode ver aqui:
Edições Afrontamento
Rua Costa Cabral, 859
4200-225 Porto
+351225074220
editorial@edicoesafrontamento.pt
www.edicoesafrontamento.pt
Quarta-feira, 1 de Julho de 2009
Lançamento de livro
A naturalidade de Fernão de Magalhães revisitada, de Amândio Morais Barros
12 Julho - 18.30 horas - FNAC Norteshopping
O objectivo deste breve estudo é descrever e analisar as hipóteses até agora avançadas pela investigação histórica, reflectir sobre a sua consistência e avançar com alguns dados para o esclarecimento do tema.
Esta figura ímpar da história portuguesa está envolta em mistério e muitas vezes em ficção que se tenta passar por ciência histórica. Em que ano nasceu? Onde nasceu?
Este estudo pretende, através do rigor da investigação histórica, esclarecer algumas destas pertinentes questões colocadas em volta da figura de Fernão de Magalhães.
Amândio Morais Barros nasceu no Porto. Licenciou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde tem desenvolvido toda a sua carreira de investigador. Especializou-se nas áreas de História Social e Económica e na História Marítima (área do seu doutoramento). As suas publicações têm incidido nestes domínios, assim como no da História da Cidade do Porto, à qual tem dedicado diversos trabalhos. Presentemente é bolseiro de pós-doutoramento da FCT e investigador do CITCEM-UP (Centro de Investigação Transdisciplinar: Cultura, Espaço e Memória – Universidade do Porto).
Publicada por Afrontamento em 13:23
Etiquetas: Lançamentos
Cumprimentos,
Angelo da Fonseca
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RE: Fernão de Magalhães
Caro Angelo da Fonseca,
obrigado por mais esta informação.
Aproveito para deixar aos confrades interessados, a ligação a outro tópico sobre esta temática:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=161641&fview=e
Cumprimentos,
H. Dias
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RE: Fernão de Magalhães
Caro Henrique,
Em boa hora o confrade Marco deixou aqui a informação do novo livro, pois comprei a obra na FNAC (cerca de 70 páginas A5, 8 euros), que já li e poupou-me muito trabalho, num estudo sobre o mesmo tema que andava a fazer para ver se entroncava os meus Magalhães.
Tem aqui mais informação sobre o livro e autor:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=31876&op=all e http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1332882
Cumprimentos,
Angelo da Fonseca
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RE: Fernão de Magalhães
Caro Ângelo,
agradeço por mais esta preciosa dica.
Agora só poderei tratar do assunto na próxima semana.
Mas sem pretender levantar aqui qualquer polémica de tipo "Colonbiana", não deixo de achar estranho que investigadores de renome, não tenham sequer equacionado a hipótese de Fernão de Magalhães ter sido natural de Figueiró dos Vinhos. Hipótese essa que me constou ser bastante credível.
Sabe como é, procuramos sempre "puxar a brasa à nossa sardinha", por isso estou curioso para ver a dita obra.
Como sabe, por estas bandas também há imensos Magalhães, ligados aos Abreus daquela habilitação que em tempos me deu notícia, e também muita gente ligada à aventura marítima.
Um abraço amigo,
Henrique Dias
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Henrique,
Enquanto não poder ler a obra "A naturalidade de Fernão de Magalhães revisitada" da autoria do Prof. Amândio Morais Barros, deixo-lhe aqui o 'link' duma entrevista onde pode ouvir o próprio autor a defender alguns dos seus pontos de vista: http://tsf.sapo.pt/Programas/BlogsMaisCedo.aspx?content_id=1016877&audio_id=1244737
Sentimentalmente, gostaria que a confirmação da naturalidade de Fernão de Magalhães contemplasse a hipótese de Sabrosa ou a de Figueiró dos Vinhos, no primeiro caso porque descendo dos Magalhães de Alijó (e Sabrosa) por via materna e no segundo caso porque se ligam aos nossos Abreus das 5 Vilas e são dos mesmos do Pedrógão, Alvares e Lousã onde tenho fortes raízes paternas. Aliás. inicialmente, guiei-me pela obra NFP do Gaio, pela obra FMVR de A. J. Teixeira e pela obra do Cândido Teixeira que dão relevo a estas teses.
Contudo, a bem da verdade, tenho de reconhecer que a tese da naturalidade Minhota e Barquense é cada vez mais sólida. De facto, a par de outros, a opinião de Queiroz Veloso, do Prof. Joaquim Veríssimo Serrão in História de Portugal. 2ª ed., vol III, 1980, 'O ensaio sobre a origem dos Magalhães' de Manuel Abranches de Soveral (que pode ver em http://pwp.netcabo.pt/soveral/mas/Magalhaes.htm), o artigo 'Fernão de Magalhães não nasceu em Sabrosa' de A C de Magalhães Sant´Ana (que pode ver em http://www.opovodabarca.com/noticia.asp?idEdicao=115&id=5233&idSeccao=1121&Action=noticia) e agora sintese da autoria de Amândio Barros, contêm argumentação de peso, que tornam inultrapassável a tese de Ponte da Barca.
De qualquer forma, também eu gostaria que 'discutissem' um pouco mais a tese de Figueiró dos Vinhos. A par dos autores referidos no 2º parágrafo, o Manuel Villas-Boas na sua obra 'Os Magalhães', editorial Estampa, 1998, dá-lhe bastante crédito. Recentemente li o artigo 'João Jacinto de Magalhães e sua Ascendência' de Manuel Fernandes Tomaz, na Revista Lusófona de Genealogia e Heráldica - nº 2, onde se liga aquele ilustre Magalhães natural de Aveiro ao navegador Fernão de Magalhães do Pedrógão Grande, que depois Gaio liga aos primeiros Magalhães de Ponte da Barca.
Finalmente, já que falou da polémica de tipo "Colonbiana", aqui fica mais um link com opiniões de Amândio Barros bem interessantes para quem alimenta aqueles tópicos: http://jn.sapo.pt/Domingo/Interior.aspx?content_id=1278862
Boas leituras,
Um abraço,
Ângelo da Fonseca
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Ângelo,
é impressionante a quantidade de "material" que consegue recolher quando um assunto lhe interessa, e como, num caso desses, leva o estudo até à exaustão.
Bem haja, pois, pela informação que aqui nos deixou.
Gostei, sobretudo, de ouvir o autor afirmar que havia uma relação da família Magalhães com esse lugar (Figueiró dos Vinhos), e que essa também era uma hipótese muito interessante.
Por acaso conhece a obra "OS MAGALHÃES DE PEDRÓGÃO GRANDE E FIGUEIRÓ DOS VINHOS" de José Costa dos Santos, 2004?
Bem sei que a história (tal como a genealogia) não se faz com bairrismos ou sentimentalismos, mas continuo a acreditar que este não será um assunto definitivamente encerrado. Há, por certo, na torre do tombo muita documentação para vir à luz do dia. Inclusive, como o autor dizia, os próprios tombos de propriedade.
Um abraço,
H- Dias
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Ângelo da Fonseca:
Desde há muito tempo que repudio a “crença local” da naturalidade de Sabrosa atribuída a Fernão de Magalhães. Sempre me incomodou nessa pequena vila tudo girar à volta do navegador, sem provas que o sustentassem. Parece-me uma hipótese, entre outras e, com franqueza, não me parece a mais provável.
Como diz, o processo organizado por António Luis, da casa da Pereira em Sabrosa, foi transmitido pelo abade do Baçal que o encontrou em casa de seus descendentes, em Vila Flor. O oportunismo de António Luis, e a provável falsidade de alguma documentação, não elimina, de per si, a hipótese dele lá ter nascido ou de, pelo menos, a essa vila a família estar ligada. Não é de eliminar que António Luis conhecesse bem a sua ascendência e, sabendo que descendia duma irmã do navegador, tivesse falsificado alguma documentação para a poder demonstrar judicialmente. Eu próprio, soube por uma minha bisavó, por tradição familiar e sem nenhuma documentação de suporte, que descendia dum Taveira que nasceu 250 anos antes de mim. Mais tarde, pela abundante documentação paroquial pude "demonstrá-lo". E, se assim não fora? António Luis poderia encontrar-se nessa encruzilhada. Sabia mas tinha que o provar. Devo-lhe dizer que este último argumento é, de per si, mais forte que alguns argumentos que tenho ouvido em relação a outras hipóteses. Não serve é de prova que assim seja. Julgo que não existem, já não digo provas, mas indícios claros em qualquer hipótese de naturalidade. É fácil rebater a tese de Sabrosa pela fragilidade das provas em que assenta. Difícil é demonstrar o que quer que seja em alternativa. Faça-o e, com certeza, meio mundo lhe cairá em cima.
Eu próprio, possuindo ascendentes que assinam “Sousa de Magalhães”, desde o século XVII, no concelho de Sabrosa, sempre estive atento a esta questão. Não nos podemos esquecer dos parentes que terão viajado com ele que parecem ser de Vila Real, da família Mesquita. Ao contrário de Colombo, Fernão de Magalhães, aos olhos do Portugal de então, foi um traidor porque tentou chegar ao Oriente pelo Ocidente e levar para o mundo espanhol, delimitado pelo tratado de Tordesilhas, o rico arquipélago malaio. Em Portugal, com certeza que ningém se iria orgulhar de semelhante parente e as genealogias do século XVI esqueceram-no completamente.
Na actual vila de Sabrosa, pelo menos desde o início do século XVII, há uma família Magalhães. Na casa da Pereira em Sabrosa, pertença de António Luis, há uma pedra de armas, com as armas picadas, atribuível ao final do século XV ou início do XVI. Seria com as armas dos Magalhães, mandadas picar por D. Manuel I ? Em Vila Real, vila cabeça do termo a que pertencia na altura a freguesia de Sabrosa, viviam em finais do século XV, Martim de Mesquita e sua mulher Filipa de Magalhães (nome este que também nos aparece em Sabrosa no século XVII). Este casal teve Luis, Pedro, André, Diogo, Paio e FERNÃO. O mais velho nascido cerca de 1490 e o mais novo cerca de 1514. Na antiga paróquia de Santa Maria de Sanfins, no antigo termo de Vila Real, contígua à paróquia de Sabrosa e muito próximo da quinta da Souta de António Luis, viviam Pedro de Magalhães e sua mulher D. Isabel, cujo filho Rui de Melo recebeu ordens menores em 1504 (sendo referido com apelido, teria nascido cerca de 1485). Pela mesma época viviam em Vila Real, freguesia de S. Dinis, Pedro de Magalhães e sua mulher D. Isabel (serão os mesmos?), cujo filho FERNÃO recebe ordens menores no mesmo ano de 1504.
O futuro nos dirá. Sempre intervi nesta liça contestando os argumentos que me pareciam falsos de Sabrosa. Pela primeira, cheio de dúvidas e nenhuma certeza, destaco os que aquela vila pode defender na busca da verdade.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Ângelo da Fonseca:
Mais do que demonstrar que era descendente da irmã, António Luis tinha de demonstrar ser herdeiro de Fernão de Magalhães.
"Modus faciendi": um testamento com instituição de um vínculo que ele administrava três séculos depois.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Corpo Cronológico, Parte II, mç. 73, n.º 72
1518-01-29 Vila Real
Certidão do tempo em que faleceu Pedro de Magalhães, com um mandado de Diogo de Sampaio para o almoxarife dar a D. Isabel, mulher que foi do dito Pedro de Magalhães, 12 mil réis que mostrou ter vencido de sua tença.
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Henrique,
Agora estou de férias pelo que as respostas ficam mais lentas e a participação mais reduzida.
Como diz, o livro novo de Amândio Morais Barros também fala da ligação de Fernão de Magalhães a Figueiró dos Vinhos, mas sem que isso signifique que daí seja natural. Esta posição também é defendida por o Manuel Villas-Boas na sua obra 'Os Magalhães'.
Já ouvi falar da obra que refere (penso que por si nalgum outro tópico), mas infelizmente ainda não o li, o que farei logo que o encontre, provavelmente durante estas férias. Sabe se está esgotado ?
Esperemos pelos próximos episódios desta 'novela'.
Um abraço,
Angelo da Fonseca
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro António Taveira,
Agradeço as suas informações e a sua posição relativas à hipótese Sabrosa, posição que me parece ser a mais correcta.
Até agora a única coisa que fiz foi o levantamento do que outros escreveram sobre o assunto para tentar chegar a conclusões plausíveis. Para o futuro não tenho mais pretensões que acompanhar a temática e, logo que o ADVR coloque em linha os paroquiais mais antigos, confirmar o que diz a obra FMVR de A. J. Teixeira sobre os meus Magalhães de Alijó, Paradelinha, Vila Real, etc., recuar mais alguma geração e tentar ligá-los aos Magalhães mais antigos de que a história deu conta !
Entretanto, como o sei conhecedor das gentes do Douro, deixo-lhe aqui alguns fins de linha de Magalhães de que descendo, para pedir-lhe informações, acaso saiba algo mais deles.
Francisco Xavier de Azevedo Magalhães, filho de Ignácio de Azevedo de Vila Real e de Manuela de Mesquita, casado a 27/11/1755, em S. Pedro, Vila Real, com Joana Maria da Silva, filha de M. Francisco da Silva e de F. Brizida Moreira, que dão origem aos 'Silvas Magalhães - Casa de Paradelinha' (Fidalgos e Morgados de Vila Real e seu Termo, de Júlio A. Teixeira, 1949, vol. II - pág. 301).
António Pinto de Magalhães filho de Salvador Pinto nat. da vila, fregª e concº de S. João da Pesqueira e de Maria Nunes de Magalhães nat. do lugar e fregª do Castedo, concº de Alijó, casado a ?? com Maria Teixeira de Barros filha de António Teixeira de Barros, que dão origem a um ramo de Teixeiras de Magalhães de Alijó (Fidalgos e Morgados de Vila Real e seu Termo, de Júlio A. Teixeira, 1949, vol. II - pág. 266).
E finalmente, Nuno Teixeira de Magalhães cc Maria de Barros Mesquita Pimentel, ele, segundo julgo, quarto neto de Rui Dias de Magalhães cc Simoa de Abreu e Menezes (Nobiliário das Famílias de Portugal, Felgueiras Gayo, Carvalhos de Basto, 2ª Edição, Braga, 1989, vol. VII - pág. xxx (Titº Magalhães - Outros, § 166º, Nº 1)).
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Ângelo da Fonseca:
Fernão de Magalhães “o navegador” é dado como neto de Fernão de Magalhães, o velho, casado em Vila Real com Brites de Mesquita, ou neto de um seu irmão. Certos autores dizem-no como filho de Pedro de Magalhães, filho daquele, e de D. Isabel de Sousa. Admitamos, o que está muito longe de estar demonstrado, ser esta a sua filiação. D. Isabel de Sousa, a presuntiva mãe, filha de Diogo de Sampaio, senhor de Ansiães, e de Briolanja de Melo, moradores em
Vila Real. Se é esta a sua filiação, as ligações a Vila Real e a Trás os Montes são muitas:
------é de lá sua mãe.
------é de lá sua avó paterna e,
------lá viveram os avós maternos.
Seus "pais presuntivos" acima referidos, nesta remota "hipótese", como demonstrei, viveram em S. Dinis de Vila Real e Santa Maria de Sanfins. No geneall fazem Fernão de Magalhães “o navegador”, não filho de Pedro de Magalhães, mas sim de seu irmão Lopo de Magalhães.
Esta hipótese em nada invalida que grande parte da sua parentela, pelo costado Magalhães, seja minhota, da terra da Barca. Isso é certo e seguro. Nas provanças de meados do século XVI, é dito por muitas testemunhas, Magalhães minhotos, serem parentes, dentro do 4.º grau, do navegador. Isto significa, no limite, terem um trisavô comum. Isto é, descenderem todos de Afonso Rodrigues de Magalhães, alcaide-mór do Castelo da Nóbrega, avô paterno de Fernão de Magalhães, o velho.
Não devemos esquecer que o único parente, que saibamos, na expedição, ter sido um primo, Álvaro de Mesquita, que foi por capitão de umas das naus. Mesquita é apelido com origem em Trás os Montes, pelo menos desde inícios do século XV, ligado a Vila Real e Vila Flor.
Estou com muita curiosidade de ler o livro recentemente publicado. Espero que lance nova luz em toda esta questão. Agora, se se limita a “demonstrar” existirem muitos parentes dele na Barca e ou no vale do Lima, é algo que todos nós sabíamos. O apelido Magalhães estava já (na segunda metade do século XV) espalhado por todo o país, mas com uma enorme concentração de elementos no vale do Lima ou não estivesse a linhagem na Barca há mais de um século. Essas "provanças" de Lourenço de Magalhães, já referidas desde início do século XX e mais recentemente por Manuel Abranches de Soveral, pelo menos do que delas está publicado, estão de longe de nos clarificar a sua ascendência, a sua parentela, e os locais onde viveram os seus maiores. Quanto mais a sua naturalidade. Ainda por cima, referem dois Magalhães com o mesmo nome próprio e irmãos, situação não impossível mas a precisar de confirmação. E, onde viveram? E, com quem casaram ? E, que filhos tiveram ? Aparentemente, sem rastos nos nobiliários.
Terá certamente na sua ascendência Magalhães da Barca e Mesquitas de Vila Real.
Como sabe, também, segundo testemunho antigo, é dito filho duma irmã de Fernão de Magalhães, o velho, casado com um Mesquita.
Não faz nenhum sentido existirem “facções” transmontanas e minhotas. Torna-se necessário investigar as fontes e raciocinar, à falta de demonstração inequívoca, com base nelas.
Como não faz nenhum sentido escrever artigos com títulos bombásticos como: “Fernão de Magalhães não nasceu em Sabrosa” ou “Fernão de Magalhães não nasceu na Barca”. Só conheço uma maneira de demonstrar que uma pessoa não nasceu num determinado local --- demonstrar que ele nasceu noutro. E isso ainda ninguém o fez.
Poderia lançar nova luz sobre tudo isto a carta desaparecida referida em:
"Carta da rainha de Castela ao rei D. João III em que patrocina D. Filipa de Magalhães. - 1527-03-25 - Gaveta 15, mç. 11, n.º 37".
A casa de Paradelinha que refere, chamada dos Torquatos, com ligações a Vale de Mendiz e Alijó, foi, em meados do século XVIII, de um Francisco Amaro da Silva e de sua mulher Francisca Clara Botelho. Como sabe, FMVR de J.T. trata deles. Não tenho a obra à mão mas tenho algumas notas, tiradas dos paroquiais, sobre a família. Mandar-lhas-ei. Não estudei essa família em concreto mas conheço bem a realidade local ao longo do tempo.
O Nuno Teixeira de Magalhães tenho-o "debaixo de mira" para exame futuro. Ele, tem ou está ligado, a Teixeiras da Cunha que julgo poderem entroncar em gente mais recuado que venho estudando..
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Angelo da Fonseca,
já consegui adquirir o livro. Agora só falta arranjar vagar para o ler, pois as minhas férias, já foram.
Em relação àquele que lhe recomendei, julgo não estar esgotado, embora eu já o tenha adquirido em Fevereiro de 2007, no posto de turismo de Figueiró dos Vinhos.
Desejo-lhe a continuação de boas férias. Nas minhas, para além do ADL tive, ainda, ocasião de passar por alguns lugares do interior, nomeadamente: Miranda do Corvo, Lousã, Castanheira, Pedrógão, Alvaro, etç. A propósito, no Museu do Rabaçal (ligado às ruínas Romanas), tive oportunidade de adquirir uma obra interessante de João Manuel Saraiva de Carvalho, de 1996 intitulada: ESPINHAL - 800 ANOS DE HISTÓRIA. Nesta obra descobri (imagine-se) a continuação de um ramo de uma família de Maçãs de D. Maria que eu estava parado. E posso adiantar que contém imensas ligações ás gentes da Lousã.
Um abraço,
H. Dias
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Ângelo da Fonseca:
Notas soltas tiradas dos paroquiais:
----D. Francisca Clara, mulher de Francisco da Silva Carvalho, de Paradela,, faleceu em 2 de Fevereiro de 1798, sendo sepultada na capela de Santo Amaro. Fez testamento.
----Francisco da Silva, viúvo de D. Francisca Clara Botelho de Paradela, faleceu em 23 de Junho de 1800, sendo sepultado na capela de Santo Amaro. Fez testamento.
----Em 25 de Setembro de 1811 casaram Francisco Luis da Silva Magalhães, filho de José da Silva Carvalho e de sua mulher Rita Margarida de Magalhães, de São Pedro de Vila Real, com Margarida Eugénia Bárbara Preciosa, filha legítima de Francisco Amaro de Carvalho e de Francisca Clara Botelho, de Paradela, desta freguesia.
----Em 31 de Novembro de 1840 casaram António Pinto de Sousa Moreira, filho legítimo de Luis Pinto Moreira e de Inácia Teresa, de Celeirós, com D. Antónia Ermelinda, filha legítima de Francisco Amaro de Carvalho e de D. Francisca Clara, de Paradela.
----D. Francisca Clara, viúva de Paradela, faleceu em 16 de Maio de 1846, sendo sepultada na capela de Santo Amaro.
Tenho com certeza outras notas desta gente. Encontrando-as comunicar-lhas-ei. O António Pinto de Sousa Moreira tenho-o entroncado pelo costado Sousa que tenho estudado. Se lhe interessar, diga.
Cumprimentos
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro António Taveira,
Embora com grande interesse na temática, estou agora de férias e a participação no fórum é agora mais difícil, daí algum atraso nas respostas.
Pela parte que me toca muito lhe agradeço a sua informação em defesa da tese Transmontana da naturalidade de Fernão de Magalhães, bem como o acerto do seu considerando sobre a existência de “facções” transmontanas e minhotas.
Como já referi, sentimentalmente, muito me agradaria que a tese Transmontana se viesse a impôr à luz do actual estado da arte da História, mas julgo que se caminha noutra direcção, de que a obra recente de Amândio Morais de Barros é um bom exemplo, porque o faz com isenção e seriedade à luz da História científica, incluindo uma boa análise crítica às teses mais importantes (exceptuando a de Figueiró dos Vinhos), relembrando vários trabalhos menos divulgados mas de grande valor histórico e científico, e introduzindo algumas novidades importantes, tudo isto a par de uma escrita fluente e agradável, mas rigorosa.
Portanto, como interessado na temática, penso que não dará o seu tempo e dinheiro por mal empregues na referida obra, e depois de ler, muito gostaria de ter a sua opinião.
Deixo apenas aqui um cheirinho sobre o ponto de partida que referiu: certos autores dizem Fernão de Magalhães "o navegador" como filho de Pedro de Magalhães, filho de Fernão de Magalhães, o velho, e de D. Isabel de Sousa.
Diz o Amândio Barros que "Os que o dão como nascendo em Sabrosa apontam Pedro de Magalhães como seu progenitor. António Baião já esclareceu, através do estudo dos livros de 'Moradias da Casa Real', que havia dois beneficiários de tenças que tinham esse nome - Fernão de Magalhães -, e que o verdadeiro, ou seja o navegador, era filho de Rui de Magalhães (nota 15)".
Nota 15: Uma vez que o Fernão de Magalhães, filho de Pedro de Magalhães, continua a receber 'moradia', até 1525, anos depois da saída do reino do Magalhães navegador e, mesmo, da sua morte. Ver BAIÃO, António - Fernão de Magalhães. Dados inéditos para a sua biografia, in "Arquivo Histórico Portuguez", vol. III, nº 7-8, Juho e Agosto, 1905, p. 304-312. O esclarecimento dos dois Magalhães está na p. 305.
Sobre a ajuda relativa a alguns Magalhães meus avoengos muito lhe agradeço a sua resposta e disponibilidade, ficando a aguardar o que tiver para me informar. Como conhece bem a realidade local, esclareço que o 1º Torquato de Magalhães da casa da Paradelinha era meu bisavô materno.
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Magalhães de Alijó
Caro António Taveira,
Ao deixar-lhe hoje a resposta à sua mensagem anterior, verifiquei com satisfação que já me tinha deixado os dados que se tinha disponibilizado procurar.
Logo que possa irei 'digerir' a informação que muito lhe agradeço, bem como a disponibilidade para me ir mantendo a par do que fôr encontrando.
Gostaria de dar-lhe uma informação do meu site de família, pelo que lhe pedia que me enviasse o seu contacto para o endereço angelo.fonseca(arroba)netcabo.pt .
Cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Henrique,
Desejo-lhe boas leituras nas folgas que conseguir. Depois de ler o livro diga com que opinião ficou.
Um abraço,
Ângelo da Fonseca
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Ângelo da Fonseca,
espero que as férias tenham sido boas, e sobretudo, produtivas.
Pois é, acabei de ler o livro à dias. Mas agora vou dar mais uma revista, para extrair alguns dados concretos para a minha base.
Mas, sinceramente, não sei o que lhe diga. Só me ocorre aquela frase célebre: "Vencido, mas não convencido!".
Sabe, eu estou à vontade para falar assim, pois incluo-me naquele grupo que o autor classifica como "curiosos da história". Ou se calhar, nem isso... mas já tenho aqui afirmado que um historiador não é propriamente um genealogista, assim como o inverso, também não se verifica. Mas o que é facto é que as duas ciências se complementam, e não se pode divorciar uma da outra.
Em boa verdade, o autor conseguiu reunir um interessante conjunto de indícios que apontam para Ponte da Barca, como sendo a naturalidade do grande navegador.
Mas quanto a mim, não conseguiu provar de forma inequívoca, que ele aí nasceu, e portanto a questão mantêm-se em aberto.
Acerca de Figueiró dos Vinhos, o autor apenas referiu a procuração passada por Jorge Barreto de Magalhães a um seu criado, em 28.01.1518, nos paços de João Rodrigues de Vasconcelos (5º senhor de Figueiró).
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=28476
E lamento, que acerca desse documento, apenas tenha dito o seguinte: "pode abrir pistas de investigação sobre o papel desta terra no percurso de vida desta família..."
Convém não esquecer que Jorge Barreto de Magalhães
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=108461
era filho de Isabel de Menezes
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=39237
referida como tia de Fernão de Magalhães, e casada com Gil de Magalhães (2º senhor de Ponte da Barca)
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=39235
cuja mãe, Isabel de Sousa
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=39186
era filha de Rui Vasques Ribeiro (2º senhor de Figueiró e Pedrogão)
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=12716
Há aqui, portanto, uma grande ligação entre as famílias destes dois lugares, a precisar, certamente, de um estudo mais apurado.
Com os melhores cumprimentos,
Henrique Dias
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Ângelo da Fonseca:
Já li o livro de Amândio de Barros sobre Fernão de Magalhães: a decepção não podia ser maior. Nada de traz de relevante que já não fosse conhecido. E, trata-se de um historiador....
Tinha eu comentado em mensagens anteriores:
...“Desde há muito tempo que repudio a “crença local” da naturalidade de Sabrosa atribuída a Fernão de Magalhães. Sempre me incomodou nessa pequena vila tudo girar à volta do navegador, sem provas que o sustentassem. Parece-me uma hipótese, entre outras e, com franqueza, não me parece a mais provável”... Dando de barato a falsidade da documentação de António Luis...
....“Agora, se se limita a “demonstrar” existirem muitos parentes dele na Barca e ou no vale do Lima, é algo que todos nós sabíamos. O apelido Magalhães estava já (na segunda metade do século XV) espalhado por todo o país, mas com uma enorme concentração de elementos no vale do Lima ou não estivesse a linhagem na Barca há mais de um século. Essas "provanças" de Lourenço de Magalhães, já referidas desde início do século XX e mais recentemente por Manuel Abranches de Soveral, pelo menos do que delas está publicado, estão de longe de nos clarificar a sua ascendência, a sua parentela, e os locais onde viveram os seus maiores. Quanto mais a sua naturalidade. Ainda por cima, referem dois Magalhães com o mesmo nome próprio e irmãos, situação não impossível mas a precisar de confirmação. E, onde viveram? E, com quem casaram ? E, que filhos tiveram ? Aparentemente, sem rastos nos nobiliários”...
....“Como não faz nenhum sentido escrever artigos com títulos bombásticos como: “Fernão de Magalhães não nasceu em Sabrosa” ou “Fernão de Magalhães não nasceu na Barca”. Só conheço uma maneira de demonstrar que uma pessoa não nasceu num determinado local --- demonstrar que ele nasceu noutro. E isso ainda ninguém o fez”...
Não havendo uma prova inequívoca de naturalidade, esta teria de ser defendida com base na identificação objectiva dos pais e do local onde viveriam na época do seu nascimento. Ou, na demonstração que ele, na menoridade, lá teria vivido. À falta desta cabal demonstração, a identificação clara dos locais onde viveram os irmãos e a família materna e paterna (intencionalmente coloquei em 1.º lugar a família materna porque é idêntica, para este fim, a sua importância relativamente à paterna).
O que o autor se propõe sem minimamente o conseguir é demonstrar:
“ --com absoluta certeza, Fernão de Magalhães não nasceu em Sabrosa;
--com absoluta certeza, Fernão de Magalhães é natural de Entre Douro e Minho.
--com quase certeza, Fernão de Magalhães é natural de Ponte da Barca. “
Tendo formação nas ciências exactas tenho dificuldade em entender demonstrações panfletárias como as referidas. É que depois a montanha pare um rato...
O cerne da pseudo prova em relação ao primeiro item é a falsidade da documentação de António Luis, da Casa da Pereira. Não faz mais do que repetir, o que já foi feito com os mesmos e válidos argumentos, a demonstração da falsidade dessa documentação, que ninguém de bom senso discute. Falando na suposta irmã Teresa de Magalhães e no citado testamento de 1504 (o tal que é com toda a certeza falso) coloca em relevo que nele ..”em lado algum se afirma que Magalhães é natural de Sabrosa”. Sendo ele falso, qual a relevância dessa não afirmação? Pelo meio, perde-se em comentários, atribuindo ao século XVIII a construção da Casa da Pereira, omitindo que ela se encontra no mais antigo aglomerado da vila, ainda hoje com múltiplos vestígios do século XVI e com referências a esse topónimo nos paroquiais da vila mais antigos (meados do século XVII). Trata-se, com toda a certeza, duma reconstrução que mantém uma pedra de armas, seguramente de meados do século XVI, ou mais antiga, com as armas picadas. Mas, qual a relevância dessas afirmações relativamente “à outra certeza e quase certeza”. Como já lhe tinha dito: “Só conheço uma maneira de demonstrar que uma pessoa não nasceu num determinado local --- demonstrar que ele nasceu noutro. E isso ainda ninguém o fez”...
Relativamente à outra “absoluta certeza” e “quase certeza”, estamos conversados. Cá temos as “provanças” de 1567 de Lourenço de Magalhães. O que é que elas "provam":
1.º O navegador tinha muitos parentes na Barca e na ribeira do Lima.
2.º Lourenço de Magalhães era filho de Paio Rodrigues de Magalhães, neto de Rui Pais de Magalhães. Este avô paterno era irmão de Rui de Magalhães, pai do navegador, ambos filhos de Pedro Afonso de Magalhães.
O autor perante a dificuldade do aparecimento de dois irmão homónimos, refere que eles seriam irmãos, apesar de terem o mesmo nome. Como já referi, este facto exige cabal demonstração. É improvável, mas admissível, no caso de não terem a mesma mãe...
Refere também múltipla documentação consultável on line no site da DGARQ, referente a uma suposta tia, D. Isabel de Menezes. E fá-la tia por, numa carta de Carlos V a D. Manuel, se refere que dois filhos dela, refugiados em Castela, eram parentes directos de servidores portugueses do rei de Castela. Como o autor “entende” que se trata de uma alusão a Fernão de Magalhães, ela passa a ser tia. Quantos portugueses serviriam Carlos V? Essa suposta tia vivia na Barca. Era viúva de Gil de Magalhães, mais um “suposto” tio do navegador, que ninguem faz filho de Pedro Afonso de Magalhães. Mas, onde está isso demonstrado? Aparecem, retirados do Corpo Cronológico, muitos dados desta senhora que vivia na Barca. Mas, e a ligação a Fernão de Magalhães ? Há...o tal “entendimento”.
Essas provanças demonstram que o pai de Fernão de Magalhães era um Rui de Magalhães, não identificado. O autor do opúsculo não demonstra quem ele era, onde viveu ou com que casou. Não demonstra onde viveram seus irmãos nem seus avós. Trata-se de convicções....É possível que seja o pai, Rui de Magalhães, seja o alcaide mor de Aveiro que casou em Vila Real com Alda de Mesquita. Aliás em todo o texto não há nenhuma alusão ao primo Álvaro de Mesquita, comandante de uma nau...
Resumindo, nada de novo para além da convicção do autor...
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Henrique Dias,
Cá estou de volta e com mais um livro sobre o nosso navegador entre mãos, desta vez a obra "Fernão de Magalhães - para além do fim do mundo", uma bela descrição da histórica viagem do navegador escrito por Laurence Bergreen, da Betrand Editora, 2005, 3ª Edição, 441 páginas.
Embora aqui a temática não seja a genealogia e naturalidade do navegador, curiosamente fala em linhas gerais que seria filho de Rodrigo de Magalhães que estava classificado entre a fidalguia menor portuguesa e prestava serviço como magistrado da Coroa no porto de Aveiro. Da mãe, Alda de Mesquita, diz que menos se sabe o que dá azo a especulações interessantes (como origens judaicas). De qualquer modo, termina dizendo que mesmo aquelas linhas gerais se prestam a dúvidas !
Quanto ao livro que terminou de ler, efectivamente não faz a prova inequívoca da naturalidade ser Ponte da Barca, mas verdade seja dita, o próprio autor assume isso na pág. 8, ao dizer que apenas pretende contribuir para que a quase certeza dessa naturalidade (que a História actualmente conhecida indica) seja reforçada.
Teremos portanto que esperar pelos próximos desenvolvimentos, se é que a situação alguma vez ficará esclarecida.
Entretanto, espero que quando os paroquiais de Vila Real, Aveiro, Viana do Castelo, Braga e Figueiró dos Vinhos estiverem em linha eu possa avançar um pouco mais nos meus Magalhães.
Um abraço,
Ângelo da Fonseca
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro António Taveira,
Cá estou de volta, e pela parte que me toca, desde já agradeço os seus comentários ao livro de Amândio de Barros sobre Fernão de Magalhães.
Relativamente à sua decepção, antes do mais lamento se acaso o influenciei a ler um livro que tanto o desiludiu, mas pela minha parte, embora concorde com grande parte das suas dúvidas e questões, não considero que o livro seja uma decepção e não tenha nada de novo. Esta diferença de opinião provavelmente resulta de serem diferentes quer as nossas espectativas sobre a obra (no meu caso médias) quer o nível das pesquisas que cada um já tinha feito sobre o assunto (no meu caso pequeno).
Quanto ao resto, como disse, compreendo e aceito grande parte das suas dúvidas e questões, apenas discordando, a bem da verdade, no seguinte:
1- Como se vê na pág. 7 e 8, o autor não diz que vai demonstrar os três pontos que indicou, mas apenas considera que a História à luz dos conhecimentos actuais já os provou e que ele apenas pretende contribuir para o reforço do 3º ponto: -com quase certeza, Fernão de Magalhães é natural de Ponte da Barca.
2- Relativamente à afirmação "O autor perante a dificuldade do aparecimento de dois irmão homónimos, refere que eles seriam irmãos, apesar de terem o mesmo nome. Como já referi, este facto exige cabal demonstração. É improvável, mas admissível, no caso de não terem a mesma mãe...".
Aqui discordo da limitação que indica, pois mesmo no caso dos pais serem os mesmos a situação é possível, como aliás já encontrei nos assentos da Igreja Matriz da Lousã: um João Negrão Arnaut, Capitão, b. a 22/3/1611 (registo de baptismo da Vila (Lousã), 1611/fl. 54, filme 1446438 - Item 13 ), casado e com descendência e outro irmão João Arnaut, Padre, b. a 2/5/1633 (registo de baptismo transcrito na habilitação de génere do próprio, 1650, Lousã, cx. 700, AUC, info de Pedro França).
Pode também ter interesse o que comentei hoje ao Confrade Henrique Dias, pelo que agradeço que leia a minha resposta disponível em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=238198#lista.
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro António Taveira
Esta sua intervenção de 31/7 interessa-me muito pois refere-se a antepassados meus de um ramo que conheço muito mal, para além do que vem na obra "Fidalgos e Morgados de vila Real e seu Termo".
Efectivamente o casal Margarida Eugénia Bárbara Preciosa/Francisco Luís da Silva Magalhães são avós maternos do pai do meu avô materno, isto é, deles foi filha Ana Angelina da Silva Magalhães que cc Manuel Martins dos Santos. Estes foram pais de Isidoro Cândido de Magalhães que da 2ª Mulher, Maria da Graça Esteves, teve Adriano Cândido de Magalhães que casou com Maria Henriqueta de Barros Amado da Cunha e foram pais de minha Mãe Maria Adélia Amado da Cunha de Magalhães. Não sei se está claro.
As notas que refere foram retiradas dos livros paroquiais de qual freguesia? Paradelinha? É uma freguesia? Qual o concelho?
Melhores cumprimentos.
Luiz de Albuquerque Veloso
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Ângelo da Fonseca
Muito lhe agradeço que veja a mensagem que enviei a António Taveira sobre esses Magalhães de Paradelinha que são tb. os meus. Eu descendo de uma irmã do pai do Torquato Luiz d eMagalhães que refere.
Melhores cumprimentos.
Luiz de Albuquerque Veloso
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Luiz de Albuquerque Veloso,
Agradável surpresa este seu 'post', pois também eu descendo do casal Margarida Eugénia Bárbara Preciosa/Francisco Luís da Silva Magalhães.
Efectivamente são pais tanto da sua trisavó Ana Angelina da Silva Magalhães como do meu trisavô António Ernesto da Silva Magalhães e por isso somos primos em quarto grau.
Num livro sobre o meu bisavô Torquato Luiz de Magalhães, publicado em 2006, vem na página 141 uma fotografia da Ana Angelina e seu marido Manuel Martins com o filho Isidoro Cândido, que não sei se conhece.
Gostaria de dar-lhe mais informação da família através do meu site, pelo que lhe pedia que me enviasse o seu contacto para o endereço angelo.fonseca(arroba)netcabo.pt .
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Luiz de Albuquerque Veloso,
Já respondi ao 'post' que indicou (ver http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=238229), mas quando o fiz ainda não tinha vista esta mensagem.
Entretanto estive a ver outros tópicos onde colaborámos e verifiquei que lhe passou uma mensagem que lhe dirigi em 2008 sobre o mesmo assunto que teria permitido a descoberta do nosso parentesco nessa altura, como poderá ver em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=213721#lista,
Melhores cumprimentos.
Ângelo da Fonseca
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Luis de Albuquerque Veloso:
O antigo lugar de Paradela, actual Paradelinha, pertence à freguesia de Vilarinho de S. Romão, concelho de Sabrosa. As notas foram retiradas dos seus livros paroquiais no ADVR.
Cumprimentos
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Ângelo Queirós da Fonseca:
Só encontrei irmãos inteiros com o mesmo nome próprio no século XVIII, ou depois, e sempre em casos em que um segundo nome próprio os diferençava. Deverão ser muito raros os casos como aquele que refere. O Rui de Magalhães (pai do navegador) sendo irmão dum Rui Pais de Magalhães (avô paterno do Lourenço de Magalhães, das “provanças de 1567”) será com alta probabilidade meio irmão.
De facto, o autor do livro diz que “... a História já provou...” com aquelas absolutas certezas e quase certezas. Não correspondendo isso à realidade, nem de perto nem de longe, tal afirmação só pode ser entendida como uma tese que o autor, interpretando a documentação referida, se propõe demonstrar ao leitor.
Refiro-lhe, mais uma vez, que pouco me importa a naturalidade de Fernão de Magalhães. Julgo que a naturalidade mais provável será Porto ou Aveiro, mais aquela do que esta, ou no antigo termo de uma ou outra. Provàvelmente nunca o saberemos. Estou convencido, pelo contrário, que viremos no futuro a conseguir saber muito mais sobre a sua família e os locais onde terá vivido.
Não vale a pena alongar-me muito sobre o mérito de tal obra. No entanto vou-lhe referir alguns factos que demonstram a miopia (nalguns casos mesmo manifesta incompetência) no encarar da questão:
------pág. 17:
Referindo-se ao “testamento de 1504”, diz que uma testemunha lá referida o é com o “inverosímil” nome de Luis Taborda. Inverosímil, porquê ? Gostava que me explicassem. Luis é nome próprio usado correntemente desde a segunda metade do século XV e Taborda é apelido antigo. Mistérios que só o autor, na sua certa ciência, saberá explicar !
Aliás “gasta” páginas e páginas do seu livro a explicar, usando gastos (mas em muitos casos válidos) argumentos, a falsidade do testamento de 1504. Como já lhe disse, nem vale a pena discutir a sua validade. Trata-se de um traslado de um documento anterior, pretendendo ser de 1504, feito por um escrivão de província, sem qualquer preparação em paleografia. No traslado do documento (de 1504 ou apócrifo) terá cometido tais erros de interpretação, procurando decifrar o que lá estaria escrito, que se torna impossível defender a sua autenticidade. Se fora verdadeiro, no que não creio, foi de tal maneira deturpado na sua trasladação que o seu valor probatório é nulo.
-----pág.18 e 19:
Usando os argumentos de José Manuel de Noronha refere um documento de 1798 em que, a requerimento de António Luis, seis escrivães e quatro testemunhas asseveram que as armas da casa da Pereira se encontram picadas desde 1518. Desvaloriza semelhante documento por ser impossível tais escrivães e testemunhas asseverarem factos passados duzentos e oitenta anos antes!!!....... Com certeza. Mas, o que me parece relevante e indesmentível, é que em 1798, segundo tradição antiga e aparentemente não imemorial, as armas da casa da Pereira se encontravam picadas e, segundo as testemunhas ouvidas (sendo que 6 em 10 eram escrivães, com uma cultura e um conhecimento superior à média), desde 1518 por determinação de D. Manuel....
Se, por hipótese, em 1518, D. Manuel tivesse mandado picar as armas da casa na pequena aldeia de Sabrosa pela traição à pátria de Fernão de Magalhães, duzentos e oitenta anos depois, os descendentes dos moradores daquela época registariam o facto e, ouvidos em inquirição, diriam o que disseram em 1798. Terá sido assim ? Não sei.
Curiosamente tal brasão ainda lá se encontra, com as armas picadas, atribuível à época do navegador. Não merece uma simples linha no livro. Nem fotografia. Nem tentativa de datação. Porquê ? Porque não se enquadra na demonstração da tese ? Nem ajuda a provar a “absoluta certeza” do não a Sabrosa, nem a “quase certeza” do sim à Barca ?
O lugar da Pereira é referido nos mais antigos paroquiais da vila, de meados do século XVII. Já lá viviam nessa época os antepassados de António Luis Álvares Pereira Castelo Branco de Magalhães, sem os sonoros apelidos usados pelo seu descendente.
As provanças de 1567 de Lourenço de Magalhães são a base da “quase certeza” da Barca. Se, por hipótese, fossem usadas para “determinar” a naturalidade do dito Lourenço, o autor da obra, não fora uma pequena referência, apostaria convictamente ter sido na Barca. Essa pequena referência, que anula essa hipótese, é que no documento ele é dito natural de Braga. É curioso nenhuma das testemunhas das “provanças” referirem a naturalidade ou local onde teria vivido Fernão de Magalhães. Uma qualquer quinta ou vila, a que certamente se refeririam se fosse nas proximidades, ou local que lhes fosse familiar. Mas não. Se calhar ele não era natural do Minho. Também não deixa de ser estranho ainda não ter aparecido nenhum registo de imposição de ordens menores dele ou de seu(s) irmão(s) no arcebispado Braga. Eu pesquisei-as todas e não creio que as deixasse passar. Se calhar era natural de outro bispado. E o Porto, vizinho daquele, é o mais provável.
Se, por circunstâncias do destino, Fernão de Magalhães tivesse nascido em Alvor, ainda assim Lourenço de Magalhães teria tirado inquirição de testemunhas em Braga, terra da sua naturalidade, e nas vilas próximas de Ponte de Lima e da Barca. Nem tal seria de estranhar, por a inquirição ser menos dispendiosa (era ele que a custeava) e lá viverem muitos parentes de ambos, pelo costado Magalhães, pelo qual ele pretendia provar parentesco. E, com certeza, não mandaria inquirir testemunhas em Alvor, inquirição que lhe ficaria dispendiosa, e que nada lhe adiantaria em relação a um provável parentesco, pois lá ninguém o conheceria nem o saberia relacionar com o navegador. De facto, os locais onde as testemunhas foram inquiridas, dão essencialmente informação da naturalidade de Lourenço de Magalhães e de seu pai, Paio Roiz de Magalhães, este último primo direito do navegador, sendo de pouca utilidade para a “demonstração” da naturalidade deste. O facto de muitas das testemunhas ouvidas serem da estirpe Magalhães pode indicar que o parentesco dificilmente seria conhecido fora do clã familiar. Se calhar, nem Fernão de Magalhães nem seu pai, seriam das redondezas e a necessidade de provar o parentesco por aquele apelido, limitaria o rol das testemunhas à sua parentela local. De qualquer maneira, não conhecemos as declarações individuais das testemunhas para podermos ir mais além. Suponhamos, por hipótese académica, que se candidatava à herança de Fernão de Magalhães um dos muitos parentes pelo costado Mesquita (lado materno). Teríamos certamente testemunhos de Vila Real, Vila Flor, Anciães, etc, e, nem por isso, a naturalidade do navegador seria diversa...
O autor na sua sanha de resolver a questão da naturalidade vai ao ponto de a páginas 62 “ver” na afirmação do navegador, quando diz que é “da muy noble e antigua Casa de los Señores de la Nóbrega” uma indicação do próprio de ser natural de Ponte da Barca ! Como se, por hipótese, o senhor D. Duarte viesse dizer que era da Sereníssima Casa de Bragança isso pudesse constituir uma indicação de ser natural de Queluz ou Vila Viçosa em vez da cidade de Berna, na Suiça, onde veio ao mundo. Com franqueza, parece-me não perceber a importância da varonia no imaginário duma linhagem de há quinhentos anos. As referências, no que à naturalidade do navegador diz respeito, ao Paço Vedro de Magalhães são totalmente irrelevantes. Essas, e muitas outras ao longo do livro, só servem para colocar num dos pratos da balança elementos, sem qualquer peso real, mas que contribuem para falar na Barca, e na Barca, na Barca e mais na Barca...
O autor do livro dá excessiva importância a uma procuração de Fernão de Magalhães, a seu irmão Duarte de Sousa, para receber certa dívida (de um galego) no almoxarifado de Ponte de Lima, indicando ser mais um indício duma naturalidade na Barca. Fê-lo, com certeza, por ser mais fácil cobrar a dívida ao devedor (o tal galego) ou por conveniência do procurador, o tal irmão Duarte de Sousa. Este, não sabemos onde vivia, mas provavelmente nessa época residiria próximo daquela vila.
À referência deselegante, no contexto da “absoluta certeza” minhota, a Oliveira Martins a páginas 62, apetece replicar: não será a obstinação e coragem revelada por Fernão de Magalhães, característica evidenciada por muitos dos seus parentes Mesquitas, transmontanos, nas praças do Norte de África e Índia, herança materna ? É totalmente incompreensível, para não dizer mais, a total ausência de referências a esta e qualquer outra linha que não a varonia. Ninguém terá dúvidas que ele descende por via paterna da linhagem dos “Magalhães” da terra da Nóbrega. Como ninguém duvida que, pela via materna, descende de Mesquitas de Trás-os-Montes. Sendo escandalosa a ausência de uma qualquer referência a este último apelido. A inexistência de qualquer alusão ao primo Álvaro de Mesquita, que o acompanhou na viagem, sendo imediato na Trinidade, a nau almirante, depois capitão na Santo Antonio, obrigado a regressar a Espanha em 1520. Certamente seu primo co-irmão, terá sido o seu homem de confiança na expedição. Referido por contemporâneos, em Portugal e Espanha, como primo de Fernão de Magalhães, natural de Extremoz (dito filho de Fernão da Mesquita e de Inês Gonçalves). Francisco de Mesquita, filho deste Álvaro de Mesquita, pagem de Fernão de Magalhães na Trinidad, falecido em Cebu em 1 de Maio de 1521. Martim de Mesquita, de Extremoz, talvez irmão de Álvaro, que esteve com ele na preparação da expedição, e que não terá embarcado. Martim de Magalhães, dito primo de Fernão de Magalhães, de Lisboa (dito filho de António Martins e de Catarina de Magalhães), moço de câmara de el rei, falecido em 26 de Junho de 1522. De todos os portugueses conhecidos na viagem, para cima de 30, conhecemos a naturalidade de cerca de metade - nem um da Barca ou arredores.
Relembremos o que nos dizem os nobiliários sobre os Mesquitas. Vou seguir Gaio que, apesar dos erros, permite entender as relações familiares e contextos regionais da família. O casal Martim Gonçalves e Inês Esteves de Mesquita, que sabemos moradores em Vila Flor, tiveram:
---Lopo Martins de Mesquita que viveu em Vila Real, com descendência.
---Fernão de Mesquita que instituiu um morgadio em Sousel e deverá ser o pai do Álvaro de Mesquita embarcado com Fernão de Magalhães. Inigo Pires que fazem filho deste Fernão de Mesquita, foi abade de Vilarinho de S. Romão (a escassos três quilómetros de Sabrosa) onde viveu em finais do século XV.
---Pedro de Mesquita que foi viver para a terra de Basto.
---Álvaro de Mesquita que morreu em Álcácer Quibir com descendência em Extremoz.
---Luis Martins de Mesquita que viveu em Vila Real. Seu filho Martim de Mesquita casou com Filipa de Magalhães (já indiquei filhos deste casal, residente em Vila Real, que receberam ordens menores) que Gaio diz filha de Paio Roiz de Magalhães, do Porto (homónimo do pai do Lourenço de Magalhães “das provanças” e uma geração anterior). Este Paio Roiz de Magalhães, pai de Filipa de Magalhães, é contemporâneo de Rui de Magalhães, pai do navegador.
---Brites de Mesquita mulher de Fernão de Magalhães. Moradores em Guimarães.
---Isabel de Mesquita casada em Vila Real.
---Inês de Mesquita casada em Vila Real.
---Violante Martins de Mesquita casada em Vila Real.
---Alda (ou Aldonça) de Mesquita casada com Rui de Magalhães, alcaide mor de Aveiro, que serão os presuntivos pais do nosso Fernão de Magalhães.
Nada refere, o autor, relativamente a Beatriz do Prado de Magalhães que, a 19 de Maio de 1563, antes de Lourenço de Magalhães, se diz de Lisboa e herdeira universal de Fernão de Magalhães, candidatando-se à sua herança. Este apelido Prado é invulgar. Será ela familiar (ver Gaio - Mesquitas, parág.º 12) de um João do Prado ? Que, com sua mulher Alda de Meireles, e seus irmãos e cunhados, Maria de Mesquita (casada com seu primo Pedro Roiz de Magalhães, 1.º capitão mor de Anciães), António de Mesquita (e sua mulher Violante Lopes) e Fernão de Mesquita, entre 1569 e 1579 disputavam terras na Vilariça que tinham sido de seus avós, João de Almendra e Mécia de Mesquita.
Duas referências feitas por Fernão de Magalhães são particularmente interessantes (uma no contrato com Carlos V e outra no seu testamento): ele diz-se vizinho do Porto e deixa um legado ao mosteiro de S. Domingos das Donas da cidade do Porto. Elas reforçam a sua ligação à cidade. Qual a valorização que o autor lhes dá ?
No primeiro caso, Fernão de Magalhães, em vez de se dizer “da muy noble e antigua Casa de los Señores de la Nóbrega” diz-se “Vizinho da Cidade do Porto”. Vai daí, o autor do livro, enreda-se numa explicação sem jeito, tentando demonstrar ter sido essa uma afirmação não correspondente à verdade feita pelo navegador. Como se Fernão de Magalhães e seu pai, descendentes dum ramo colateral dos senhores da Barca, pertencendo à pequena nobreza rural, pudesse colocar em perigo os privilégios de que a cidade do Porto era tão ciosa. Muitos fidalgos da casa real, pertencentes à nobreza rural, lá viviam, enlaçados nas famílias burguesas da cidade. Esta em nada os hostilizava, antes pelo contrário. Eram seus aliados numa defesa contra as investidas dos grandes fidalgos do reino.
O legado ao mosteiro de S. Domingos é explicado, para além de outras razões não especificadas, com um parentesco com uma suposta prima da Barca (tem de encontrar Barca em tudo, e só isso releva) freira professa naquele mosteiro. As razões teriam de ser outras e bens mais profundas. Poderiam lá ter sido sepultados seus pais. Poderia haver anteriores legados familiares que tornassem esse mosteiro de especial devoção do navegador. Talvez também propriedades do mosteiro tivessem sido emprazadas à sua família. Talvez alguma capela vincular dum familiar próximo. Não sabemos. A documentação do mosteiro poderá, no futuro, vir a desvendar outras pistas. A única notícia de interesse no livro é a revelação, a página 34, dum tombo daquele mosteiro de 1513 que, referindo-se a Vila Nova de Gaia, fala no caminho que vai ter ao lugar de Rui de Magalhães. Será o seu pai ? Será que a sua família vivia nas imediações do mosteiro? Julgo que o interesse do livro, no que ao esclarecimento da naturalidade de Fernão de Magalhães diz respeito, está neste parágrafo da página 34. Tudo o resto ou já era conhecido ou são “faits divers”.
Na minha interpretação dos dados conhecidos, admito que Fernão de Magalhães possa ser natural da Barca ou de Ponte do Lima. Mais remotas, apesar de tudo, são as hipóteses transmontanas. A probabilidade de ser natural do Porto, é claramente maior do que qualquer outra. Mas uma outra hipótese não é de todo impossível. Não sou “partidário” de nenhuma delas.
Todas as “certezas” e “quase certezas” do autor, nas festas da Barca, entre o estridente barulho dos foguetes, nos festejos estivais da padroeira, terão o acolhimento devido. Não creio que outro possa ter sido o objectivo de “a naturalidade de Fernão de Magalhães revisitada”.
Perdoe-me o atraso na resposta mas estive uns dias de férias, longe da net. Perdoe-me também a extensão da resposta. Julgo que o livro me "tirou do sério" pela pseudo roupagem de investigação histórica de "académico"...
Melhores cumprimentos
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Luis de Albuquerque Veloso:
Houve duas homónimas Francica Clara Botelho.
Notas soltas dos livros notariais de Provesende:
L.º 216 - ano 1824 (cota antiga)
Francisco Amaro de Carvalho e sua mulher D. Francisca Clara Botelho e seu sobrinho frei Manuel de Poiares, todos de Paradelinha de Celeirós.
Notariais de Provesende - ano +- 1841 (m.ço 39/47/53)
Esponsais: D. Francisca Clara Botelho, de Paradela de Celeirós, viúva, suas filhas D. Antónia Ermelinda e D. Perpétua da Purificação. Contrato de casamento de D. Antónia Ermelinda com António Pinto de Sousa Moreira, estando ele e seu pai, Luis Pinto Moreira, presentes.
Esta Francisca Clara Botelho será a falecida em 1846, devendo ser filha da outra.
Cumprimentos
António Taveira
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Naturalidade de Fernão de Magalhães
Bom dia,
tenho estado atenta aos vossos comentários, uma vez que o tema Fernão de Magalhães é de extremo interesse para mim. Gostava de questioná-los somente sobre um assunto que me intriga.
Vocês referem Alvaro de Mesquita como primo de Magalhães. No entanto, no Diário de Pigafetta (Pigafetta, António (s.d.) Magallan’s voyage. New York, Dover Publications, inc.), afirma o seguinte:
"And the following night they seized the captain of his ship, who was the captain-general's brother, and named Alvaro de Mesquita, whom they wounded and put in irons" (Pigafetta, s.d.:52-53).
Corrigam-se se estou errada mas, Pigafetta não menciona que Alvaro de Mesquita é irmão de Fernão de MAgalhães?
Cumprimentos a todos
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RE: Álvaro de Mesquita & Fernão de Magalhães
Estimada SusyAlmeida,
Embora sem ter dirigido a sua mensagem a uma pessoa concreta, gostaria de alertá-la que tendo deixado o seu post como resposta a uma mensagem do confrade "LAV2" apenas ele foi avisado do seu post, e como todos dias há muitas mensagens novas no Fórum este tópico deixa rapidamente de ocupar a primeira página, pelo que só por sorte os outros participantes o verão.
Nestas condições, seria mais eficiente ter colocado a sua questão ao confrade "tmacedo", que foi quem referiu o relacionamento que questiona, para além de ser aquele que demonstra um conhecimento mais avançado deste tema.
Quanto à sua questão, propriamente dita, tenho constatado que efectivamente apareceram ao longo dos tempos obras com versões divergentes do relacionamento, dizendo umas que o Álvaro de Mesquita é irmão do Fernão de Magalhães, outras que é sobrinho e ainda outras que é primo. Penso que este último caso seja actualmente o parentesco com maior aceitação, mas os especialistas que se pronunciem.
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
Existem várias edições do relato do italiano Pigafetta. Não sei se em todas elas, até pelas várias línguas em que são impressas, o parentesco é o que refere. De qualquer maneira, julgo ser de considerar outro parentesco que é referido por :
----António de Brito escreve a D. Manuel, de Ternate. Da carta foram feitas duas versões uma de 11.02.1523 e outra de 06.05.1523 existentes no ANTT (Gaveta 18-6-9 e 18-2-25). Nela relata a viagem de Fernão de Magalhães com base nos testemunhos de castelhanos com ele embarcados e recolhidos nas Molucas pelos portugueses. Nela se refere explicítamente à nau Santo António de que era capitão um seu primo (dele Fernão de Magalhães) que se chamava Álvaro de Mesquita.
Martim de Aiamonte, grumete da nau Victoria, no seu depoimento prestado em Malaca em 01.07.1522 perante as autoridades portuguesas, refere um Martim de Magalhães, natural de Lisboa, que se dizia parente de Fernão de Magalhães. Refere também, após a rebelião que Fernão de Magalhães teve de dominar ainda no Atlântico, que pôs na nau de João de Cartagena por capitão, a Álvaro de Mesquita, seu primo.
Outra descrição de um desconhecido, participante na expedição, refere explicítamente, e por mais de uma vez no seu relato, a Álvaro de Mesquita o qual era primo de Fernão de Magalhães.
João de Barros refere alguns portugueses parentes de Fernão de Magalhães assim como Duarte Barbosa, seu cunhado, e Álvaro de Mesquita, e Estevão Gomes, e João Rodrigues Carvalho, ambos pilotos...
Fernão Lopes de Castanheda refere a Álvaro de Mesquita como primo de Fernão de Magalhães.
Sebastião Álvares em carta enviada de Sevilha a D. Manuel de 18.07.1519 (Corpo Cronológico I-13-20) refere Álvaro de Mesquita, de Extremoz, e Martim de Mesquita, também de Extremoz, entre outros portugueses que se encontravam em Sevilha para embarcar com Fernão de Magalhães sem aludir a qualquer parentesco entre eles.
Cumprimentos
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro tmacedo,
Antes de mais agradeço imenso a resposta.
De facto tenho-me confrontado com inumeros autores que referem Alvaro de Mesquita como primo de Magalhães e há, inclusivamente, um documento no arquivo de sevilha, que o refere como primo. Achei, por conseguinte, estranho que Pigafetta o descreve-se como irmão. Não sei porém se a tradução realizada ao seu diário alterou o grau de parentesco ou se, porém, Pigafetta, que viajou juntamente com Magalhães, não tivera conhecimento de que Mesquita era seu irmão e não primo.
Muitas questões permanecem e como eu costumo dizer, na falta de documentação que o prove, a verdade só surgirá se conseguirmos resuscitar os mortos.
Eu, tal como centenas ou milhares de investigadores, procuro desvendar a naturalidade de Magalhães e, sem que haja um conhecimento verusimel sobre os seus parentes, dificilmente se saberá qual a sua origem.
Com os melhores cumprimentos,
Susy Almeida
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
Eu não procuro desvendar a naturalidade de Fernão de Magalhães. Tão só vou-me tentando manter informado do que vai sendo dito. Confrontando os dados que são publicados com os que, no decurso das minhas investigações genealógicas, se me depararam por acaso.
Temos indícios e testemunhos do século XVI que referem o Porto. No final do século XVIII, como sabe, surge Sabrosa, terra onde teria bens e uma irmã, nunca referida como terra de naturalidade, mas onde teria casa com o seu brasão. De há cem anos para cá aparece a Barca a terreiro.
Essas disputas não me interessam. Os agentes de interresses "paroquiais" (havendo interesses económicos envolvidos) que se apresentam à liça, não contribuem para o esclarecimento dos aspectos familiares da vida do grande navegador.
Cumprimentos
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Estimado António Taveira,
Refere ter "indicios e testemunhos do séc. XVI" que referem ser o Porto a naturalidade de Magalhães. Esses testemunhos estão relacionados com o facto de alguns documentos redigidos por MAgalhães nos quais ele se descreve como "vizinho do porto"?
Por vezes aqueles que procuram desvendar a sua naturalidade são aqueles que jámais o conseguem porque vivem obcecados com tal descoberta... Por conseguinte, no seu caso, que procura realizar investigações genealógicas, estará mais próximo e mais capaz de alcançar esse conhecimento. Concordo consigo quando refere haver interesses económicos envolvidos pois, isso é perfeitamente perceptivel no que se refere a Sabrosa que tem aproveitada ao longo dos vários anos a existência de um falso testamento que descreve o navegador como possuidor de bens nesta localidade. A transmissão deste conhecimento erróneo, contribuiu para a expansão e divulgação desta terra como sendo a naturalidade de Magalhães e para que o Presidente desta localidade se aproveitasse desta suposição para beneficios próprios.
Como eu refiro numa das minhas investigações "Magalhães deixou de ser visto como um conquistador para ser visto como um impulsionador de turismo...
Atentamente,
Susy Almeida
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
Os indícios são 2 .
1)a referência no seu testamento a um legado ao mosteiro de S. Domingos das Donas do Porto.
2) ele dizer-se vizinho do Porto.
Testemunho é a afirmação de João de Barros, se não estou em erro, que diz que Fernão de Magalhães é natural de Porto. Mas posso-lhe confirmar.
Sabrosa tem aproveitado e a Barca quer aproveitar. Tudo isso é natural. Já não é natural, conduzir pseudo investigações para se demonstrar o que se pretende, fruto de interesses económicos.
Cumprimentos
António Taveira
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Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Tamacedo,
referiu que Martim de Magalhães era "dito primo de Fernão de Magalhães, de Lisboa (dito filho de António Martins e de Catarina de Magalhães)", no entanto eu encontrei um documento no arquivo de Sevilha, intitulado "Autos de herederos de Martín de Magallanes: abono sueldos", no qual refere que "Martin de Magallanes" é filho de António Martínez e de Ana de OQuintal e sobrinho do General Fernando de Magalhães.
Gostava que me referisse qual o documento que consultou que lhe permitiu descobrir que Fernão de Mesquita e Inês Gonçalves são pais de Alvaro de Mesquita e, por conseguinte, tios de Magalhães.
Muito obrigada,
Susy Almeida
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Tmacedo,
O documento que referiu não menciona mais nada em concreto? Não refere qual o último nome da dita D. Isabel? Será que este Pedro de Magalhães é familiar de Magalhães, o navegador?
Peço desculpa por todas estas perguntas mas de facto esta temática é deveras interessante para mim.
Cumprimentos,
Susy Almeida
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
A D. Isabel de Sousa vem referida neste site em :
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=60388
Pedro de Magalhães, seu marido, é filho de Fernão de Magalhães, o velho, e de sua mulher Brites de Mesquita.
Cumprimentos
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
Lamento desilud-la, mas nunca investiguei Fernão de Magalhães. Mantive-me, desde sempre, atento ao tema que fui acompanhando à distância.
As filiações que indiquei de Martim de Magalhães (filho de António Martins e de Catarina de Magalhães) e de Álvaro de Mesquita (filho de Fernão de Mesquita e de Inês Gonçalves) são as indicadas por José Manuel Garcia no seu livro "A viagem de Fernão de Magalhães e os Portugueses" da Editorial Presença, 1.ª Edição, Lisboa, Maio de 2007. O autor não diz em que se baseou para as indicar. Nesse livro procura determinar as naturalidades e, nalguns casos, filiações de portugueses que embarcaram com ele.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
Parece-me ter visto, não sei onde, a confirmação que o Martim de Magalhães, imediato num dos barcos da armada de Fernão de Magalhães, natural de Lisboa segundo contemporâneos, seria filho de um António Martins.
Vou tentar encontrar essa indicação.
O Fernão de Magalhães será filho de Rui de Magalhães (o próprio processo de Lourenço de Magalhães o confirma). Este será certamente o alcaide mor de Aveiro casado com Alda de Mesquita. Esta era irmã dum Fernão de Mesquita (dito Dr. Fernão de Mesquita) que institui um morgadio em Sousel.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro António Taveira,
Antes de mais, agradeço a resposta.
Pensei que a dita D. Isabel estivesse interligada ao nosso navegador mas, segundo o site, não é o mesmo Magalhães que eu procuro. De qualquer modo é necessário explorar todas as hipoteses.
Atentamente,
Susy Almeida
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Angelo da Fonseca,
Na sua abordagem refere crer que Magalhães, o navegador, é neto de Fernão de Magalhães o velho e de ~brites de Mesquita. Analisando os dados existentes referentes à família do navegador, verifica-se que realmente a teoria que defende pode ser valida, uma vez que os apelidos existentes na familia de Magalhães são Magalhães, Sousa e Mesquita. No entanto, recentemente encontrei um documento, no site "PARES - Portal de Arquivos Espanhois", um sobrinho de Fernando de Magalhães. Este apelida-se de MArtin de Magallanes e é filho de António MArtinez e de Ana de Oquintal, segundo o documento.
A minha questão é a seguinte, e não sei se me poderá responder, como é que o apelido Martinez ou Oquintal entra na familia do navegador? será através do seu casamento ou haverá algum antepassado seu que terá um destes apelidos?
Cumprimentos,
Susy Almeida
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
A questão não me é colocada, mas julgo poder ajudá-la. Fernão de Magalhães, o navegador, deverá ser filho de Rui de Magalhães (o nome do pai vem indicado nas provanças de Lourenço de Magalhães) e de sua mulher Alda de Mesquita. Este António Martins, certamente Martins da Mesquita, poderia ser irmão de Fernão de Magalhães ou filho de primo co-irmão. De facto, do casal Martim Gonçalves Pimentel e Inês Esteves da Mesquita, moradores em Vila Flor, ditos pais de Alda de Mesquita, e presuntivos avós maternos de Fernão de Magalhães, foram filhos, entre outros Luis Martins de Mesquita e Violante Martins de Mesquita, que usaram o patronímico como era frequente no século XV.
Esta sua descoberta é muito interessante. Os testemunhos da época referem que Martim de Magalhães, natural de Lisboa, era primo ou que ele "se dizia parente de Fernão de Magalhães"...Foi imediato na Conception, uma das naus.
Cumprimentos
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
---------CORRECÇÂO-------
Onde digo:
.....Este António Martins, certamente Martins da Mesquita, poderia ser irmão de Fernão de Magalhães ou filho de primo co-irmão.....
Deveria dizer:
.....Este António Martins, certamente Martins da Mesquita, poderia ser irmão de Fernão de Magalhães ou primo co-irmão.....
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Ligação de Martim de Magalhães a Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida,
Antes do mais gostaria de esclarecer que embora a sua mensagem no texto venha dirigida a mim, eu não recebi o respectivo aviso da sua resposta, sinal de que ou houve erro informático ou a Susy, por confusão, respondeu a outra pessoa, que foi quem terá recebido o aviso.
Nestas condições, só agora, revendo o tópico por estar na 1ª página, detectei a sua mensagem dirigida a mim sem qualquer resposta minha, o que farei agora.
Eu não me recordo de ter defendido a "teoria" que me é imputada, pelo que penso que terá feito confusão com alguma mensagem do confrade António Taveira, que deduzo possa ter sido ele a receber o aviso da sua resposta, tanto mais que já lhe respondeu (o que fez muito bem) referindo que o faz apesar de ela ir endereçada a outra pessoa.
Nestas condições, apenas me resta deixar aqui umas notas que podem ajudar a melhorar as trocas de informação:
- Quando se escreve uma mensagem (resposta ou novo tópico), existe na margem inferior a opção "Quero ser notificado quando responderem a esta mensagem", que algumas pessoas se esquecem de activar. No meu caso está sempre activa por defeito, significando que, a menos de um erro informático, eu sou avisado de todas as respostas às minhas mensagens.
- Independentemente da pessoa a quem no texto dirigimos a mensagem, quem recebe aviso da nossa resposta é o autor da mensagem que utilizámos para responder (a pessoa que informaticamente foi respondida).
- Por deficiência da solução informática, quando os tópicos começam a ter muitas respostas encadeadas, a clareza gráfica inicial de "quem responde a quem" vai-se gradualmente perdendo, tornando-se por fim uma grande confusão, pelo que, para minimizar um pouco esta situação é recomendável que, sempre que possível, se vá alterando o Assunto, adaptando-o ao texto da mensagem, nesta caso p. ex. Ligação de Martim de Magalhães a Fernão de Magalhães.
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
Na documentação que refere Martim de Magalhães é dito filho de António Martins e de Ana do Quental. Surpreendetemente, também é dito filho de António Martins (que fora juiz dos orfãos de Lisboa) e de Catarina de Magalhães, como já lhe tinha dito. Se a primeira versão poderia apontar para que o apelido Magalhães lhe viesse pelo costado paterno, podendo ser o pai Martins de Mesquita, a segunda desmente a hipótese anterior.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro António,
Assim sendo, Catarina de Magalhães deverá ser irmã do navegador? As designações por si apresentadas facilitam a nossa interpretação relativamente à inserção deste sobrinho na família. Sendo Catarina de Magalhães mãe de MArtim de Magalhães, para que este último seja sobrinho do navegador, ela será sua irmã.
Até porque no meu entender a designação OQuintal não fazia grande sentido, bem como martins, embora esta definição seja mais usual.
A documentação que refere é a seguinte "Pago a Martín de la Mezquita" localizada no Archivo General de Indias, com o seguinte código, INDIFERENTE, 420, L.9, F.53V-54R"?
Cumrpimentos,
Susy Almeida
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro António Taveira
Peço desculpa,
existem dois documentos que falam de um sobrinho de Fernão de Magalhães chamado Martin. Um apelida-o de Mezquita e o outro de MAgalhães. No documento intitulado "Reclamación de Ana de Oquintal", apelida-o de Magalhães, e no documento "Pago a Martin de la Mezquita" apelida-o de Mesquita. Penso se tratar da mesma pessoa. No entanto não entendo o porquê desta constante alteração de apelidos.
Cumprimentos,
Susy Almeida
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
Há um Martim de Mesquita, dito de Extremoz como Álvaro de Mesquita pelos espiões portugueses ao serviço de D. Manuel. Este sobreviveu à viagem de circum navegação e terá ido depois para as índias espanholas. Talvez seja filho, sobrinho ou irmão mais novo do Álvaro de Mesquita.
Personagem diferente é o Martim de Magalhães, imediato na nau Concepcion, de Lisboa, filho de Ána do Quental ou de Catarina de Magalhães, dito sobrinho de Fernão de Magalhães. Esta indicação de sobrinho entendo-a, no contexto da época, como sendo muito provávelmente filho de primo (ou prima) co-irmão.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
Há um Martim de Mesquita, dito de Extremoz como Álvaro de Mesquita pelos espiões portugueses ao serviço de D. Manuel. Este sobreviveu à viagem de circum navegação e terá ido depois para as índias espanholas. Há muitas notícias dele por lá. Terá sido seu filho um Juan de la Mezquita. Martim de Mesquita talvez seja sobrinho ou irmão mais novo, dificilmente filho, do Álvaro de Mesquita.
Personagem diferente é o Martim de Magalhães, imediato na nau Concepcion, de Lisboa, filho de Ana do Quental ou de Catarina de Magalhães, dito sobrinho de Fernão de Magalhães. Esta indicação de sobrinho entendo-a, no contexto da época, como sendo muito provávelmente filho de primo (ou prima) co-irmão. Não sei se sua mãe será a Catarina de Magalhães ou a Ana do Quental.
Cumprimentos,
António Taveira
Post Scriptum:
Este Martim de Magalhães faleceu na viagem, sendo as suas soldadas pagas a Ana do Quental dita sua mãe, como viu no site PARES.
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
Martim de Mesquita regressou na nau Santo António:
Sobrecédula a los oficiales de la Casa de la Contratación para que, conforme a la cédula incorporada de Valladolid a 26 de Agosto de 1.520 en que se hace merced de quince mil maravedíes anuales a Martín de la Mezquita, portugués, sobrino de Fernando de Magallanes, durante todo el tiempo que tarde en volver la armada enviada a descubrir la Especiería al mando del dicho Magallanes, libren a Mezquita todo lo que le deba de dicha merced, hasta la fecha en que volvió la nao de San Antonio.
Regressou na nau que não fez a viagem, que era comandada por Álvaro de Mesquita até à rebelião havida a bordo. Regressaram mais cedo a Espanha com o capitão metido a ferros.
Entre muitas outras referências a Martim de Mesquita veja:
-----Información de los méritos y servicios de Martín de la Mezquita, uno de los primeros conquistadores de Nueva España con Hernán Cortés y también de Guatemala con el adelantado don Pedro de Alvarado. México, 5 de marzo de 1540.
------Real Cédula de Dª Isabel al Presidente y oidores de la Audiencia de Nueva España, para que constándoles que son hijosdlagos asi como sus padres, Alonso Pimentel, Juan de Valdivieso, Nuflo de Benavides, Cristóbal Gil, Alonso Morcillo, Martín de la Mezquita, Pedro Asensio, Fernando Martín, Juan Fernández de Mérida, Bartolomé de Astorga, Lorenzo Genovés, Diego Castellanos, Gaspar de Tarifa, Francisco de Herrera, Juan García de Veas, Diego de Leiva, Juan Hernández de Prado y Fernando Aragonés, vecinos de la ciudad de Antequera, que se hallaron en la conquista y pacificación de Nueva España, les guarden y hagan guardar, a ellos y a sus hijos y descendientes, sus hidalguías y libertades, sin poner en ello impedimento alguno. 1532-04-25, (Medina del Campo)
-------Real Cédula de Dª Isabel al Presidente y oidores de la Audiencia de Nueva España, recomendándoles para que los ayuden y favorezcan en todo a Diego de Porras, vecino de la ciudad de Antequera de Guaxaca, y a Alonso de Pimentel, Juan de Valdivieso, Nuflo de Benavides, Cristóbal Gil Alonso Morzillo, Martín de la Mezquita, Pedro Asensio, Fernán Martín, Juan Hernández de Mérida, Bartolomé de Astorga, Lorenzo Genovés, Diego Castellanos, Diego de Leiva, Francisco de Herrera, Gaspar de Tarifa, Juan García de Ucas, Juan Hernández de Prada y Fernando Aragonés, todos vecinos de dicha ciudad, que se hallaron en la conquista de esa tierra y toma de la citada ciudad de Antequera. 1532-04-25, (Medina del Campo)
Álvaro de Mesquita seria primo direito de Fernão de Magalhães. É chamado seu PRIMO CARNAL, veja:
-------Carta de los oficiales reales de la Casa de la Contratación de Sevilla, por la que dan cuenta de la llegada el 8 de mayo de 1521 al puerto de esa ciudad, de la nao 'San Antonio', una de las cinco naos que había llevado Magallanes, que tenía 35 personas y por capitán Jerónimo García, escribano de la armada. Traían preso a Alvaro de la Mezquita, primo carnal de Magallanes. Declararon que su venida había sido porque el general los había obligado a entrar en una tierra sumamente áspera, desconocida de todos los que iban en la armada de Magallanes, y sin bastimentos. Sevilla, mayo de 1521. (No expresa el día)
O pai de Martim de Mesquita deveria ser irmão de Álvaro de Mesquita (se Martim não era filho de Álvaro), daí, sendo filho dum primo co-irmão de Fernão de Magalhães, ser dito sobrinho do navegador. Com toda a probabilidade, o avô materno de Fernão de Magalhães seria avô paterno de Álvaro de Mesquita e bisavô de Martim de Mesquita.
Como verá este Martim de Mesquita, dito "sobrinho" de Fernão de Magalhães, nada tem a ver com Martim de Magalhães, dito "sobrinho" de Fernão de Magalhães, do qual nem seria parente. Martim de Mesquita, natural de Extremoz, seria filho dum primo co-irmão de Fernão de Magalhães, pelo costado materno deste, Mesquita. Martim de Magalhães, natural de Lisboa, seria filho duma prima co-irmã, Catarina de Magalhães, (não percebo a alusão a Ana do Quental, dita mãe de Martim de Magalhães em vez da citada Catarina), pelo costado paterno de Fernão de Magalhães.
-----Autos del fiscal de Su Majestad con los herederos de Martín de Magallanes, natural de Lisboa, hijo de Antonio Martínez y Ana de Oquintal y sobrino del general Fernando de Magallanes, con quien fue al Maluco en plaza de sobresaliente en la nao 'Concepción', una de las cinco de esta armada, sobre el abono de los sueldos que dejó devengados hasta el tiempo de su muerte. Falleció en la nao 'Vitoria', cuando volvía a España el día 26 de julio de 1522.
-----Nota de haberse despachado una ejecutoria a petición de Ana de Oquintal en el pleito que ha tratado con el fiscal sobre el sueldo del tiempo que sirvió en Maluco Martín de Magallanes, su hijo.
-----Real Cédula a los oficiales de la Casa de la Contratación para que provean justicia en la reclamación que hace Ana de Oquintal, vecina de Lisboa, mujer que fue de Antón Martínez, juez de huérfanos de Lisboa, de los bienes de su hijo Martín de Magallanes, que murió en la nao Victoria viniendo del Maluco.
Cumprimentos,
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RE: Antón Martínez vs Antão Martins na TT-online
Caro António Taveira,
Aparentemente, o Antón Martínez será o Antão Martins que aparece no Corpo Cronológico (TT-online) como cavaleiro da Casa Real e juiz dos orfãos de Lisboa e seu termo, e que recebeu 40.000 réis de seu casamento (21/06/1522). Quando passar na TT irei ver se o nome da mulher vem na Provisão que lhe foi dada pelo casamento.
PT-TT-CC/2/38/24
Mandado de Antão Martins, cavaleiro da Casa Real e juiz dos orfãos de Lisboa e seu termo, a Jorge Martins, amo do infante e almoxarife do trigo da mesma cidade, para pagar a Isabel Velha, viúva de Jerónimo Fernandes, escudeiro, 24.000 réis que lhe foram desembargados e a seu filho, como herdeiros do mesmo. 08/04/1513
PT-TT-CC/2/42/228
Mandado de Antão Martins dos órfãos de Lisboa para Álvaro Rodrigues, recebedor da sisa do pescado e madeira, dar a Tristâo Gomes 47.050 réis, que foram desembargados aos herdeiros de Rui Lane. 24/10/1513
PT-TT-CC/2/60/183
Carta precatória de Antão Martins, juíz dos órfãos da cidade de Lisboa, para Rui de Pina, fidalgo da Casa Real, dos bens que ficaram por falecimento de Pedro Anes, beneficiado que foi na igreja de Santa Maria de Sacavém, pagasse a Rui Lourenço, clérigo de missa, 900 réis de missas que disse pelo defunto. 01/10/1515
PT-TT-CC/2/101/164
Provisão para se pagar a Antão Martins, cavaleiro da Casa, 40.000 réis de seu casamento. 21/06/1522
PT-TT-CC/2/131/97
Certidão do escrivão dos orfãos na cidade de Lisboa, Vicente Gonçalves, em que atesta que D. Barbara Pegado, mulher do adail-mor, foi dada por tutora de seus filhos, por Antão Martins, juíz dos orfãos. 07/02/1526
Cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Antón Martínez vs Antão Martins na TT-online
Caro Ângelo Queirós da Fonseca:
Obrigado por essas informações. Seria importante saber se esse Antón Martins teria sucedido no ofício de juiz dos orfãos. E a quem?
Obrigado,
Cumprimentos,
António Taveira
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Esclarecimento dado relativamente a Martin de Mesquita e a Martim de Magalhães
Estimado António,
Agradeço imenso as informações, bastante esclarecedoras, que me foram dadas.
Cumprimentos,
Susy Almeida
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RE: Antón Martínez vs Antão Martins na TT-online
Caro António Taveira,
Embora tenha ido à TT a meio da semana só agora volto aqui por falta de tempo, e infelizmente sem grandes novidades.
Antes do mais informo que os documentos que indiquei encontram-se digitalizados e podem ser vistos na TT-online pesquisando pelo Códigos de Referência fornecidos. Eu, apesar de recentemente ter frequentado um curso de paleografia em dois semestres (1 aula por semana), ainda me falta muito treino até ler correntemente aqueles documentos, pelo não perdi muito tempo com eles.
Verifiquei na TT que entre 1510 e 1522, aparecem mais 3 juizes dos orfãos de Lisboa para além do Antão Martins, nomeadamente Álvaro Botelho, Fernando Rodrigues de Almeida e Nuno Martins de Fafes. Curiosamente, segundo li num livro da TT e depois confirmando com a autora, em Lisboa haveria um provedor de orfãos da cidade que tinha 4 juizes na sua dependência. Seriam os quatro referidos ? Mais tarde, parece que passaram a haver juizes dos orfãos em cada um dos bairros de Lx.
No reinado de D. Manuel I não encontrei qualquer carta de juiz dos orfãos relativa a Lisboa, pelo que os juízes referidos já viriam de trás ou as cartas não foram catalogadas ou perderam-se.
No reinado de D. João II, apenas encontrei a carta de juiz dos orfãos de Lx. dada a um Martinho Homem tabelião de Lx, e curiosamente uma carta de Tabelião de Lx dada a um Antão Martins, que poderia ser o referido acima.
No reinado de Afonso V, encontrei uma doação de bens e direitos a um Antão Martins, escudeiro, morador em Lx. em 19/2/1481, que não sei se será o anterior. Quanto a cartas de juiz dos orfãos de Lx. não encontrei nada de importante.
Os reinados anteriores nada adiantaram porque tinham pouca coisa em linha e por falta de tempo não consultei os respectivos livros das chancelarias.
Deste modo, não foi possível determinar a quem sucedeu o Antão Martins.
Cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Antón Martínez vs Antão Martins na TT-online
Caro Ângelo da Fonseca:
Muito obrigado pelas notícias que traz da TT. E pela sua vontade de busca da verdade nesta tentativa de perceber o contexto familiar de Fernão de Magalhães. Martim de Magalhães é o único familiar, identificado, do navegador pelo apelido paterno, Magalhães, que o acompanha na viagem. Pelo apelido materno, Mesquita, temos:
----Álvaro de Mesquita, dito seu primo carnal, seu homem de confiança. Mal pode, nomeia-o capitão da nau S. António. Perdido das restantes naus, não domina uma revolta a bordo, e regressa a ferros a Espanha.
----Martim de Mesquita, dito sobrinho de Fernão de Magalhães, regressa com a nau S. António, a Espanha. A mesma em que vem Álvaro de Mesquita preso, de quem seria sobrinho (não creio que fosse seu filho).
----Francisco de Mesquita, filho de Álvaro de Mesquita, é um dos dois pajens de Fernão de Magalhães, com quem vai na nau Trinidad. Faleceu poucos dias depois do almirante. O outro pajem é um Cristovão Rebelo, do Porto.
Também já suspeitava, após consulta da TT on line, que teriam existido vários juízes dos orfãos em simultâneo, em Lisboa, nesse período. Sabemos agora que eram quatro. Um deles, o Antão Martins foi casado com Catarina de Magalhães, pais de Martim de Magalhães que, dito sobtrinho de Fernão de Magalhães, o acompanha na viagem. Regressando na nau Victória, faleceu muito depois de transposto o Cabo da Boa Esperança, já com a "meta" à vista. Sua madrasta, Ana do Quintal, já viúva de Antão Martins, que se intitula sua mãe, reivindica os seus soldos por procuração feita em Lisboa em casa de CRISTÓVÃO DE MAGALHÃES, cavaleiro da casa del rei, escrivão da câmara de Lisboa (e certamente tabelião). Catarina de Magalhães seria certamente prima co-irmã de Fernão de Magalhães. E o Cristovão de Magalhães, em casa de quem foi feita a procuração? Seria familiar ? Sabemos (TT on line) que sucedeu no cargo de escrivão de Cãmara de Lisboa, por renúncia do pai, Nuno Fernandes, em 01.10.1521(Chanc. D. Manuel, liv.º 18, fl. 124). Será antepassado (talvez avô paterno) de outro Cristovão de Magalhães casado com Margarida de Brito Sottomaior, pais de um Nuno Fernandes de Magalhães, todos constantes da base de dados do Geneall.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
O Martim de Mesquita, um dos primeiros conquistadores da Nova Espanha, não deverá ser o "sobrinho" de Fernão de Magalhães, de Extremoz. Aquele, parece já estar em Cuba em 1518, ser natural de Sevilha e filho de Juan de la Mezquita e de Catalina Monoz.
O primo carnal de Fernão de Magalhães, Álvaro de Mesquita, de Extremoz, sobresaliente na Trinidad, a nau almirante, depois capitão na S. António, na qual veio preso para Espanha, teve seu bens arrestados à chegada a Espanha. Nessa altura, temendo corsários franceses que punham em causa o comércio das Índias, foi constituída uma armada e nela foram Estevão Gomes (piloto que veio na S. António) e Álvaro de Mesquita, dando-lhe o que necessitasse para seu sustento não obstante o dito embargo. Essa armada bateu, junto ao cabo de S. Vicente, a 24 de Junho de 1521, 7 navios franceses, apresando 2 e afugentando os restantes. Álvaro de Mesquita continuou incompreenssívelmente preso em Sevilha e Burgos, mesmo após a chegada da nau Victória. A sua voz sobre a primeira rebelião na armada e, depois, sobre a revolta na S. António, incomodaria muita gente, nomeadamente Elcano regressado da viagem como herói. Martim de Magalhães, outra voz próxima do almirante, falecerá oportunamente próximo d0 termo da jornada.
Cumprimentos
António Taveira
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Martim de Mesquita
António Taveira,
Recentemente iniciei a leitura da obra de José Manuel Garcia (2007), intitulada "A viagem de Fernão de Magalhães e os Portugueses". Trata-se de uma fonte extremamente interessante uma vez que nos revela inumeros documentos antigos que nos ajudam a entender melhor os acontecimentos da epoca de Magalhães. Nesta obra refere que "«No maço 46 (Documentação encontrada num dos Sumários da Torre do Tombo feito por Gaspar Álvares de Lousada, localizado na Biblioteca Nacional de Lisboa, tomo 3, I, p.366) está outro, em que lhe chama filho de Rui de Magalhães e que serviu 10 meses em Azamor no ano [15]14.» A indicação do pai foi aqui feita para o diferenciar de um homónimo do seu tempo, cujo pai se chamava Pedro de Magalhães, situação que suscitou confusões em alguns trabalhos de historiadores contemporâneos." (Garcia, 2007:29)
Ou seja, refere que Rui de Magalhães é Pai do nosso navegador. Lamentavelmente, não consigo encontrar tal documento.
Refere também que Martim de Mesquita era de Extremoz e que se estava a preparar para embarcar com Fernão de Magalhães.
O documento que o define como sobrinho é a "Sobrecédula a los oficiales de la Casa de la Contratación para que, conforme a la cédula incorporada de Valladolid a 26 de Agosto de 1520 en que se hace merced de quince mil maravedis anuales a Martín de la Mezquita, português, sobrino de Fernando de Magallanes, durante todo el tiempo que tarde en volver la armada enviada a descubrir la Especieria al mando del dicho Magallanes, libren a Mezquita todo lo que le deba de dicha merced, hasta la fecha en que volvió la nao de San António".
Assim sendo, tratar-se-à de dois Martins distintos?
Cumprimentos,
Susy Almeida
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RE: Fernão de Magalhães filho de Rui de Magalhães
Cara Susy Almeida,
Sobre a primeira parte do seu post, posso esclarecer o seguinte:
Efectivamente, tanto na BNP como na TT, quer por pesquisa on-line quer por pedido telefónico à sala de referências respectiva, não se encontra nada sobre os ditos Sumários da Torre do Tombo feito por Gaspar Álvares de Lousada, que segundo o autor José Manuel Garcia estaria localizado na Biblioteca Nacional de Lisboa, tomo 3, I, p.366, tendo sido por isso recomendado pelos assistentes da B.N. e da TT que se faça uma pesquisa manual in loco (ficheiros nas ditas salas de referências), o que para mim era impossível de fazer esta semana.
Não me dando por vencido, fui rever o assunto na obra citada do José Manuel Garcia (pág. 29) e recordei logo que, tal como a nota 31 lá indica, o autor foi beber a informação ao trabalho de António Baião, "Fernão de Magalhães: dados inéditos para a sua biografia", Arquivo Histórico Português, vol. III, Lisboa, 1905, p. 132, e aqui a sorte começou a virar a nosso favor.
De facto, como consequência da compra da obra que deu origem a este tópico, "A naturalidade de Fernão de Magalhães revisitada" da autoria do Prof. Amândio Morais Barros, já depois de férias, passei dois dias na BN a fotocopiar as partes com interesse dos estudos indicados nas fontes e bibliografia da referida obra que ainda não possuia. Por coincidência, o referido artigo do António Baião era logo o primeiro da lista, e curiosamente já o tinha referido em Julho no post http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=235379#lista, dirigido ao confrade António Taveira.
Ora este artigo de António Baião, antigo responsável da TT, para além de transcrever os mandados pertinentes ao estudo (incluindo o que refere o Rui de Magalhães como pai do Fernão de Magalhães), retirados de cinco "Summarios" distintos, esclarece que o precioso manuscrito com os Sumários da TT fora durante muito tempo atribuido a Severim de Faria, até que Braamcamp Freire assinalou o verdadeiro autor, Gaspar Álvares de Lousada, escrivão da Torre do Tombo no séc. XVII, e que o manuscrito se encontra na BN sob o nome de "Summarios de Lousada".
Posto isto, pesquisando na BN por "Sumários de Lousada" encontra-se a referência "Documentos para a história da cidade de Lisboa : Cabido da Sé, sumários de Lousada, apontamentos dos Brandões, livro dos bens próprios dos reis e rainhas" com cotas H.G. 19200 V. ou H.G. 53911 V. ou H.G. 53913 V., que poderá ser o que lhe interessa.
De qualquer forma, eu já me dou por satisfeito com as transcrições parciais dos Sumários de Lousada no artigo do António Baião, e a resolução que ele faz da suposta discordância entre documentos da Torre do Tombo e os documentos do Archivo General de Indias (processo do Lourenço de Magalhães) sobre o nome do pai de Fernão de Magalhães, o navegador, torna quase inultrapassável que o pai chamava-se Rui de Magalhães.
Outro estudo de António Baião, "A questão da naturalidade de Fernão de Magalhães - Tramontano não, minhoto", Coimbra, Imprensa da Universidade, 1921, penso que foi o primeiro a falar no processo do Lourenço de Magalhães e suas consequências na filiação e naturalidade de Fernão de Magalhães, mas não menos importante, foi o primeiro a transcrever o dito processo do Arquivo Geral das Indias (em apêndice), com todas as inquirições às testemunhas (boa bica para o António Taveira).
Com os melhores cimprimentos,
Ângelo da Fonseca
PS: O livro que refere, do José Manuel Garcia (2007), também o comecei a ler na BN e a tirar algumas fotocópias, mas achei-o tão interessante que o comprei logo numa livraria vizinha da BN.
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RE: Martim de Mesquita
Cara Susy Almeida:
Há uns tempos atrás já lhe tinha referido a obra de José Manuel Garcia. Parece-me de leitura obrigatória e fundamental para se perceber o contexto da viagem de Fernão de Magalhães.
Esclarecendo o assunto sobre Martim de Mesquita que lhe terá causado confusão:
Há um Martim de Mesquita, dito de Extremoz como Álvaro de Mesquita, que é dito "sobrinho" de Fernão de Magalhães e que o acompanha na viagem, regressando com seu parente Álvaro de Mesquita na nau S. António. Eu admiti ser o mesmo Martim de Mesquita, referido mais tarde como sendo um dos primeiros conquistadores da Nova Espanha. Parece que me enganei. Serão distintos. O Martim de Mesquita do México, já andaria por Cuba em 1518, é dito natural de Sevilha, filho de Juan de Mesquita e de Catalina Munoz.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Fernão de Magalhães filho de Rui de Magalhães
Caro Ângelo da Fonseca:
Quase um século antes de António Baião, em 1837, Martim Fernandes de Navarrete na sua obra “Viagens e Descobrimentos que fizeram por mar os espanhois", fala no processo de Lourenço de Magalhães.
Obrigado pela informação que me dá das transcrições das testemunhas do dito processo.
Cumprimentos,
António Taveira
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RE: Fernão de Magalhães filho de Rui de Magalhães
Caro António Taveira,
É um facto, eu devia ter explicitado que me referia aos autores portugueses. Aliás, o António Baião no artigo "Fernão de Magalhães: Dados inéditos para a sua biografia, AHP, vol. III, 1905", cita diversas vezes o autor espanhol Fernandez de Navarrete e diz mesmo que num artigo que ele, Baião, escrevera no ano anterior e fora publicado na mesma revista (Arquivo Histórico Português, vol. II, pág. 321) tinha errado sobre o valor de moradia que recebia Fernão de Magalhães, induzido pelo que o Navarrete tinha escrito no tomo IV da sua "Coleccion de los viages" e que lhe parecia fonte segura, tanto mais que ele se reportava (vol. IV, pág. LXXIII) a uns extractos feitos por Munõz dos livros das "Moradias da Casa Real Portuguesa".
Porque o referido artigo do António Baião, vem corrigir aquele erro e apresenta dados biográficos inéditos do grande Navegador, aproveito a deixa para dar mais algumas passagens, para quem ainda não o leu.
Assim, continua Baião, "... enganavamo-nos, como tinha sido enganado Fernandez de Navarrete e como se têm enganado todos os escritores que o têm seguido" porque o Fernão de Magalhães que era referido, afinal, não era o grande navegador, facto já notado pelo autor inglês lord Stanley of Alderley no seu livro "The first voyage round the world by Magellan" e mais adiante diz que "vivendo os dois Fernãos de Magalhães na mesma época, tendo ambos moradia na casa real, nada admira que Fernandez de Navarrete os confundisse. O que lhe sucedeu, sucederia a qualquer outro que não possuisse o seguro fio da meada."
De facto, percorrendo-se os livros de Moradias da Casa Real da época, haviam 3 assentos de moradias e respectivos recibos relativos a um Fernão de Magalhães filho de Pedro de Magalhães, em que o último não era do conhecimento de Navarrete, mas sim do lord Alderley, e referindo-se a moradia a 1523 e tendo sido recebido em 1525, nunca se podia tratar do grande navegador Fernão de Magalhães, que falecera em Abril de 1521 !
Como já disse no post anterior, isto resolvia satisfatoriamente a suposta discordância sobre o nome do pai de Fernão de Magalhães, entre documentos da Torre do Tombo (moradias) e os documentos do Archivo General de Indias (processo do Lourenço de Magalhães).
Depois continua Baião "não basta destruir, importa mais que tudo edificar. Negar o que é falso já é muito, mas poder afirmar a verdade, é tudo." e referindo que, embora grande parte dos livros de assentos das Moradias da Casa Real estejam desaparecidos, felizmente havia memória de muitos mandados devido a um manuscrito precioso de Gaspar Álvares de Lousada, escrivão da TT no séc. XVII, que se encontrava na BN, conhecido por Summarios de Lousada que consultou e que "é aí que se encontra a verdadeira notícia da moradia do grande navegador, a qual era de 1250 reais por mês e alqueire de cevada por dia, como cavaleiro fidalgo dél rei, inferior à que tinha o seu homónimo, filho de Pedro de Magalhães, com quem o confundiram (Sum. I). Também dos documentos sumariados por Lousada resulta que o genial Fernão de Magalhães esteve dez meses em Azamor no ano de 1514 (Sum. I), e que o seu homónimo filho de Pedro Magalhães ainda era vivo em 1540 (Sum. IV), que era casado com Joana de Sousa, criada da rainha (Sum. II), e que por esse tempo, existia também outro fidalgo, chamado Fernão de Magalhães, morador em Tomar (Sum. V). Ainda sobre a sua estada em Azamor podemos dizer que entre a gente de que era capitão Ayres Telles estavam como cavaleiros, Fernão de Magalhães e Duarte de Sousa, nome que como adiante se verá, corresponde ao de seu irmão, e provavelmente era ele (TT, maç. 4º, nº 2 das Listas da gente de guerra).
E depois continua com várias outras referências terminando com o longo processo contra Pedro Annes Abraldez e depois o pai deste por falta do pagamento dum empréstimo contratado em Cochim, para terminar dizendo "o que não era, porém, nada de prever é o seguinte dado auto-biográfico que nos dá Fernão de Magalhães, que muito propositadamente reservámos para o fim, quando no libelo ele confessava ser pessoa que em Cochim negociava com mercadores, emprestando-lhes dinheiro para empregarem em fazendas, de cujo ganho Fernão de Magalhães, tinha metade, que seria, pouco mais ou menos, dez por cento do capital."
Trata-se portanto de um artigo de grande valia, pelas correcções e ppelas partes inéditas, a que acresce o facto de ter as transcrições de todos os documentos da TT (Moradias CR e Corpo Cronológico) e da BN (Sumários de Lousada) necessários à exposição.
Nota: no Summario I, para além do mandado relativo ao pagamento a Fernão de Magalhães de moradia relativo a 9 meses (6 meses de [15]15 mais 3 meses de 1516 em Azamor, etc.), é referido "no maço 46 está outro em que lhe chama filho de Rui de Magalhães e que serviu dez meses em Azamor no ano [15]14", que reforça a filiação dos documentos de Sevilha.
Sobre o outro artigo de António Baião que traz o processo do Lourenço de Magalhães diz ele "... Despachada a sua petição em Outubro de 1567, temos presente a cópia do respectivo processo extraída do arquivo geral das Índias em Sevilha - processo até agora completamente desconhecido em Portugal. Nota 1: foi parte publicado pelo sr. Toribio de Medina a pág. 356 do tomo I da sua "Coleccion", obra que não conseguimos encontrar. Por isso pedimos a sua cópia para Sevilha e aqui a publicamos em apêndice."
Já agora, quando referi que a existência deste apêndice era uma "boa bica para si" queria dizer "boa dica ...", e fi-lo, porque numa mensagem anterior, tinha dito que nunca tinha visto tal processo.
E já me alonguei de mais.
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Sumários da TT de Gaspar de Lousada na BNP
Cara Susy Almeida,
Em complemento do meu post anterior, volto aqui para informar que avancei um pouco mais na localização dos Sumários de Lousada na BNP.
Efectivamente, tendo encontrado na BN (on-line) a referência "Os manuscritos de Lousada na Biblioteca Nacional", António Machado de Faria, Lisboa, Bertrand, 1934, cota P. 16522 V., não resisti e fiz esta tarde uma breve visita à BN , para consultar a obra, tendo confirmado que a obra descrevia os diversos trabalhos de Gaspar Álvares de Lousada, alguns originais outros cópias, existentes na secção de manuscritos da BNP.
Entre a descrição destes trabalhos estavam felizmente os Sumários relativos aos cinco tomos / cartapácios que António Baião referiu no artigo de 1905. Uns pertencem à colecção Pombalina e outros ao Fundo Geral, a saber:
I - Códice nº 269 da Colecção Pombalina
II - Códice nº 1102 do Fundo Geral
III - Códice nº 1105 do Fundo Geral
IV - Códice nº 1106 do Fundo Geral
V - Códice nº 1107 do Fundo Geral
Todos estes tomos, à semelhança dos restantes manuscritos na BN, têm de ser consultados na Secção de Reservados, que infelizmente entretanto encerrara.
A obra de António Machado de Faria, tem um interessante índice onomástico que permite encontrar com facilidade os tomos e páginas onde os diferentes apelidos vêm tratados.
Espero que a informação seja útil a quem investiga estes temas.
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Sumários da TT de Gaspar de Lousada na BNP
Caro Ângelo,
segue uma ligação, que por certo interessará aos estudiosos da matéria.
http://www.wdl.org/pt/item/3082/
Com os melhores cumprimentos,
Henrique Dias
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RE: "Diário da Viagem de Magalhães" de António Pigafetta
Caro Henrique Dias,
Embora eu já conhecesse o site da Biblioteca Digital Mundial e a bela obra "Diário da Viagem de Magalhães" de António Pigafetta que indicou, aqui ficam os agradecimentos, pela sua útil lembrança.
Tenho continuado as minhas leituras relativas a Fernão de Magalhães, nomeadamente das fontes mais antigas que só consegui encontrar na BN.
Infelizmente, as conclusões dessas leituras excluem o Fernão de Magalhães de Figueiró dos Vinhos / Pedrógão Grande, como o grande Navegador, porque este tem pais distintos e nunca casou e viveu na Madeira como indicam as fontes da hipótese da região das 5 Vilas.
Por agora é tudo.
Um abraço,
Ângelo da Fonseca
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RE: "Diário da Viagem de Magalhães" de António Pigafetta
Caro Ângelo da Fonseca,
agradeço-lhe a sua resposta, e devo dizer que para mim o importante é que se reponha a verdade dos factos.
O que eu sempre lamentei, foi que a genealogia de uma figura tão relevante da história nacional, fosse tão mal conhecida de todos nós.
É claro que quando se começa uma investigação, qualquer que seja, todas as hipóteses devem ser consideradas inicialmente. E depois, com o decorrer da mesma, umas irão somando pontos e outras perdendo, mas o fundamental é que a verdade venha ao de cima, e para isso é essencial que o investigador se dispa de todo e qualquer preconceito.
Bem hajam, a todos os que estão empenhados em fazer luz acerca deste assunto.
Um abraço,
H. Dias
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro Ângelo Macedo,
Nesta sua abordagem referiu a existência de um documento, na obra de António Baião, onde justifica que a associação que fazem de Fernão de Magalhães ao Pedro de Magalhães, como sendo seu filho, não dispõe de grande nexo. Queria-lhe pedir se não me conseguiria facultar essa informação, quer seja através da citação do documento ou da digitalização do mesmo. É que lamentavelmente moro longe da biblioteca nacional e da torre de tombo e, não me é possível aceder a essa obra.
O meu e-mail é susyalmeida@gmail.com.
Desde já agradeço.
Com os melhores cumprimentos,
Susy Almeida
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Estimada Susy Almeida,
Dê uma vista de olhos à sua caixa de correio e diga-nos se gostou do artigo.
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida,
Embora, nesta altura, a Susy já tenha lido o artigo que me pediu, fica aqui a informação para outros interessados que a minha mensagem http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=243101#lista neste tópico já tinha a transcrição das partes principais do artigo.
Já agora, pedia-lhe que nos deixasse a sua opinão sobre as conclusões do António Baião, autor do artigo.
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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Texto de António Baião
Caro Ângelo da Fonseca,
Antes da mais queria-lhe agradecer o envio do texto do António Baião. De facto este investigador tocou num ponto fulcral, indo contra teorias dos autores que teimam em afirmar que o nosso Fernão de Magalhães era filho de Pedro de Magalhães. Um autor que conduz a sua investigação de modo a defenir Fernão de Magalhães como possível filho de Pedro de Magalhães ou de Lopo de Magalhães é Manuel Villas Boas, na sua obra "Os Magalhães".
No entanto, eu sou um bocado persistente e acredito que as inquirições de Lourenço de Magalhães têm bastante credibilidade. Assim sendo, continuo a achar que os investigadores deveriam conduzir as suas investigações de acordo com estas inquirições e analisar a possibilidade de Fernão de Magalhães ser filho de Rui de Magalhães.
Cumprimentos,
Susy Almeida
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RE: Posição de Manuel Villas Boas, na sua obra "Os Magalhães"
Cara Susy Almeida,
Agradeço a sua resposta, com a qual concordo.
Gostei muito de ler "Os Magalhães" de Manuel Villas Boas, que é um estudo muito extenso sobre os Magalhães e está escrito de forma muito agradável, sendo inevitavelmente uma obra de referência para esta temática.
Contudo, por muito que tenha apreciado a obra, não posso deixar de discordar do autor, no que diz respeito ao estudo da Geneologia dos Magalhães em geral e do Fernão de Magalhães em particular, por se ter baseado fundamentalmente no NFP de Felgueiras Gaio, quando à data da publicação, em 1998, já eram do conhecimento dos investigadores muitos trabalhos publicados sobre o Fernão de Magalhães por reputados historiadores e genealogistas, como o artigo que referi do António Baião, que fundamentadamente colocavam em cheque a filiação do navegador, que o autor resolveu defender.
À luz dos conhecimentos actuais a filiação de Fernão de Magalhães em Rui de Magalhães é a mais segura e coerente, tanto com os documentos da Torre do Tombo (moradias) como com os documentos do Archivo General de Indias (processo do Lourenço de Magalhães).
Cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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Mãe de Fernão de Magalhães - Mesquita ou Sousa?
Caro Ângelo,
Como bem sabemos, as dúvidas relativamente aos familiares de Fernão não se limitam ao nome do seu pai, até porque acredito que esta questão já esteja esclarecida, existem também teorias distintas para o apelido da sua mãe - Sousa ou Mesquita.
O nome Sousa vai ao encontro das armas de Fernão e dos apelidos dos seus irmãos. Mesquita, por conseguinte, justifica a pertença de Álvaro de Mesquita e de Martim de Mesquita à família de Fernão. Gostaria de saber qual a teoria que defende? Eu, particularmente, estou mais direccionada para o nome Mesquita pois, para além do nome Sousa já constar entre os seus antepassados, nomeadamente através do matrimónio entre João de Magalhães e D. Isabel de Sousa, a quem poderá ter sido atribuido o brasão dos Magalhães e Sousa, considero que sendo sua mãe apelidada de Mesquita tornaria mais fácil entender a entrada desta estirpe na família dos Magalhães
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RE: Mãe de Fernão de Magalhães - Mesquita ou Sousa?
Cara Susy Almeida,
Efectivamente, se do lado do pai as coisas estão quase clarificadas na pessoa de Rui de Magalhães, já do lado da mãe temos um problema ainda em aberto, longe de estar terminado.
Neste tópico há boas análises sobre a evenual ligação do Rui de Magalhães aos Mesquitas de Vila Real, em especial do nosso confrade António Taveira, que muito prezamos.
Nesta fase, ainda de dúvidas, a minha opinião anda perto da sua e da do António Taveira, pois sigo o que diz o Manuel Abranches de Soveral e outros autores de trabalhos sobre os Magalhães, considerando como mais provável ter sido Alda de Mesquita a mãe do grande Navegador.
Resumidamente, de acordo com o que tenho no meu site, seria:
Diogo Afonso de Magalhães, alcaide-mor do castelo da Nóbrega ca 1370-ca 1440 &ca 1389 Inês Vasques de Urrô, senhora do couto de Rebordões ca 1370-ca 1425
1. Afonso Rodrigues de Magalhães, senhor do couto de Rebordões ca 1390 & Guiomar de Pina
2. João de Magalhães, Senhor de Ponte da Barca ca 1400 & Isabel de Sousa ca 1390
2.1. Fernão de Sousa de Magalhães, Alcaide-mor de Ervedelo & Isabel Barbosa
2.1.1. Inês da Silva Magalhães & Garcia Álvares Pereira
2.1.1.1. João Garcia Pereira, em estudo 1440/1450-1519/ &ca 1470 Isabel Pereira Sarmento
2.1.1.1.1. Gaspar Garcia Pereira Sarmento, FCR ca 1480-1568/
2.2. Isabel de Sousa ca 1435 & Diogo de Azevedo, Senhor do Couto de Azevedo ca 1420-1514
2.2.1. Diogo de Sousa de Azevedo, Abade de Merlim ca 1470 & Felipa Dias
2.2.1.1. Felipa Dias de Azevedo & Francisco de Carvalho
2.2.1.1.1. Diogo de Carvalho, FCR
3. Gil Afonso de Magalhães 1406-1470 & Mécia de Sousa
3.1. Fernão de Magalhães
3.2. Paio Afonso de Magalhães & Isabel Vaz de Sequeira
3.2.1. Rui Pais de Magalhães & N N
3.2.1.1. Paio Rodrigues de Magalhães & Felipa Pereira
3.2.1.1.1. Lourenço de Magalhães
3.2.2. Rui de Magalhães & Alda de Mesquita
3.2.2.1. Fernão de Magalhães & Beatriz Barbosa
3.2.2.1.1. Rodrigo de Magalhães
3.2.2.2. Diogo de Sousa
3.2.2.3. Isabel de Magalhães
3.2.2.4. Catarina de Magalhães & Antão Martins
3.2.2.4.1. Martim de Magalhães
3.3. Gil de Magalhães
4. Martim Gil de Magalhães 1407-1465
5. Maria de Magalhães
6. Francisca de Sousa
7. Isabel de Magalhães
Para já é o que posso dizer.
Cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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Mãe de Fernão de Magalhães - Mesquita ou Sousa?
Caro Ângelo Fonseca,
De facto a sua teoria faz todo o sentido e tem documentos que a sustentam, nomeadamente a inserção da Catarina de Magalhães e o Antão Martins na familia, a integração dos dados mencionados nas inquirições de Lourenço de Magalhães... Enfim, acho que com estes dados conseguiu resumir as sete gerações da familia de Fernão de Magalhães. Muito obrigada pelas suas informações.
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Gravura de "Fernão de Magalhães" em pedra RE: Mãe de Fernão de Magalhães - Mesquita ou Sousa?
Caros confrades,
Para quem ainda não viu deixo aqui uma novidade sobre Magalhães trazida por Manuel Rosa uns tempos atras.
"Na sua viagem à volta do mundo, Fernão de Magalhães fez o mesmo na ilha de Homonhon, nas Filipinas, deixando escrito na pedra FERNÕ MAGALHAES em 1521 (foto à direita) que passou despercebida por 4 séculos porque ninguém fora de Portugal sabia o que era um FERNÕ MAGALHAES."
Encontra-se meste artigo http://colombo-o-novo.blogspot.com/2009/03/pedra-que-serviu-de-padrao.html
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Assinatura de Fernão encontrada nas filipinas
Caro confrade,
Por muito interessante que possa ser a dita pedra, a imagem que Manuel Rosa nos traz, não é muito perceptivel. Não tem conhecimento de nenhum site onde foque melhor esta imagem?
Cumprimentos,
Susy Almeida
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RE: Assinatura de Fernão encontrada nas filipinas
A história da gravura de Magalhães vem aqui http://redmoosegirl.fxfhosting.co.cc/rolborr/magellanrock.html
Para quem não saiba ler Inglês, o artigo diz que a dita pedra foi roubada e ninguém sabe o seu paradeiro.
De certo que se Magalhães fosse um cidadão de Espanha que o governo espanhol já teria feito o possível para a encontrar.
Mas por cá os interesses são diferentes........
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RE: Mãe de Fernão de Magalhães - Mesquita ou Sousa?
Caro Ângelo da Fonseca,
como sabe a base de dados do Geneall tem algumas diferenças em relação aos costados que aqui colocou.
Por exemplo: no lugar do Diogo Afonso de Magalhães, tem o seu irmão mais velho, Gil Afonso de Magalhães.
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=22000
O que não corresponde á verdade, pois sabe-se que este Gil terá falecido solteiro e sem geração, tendo o irmão Diogo sucedido na quintã e torre de Magalhães e no couto de Fontarcada.
Depois não refere este Diogo Afonso de Magalhães, nem os restantes irmãos a saber: Froile Afonso Magalhães, Rodrigo Afonso Magalhães e Lopo Rodrigues de Magalhães.
E nos filhos de Gil Afonso de Magalhães (que em boa verdade são filhos de Diogo Afonso de Magalhães), aparece curiosamente um Diogo Anes de Magalhães c.c. Desconhecida e sem descendência?
Bom, por agora é tudo, mas aproveito para dizer que estou a pensar abrir um tópico sobre os Magalhães de Figueiró dos Vinhos e de Pedrógão Grande.
O que acha da idéia?
Um abraço amigo,
Henrique Dias
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RE: Mãe de Fernão de Magalhães - Mesquita ou Sousa?
Caro Henrique Dias,
É um prazer vê-lo por aqui novamente.
A propósito da sua informação, que desde já agradeço, aproveito para esclarecer que aquela árvore descendente de Magalhães foi retirada do meu site e aí, como saberá, por norma, apenas colecto os avoengos necessários às árvores da minha família ou de outros parentes e amigos aí presentes. Este aparente "desprezo" pelos colaterais, não é falta de consideração ou desconhecimento, mas resulta das minhas prioridades, da limitação de tempo, do tamanho das BD, etc. Sempre que há novas entradas de pessoas com entronques em ramos não presentes, acrescentam-se na altura e assim vai crescendo à medida das necessidades.
Deste modo, como imagina, não pretendo competir com o Geneall no número de entradas (com mais de 1 milhão de pessoas contra as minhas actuais 20 mil entradas que já me deram muito trabalho), mas pretendo que o pouco que estiver presente seja o mais sólido possível, o que é uma tarefa muito difícil e absorvente, pois não me limito a copiar o Felgueiras Gaio ou outro Nobiliário, que também uso, mas tento depurar tudo o que posso com outras obras, estudos, informações de amigos e confrades, fontes primárias, mercês, hab. S.O., hab. de Génere, etc, etc. Portanto, mesmo com a participação de muitas pessoas, de que o meu amigo é um exemplo, o site vai crescendo devagarinho.
Claro que, por razões particulares, em relação a alguns apelidos (p. ex. Figueiredos) e/ou em relação a algumas localidades (p. ex. Lousã, Alvares) tenho feito um esforço maior, contemplando muitos colaterais e não familiares, mas são a excepção.
Respondendo especificamente à sua questão dos Magalhães, embora estes possam vir a ser uma das excepções que referi, actualmente seguem a norma geral, pelo que encontrará muitos colaterais em falta e também significativas diferenças relativamente ao Geneall e às obras de referência que lhe dão suporte (Felgueiras Gaio, etc), porque os estudos que venho fazendo em vários casos estão mais próximos do ensaio sobre Magalhães feito por Manuel Abranches de Soveral, disponível em http://www.soveral.info/mas/Magalhaes.htm e de outras obras e artigos mais recentes que aqueles nobiliários. Além disto, como a dúvida a que respondi era sobre o nome da mãe de Fernão de Magalhães, não tinha cabimento uma árvore muito exaustiva de Magalhães.
Quanto à ideia do tópico sobre os Magalhães de Figueiró dos Vinhos e de Pedrógão Grande, parece-me bem, porque não choca com este tópico ou qualquer outro dos quase 150 tópicos alusivos a Magalhães e será um ponto de encontro para os interessados desse ramo da grande família dos Magalhães.
Um abraço amigo,
Ângelo da Fonseca
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RE: Mãe de Fernão de Magalhães - Mesquita ou Sousa?
Caro Ângelo da Fonseca,
Obrigado pela sua resposta sempre esclarecedora, como aliás, já nos habituou.
Mas quando eu disse que não referia aqueles colaterais, estava-me a referir ao Geneall e não ao seu site que conheço muito bem, e a ele recorro com frequência para consolidar os meus dados.
É claro que não é possivel competir com o Geneall, mas o que é possível é sugerir as correcções (pelo menos no caso destes irmãos que eu referi), pois muita gente aqui vem "beber, considerando estes dados como correctos. Eu no entanto não me sinto muito capacitado para o fazer, uma vez que as páginas em questão estão bem recheadas de fontes.
Quanto à idéia do tópico era (como diz) no sentido de criar um ponto de encontro para os Magalhães desta região, e onde eu pudesse colocar o resultado das minhas pesquisas.
Mas como as pesquisas ainda estão a decorrer, e o vagar não é muito, será mais um daqueles projectos que esperam por melhores dias.
Mas, entretanto, estou enviando esses dados para publicação na base do Geneall, que como sabe, é um processo extremamente moroso.
Mas o que não há dúvida é que a população de Figueiró dos Vinhos está a crescer, pelo menos na base de dados do Geneall...
Com os melhores cumprimentos,
Henrique Dias
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RE: Posição de Manuel Villas Boas, na sua obra "Os Magalhães"
Caro Ângelo da Fonseca,
Estou muito agradecido pelo material que me fêz chegar via e-mail, ao qual eu não tinha acesso, e por isso muito apreciei. Agradeço também o convite que me fêz chegar. Farei os possíveis por estar presente, e esperemos que amanhã se possa acrescentar algo mais, ao que já é do conhecimento geral.
Curiosamente, à alguns dias atrás na Agenda do Geneall, assinalava-se o 489º aniversário da morte do "nosso" herói. E isso levou-me a dar uma olhadela na bd (para ver se haveria alguma actualização nos seus relaccionamentos), e acabei por vir parar aqui ao tópico, aproveitando para o reler de uma ponta a outra, e verificar que o mesmo já conta com informação de elevada qualidade.
Mas, quando estava a ler aqui as suas respostas à confrade "Susy Almeida", nomeadamente acerca de António Baião, verifiquei que este Senhor demonstrou um elevado interesse nesta temática do Fernão de Magalhães, e nela se empenhou, designadamente com a publicação dos seus trabalhos:
Arquivo Histórico Português, vol. II, Lisboa, 1904.
"Fernão de Magalhães: dados inéditos para a sua biografia", Arquivo Histórico Português, vol. III, Lisboa, 1905.
"A questão da naturalidade de Fernão de Magalhães - Trasmontano não, minhoto", Coimbra, Imprensa da Universidade, 1921
Ele próprio afirmou "sentir simpatia e admiração profunda" por essa figura da nossa história. E como se pode verificar, o seu interesse nessa figura manteve-se ao longo da sua vida, pois o primeiro trabalho foi publicado em 1904, quando tinha apenas 26 anos, e o último aos 43 anos.
Como se sabe ele foi Membro da Academia Portuguesa de História, e julgo que também foi genealogista e autor da monografia "A Vila e Concelho de Ferreira do Zêzere", terra de onde era natural.
Durante 40 anos (1908/1948), foi Director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, e nessa qualidade teve uma posição previligiada de acesso às fontes para a realização de seus estudos, tendo verificado a discordancia e até o desaparecimentos de algumas delas.
E estava eu pensando no facto de ele ser natural de um concelho visinho de Figueiró dos Vinhos, quando me recordei de em tempos ter aberto um tópico acerca do Conselheiro José Eduardo Simões Baião,
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=228336
tio paterno do Dr. António Eduardo Simões Baião,
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=549143
onde o confrade Paulo Alcobia Neves, gentilmente colocou dados sobre a sua ascendência, e onde se pode verificar que António Baião tem suas raízes na Arega, Figueiró dos Vinhos.
Fui então à base de dados verificar se a sua ascendência já se encontrava mais desenvolvida, (pois como sabe interessa-me tudo o que gire à volta das Cinco Vilas), e verifiquei que estava tudo na mesma.
Mas por sua vez, deparei com um facto extremamente interessante que não quero deixar de aqui referir. É que a mulher de António Baião é "Magalhães Barros", e por essa razão os seus descendentes têm direito à bolinha azul, pois nas suas veias corre o sangue dos Magalhães de Ponte da Barca.
Com efeito, verifiquei que a mulher de António Baião descende de Gil Afonso de Magalhães (irmão do 1º Senhor de Ponte da Barca) ao passo que a sua cunhada c.c. o seu irmão José Augusto, descende de Fernão de Magalhães, o Velho (meio irmão do dito Senhor de Ponte da Barca).
São apenas factos curiosos que eu aqui deixo registados, mas, sinceramente, creio que o profundo interesse de António Baião neste tema, não é de todo inocente, podendo ter aqui, de certo modo, a sua explicação.
om os melhores cumprimentos,
Henrique Dias
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RE: Posição de Manuel Villas Boas, na sua obra "Os Magalhães"
Caro Henrique Dias,
Gostei das novidades que deu sobre o António Baião, que agradeço, e que, de facto, explicam melhor o interesse dele nos Magalhães.
Posso concluir que estando ele "ligado" às Cinco Vilas e tendo defendido como pai do Navegador outro diferente do "progenitor de Figueiró dos Vinhos", como defendeu Gaio e Manuel Villas Boas, é mais um factor de isenção e credibilidade dos seus estudos, aliás, como lhe obrigava a sua posição de Director do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.
Gostaria de o alertar para que lhe enviei apenas informação sobre uma apresentação na SGL ( baseada num convite endereçado a um amigo) e não um convite, pelo que convém saber primeiro se a sessão é aberta ao público.
Um abraço,
Ângelo da Fonseca
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RE: Posição de Manuel Villas Boas, na sua obra
Caro Ângelo da Fonseca,
obrigado pela sua resposta.
Acabei agora mesmo de confirmar, e a sessão é aberta ao público em geral, pelo que (embora um pouco em cima da hora) aqui reproduzo o respectivo convite:
O Presidente da Sociedade de Geografia de Lisboa tem a honra de convidar V. Ex.ª e sua Exma. Família a assistirem à conferência promovida pelas Secções de Antropologia e de História, que terá lugar no dia 17 de Maio de 2010, pelas 18h00, na Sala Algarve, sob o seguinte tema:
"Os 490 anos da Descoberta da Passagem do Sudoeste por Fernão de Magalhães"
São oradores os Senhores: Eng. José Mattos e Silva e Eng. António Mattos e Silva.
Rua das Portas de Santo Antão, 100 1150-269 LISBOA Telf: 21 3425401/5068 (Metro dos Restauradores)
e-mail: geral@socgeografialisboa.mail.pt
Com os melhores cumprimentos,
H. Dias
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Conferência sobre Fernão de Magalhães
Caro Ângelo da Fonseca,
Antes de mais gostava de lhe agradecer o facto de me ter enviado o convite para a conferência sobre o nosso ilustre navegador. Lamentavelmente, por motivos profissionais, não pude estar presente. É que mesmo a conferência sendo em horário pós-laboral, é extremamente dificil me deslocar do norte ao centro do país em tão pouco tempo.
Obvio que, não me sendo possível estar presente, tenho imensa curiosidade cientifica para saber quais as informações transmitidas no decorrer desta conferência.
Será que não me poderia facultar essas informações?
Atentamente,
Susy Almeida
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RE: Conferência sobre Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida,
Para isso, sugiro-lhe que vá seguindo o tópico que abri sobre o assunto em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=254865#lista .
Também tem lá indicação de como obter a informação escrita da conferência, que penso que iria gostar de ler independentemente das conclusões aí expressas.
Cumprimentos,
Ângelo da Fonseca
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Dia 22 de Julho Mesa Redonda sobre Fernão de Magalhães 18.00h na SGL
Caros confrades.
Para vossa informação
Dia 22 de Julho Mesa Redonda Fernão de Magalhães 18.00h na Sociedade de Geografia de Lisboa e no quadro das actividades das Secções de História, Heráldica e Antropologia e a Comissão de Relações Internacionais.
Serão oradores:
Eng. José Mattos e Silva e seu irmão Dr. António Mattos e Silva;
Almirante Alexandre Fonseca;
Comandante Mendes Quinto;
Dr João Abel da Fonseca.;
Dr. Ângelo Queiroz da Fonseca, genealogista;
Arq. Segismundo Ramires Pinto.
(http://seccaodehistoriasgl.blogspot.com/)
Cumprimentos
Ricardo Charters d'Azevedo
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Cara Susy Almeida:
Gostava de lhe enviar uma pequena obra que editei sobre a naturalidade de Fernão de Magalhães. Afinal, uma parte importante da descoberta que publico, fico-lha a dever a si. Não sabia da possibilidade da consulta dos Arquivos espanhois pela net.
Após essa consulta, passei a encarar as provanças de outra maneira. Foram também determinantes ouros textos examinados.
Com os melhores cumprimentos,
António Taveira
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro António Taveira,
Fico contente por ter contribuído de alguma forma para a realização da sua investigação, a qual acredito ser extremamente útil para a comunidade cientifica.
Deixo-lhe aqui a minha morada:
Susy Paula Souto Almeida
Urbanização Encosta do Vade bloco 4, 1º esq
Lugar da Santinha - Paço Vedro de Magalhães
4980 Ponte da Barca
Fico a aguardar ansiosamente a recepção da sua obra.
Com os melhores cumprimentos,
Susy Almeida
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro confrade António Taveira,
estive no passando dia 22 na SGL para assistir ao "Colóquio/Debate" sobre o Fernão de Magalhães, que infelizmente se ficou apenas pelo colóquio. Mas tive oportunidade de ouvir a sua brilhante intervenção, embora não tivesse ficado devidamente esclarecido, como gostaria, devido aos condicionalismos da sala, bem conhecidos de todos aqueles que lá estiveram.
Creio que o tema não estará esgotado, havendo por isso lugar para outros colóquios, se possível com debate.
A Sala Algarve da SGL era de facto um lugar interessante para estes eventos, com aquele mapa mundo gigantesco alusivo às epopeias marítimas dos portugueses, e com a estatuária dos maiores navegadores nacionais, se não fosse o facto das más condições de som e imagem de que está dotada, para não falar no facto dos funcionários não poderem fazer horas extraordinárias. Devem ser os efeitos da crise, mas não deixa de ser lamentável, pois aquando da primeira Conferência de 17 de Maio, o moderador era o mesmo, e já se sabia deste constrangimento, por isso deveria ser mais exigente na atribuição dos tempos a cada orador, a bem do princípio da igualdade. E isto não aconteceu, pois deixou os da casa falarem exageradamente, prejudicando o que falou em último lugar, (neste caso o caro confrade), e matando por completo o debate.
Também há uma falha muito grande a apontar àquela sala, pois creio que hoje em dia ninguém duvida que o Fernão de Magalhães tem lugar entre os maiores navegadores, todavia não parece ser esse o entendimento da SGL, pois o "nosso" Fernão não tem lá assento. Aliás isto é um pouco o reflexo do que se passa pelo país fora, e demonstra como esta notável figura da nossa história foi tão mal amado das autoridades deste país.
Um dos exemplos que lá se falou foi o da estátua do navegador da Praça do Chile em Lisboa, oferta do Governo desse país a Portugal...
Creio que já é tempo de fazermos as pazes com o Fernão.
Lamento, também, que não tenha sido anunciado pela mesa, a existência dos exemplares com o resumo das suas investigações destinadas aos assistentes interessados.
Estou naturalmente interessado quer no resumo, quer da obra final quando vier a lume, por isso ficaria deveras agradecido se me pudesse enviar (à cobrança) para:
Henrique José Simões Dias
R. Pe. Manuel Duarte, nº 4 1º Dt
2626-173 PÓVOA DE SANTA IRIA
Sem outro assunto de momento,
receba os melhores cumprimentos de,
Henrique Dias
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RE: Naturalidade de Fernão de Magalhães
Caro confrade António Taveira,
rectifico o meu código postal que é 2625-173 e não como disse acima,
desde já lhe agradeço,
Henrique Dias
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Fernão de Magalhães na RTP2
Caros Confrades,
acabei de ver à pouco, o primeiro de 8 episódios que a RTP2 está transmitindo sobre a vida deste grande navegador.
Creio tratar-se de uma produção de 2008, intitulada "NOS PASSOS DE MAGALHÃES".
Gonçalo Cadilhe seguiu a vida e as viagens de Fernão de Magalhães, o maior navegador português da História da Humanidade.
Ao longo de sete meses, percorrendo 15 países e atravessando três oceanos, Gonçalo Cadilhe seguiu a vida e as viagens de Fernão de Magalhães, o maior navegador português da História da Humanidade. Da luminosidade equatorial das ilhas Molucas ao vento gelado da Patagónia, dos caminhos medievais de Espanha aos monumentos coloniais das Filipinas, da Lisboa de D. Manuel I ao Marrocos português de quinhentos, seguimos Gonçalo Cadilhe numa moderna e trepidante volta ao mundo. Com a imprescindível mochila às costas e o polegar estendido, apertado nos autocarros precários do terceiro mundo ou sentado em tascas onde o prato do dia é cão esquartejado com molho de malaguetas, Gonçalo Cadilhe propõe-nos um documentário algures entre um programa de viagens e um programa de História universal, com uma abordagem divertida, despretensiosa e informada. A versão televisiva “Nos Passos de Magalhães” resultou de uma ideia de Daniel Deusdado e Nuno Artur Silva, a partir da viagem desenhada por Gonçalo Cadilhe. Uma expedição que se tornou numa singular série televisiva de oito episódios nunca antes realizada. Cinco séculos depois, o feito de Magalhães continua – apesar de considerado um dos mais notáveis de toda a história da navegação – relativamente pouco explorado. Gonçalo Cadilhe segue a rota do navegador, mostra as terras e as gentes que ele terá visto e revela-nos quem era o homem que realizou a primeira viagem de circum-navegação.
Neste Episódio:
Fernão de Magalhães descobriu a metade desconhecida do mundo. Siga Gonçalo Cadilhe numa moderna volta ao mundo, nos passos da primeira realizada. Da Lisboa manuelina às Ilhas das Especiarias, os factos, as lendas e os mistérios da vida de um dos maiores navegadores da História.
Henrique Dias
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RE: Fernão de Magalhães na RTP2
Caros Confrades,
segue a descrição dos oito episódios e dos dias em que serão transmitidos pela RTP2, sempre pelas 19:00 horas.
1º Episódio (11.08.2010)
Fernão de Magalhães descobriu a metade desconhecida do mundo. Siga Gonçalo Cadilhe numa moderna volta ao mundo, nos passos da primeira realizada. Da Lisboa manuelina às Ilhas das Especiarias, os factos, as lendas e os mistérios da vida de um dos maiores navegadores da História.
2º Episódio (12.08.2010)
Em 1505, o jovem anónimo soldado Fernão de Magalhães embarca na armada que inaugura a pretensão de erguer um império português no Índico. O nome de Magalhães sai do anonimato na conquista e colonização de algumas cidades da costa oriental africana. E nós vamos conhecê-las.
3º Episódio (13.08.2010)
Durante sete anos, Magalhães vive no Oriente ao serviço de D. Francisco de Almeida e de Afonso de Albuquerque. Participa na batalha de Diu, no reconhecimento de Malaca, na fundação de Goa. Visitamos estas geografias encantadas e perceber o que resta hoje desse império português.
4º Episódio (16.08.2010)
Depois de vários anos no Oriente, Magalhães combate em Marrocos, desentende-se com D. Manuel, abandona Portugal e exila-se em Espanha. Siga Gonçalo Cadilhe por algumas das cidades mais bonitas de Marrocos e de Espanha na decisão que mudou a História dos Descobrimentos.
5º Episódio (17.08.2010)
Onde se encontravam as míticas Ilhas das Especiarias? O que continham as cartas de Francisco Serrão em Ternate? Que argumentos usou Magalhães para convencer o rei de Espanha a financiar uma expedição aos confins do planeta? As respostas com GC numa viagem desde Tordesilhas às Ilhas Molucas, a meio mundo de distância.
6º Episódio (18.08.2010)
Magalhães parte pelo Atlântico à procura de uma passagem para o Pacifico. Com Gonçalo Cadilhe na América do Sul, do calor carioca ao Inverno na Patagónia, conheça as etapas, os motins, os dramas da primeira circum-navegação do Globo.
7º Episódio (19.08.2010)
Encontrado o estreito que liga o Atlântico ao Pacífico, Magalhães atira-se para uma dramática travessia por um oceano desconhecido. Quanto demora atravessá-lo? Magalhães pensa num par de semanas, afinal são necessários 4 meses. A Micronésia salva a tripulação de morrer de fome. E neste episódio vamos conhecer o Pacífico desde o estreito da Patagónia às ilhas da Micronésia.
8º Episódio (20.08.2010)
Quando Magalhães chega às Filipinas constata a verdadeira dimensão da Terra. E descobre uma verdade terrível. Será que Magalhães não pode regressar à Europa? Será que procura a morte na batalha de Mactan? Das Filipinas a Sevilha, Gonçalo Cadilhe regressa ao ponto de partida.
Henrique Dias
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