DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

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DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#106096 | mcarbone | 25 nov 2005 03:24

Olá a todos,

Chamo-me Martim d'Orey Posser de Andrade Carbone e sou novo neste fórum. Sou brasileiro, minha família paterna é italiana e a materna é portuguesa, tendo a minha mãe nascido em Portugal.

Recentemente tive meu DNA mitocondrial analisado, e foi constado que pertenço ao haplogrupo L3, mais presente na África Subsahariana. Sendo toda a família de minha mãe portuguesa e, consequentemente, a linhagem feminina também até pelo menos a 8a geração acima de mim, fiquei curioso quanto à origem desse DNA mitocondrial africano.

A explicação mais plausível que encontrei foi a de este ser proveniente da época em que Portugal estava, em sua maior parte, sob domínio mouro, que teriam então introduzido DNA africano no perfil genético do povo português. Ou talvez DNA proveniente de escravos, embora eu ache isso mais improvável. Queria perguntar a vocês o que se sabe sobre este fenômeno. Será o meu caso uma exceção, ou há mesmo uma parcela significativa de portugueses que pertençam a haplogrupos africanos? E mais importante: qual é a origem?

Obrigado,

Martim

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#106097 | RudolfoFonseca | 25 nov 2005 03:51 | Em resposta a: #106096

Todos os seres humanos evoluiram do haplogrupo H3 originalmente!

Rudolfo

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#110180 | GoldenDays | 19 jan 2006 23:28 | Em resposta a: #106096

Caro Martim,

O haplogrupo L3 encontra-se quase exclusivamente em África (embora sendo mais prevalecente na África Oriental), Os seus derivativos existem em quase toda a população africana.

A sua disseminação ocorreu directamente para Norte a partir daquele que se convencionou definir como o ponto de origem da raça humana em resultado de todas as investigações feitas até hoje, a noroeste do Lago Vitória já no Quénia, importante na rota humana para fora daquele continente e onde tiveram origem outros haplogrupos (correntes) como o M168 também voltado para Norte, o L1 e o M91 ambos voltados para Sul, o L2 e o M60 para Oeste.

O haplogrupos M e N que fundem todas as linhagens euro-asiáticas tiveram a sua origem no haplogrupo L3 há cerca de 80.000 anos.

No meu caso o teste de DNA, pela análise do cromossoma Y, identificou-me como pertencente ao haplogrupo E3b, uma ramificação do M35 por sua vez proveniente do M96 e - mais atrás - do M174, com origem no M168 (que correu para Norte a par do L3).

O meu haplogrupo espalhou-se através da Grécia e do Sul da Itália, até ao sudoeste da Europa, o que não deixa de ser curioso dado que todos os meus antepassados que até agora investiguei são do Norte de Portugal, onde o haplogrupo predominante (M343) atravessou a Europa Central a partir da Ásia.

Espero que esta informação tenha algum interesse para si. Não sou expert na matéria mas o que aqui deixo foi também fruto da minha curiosidade e dum projecto em que ela me levou a participar.

Cordiais cumprimentos.

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RE: DNA mitocondrial em Portugal

#110207 | Vínculo | 20 jan 2006 09:30 | Em resposta a: #110180

Caros Confrades

Após análise dos resultados colhidos pelo Projecto Genographic talvez seja possível tirar conclusões.
A maior parte dos casos que conheço apontam para o haplogrupo E3b (M35) a norte do Mondego, com grande maioria de antepassados conhecidos do norte de Portugal.
Se descendemos de D.Afonso Henriques,de Maomé e com possibilidades de Ramsés, está tudo explicado...
Cumprimentos
AB

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#110210 | Benquerença | 20 jan 2006 10:10 | Em resposta a: #106096

Caro Martim,
gostaria de saber como efectuou a análise ao seu DNA mitocondrial.
Muito obrigado
Carlos Pereira

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DNA mitocondrial e Gente de Portugal

#110245 | victorferreira | 20 jan 2006 15:40 | Em resposta a: #110180

Caro confrade,
Também não sendo expert na matéria, dois pontos que me parecem de interesse comentar:
1 - O facto (que certamente conhece) de o confrade que deu origem a este tópico referir-se ao DNA mitocondrial (e não ao presente nos cromossomas), onde a constância (por transferência unicamente materna e consequente não recombinação) é maior, apenas sujeita às mutações, o que permite uma traçabilidade mais segura quanto às origens. Assim, um 'caracter' presente num dos cromossomas terá muito menos hipóteses de ser categoricamente DI-ssociado de uma determinada tendência para origem geográfica.
Por outras palavras, e não sei se está de acordo mas, não vale a pena estranhar muito o seu haplogrupo tendo em conta que seria outro o mais porvável de ocorrer na zona de origem dos ancestrais que você conhece: e os que você não conhece? Dependendo da zona do Norte de Portugal, sabe bem que houve em certas zonas (nomeadamente as litorâneas) uma presença regular de gentes do mar e representantes de casas comerciais de outras regiões da Europa: porque não das ilhas gregas, italianas, baleares, ou litorâneas do Sul de França? E mesmo antes disso: houve colonização romana no Norte de Portugal; sabe-se que os castros foram 'romanizados', não só pela absorção de hábitos e cultura, mas - porque não ponderar - pela assimilação de elementos das legiões e de colonos que para cá se tenham deslocado.
2 - Na sequência da anterior, não sabia que o haplogrupo predominante no Norte de Portugal fosse segundo nos informa, um proveniente da Ásia, a partir da Europa central. Isto presumo estar de acordo com a tese de que os grupos dominantes (e originais, segundo outros) de seres humanos que colonizaram a Europa - portadores de uma mutação que titou melanina à pele - teriam primeiramente aparecido no que são hoje as ex-repúblicas soviéticas da Ásia central (Cazaquinstão e quejandos) e depois inflectido a sua migração para Oeste, entrando na Europa. Isso quererá provavelmente confirmar que a nossa gente do Norte estará mais próxima geneticamente das primeiras levas de seres humanos que chegaram à Península, de onde pelos istos não tinham mais sítio nenhum para ir ...
Os meus melhores cumprimentos.
VF

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#110269 | jpbabc | 20 jan 2006 19:32 | Em resposta a: #110210

Caro Carlos Pereira,


Consulte para o efeito o www ponto nationalgeographic ponto com barra genographic e receberá um kit especial mediante o pagamento de 99,95 dólares e mais 26,50 referente aos custos de envio.

Os meus cumprimentos,

José Pedro Castro

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#116035 | Antonio Antunes Melo | 07 abr 2006 02:09 | Em resposta a: #106096

Caro Martim,
Onde testou seu DNA? Gostaria de saber pois no site Genographic se bem entendi eles testam apenas uma linhagem: Y ou mitocondrial. Alguém que porventura saiba se possível me faça a gentileza de responder.

Obrigado,

A. Antunes

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#116077 | CTBARATA | 07 abr 2006 14:53 | Em resposta a: #106096

Caro Martim

Fiquei contente de ver seu nome aqui no Fórum. Pena que tenha sido só hoje. Sua Bisavó Maria Raquel era prima direita de meu Pai, Carlos Manuel Themudo Barata. Estou neste momento a construir uma base de dados sobre o apelido Themudo, e gostaria de poder trocar informações consigo ou com algum dos seus parentes aí no Brasil, pois faltam-me muitos dados acerca da Familia que para aí foi. Será possível?

Saudações e um abraço

Carlos Themudo Barata

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L

#116082 | mcarbone | 07 abr 2006 15:07 | Em resposta a: #116077

Caro Carlos

Certamente! Te ajudarei como puder. Também tenho algumas dúvidas sobre a família Themudo que você talvez saiba resolver. Me passe seu e-mail para que possamos conversar em particular.

Abraço

Martim

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L

#116083 | CTBARATA | 07 abr 2006 15:11 | Em resposta a: #116082

Caro Martim

Estou mesmo agora a mandar um mail para si, mail esse que vi na sua Página Pessoal. Está bem?

Carlos

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L

#116084 | CTBARATA | 07 abr 2006 15:19 | Em resposta a: #116082

Martim

Não estou a conseguir para a unicamp, e assim aqui vai o meu.

ctbarataarrobaana-aeroportospontopt

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#116224 | JC de Salacia | 09 abr 2006 20:48 | Em resposta a: #106096

ola Martim ...

Achei a sua meng interessante mas devo lhe dizer que parte de dois pressupostos errados e um verdadeiro,
primeiro: embora o haplogrupo L3 seja mais frequente nos mouros/muçulmanos que nos indo-europeus estes tb são caucasianos e não negroides... segundo: esse DNA tb lhe poderá ter sido transmitido pela sua ascendencia paterna, ja que tb o sul de italia foi invadido e ocupado durante a expansão muculmana ( especialmente a calabria, sardenha e sicilia) e por ultimo tem razao ao afirmar que existem portugueses com haplogrupos africanos, descendentes de escravos libertos, essas populações sairam de lisboa e grandes cidades para a provincia e mantiveram-se separadas da sociedade em geral e so se miscegenaram com as populações circundades no sec XX, existiram duas bolsas, que ainda hoje as populações manteem alguns traços africanos, Benavente/Coruche e S.Romão/Alcacer do Sal
cumprimentos

JC Pires

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L

#116227 | mcarbone | 09 abr 2006 21:44 | Em resposta a: #116224

Olá,

Obrigado pela resposta! Bom, esse DNA não pode ter me sido passado pela família de meu pai, já que como é sabido, o DNA mitocondrial "viaja" somente pela linhagem feminina, ou seja, é passado de mãe para filho(a), Assim, esse DNA necessariamente vem de meu lado português.

Também, pelas leituras que eu tenho feito e conversas que tenho tido com outros genelogistas, o haplogrupo L3 é mais comum em populações negras, da áfrica subsaariana, do que em árabes/mouros. E um fato que tem me chamado muita atenção é que tenho contactado diversas pessoas ao redor do mundo que compartilham dos mesmos marcadores HRV1 de mtDNA que eu, e a quase totalidade dessas pessoas tem ancenstralidade negra comprovada e é originária da África ou de ex-colonias de escravos africanos como Estados Unidos, Porto Rico, Cuba, Jamaica.

Essas evidências apontam, segundo a minha interpretação, para uma ancestral escrava que viveu possivelmente numa colonia portuguesa há pelo menos uns 200 anos, já que até meados de 1800 tenho minha ascendência feminia (linhagem feminina) bem documentada. Há uma empresa, africanancestry.com, que diz ser capaz até mesmo de dizer de que região da África o mtDNA é originário. Algumas das pessoas que contactei (com as quais divido marcadores em comum) dizem que realizaram esse teste e obtiveram como resultados tribos da Nigéria, Angola e Serra Leoa que eram, como se sabe, grandes fontes de escravos para Portugal.

Caso possua outros dados que acrescentem informações a estas que coloquei aí, ou interpretações alternativas para os dados que expus, por favor me mande.

Até,
Martim

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#116262 | Maria Barreiro | 10 abr 2006 12:40 | Em resposta a: #116035

Caro A.Antunes

Pelo que percebi, o teste é feito ao DNA mitocondrial, com o qual sabemos a nossa origem pelo lado materno e também ao DNA que constitui o cromossoma Y, com o qual sabemos a nossa origem paterna.

O teste do DNA mitocondrial é feito a todos (homens e mulheres) uma vez que todos nós temos mitocôndrias (organitos celulares onde se encontra o DNA mitocondrial). No entanto, aquando da fecundação as mitocôndrias do pai não penetram no gâmeta feminino, gâmeta este possuidor das mitocôndrias da mãe. Assim, o ovo que se forma apenas possui mitocôndrias herdadas da mãe, logo analisando o DNA mitocondrial conhecemos as nossas origens maternas.

O teste do cromossoma Y apenas pode ser feito aos homens porque apenas eles herdam o Y do pai. As mulheres herdam dois cromossomas X: um da mãe e outro do pai.

Com os melhores cumprimentos
Maria Barreiro

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L

#116278 | fertelde | 10 abr 2006 20:03 | Em resposta a: #116227

Estimado Confrade Martim:
A primeira leva de escravos negros foram importados das costas do Senegal e golfo da Guiné, no tempo do Infante D. Henrique. Possivelmente, haveria escravos africanos sub saharianos, desde a conquista de Ceuta em 1415 e... possivelmente os teriam antes dessas datas...
Que tenha ascendentes femeninos de raza negra subsahariana, o revela o seu ADN e disso ninguém o pode colocar em duvida. Conhecer os ascendentes femeninos, se tinham sangue subsahariana antes ou depois de 1800, já a genetica pouco pode fazer por sí, a nao ser que conseguisse uma prova genetica a uma das suas antepassadas para comprovar quando passou a ser mestiça a linha femenina e conhecer assim o momento exacto em que o halogrupo L3 passou a fazer parte da sua genetica...
Já a afirmaçao se era escrava ou liberta ou até uma princesa negra, isso já nao è provável que se consiga, a nao ser que alguma crónica o narre...
Mas uma coisa tenho eu certeza, è que se fossemos fazer analises de ADN em Portugal, chegariamos à conclusao de que mais de um 70%, teria o halogeno L3, è mais, alguns com apelido tao ingles ou françês ou espanhol, poderia ter a sorpresa de verificar que o halogeno subsahariano, lhe viria desse costado...
Eu, apesar de conhecer os nomes dos meus antepassados, até 1800, nao me atreveria a apostar se o meu halogeno L3, vem daquelas antepassadas minhas que sei nasceram em Angola e no Brasil ou se, pelo contrario, daquelas que nasceram em solo europeu. Nao sobreviveu nenhum retrato ou pintura da època para que eu possa defenir quem tenha transmitido tal genetica, e... O caro Confrade se è brasileiro, deve ter visto que de familias mestiças, podem ter nascido filhos loiros e outros quase negros, embora o pai e a mae sejam os mesmos. Assim que, ainda que tivesse um retrato de uma tetra-avó, nunca saberia se estaria a ser enganado, porque esta tivesse saido mais loira ou mais morena, dentro dos irmaos...
Nao creio que seja relevante conhecer se os genes tem este ou aquele componente geografico localista, até porque, quem me garantiza que o tal Nigeriano, nao tivesse sido 4º neto de uma escrava nigeriana, levada para Somalia, ou porque nao, para a India, à mais de 3.000 anos, quando o Sirio "Anao", fez o seu periplo por Africa??
Espero que isto lhe faça reflecionar um pouco, nas possibilidades imensas de que nunca se venha a descobrir mais do que uma remota indicaçao de origem.
Com simpatia,
Fernando de Telde

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#116417 | Antonio Antunes Melo | 12 abr 2006 01:14 | Em resposta a: #116262

Cara Maria Barreiro,
Obrigado pela gentileza de sua resposta.
O seu raciocínio está correto. A dúvida que tive foi ao pesquisar o site da National Geographic (Genographic) e lá estar dito que o teste seria feito apenas parcialmente, mesmo em homens. Uma vez que o teste tem um custo e pertenço ao sexo masculino gostaria de ter possibilidade de examinar as duas linhagens caso o realizasse.
Visite o site Genographic se ainda não o fez, com certeza o achará interessante.
Atenciosamente,
A.Antunes

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L

#117396 | CTBARATA | 26 abr 2006 11:32 | Em resposta a: #116084

Caro Martim

Aqui vai meu contacto de um modo mais claro. Gostaria pois de trocar informação acerca da família aí no Brasil.

Um abraço

Carlos Themudo Barata

ctbarata@ana-aeroportos.pt

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#285382 | jpmorais | 23 ago 2011 11:59 | Em resposta a: #106096

Caro Martin dÓrey,

Li todas as respostas que lhe foram dadas neste forum e penso que ninguem lhe respondeu de uma forma rapida e simples. Há diversos estudos sobre os Haplogrupos presentes na Europa. E um par deles realizados em Portugal com a devida credibilidade. De facto a incidência do Haplogrupo L3 em Portugal verifica-se com variada porcentagem. Por exemplo, no norte do País, acima do mondego, tem uma incidência inferior a 3%. Abaixo do Mondego essa porcentagem sobe para um intervalo de entre 3 a 6%, dependendo se estamos no centro ou mais a sul. Mas, como já referiu um post anterior, há uma incidência altissima na zona de Alcácer do Sal em que a porcentagem chega aos 22%, ou seja, 1/4 da população. Consequência da importanção de escravos para trabalhar nos arrozais por volta do sec 15/16.

O facto de possuir dna mitocondrial do haplogrupo L3 na sua linhagem portuguesa poderá ser normal e nada a estranhar.

http://www.historum.com/european-history/22669-who-real-english-people-3.html

Aqui tem um link com a incidência dos diversos haplogrupos na europa. Haplotype tipo 3 encontra-se inclusive em populçãos eslavas e finlandesas assim como markers beduinos e norte africanos tem uma incidência grande na holanda devido ainda a imigração neolitica de populações agricolas.

Espero que o mapa o possa ajudar. E não estranhe, a sua linhagem poderia ser inglesa ou nordica ainda conter um haplotype cosiderado "não europeu".

Saudações

Pedro de Bruyn

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#287405 | dantasrego | 16 set 2011 11:18 | Em resposta a: #285382

Caros confrades...

Estando de férias o mês precedente não tive ocasião de participar a esta discussão sobre a presença do haplogrupo africano L3 no ADNmt de sua mãe.
Muito foi já dito sobre o assunto nos posts do fórum, no entanto uma coisa é certa, todos os humanos, de qualquer Etnia que sejam; brancos, negros, asiáticos, etc. Temos todos a nossa origem numa “mãe” africana!
As diferenças actuais nos “haplogrupos” ADNmt, ou linhagens femininas estão relacionadas a meu pensar, unicamente com os percursos migratórios das tribos pré-históricas, e provavelmente devido ao encontro com outros humanóides como os homens de Neandertal.
A fusão (copulação) de indivíduos de mesma espécie, mas de aclimatação diferente teria modificado o perfil do haplogrupo original... Está provado que, qualquer que seja a linhagem, ou haplogrupo actual guardamos sempre no ADNmt, o traço da nossa primeira “avoenga africana” conhecida.

Se alguns humanos de origem aparentemente Europeia, pertencem ainda hoje à linhagem materna L3, é que procedem desde sempre (sem alteração) desta mesma linhagem, visto que o ADNmt é transmitido exclusivamente em linha directa, de mãe a filha, qualquer que seja a nacionalidade ou eventualmente a coloração da pele.
O seu “achado” não me parece nem estranho sem ilógico, ele manifesta unicamente a complexidade e unicidade do ser humano, no seu todo.
Abraço fraterno

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#287419 | Saba | 16 set 2011 18:20 | Em resposta a: #106096

"Ou talvez DNA proveniente de escravos, embora eu ache isso mais improvável." -Nos registos paroquiais de Portugal encontram-se muitos milhares de descendentes de escravos e negros libertos, pelo que nao deve ser surpreendente que muitos portugueses tenham uma "costela" Africana.

Luis Ramos

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#287457 | dantasrego | 17 set 2011 14:06 | Em resposta a: #287419

Certo,
Mas nesse caso, quer dizer que a ultima mãe, ou seja aquela a que o nosso confrade faz alusão, era de origem africana "recente", e não europeia.

A dificuldade vem do feito que psicologicamente assimilamos uma Etnia a cada país, esquecendo que as diversas migrações "recentes" a partir do século XV modificaram este tipo de raciocínio.

Creio que estamos de acordo com o pricípio.

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RE: DNA mitocondrial africano em Portugal (grupo L3)

#332448 | ITSCHAC | 14 jul 2013 13:46 | Em resposta a: #110210

http://www.familytreedna.com/

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