Colombo na documentação portuguesa quinhemtista

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Colombo na documentação portuguesa quinhemtista

#307648 | tmacedo | 07 jun 2012 12:20

Manuel Rosa,

http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=307632#lista

O seu aparente apelo "Busque-se documentos com o noem" [por nome] "do marido da Filipa Moniz em Portugal" só serve para distrair.

Em que fundos sugere que se procurem tais documentos ? Notariais de Lisboa ? Não existem. Judiciais ? Não há fundos do século XV. Chancelarias régias ? Já tudo foi pesquisado e nada aparece. Documentação do Mosteiro de Santos ? Nenhum documento se lhe refere. A documentação do Convento do Carmo ? Aqui haveria, muito provávelmente, mas a documentação da capela dos Monizes desapareceu [não sabemos em que circunstâncias, há cerca de 100 anos - coincidência, ou talvez não, na época em que começa a toléria do Colombo português] para desespero de Anselmo Braamcamp ... que não tinha dúvidas que Colombo era genovês.

António Taveira

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Colon ...RE: Colombo na documentação portuguesa quinhemtista

#307650 | kolon | 07 jun 2012 14:06 | Em resposta a: #307648

Caro António Taveira,

Diz o confrade que "Anselmo Braamcamp ... que não tinha dúvidas que Colombo era genovês." baseado em quê? Naqueles milhares de "variadíssimos autores coevos" que nem sabiam que o homem se chamava "Colon" e não Colombo? Baseado em séculos de invenção, desinformação e falsificações? Não admiro que Anselmo Braamcamp acreditasse que o Colon fosse um Colombo genovês, também assim eu acreditava em 1991 quando comecei a investigar para derrubar o Sr. Barreto. Afinal os Colombos eram genoveses, ninguém nega isso. Afinal todo o mundo disse que o Almirante era um Colombo, também ninguém nega isso.

O que todos não dizem é que o Almirante NUNCA se chamou Colombo e NUNCA disse de onde era.
E assim tudo aquilo que o mundo disse e diz não tem uma só gota de verdade no que toca ao Almirante Colon.

Nós estamos tentando desenrolar um embrulho construido em Portugal durante o reinado de D. João II.
Mas o confrade e os "seus" continuam a tentar que a verdade não chegue a ser descoberta com uma cega insistência de que a história estava correcta mesmo face a vários historiadores que após lerem o meu livro declararam que a história do "Colombo" era mesmo uma "história".

Todos os que foram além e leram dam a "história oficial" como impossível e inventada. Por isso não devemos perder mais um segundo nela nem no Colombo.

Devemos sim, de buscar entre os nobres portugueses da época os três irmãos que se mudaram para Castela e lá se distinguiram e iniciaram o novo tronco nobre dos "Colon"

Pergunta o confrade em que fundos se deve procurar os documentos do marido da Filipa Moniz.
Se eu soubesse lá estava agora mesmo procurando. O certo é que não o vai encontrar buscando pelo nome de "Colombo"

Vários investigadores portugueses deram a sua ideia de qual seria o nome verdadeiro do Almirante Colon em Portugal.

Salvador Gonçalves Zarco, Simão Palha, Sancho de Pedrosa, Segismundo Henriques...

Muito se tem feito nos últimos 6 anos para avançar com a documentação e discussão da verdade:
http://colombo-o-novo.blogspot.com/

Está agora prestes para comprar outro autor que pensa ter descoberto a verdade sobre a identidade:
«Cristóvão Colon - Nobre Português»
http://www.chiadoeditora.com/index.php?page=shop.product_details&category_id=0&flypage=flypage.tpl&product_id=669&option=com_virtuemart&Itemid=&vmcchk=1&Itemid=1

Para chegarmos à verdade basta encontrar referências pre-1484 ao marido da Filipa Moniz, e essa referência pode estar em vários lugares tal como pagamentos de dote, transferência de imóveis, lista de capitães de navios, redisentes na Madeira e Porto Santo, etc... O facto é que não sabemos porque não sabemos o seu verdadeiro nome e até aqui andámos em busca de um tecelão Colombo, que não existe nem mesmo poderia existir porque tecelões não casariam com nobres.

Por tudo isto, quando o confrade andar a passear pelos arquivos mantenha o olho aberto porque pode ainda vir a descobrir o verdadeiro nome do Almirante Colon.

Cumprimentos,
Manuel Rosa

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Colon ...RE: Colombo na documentação portuguesa quinhemtista

#307652 | tmacedo | 07 jun 2012 15:11 | Em resposta a: #307650

Manuel Rosa,

Papagueia, papagueia ... mas nada acrescenta a http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=307648#lista

A sua pergunta sobre o nome e naturalidade do marido de Filipa de Moniz chegou até nós, acima de qualquer suspeita, no processo de inquirição da Ordem de Alcântara de seu neto, ainda da primeira metade do século XVI: Cristobal Colon, natural de Génova ou Savona.

António Taveira

PS. Devo corrigir o que disse na mensagem de abertura do tópico. Enganei-me e, involuntáriamente, posso ter induzido outros em erro. O que se pode ter perdido não foi a documentação da capela dos Monizes mas as notas de Anselmo Braancamp sobre a dita capela e Colombo.
No prólogo do 2.º volume dos brasões, em 17 de Dezembro de 1921, escreve o seguinte:
"Fica-me uma grande saudade de não poder terminar esta segunda edição dos Brasões. Mas Deus assim o quiz ! São inúmeros oa apontamentos de novos documentos para ilustração da obra. O leitor bem o alcança comparando o que ficou escrito na primeira edição e o desenvolvimento dado à matéria na segunda edição.
Lastimo ficarem perdidos todos os apontamentos àcêrca da capela dos Monises na igreja do Carmo de Lisboa. Foram coligidos a pretexto do casamento de Felipa Monis com Cristóvão Colombo. Anexos a êles em apêndice ou nota iria uma grande colecção de documentos relativos aos Perestrelos. Mas tudo isto lá ficou perdido. Não entro em mais considerações; estou já num estado de abatimento muito profundo. Por isso terminarei".

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RE: Colombo na documentação portuguesa quinhemtista

#307656 | josemariaferreira | 07 jun 2012 16:10 | Em resposta a: #307648

Caro António Taveira


"...Documentação do Mosteiro de Santos ?..."

Mas qual é o Mosteiro de Santos que o confrade se refere?
Será aquele onde professou Isabel Perestrelo e se rezava pelas 5 Chagas de Cristo, aquele mesmo onde o padre António Vieira preferiu o sermão de Todos-os-Santos, ou outro???


Saudações fraternas


Zé Maria

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#307661 | kolon | 07 jun 2012 17:10 | Em resposta a: #307652

Caro António Taveira,

Diz o confrade que para si a "pergunta sobre o nome e naturalidade do marido de Filipa de Moniz chegou até nós, acima de qualquer suspeita, no processo de inquirição da Ordem de Alcântara de seu neto, ainda da primeira metade do século XVI: Cristobal Colon, natural de Génova ou Savona."

Mas era de Génova ou de Savona?
Não sabe pois não?

É que ser-se natural de Savona não era o mesmo que ser-se de Génova nem ser-se natural de Génova era o mesmo que ser-se de Savona.
Ainda alerto que era a Ordem de Santiago e não de Alcântara.
Mas o confrade insiste em ser vesgo com a documentação. O Diego Méndez que deu tal testemunho fazia parte da conspiração de encobrir a identidade do Almirante.
O tal Diego Méndez de Segura (em Portugal) filho adoptivo do Conde de Penamacor era um mentiroso que vicia em Espanha como "português" mas que era de facto Diego Méndez de Zamora (em Espanha) e que toda a sua vida espanhola mentiu sobre sua identidade. Apenas à beira da morte decidiu revelar a verdade sobre si.

No final o Diego Colón, neto do 1º Almirante, pelo que eu li foi negado entrar na Orden de Santiago....

E agora sobre:
"Mas tudo isto lá ficou perdido. Não entro em mais considerações; estou já num estado de abatimento muito profundo. Por isso terminarei".-Anselmo Braancamp

Quem sabe se como o António Ferreira de Serpa, que foi mandado calar pelo governo de Salazar, (http://pt.wikipedia.org/wiki/António_Ferreira_de_Serpa) quem sabe se o Anselmo Braancamp não sofreu do mesmo mal?
Graças a Deus que vivemos em democracia e podemos hoje escrever sem ser-mos censurados.
E podemos ler também sem sermos censurados... para quem gosta de ler. Claro.

Manuel Rosa

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Colon ...RE: Colombo na documentação portuguesa quinhentista

#307663 | tmacedo | 07 jun 2012 17:27 | Em resposta a: #307661

Manuel Rosa,

http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=307661

Pergunta-me se Cristóvão Colombo nasceu em Génova ou Savona. Confesso-lhe que não sei. E acho assunto de somenos importância o local de nascimento. Como sabe, segundo os biografos, terá nascido em Génova - o pai só aparece documentado em Savona, cidade pertencente à República de Génova, em 1470.

Fazia-lhe, se mo permite, uma pergunta. Sabe onde nasceu Filipa Moniz ? Em Lisboa ? Em Porto Santo ? Noutro local ?
Com tudo o que lhe tenho visto escrever, faz-me ter inveja do tempo de Salazar - se é que ele mandou calar António Ferreira de Serpa por dizer disparates sobre Colombo ...

Até a insuspeita Maria Benedita, neste caso muito, mas muito, particular, pensará como eu ...

António Taveira

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Cristóvão Colombo nasceu em Génova ou Savona... Colon ...RE: Colombo na documentação

#307673 | kolon | 07 jun 2012 18:39 | Em resposta a: #307663

Caro António Taveira,

Eu não me importo onde nasceu Colombo, quero saber é onde nasceu Colon.

"Pergunta-me se Cristóvão Colombo nasceu em Génova ou Savona. Confesso-lhe que não sei. E acho assunto de somenos importância o local de nascimento..."

Talvez encontre a sua resposta está aqui: LA PATRIA DE COLÓN, ANTE LA REAL ACADEMIA DE LA HISTORIA.
http://82.116.160.16:8080/bitstream/10690/64955/1/AM_297301.pdf

Mas note com cautela que eles ali vão seguindo o mayorazgo falso de CC sobre ter nascido na Génova.

Manuel Rosa

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Diego Méndez, secretario de Cristóbal Colón . ...RE: Colombo na documentação portuguesa quinhentista

#307676 | kolon | 07 jun 2012 19:06 | Em resposta a: #307663

Caro António Taveira,

Bem que queira entender sem ler, será necessário ir ler. Por isso aqui vai mais um para apreder algo:

Diego Méndez, secretario de Cristóbal Colón
http://bagn.academiahistoria.org.do/boletines/boletin119/BAGN_2007_No_119-10.pdf

Manuel Rosa

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Diego Méndez, secretario de Cristóbal Colón . ...RE: Colombo na documentação portuguesa quinhentista

#307681 | josemariaferreira | 07 jun 2012 19:33 | Em resposta a: #307676

Caro Manuel Rosa

Então esse Diego Mendez de Segura não era o mesmo que pertenceu à Casa de D. Diogo, Duque de Viseu e que gostava muito de consultar as obras de Erasmo na biblioteca da sua irmã, a Rainha D. Leonor???

É que se for o mesmo, isso é uma grande barraca, ou os historiadores ainda não viram os livros de Erasmo que compunham a biblioteca da Rainha de Portugal, a suposta irmã de Cristóvão Colombo!!!

Ou melhor, para aqueles que não crêem que D. Leonor fosse irmã de Colombo, que fique apenas na sua memória a deslocação intencional que Cristóvão Colombo fez ao Mosteiro de S. António da Castanheiro afim de ir cumprimentar a Rainha e o Infante D.Manuel!!!

Saudações Fraternas

Zé Maria

P.S. Será que a Rainha de Portugal ofereceu a Cristóvão Colombo alguns livros de Erasmus, para ele e Diego de Segura se entreterem a ler durante as suas viagens ao Novo Mundo??? Quem sabe!? O Rei de Portugal, ofereceu-lhe uma Mula, e de certeza que a Rainha de Portugal, não o deixava partir com as mãos a abanar....

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Colon ...RE: Colombo na documentação portuguesa quinhentista

#307685 | Mavasc | 07 jun 2012 20:38 | Em resposta a: #307663

Caro António Taveira

Acertou!!!Até eu, ao que por aqui tenho visto escrever, tenho saudades, por uma vez só, do lápis azul da censura salazarista.
Mas António de Serpa nunca foi calado, onde é que o confrade Zé Maria foi descobrir essa?

Ao que me parece, Filipa Moniz não se encontra, igualmente, documentada em Portugal. O que dela se sabe é por D. Hernando, por Las Casas e por D. Diego Colón, nomeadamente no seu testamento.
"Doña Felipa Muñiz su legitima muger mi madre questà en el monasterio del Carmen en Lisboa, en una capilla que se llama de la piedad ques de su linage de los Muñizes "

Igualmente, em 1535, Diego Colon, neto de Cristóvão Colombo, habilita-se à Ordem de Santiago e Pedro de Arana, cujo depoimento integral foi, em tempo, divulgado no blog PHC por Eduardo Albuquerque, declara o seguinte:

Sobre Cristóvão Colombo: "conoçio al padre del dicho viRey que es ya difunto e que se llamava don xrispoval colon e oyo dezir que hera ginovees pero quenon sabe dond'es natural"

Sobre Filipa Moniz: "que a su muger del dicho don xrispoval colon madre del dicho viRey este testigo non la conoçio pero que ha oydo dezir que era natural del dicho Reyno de portugal e que no sabe como se llamava salvo que oyo dezir çierttas personas que no se acoerda que hera del linaje delos munyzes".

Sobre o filho Diego Colon, pai do habilitando: "hijo ligitimo de don diego colon su padre ya difunto viRey e almjrante e governador que fue de las yndias del mar oçiano e de dona maria de toledo su muger viReyna delas ditas yndias alo quales este dito t(e)stigo conoçio e conoçia de mas de veynte e çinco años aesta parte e que no sabe de donde hera vezino e natural el dicho viRey salvo que ha oydo dezir que hera natural del Reyno de portugal"

Melhores cumprimentos

Maria Benedita

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Colon ...RE: Colombo na documentação portuguesa quinhentista

#307771 | josemariaferreira | 09 jun 2012 10:50 | Em resposta a: #307685

Cara Maria Benedita

"...Acertou!!!Até eu, ao que por aqui tenho visto escrever, tenho saudades, por uma vez só, do lápis azul da censura salazarista.
Mas António de Serpa nunca foi calado, onde é que o confrade Zé Maria foi descobrir essa?..."


Já no tempo de Cristóvão Colombo e Erasmo de Roterdão a Inquisição utilizava o lápis azul e censurava os livros de daqueles grandes Humanistas!!!

Mas pode ficar ciente que, mesmo com os muitos crimes que praticaram para encobrir a Verdade sobre a Terra, não o conseguiram, e ainda foi no séc. passado que apareceu como que por milagre, um livro de Cristóvão Colombo que escapou às mãos e à fogueira da Inquisição, chama-se o Livro das Profecias!!!


Quem sabe como ele chegou até hoje, pois nem muitos livros das bibliotecas reais escaparam às mãos e fogueiras da Santa Inquisição, senão saberia que a Rainha Leonor, a irmã de Cristóvão Colombo, tinha na sua biblioteca muitas obras de Erasmus de Roterdão e de Savonarola, não só ela, como também muitos homens da cultura de então, como Damião de Góis e outros que até se correspondiam e conviveram com muito de perto com aqueles grandes vultos da História Universal!!!


Ainda há quem tenha saudades do lápis azul!!!


Pois fique sabendo duma coisa, por muito que queiram esconder e censurar Cristóvão Colombo, nunca o conseguirão os vossos intentos, porque o pensamento é livre como o vento...


Cpts

Zé Maria

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