Ao confrade Daniel Sousa - Granja do Ulmeiro! Caso resolvido!

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Ao confrade Daniel Sousa - Granja do Ulmeiro! Caso resolvido!

#335007 | Pedro França | 10 set 2013 16:28

Caro confrade Daniel:

Já lá vai algum tempo, é certo, mas só agora é que descobri o enigma que acompanhava (acompanha) a família Pereira de Almeida, da Granja do Ulmeiro, sécs. XVII-XVIII: pais diferentes, do batismo para o casamento.
Creio que foi consigo que tratei deste caso, ou estarei enganado? Já é tanta coisa, e como vão por vezes ficando casos pendentes por falta de informação no momento...Olhe, se não for consigo este assunto, deixe para lá. Também não é relevante por aí, além...

Abraço,
Pedro França

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RE: Ao confrade Daniel Sousa - Granja do Ulmeiro! Caso resolvido!

#335020 | DSS | 10 set 2013 22:12 | Em resposta a: #335007

Caríssimo Pedro França,

Como está? Foi comigo mesmo! O estranho caso de Bento Pereira de Almeida. O assento de baptismo menciona-o como filho de Gaspar Rodrigues, marido da mãe. O mesmo sucede no assento do seu primeiro matrimónio. No entanto, nos assentos dos seus segundo e terceiro casamentos, bem como em todos os assentos posteriores, Bento Pereira de Almeida é dado como filho, não de Gaspar Rodrigues, mas de José Coelho de Almeida.

Um abraço,
Daniel Sousa

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RE: Ao confrade Daniel Sousa - Granja do Ulmeiro! Caso resolvido!

#335021 | DSS | 10 set 2013 22:26 | Em resposta a: #335020

Ficarei a aguardar as novidades.

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RE: Ao confrade Daniel Sousa - Granja do Ulmeiro! Caso resolvido!

#335073 | Pedro França | 12 set 2013 10:59 | Em resposta a: #335021

Caro Daniel:

Então, é tudo isso. Tenho aquilo que procura, graças a um trabalho de pesquisa que estou a fazer para um descendente de Bento Pereira de Almeida; pesquisa daqui, pesquisa dali e lá dei com o imbróglio.
Agora estou no AUC. O trabalho de início de ano escolar cerceou-me os movimentos mas em breve espero responder às suas dúvidas.

Abraço,
Pedro França

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RE: Ao confrade Daniel Sousa - Granja do Ulmeiro! Caso resolvido!

#335074 | DSS | 12 set 2013 11:43 | Em resposta a: #335073

Caro Pedro França,

Ficarei então a aguardar as novidades. Eu também descendo de Bento Pereira de Almeida, e estudei a sua ascendência (pelo lado da mãe e de "ambos" os "pais"). Se precisar de algum elemento, terei todo gosto em partilhar essas informações consigo, se já não o fiz em tempos. Desejo-lhe um bom começo de ano escolar. Imagino que seja uma época difícil e de muito trabalho.

Um abraço,
Daniel

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RE: Ao confrade Daniel Sousa - Granja do Ulmeiro! Caso resolvido!

#335438 | Pedro França | 20 set 2013 01:11 | Em resposta a: #335074

Danieeeel!!

Pronto. Cá estou eu. Recebi a sua mensagem por mail mas, como despertei o assunto por aqui, entendi que seria melhor e mais proveitoso para todos descarregar aqui o que pude apurar sobre esta família.
Em primeiro lugar devo dizer que não está nas minhas intenções publicar nada a respeito desta família. Não tenho nada contra mas não consta das minhas prioridades como se partisse de um ato de pura vontade minha. Não, nunca me passou pela cabeça tal coisa. Dei com esta família porque tropecei nela ao fazer um levantamento genealógico de uma pessoa das minhas relações. É somente um caso pontual. E depois, desde que a revista Munda entrou em estagnação já vai para sete, oito anos, tem sido difícil publicar por aqui o que quer que seja do foro genealógico.

Indo ao encontro dos seus anseios, temos o seguinte:
- Jerónimo José de Almeida casou em Figueiró do Campo (Soure) a 02.09.1765, com Josefa de Jesus. Ele era natural da Granja do Ulmeiro (Soure), batizado a 05.04.1741, filho de Bento Pereira de Almeida e de Ana Gonçalves, da Painça/Granja do Ulmº, recebidos a 22.12.1727, na dita Granja do Ulmeiro, sendo ele já viúvo de Maria Jorge (c.c. 19.01.1722/Granja do Ulmº) )e de uma Mariana Henriques, de Casal do Rego/Fig:ró do Campo.
No assento de casamento (o 3º) vem que ele era filho de José Coelho de Almeida e de Maria Pereira (de Sampaio) - ele de Santo Varão/M.or-o-Velho e ela de Granja do Ulmº (apenas moradora lá, diga-se em abono da verdade, em virtude do seu 2º casamento).
Contudo, no 1º casamento do Bento P. A.com Maria Jorge vem que ele era filho de Gaspar Rodrigues e da dita Maria Pereira de Sampaio.
Localizei um assento do 2º casamento da Maria Pereira a 27.02.1707 na Granja do Ulmº com um Manuel Coelho sendo ela já viúva de Gaspar Rodrigues, Aí vem a filiação dela: Gaspar Pereira e Maria Francisca que, sendo moradores em Santo Varão eram naturais de Alcarraques/Trouxemil (Coimbra). O 1º marido da Maria Pereira - Gaspar Rodrigues - faleceu em Santo Varão a 09.05.1700.
Ora, Bento Pereira de Almeida nasce em Santo Varão, batizado a 21.03.1696. Aí, este é dado de facto como filho do Gaspar Rodrigues e da tal Maria Pereira. Estranhei a presença do apelido Almeida, apesar do Pereira da mãe. Entretanto, tropeçara no casamento de José Coelho de Almeida em 11.11.1685 em Santo Varão com uma Luísa Pimentel, dos vários ramos de Pimentéis do dito couto. Ora, José Coelho de Almeida tem raízes de M:or-o-Velho, onde foi escrivão da Câmara...
Estava num beco sem saída porque esgotavam-se os dados dos paroquiais. A solução foi tentar ver se nesta família havia ordenações sacerdotais que ajudassem a clarificar a questão "Pereira de Almeida". "Bingo"! Localizei um José Pedro de Almeida (irmão do Jerónimo José), filho de Bento Pereira de Almeida e da dita Ana Gonçalves, batizado a 23.07.1733, com processo de ordenação de 1757. Aqui é que fiquei a saber que a tal Maria Pereira de Sampaio se amigou com o José Coelho de Almeida e que essa ligação era pública e notória e para escândalo de alguns, em tempo de seu casamento com o Gaspar Rodrigues, de alcunha "o rei".
Ora, Bento Pereira de Almeida foi buscar este segundo apelido ao pai biológico e assim se perpetuou este apelido à margem do marido oficial da Maria Pereira.
Agora, estes Pereira de Sampaio também despertam alguma curiosidade porquanto a Maria Pereira apresenta por pais um Gaspar Pereira e uma Maria Francisca; aparentemente, haverá qualquer relação mais palpável com os Pereira de Sampaio de Trouxemil/Cioga do Monte...

E pronto, está desvendado o enigma que já o acompanha faz tempo, não?
Abraço e tudo de bom.

Pedro França

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RE: Ao confrade Daniel Sousa - Granja do Ulmeiro! Caso resolvido!

#335470 | DSS | 20 set 2013 21:22 | Em resposta a: #335438

Caro Pedro,

Muito obrigado! Faltava-me apenas esse elemento da ordenação sacerdotal de José Pedro de Almeida para desfazer todo este mistério, já que a partir dos paroquiais não me foi possível esclarecer o assunto. Porém, sempre tive como certa (ou quase certa) a filiação de Bento Pereira de Almeida em José Coelho de Almeida, por várias razões. Veja-se que Bento usou sempre o apelido Almeida, que não aparece na ascendência próxima de Maria Pereira e de Gaspar Rodrigues. Por outro lado, a mudança de filiação a partir de certa altura não mais foi alterada, o que me levou a crer que era de pública fama que Bento era filho natural de Maria Pereira e de José Coelho de Almeida, passando a ser assim registado a partir de determinada altura, implicando uma mudança "legal" da filiação do indivíduo em questão, já que na época, como hoje, vigorava o princípio de que registos posteriores prevalecem sobre os anteriores. Sem essa pública fama, e uma convicção muito forte, não creio que os padres indicassem tal filiação em documentos autênticos, estando eles obrigados ao dever de verdade. Só isso justifica o afastamento, pelos ministros da Igreja Católica, da presunção "pater is est quem nuptiae demonstrant".

Esse José Pedro de Almeida, que teve ordenação sacerdotal, veio a casar na Granja do Ulmeiro, a 7 de Junho de 1764, com Teodósia Luísa Gonçalves Cavaleiro, filha de João Gonçalves Cavaleiro e de Rosa Álvares, todos do lugar e freguesia da Granja do Ulmeiro.

Creio que Maria Pereira (que também aparece documentada como Maria Pereira de Sampaio e Maria Pereira de Sá), é a mesma que foi mãe (depois da morte de Gaspar Rodrigues e antes do seu segundo casamento) de uma Joana, que nasceu em Santo Varão e aí foi baptizada, a 3 de Julho de 1701, filha de Geraldo Francisco Barbeiro, viúvo, de Fermoselha.

Quanto à origem do sobrenome Sampaio, também me intriga. Talvez Gaspar Pereira, pai de Maria Pereira, fosse parente do cura João Pereira de Sampaio, de Trouxemil, seu contemporâneo, ou de um Luís Pereira de Sampaio, do lugar de Fornos.

Muito obrigado, mais uma vez.

Um grande abraço,
Daniel Sousa

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RE: Ao confrade Daniel Sousa - Granja do Ulmeiro! Caso resolvido!

#335494 | Pedro França | 21 set 2013 14:35 | Em resposta a: #335470

Caro Daniel:

Afinal, o confrade está bem informado acerca desta família. Olhe!, sobre os Pereira de Sampaio, também existem ordenações dos que referiu mas para trás há grandes descontinuidades quanto aos apelidos: estes plebeízam-se, passam aos comuns e sobrecomuns "Francisco" ou "Francisca". É uma questão a ver, de fundo. Assim haja fontes para isso.

Abraço e bom fds.
Pedro França

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RE: Ao confrade Daniel Sousa - Granja do Ulmeiro! Caso resolvido!

#335528 | DSS | 22 set 2013 11:54 | Em resposta a: #335494

Caro Pedro,

Não estou assim tão bem informado, até porque, nesse ramo, fiquei pelos pais de Maria Pereira de Sampaio. O assento de casamento, como sabe, omite a filiação. Nas pesquisas que fiz nos livros de Trouxemil, já lá vão uns tempos, encontrei um único Gaspar nascido nas décadas em que este Gaspar Pereira poderá ter nascido (tendo em conta que casou a 21 de Janeiro de 1661). Era filho de Jorge Francisco e de Paula de Almeida, moradores no lugar de Fornos, casados em Trouxemil, a 8 de Janeiro de 1640, neto paterno de outro Jorge Francisco e de Maria Antónia, do lugar da Cioga, materno de João de Figueiredo e de Maria de Almeida, de Fornos. Foi baptizado em Trouxemil, a 5 de Fevereiro de 1642, tendo como padrinhos Francisco da Costa e Manuel Rodrigues Curado, ambos de Fornos. Porém, os apelidos Pereira e Sampaio não aparecem em nenhum dos ascendentes deste Gaspar nascido em Fornos, pelo que não deve ser o mesmo que casou com Maria Francisca e foi pai de Maria Pereira de Sampaio. Mas não sei...

Também avancei muito pouco na ascendência de José Coelho de Almeida. Sei que teve vários irmãos (seis, pelo menos), nascidos na Madalena, um dos quais teve, em 1654, alvará dos foros de escudeiro-fidalgo e cavaleiro-fidalgo, na condição de passar à Índia. A mãe, Branca da Costa, pode ser a mesma Branca que foi baptizada na Madalena, a 14 de Janeiro de 1612, filha de Francisco Álvares da Costa e de Inácia de Almeida, apadrinhada pelo Licenciado Domingos Gonçalves de Azambuja. Este casal teve pelo menos mais um filho, Simão, baptizado na Madalena, em Dezembro de 1608, apadrinhado pelo mesmo Domingos Gonçalves de Azambuja. Encontrei um Simão baptizado na Madalena, a 11 de Fevereiro de 1613, filho de António de Góis e de Margarida Ferrão, e apadrinhado por Jerónimo de Almeida e Filipa Gaspar, filha de Manuel Gaspar e Margarida Anes. Parece-me, porém, pouco provável tratar-se de Simão de Abreu Coelho, pai de José Coelho de Almeida, mas não tenho certezas. O Pedro tem alguma ideia de quem possam ser os pais de Simão e Branca?

Foi aqui que fiquei nas minhas pesquisas, interrompidas faz já algum tempo.

Um abraço e bom Domingo,
Daniel

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RE: Ao confrade Daniel Sousa - Granja do Ulmeiro! Caso resolvido!

#338332 | peninha | 19 nov 2013 18:58 | Em resposta a: #335494

Caro Pedro França

Procuro o Inventário Orfanológico do Capitão Manuel da Silva, falecido na vila de Tancos em 16.6.1818, que terá corrido termos no Tribunal de Tomar. Tanto quanto me é dado a conhecer, em 1828 já estaria findo. Sucede que, não estando noutros arquivos, a hipótese que se põe é a do Fundo Judicial de Tomar, desta época, estar no Arquivo da Universidade Coimbra.

Assim, tomo a liberdade de o maçar com o pedido de indagação possível sobre a existência de tal fundo nesse Arquivo, assunto que me parece encerrar alguma sensibilidade.

Com os meus cumprimentos,

António Pena Monteiro

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