Rodrigo Anes de Sá e o "casamento" com a Colonna

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Rodrigo Anes de Sá e o "casamento" com a Colonna

#36249 | sapeca | 23 fev 2003 17:31

No meu último ensaio sobre a origem dos Sás e os seus mais remotos ascendentes – “SÁS – As origens e a ascensão de uma linhagem” -, tratei, mais uma vez, do propalado casamento de Rodrigo Anes de Sá, cavaleiro, com uma dama da família romana dos Colonna.
Seria essa dama, uma Giulia (ou Cecilia) Colonna, filha de Giacomo Colonna, senador de Roma; neta paterna de Pietro Colonna, dito “Sciarreta”, senhor de Cesenna e Senador de Roma, “uomo ardito e di natura feroce”; e bisneta do tristemente célebre Giacomo Colonna, dito “Sciarra”, senhor de Galicano, Cesena, Nepi, San Cesareo, Paliano, Castel Nuovo, Monopello, etc, várias vezes Senador de Roma e que coroou “Imperador” no Capitólio a Ludovico, “o Bávaro” (que lhe concedeu a coroa imperial para encimar a coluna das armas dos Colonna) e de sua mulher (uma dama da família Orsini, seus eternos rivais pela posse de Roma).
O irmão primogénito do “Sciarra” foi Stefano Colonna, “o Grande”, Senador de Roma e Conde de Romagna, senhor de Palestrina e Colonna, etc.
Eram filhos de Giovanni Colonna, Senador de Roma e Marquês de Ancona (pelo papa Nicolau IV), senhor de Palestrina, Colonna, Cesena, Gallicano, San Cesareo, Genazzano, dos castelos de Colonna, Giove e Zagarolo, do Palácio Colonna, em Roma, etc., e de sua mulher (uma dama da família dos Anguillara).
Tentei, até à exaustão, ser o mais imparcial possivel, a ponto de ainda admitir alguma “ligação” de Rodrigo Anes de Sá com uma Colonna, coisa que o Prof. Doutor José Augusto Sotto Mayor Pizarro já analisa de forma bem mais radical...
Passemos a referir os casamentos de Rodrigo Anes de Sá.
Estava casado já em 1349 com Mécia Pires, de quem já seria viúvo pelo menos desde 1364; mormente em 1363, na lista de Pedroso, tinha ele dois filhos: João Rodrigues e uma irmã.
Penso que João Rodrigues fosse filho de Mécia Pires e que a outra filha fosse já do casamento com Beringeira Anes do Vale.
Mécia Pires era ainda viva em 1353, quando com seu marido têm um diferendo com o mosteiro de Grijó, por certas propriedades que haviam "usurpado" ao cenóbio (segundo a "versão" deste), culminando com a desistência feita pelo casal da quintã dos Grandões.
Assim sendo, e a não ser João Rodrigues filho desta mulher, só poderia ter nascido após 1353, o que parece um pouco tardio para ser já tratado individualmente nas listas de Pedroso (1363) e Grijó (1365).
De qualquer modo, ele detinha a "naturalidade" pelos do seu sangue, quer em Pedroso, quer em Grijó, quer em Moreira e muito provavelmente S. Simão da Junqueira, "naturalidade" que lhe vinha já de seus pais, João Afonso de Sá, cavaleiro, senhor da quintã de Sá, em terra de Vizela, do termo de Guimarães, senhor da honra e quintã de Gemunde, com o padroado da igreja, em S. Miguel de Gemunde, no julgado de Vermoim, e de sua mulher Maria Martins).
Também seu avô paterno, Afonso Martins de Sá, escudeiro, morador em S. Tiago de Gavião, no mesmo julgado de Vermoim, detivera o direito de padroado da igreja de S. Salvador de Fornelos, que cedeu em 16.12.1346, direito que lhe viera por sua mãe Maria Anes (Varzim), filha de João Varzim, o qual com sua parentela defendia honras por amádigo em várias freguesias do dito julgado.
Seu avô paterno, Martim Fernandes de Sá, senhor da quintã de Sá, em Santa Eulália de Barrosas, termo de Guimarães, defendia por honra um lugar na freguesia de S. Tiago de Gavião e outro na de Mouquim, ambas no julgado de Vermoim, por haverem aí sido criadas filhas suas.
Era provavelmente um descendente dos senhores da Maia, muito possivelmente filho de Fernão Martins da Maia e sobrinho de João Martins da Maia, "o Avana".
Um dos seus filhos, provavelmente o mais velho e em quem recaiu a quintã de Sá (que passaria depois, por falta de geração, a seu sobrinho João Afonso de Sá), foi Gil Martins de Sá, que em 1326 cedeu os direitos de padroado da igreja de S. Tiago de Burgães (bem de "avoenga" dos senhores da Maia) ao mosteiro de Santo Tirso.
Note-se que também a irmã de Rodrigo Anes de Sá, Senhorinha Anes (casada com Aires do Vale, este também um "natural" de Pedroso e Grijó) é nomeada como tendo parte nos direitos dos naturais daqueles cenóbios.
E não me parece minimamente aceitável que o fosse também pelo marido somente, pois que a forma como vem referenciada, com seu irmão Rodrigo Anes de Sá, é nitidamente com a intenção de agrupar estes "naturais" por linhagens.
É de notar que em Pedroso essa "intencionalidade" é ainda mais evidente, ao separar os cônjuges, dando assim uma visão de autêntico desejo de salientar que ambos são naturais do mosteiro e com direitos de "per si".
Por isso referenciei o caso de João Brandão e Leonor Esteves das Medãs, já casados e com filhos, tratados junto com os de suas linhagens individuais.
Logo depois, em 1365, tinha já uma outra filha, talvez a Aldonça, sendo a 1ª a Constança.
O que de todo não aceito é a hipótese de serem aquelas filhas fruto do casamento com Mécia Pires. Se assim fosse, tal seria, naturalmente, referido no tombo de Grijó, conforme é feito em relação ao irmão, João Rodrigues, “seu filho doutra molher”.
Ao contrário, o rol de Grijó refere expressamente: “Item Rodrigue Annes de Sáa cavalleiiro e sua molher. Item duas suas filhas”.
Quanto à tese por mim defendida, justificando por que motivo entendo que o casamento com Beringeira Anes do Vale era já um facto em 1363, ela deve-se a uma rigorosa análise dos documentos dos cenóbios de Pedroso e Grijó.
De facto, essa análise é que me levou a concluir desse modo, atenta a certeza que do documento de Pedroso se pode retirar, de ter sido elaborado com o cuidado de “separar” as famílias dos “naturais”, sendo-lhes mais importante do que os casamentos então já realizados entre as várias linhagens.
Dei alguns exemplos, que alicerçados pela posterior lista de Grijó, não deixam dúvidas, para mim. É o caso – entre outros - da aliança entre Leonor Esteves das Medãs e João Brandão, de que provieram os filhos já referidos na lista de Pedroso.
Por outro lado, a documentação de Grijó que refere a “usurpação” por Rodrigo Anes de Sá, João Madeira (este estava casado com Constança Rodrigues, viúva de Afonso Martins do Vale) e outros, de bens dos Vales que haviam sido doados áquele cenóbio (segundo a tese defendida pelos frades), leva a crer que se baseava no facto de alianças já existentes entre os Sás, Madeiras e os Vales. O que era um facto com o casamento com Beringeira Anes.
Ora esta documentação é datada do ano de 1364, sendo os 2 primeiros instrumentos de 31 de Agosto e 3 de Setembro!
Estavam em causa, entre outros bens, a Quintã da Anta, de que se havia “apossado” Rodrigo Anes de Sá.
Mais tarde, no ano de 1410, foi-se meter na posse da dita Quintã da Anta, Martim Afonso de Sousa, filho da abadessa Aldonça Rodrigues de Sá e do “da Batalha Real” (Martim Afonso de Sousa, 2º senhor de Mortágua), ainda que D. João I mandasse por carta que ele a deixasse para Gonçalo Rodrigues, marido de Aldonça Afonso (viúva de Afonso Anes Madeira, escudeiro, filho do João Madeira).
Logo depois, no ano de 1414, outra demanda entre o cenóbio e Aldonça Rodrigues de Sá, acerca da Quintã do Fundo, bem “de avoenga” dos Vales, tendo decidido o rei a favor da abadessa.
Ainda restarão dúvidas de que a abadessa fosse filha do casamento com Beringeira Anes?
Como poderão ver, não fui descuidado na análise de toda a documentação existente, que pudesse consolidar as minhas teses.
Não tenho qualquer dúvida sobre isto.
Agora passemos à célebre carta do Sá das Galés ao arcebispo de Braga, a qual – sublinhe-se - só existe no Arquivo da Casa de Abrantes.
A insinuação acerca da dúvida do casamento do pai com Beringeira Anes, pode dever-se a dois motivos:
- O casamento ter sido anulado, ou considerado como “ilegitimo” por motivos que poderiam ter a ver com a necessidade de alguma dispensa de parentesco (o que não aceito já que em toda a documentação, quer canónica, quer régia, ela é sempre referida, sem qualquer dúvida, como mulher de Rodrigo Anes de Sá);
- A má vontade do Sá das Galés em relação à sua madrasta, derivada ao facto dela ser amante do dito arcebispo, conforme ele mesmo refere na dita carta: “ella vos serve de couto E ajuntamento carnal”.
Tendo em atenção as duas hipóteses, somente a 2ª me parece lícita para retirar tais considerações. A viúva de seu pai, pelo que ele considerava de “indigna” e “condenável” em termos sociais, não merecia ser tratada doutro modo.
Finalmente, resta-nos a aliança com a Colonna.
Esta é, para mim, uma dor de cabeça e uma honesta busca para tentar entender a razão de ser de uma tal “tradição”, que remonta, pelo menos, ao século XVI.
Estou cada dia mais convencido de que, a haver algum tipo de ligação com uma dama dessa linhagem romana, ela foi espúria e já no final da vida de Rodrigo Anes de Sá.
Sou mesmo defensor de que essa dama poderia ser uma bastarda de Agapito Colonna, que com ele teria vindo em 1376 para Portugal, já que embora tenha sido nomeado bispo de Lisboa por Gregório XI em 1371, somente veio para o nosso país 5 anos mais tarde.
Este prelado, que fora anteriormente bispo de Ascoli (1363) e Brescia (1369), foi também núncio ao imperador e aos reis de Portugal e Castela. E terá regressado a Roma em 1377 por ter sido nomeado cardeal de Santa Prisca, falecendo em 1380.
Acontece que, para sermos criteriosos (como sempre pretendi, mesmo na “questão” que tive com o falecido investigador Marquês de Abrantes) e rigorosos em termos meramente históricos e científicos, apenas nos podemos deter na única fonte que refere tal aliança matrimonial: a dos nobiliários PORTUGUESES.
São eles (ao contrário dos italianos, mormente o “I Colonna, dalle origini all’inizio del secolo XIX”, do principe Prospero Colonna) que referem ter sido Rodrigo Anes de Sá “embaixador a Roma e a Gregório XI”!!!
Ora, como se sabe, este pontífice só veio a ser eleito em 1370/71, apenas regressando e restaurando a corte pontifícia em Roma, após longa estadia em Avinhão, no ano de 1377, falecendo no ano seguinte.
E depois, não esqueçamos todo o trajecto dos Colonnas por esta época, com vários ramos a serem banidos pela cúria papal, e os seus bens confiscados, atentas as culpas que lhes eram imputadas pela actuação do seu “avô” Giacomo “Sciarra” Colonna.
Ora, se Rodrigo Anes fosse enviado antes de 1377 como embaixador do rei de Portugal, só o poderia ser a Avinhão, nunca à “Cidade Eterna”.
Obviamente que Rodrigo Anes poderia ter ido ao papado antes da data por mim avançada.
Obviamente que sei do orgulho ostentado por Sá de Miranda, bem como do “provável” encontro em Roma deste com Victoria Colonna, a célebre marquesa de Pescara, e dedicada viúva de Francisco de Avallos.
Uma hipótese, nunca considerada até hoje, quero aqui deixar-vos em 1ª mão: a de Rodrigo Anes de Sá ter ido a Avinhão e a Gregório XI, como “emissário” do rei de Portugal a fim de conseguir que o bispo Colonna viesse finalmente para Portugal.
Se assim fosse, tal emissário teria feito essa viagem entre 1372-1375, conseguindo que Agapito fosse obrigado finalmente a vir para a sede do seu bispado.
Assim, embora não se possa falar de uma “embaixada” (que nunca terá havido realmente), nada constando, de resto, da documentação da Biblioteca Vaticana, nem a Roma (onde não se encontrava a cúria papal), não deixaria de haver uma deslocação do fidalgo português a Avinhão e ao papa Gregório XI.
Só que, a ser assim, mais uma vez vem de encontro à tese sempre por mim defendida: João Rodrigues de Sá não foi filho de uma Colonna, nem Rodrigo Anes de Sá com ela terá casado. Poderia, isso sim, com ela ter vivido “maritalmente” e “de facto” desde 1376, certamente com o apoio de seu filho, o das Galés, justificando-se assim, também, e por este motivo, a “insinuação” que ele formula na carta ao arcebispo de Braga.
Fernando de Sá Monteiro

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RE: Rodrigo Anes de Sá e o "casamento" com a Colonna

#36281 | Carlos Silva | 24 fev 2003 08:09 | Em resposta a: #36249

Caro Fernando Monteiro de Sà,

Com prazer renovado vejo voltar ao forum os Sàs antigos.

Desejo saber como encontrar e comprar o seu ensaio, que nào achei na livraria do site.

Vejo que contem dados novos que nào se achavam nos seus anteriores estudos publicados.
Nào por referência ao casamento Colonna.
Com efeito a sua escrupulosa analise demonstra o que era jà de prever, sem surpresa, e para mim sem màgoa.

Mas sim no que diz respeito à ascendência de Rodrigo Anes de Sà para a qual seu esforço parece ter sido muito proveitoso.

Portanto, gostaria que nos desse, se nào se incomodasse com isso, uma pequena bibliografia do essencial das suas publicaçoes e contribuiçoes sobre a origem dos Sàs.

Desde jà agradeço

Melhores cumprimentos

Carlos Silva

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RE: Rodrigo Anes de Sá e o "casamento" com a Colonna

#36343 | sapeca | 24 fev 2003 20:59 | Em resposta a: #36281

Caríssimo Carlos Silva:
Agradeço a sua simpática mensagem.
Na verdade, continuo sempre com esta "antiga doença da "Domus Sadica", tentando alcançar dados que têm dificultado o entendimento do modo como esta linhagem surgiu, bem como das sistematicas inconsistências nas suas primeiras (?) gerações.
Perdoar-me-á que não refira aqui a bibliografia dos meus ensaios sobre os Sás. Não me parece ser correcto da minha parte, atenta a circunstância de não pretender dar a imagem de ser mais do que sou...
Fico, ainda assim, à sua inteira disponibilidade, para lhe fornecer, em privado, todos os elementos que deseje.
Basta, para tanto, que tenha a maçada de me contactar através dos meus e-mails, que aqui lhe deixo:
fmsamonteiro@clix.pt
fsm_porto@netcabo.pt
Aceite os meus melhores cumprimentos.
Fernando de Sá Monteiro

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RE: Rodrigo Anes de Sá e o "casamento" com a Colon

#36400 | doria_gen | 25 fev 2003 14:16 | Em resposta a: #36281

Carlos:

Devo-lhe a resposta sobre Mendo Guterres. Irá, no fim de semana; desculpo-me, pois estou muito atarefado agora.

Forte abraço, fa

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RE: Carneiro e Guiomar de Sá

#37187 | Carlos Silva | 05 mar 2003 16:19 | Em resposta a: #36343

Caro Fernando de Sá Monteiro,

Como autoridade que nào deixa de ser para o que diz respeito à linhagem dos Sàs (apesar do que escreve na sua anterior mensagem) desejo chamar sua atençào para o problema levantado no topico seguinte:

Carneiros-Machucos-Sas
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=26713

Além disso noto que o nobiliario de Felgueiras Gaio (e a base de dados Genea Portugal por via de consequências) apresenta Guiomar de Sá
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=124310
como filha de João Rodrigues de Sá
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=28610
e nào de João Rodrigues de Sá, o das Galés (bisavô do anterior)
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=21751

Qual é o estado da questào?

Melhores cumprimentos

Carlos Silva

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Ana Maria Cecilia (Colonna) RE: Rodrigo Anes de Sá

#155755 | kolon | 11 mai 2007 04:59 | Em resposta a: #36249

Caro Fernando de Sá Monteiro,

O Sá das Galés não podia ser filho da Colonna isso parece muito certo vendo as datas de nascimento.
Decidi aceitar para o meu livro "O Mistério Colombo Revelado", que de facto a Cecilia Colonna foi uma pessoa verdadeira e que ninguém tendo conhecimento da quem foi a sogra de Zarco esta deveria ser ela.
Segui as informaões do Prior D. Tivisco de Nasao Zarco, y Colona "Pericope Genealogica" a BN tem um exemplar.

Este D. Tivisco é descendente direito de Zarco como mostrei e também é descendente Zarco o pai do Marquès de Pombal (o outro D. Tivisco) e deve de lhes ser dado algum peso embora alguns dados não parecem ajustar por completo. Cecilia tinha 15 anos em 1377 quando casou.

Assim a esposa de Zarco seria meia-irmã do Sá das Galés mas poderia também ter um irmão direito com o mesmo nome.
Ou seja a Cecilia poderia ter tido uma filha Constança que era meia-irmã da outra Constança e um filho João Rodrigues de Sá, que não era o das Galés e que poderia ser o amtepassado de Sá de Miranda?

Existe documentação que o Francisco de Sá de Miranda descende do Das Galés?
De outra forma não sei como explicar os seguintes poemas destes Sás!

Dos nossos Sás Coluneses Con que Romão Columnes
Gram tronco, nobre columna, Se misturou de través,
Grande ramo dos Meneses, Cada hum com gram primor
Em sangue, & b˜ens de fortuna, Forte, leal, sem temor
Qu´he tudo entre os Portugueses Em combates, e Galés.
- Francisco de Sá de Miranda - João Rodrigues de Sá


Cpts,
Manuel Rosa

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Ana Maria Cecilia (Colonna) RE: Rodrigo Anes de Sá

#155756 | kolon | 11 mai 2007 05:02 | Em resposta a: #155755

Os poemas sairam mal formatados
Aqui vão de novo:

Dos nossos Sás Coluneses
Grande ramo dos Meneses,
Em sangue, & b˜ens de fortuna,
Qu´he tudo entre os Portugueses
- Francisco de Sá de Miranda

Con que Romão Columnes
Se misturou de través,
Cada hum com gram primor
Forte, leal, sem temor
Em combates, e Galés.
- João Rodrigues de Sá


MR

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RE: Rodrigo Anes de Sá e o "casamento" com a Colonna

#155765 | Nuno Oliveira | 11 mai 2007 10:06 | Em resposta a: #36249

Caro Fernando de Sà Monteiro:
Lendo esta sua douta intervenção sobre a antiga família dos Sá, ouso solicitar, caso possível, que me esclareça se alguma vez encontrou nas suas investigações algum ramo dessa família que fosse proprietária em Lafões.
Pergunto isto porque já vi escrito (com pouco fundamento) que os Sá eram proprietários de uma “vila” de Sá, actualmente localizada na freguesia de Carvalhais e concelho de S. Pedro do Sul, tirando à propriedade o seu apelido ou dando o seu apelido à terra.
Antecipadamente grato,
E. Nuno Oliveira

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RE: Rodrigo Anes de Sá e o "casamento" com a Colonna

#155771 | miguelnoutel | 11 mai 2007 11:47 | Em resposta a: #155765

caro E. Nuno Oliveira,

Existe Vila Chã de Sá, à entrada sul de Viseu. Quem entra em Viseu pela IP3, vindo de Coimbra, passa junto à dita Vila.
Não será essa a vila de Sá que refere?
Cumprimentos,

Miguel Noutel

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RE: Rodrigo Anes de Sá e o "casamento" com a Colonna

#155774 | Nuno Oliveira | 11 mai 2007 12:12 | Em resposta a: #155771

Caro Miguel Montel:
Não. Falo mesmo de um lugar chamado de Sá localizado no concelho de S. Pedro do Sul. Efectivamente, sei da existência de várias povoações de nome Sá, incluindo a que refere e outra ainda na freguesia de S. Martinho das Moitas, do mesmo concelho de S. Pedro do Sul. Esta última parece ser muito antiga, pois já é referida por esse nome no século XI.
Do lugar de Sá (Carvalhais - S. Pedro do Sul), diz o investigador A. de Almeida Fernandes, nas suas publicações sobre os Topónimos do Distrito de Viseu: "SÁ: Muito vulgar, de sala > saa > "sá", germânico: residência, geralmente senhorial: 1258 IS 901, aqui, "Saa fuit de militibus per avolengam ", et sunt quatuor casalia ". Arroteia(s). Apenas sujeita à coroa nos casos crimes. Em 1096 DC 828, é dada ao mosteiro de Arouca "de villa Sala nostra ratione"". Este autor não avança com nomes para a "vila" de Sá, limitando-se a dizer que era de fidalgos por avoenga, porém, outros há que aventam a possibilidade de ter a honra pertencido à família Sá, fazendo, até, a ligação ao das "Galés"!
Sempre à disposição,
E. Nuno Oliveira

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RE: Rodrigo Anes de Sá e o "casamento" com a Colonna

#156025 | falconete | 14 mai 2007 00:21 | Em resposta a: #155774

Caro Confrade

O meu amigo Fernando de Sá Monteiro, há muito 'arredado' deste fórum por motivos que não importa agora referir, e sem acesso ao mesmo, pediu-me que lhe transmitisse que se disponibiliza para qualquer informação sobre este tópico, uma vez que tem publicado alguns trabalhos sobre este tema. Ainda recentemente publicou um na conceituada revista espanhola «Hidalguia».

Peço-lhe que solicite ao fórum o meu endereço de e-mail para assim o poder contactar.

Cumprimentos

José Aníbal Marinho

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