O Misterioso reconhecimento duma enteada do Coronel Miguel José Gomes Monteiro, pedido de ajuda

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O Misterioso reconhecimento duma enteada do Coronel Miguel José Gomes Monteiro, pedido de ajuda

#376481 | 1385 | 29 dez 2016 12:33

1 Igreja Católica Portuguesa Assentos paroquiais da Freguesia dos Anjos de Lisboa, casamentos

( 1848 – 1867) fl. l98v assento nº 1

Aos 07 Janeiro de 1861 nesta igreja paroquial dos Anjos em Lisboa , depois das proclamas em forma do estilo, e não se conhecendo impedimento algum receberam-se por palavras de presente como manda a Santa Madre igreja Miguel José Gomes Monteiro e D. Maria Margarida da Conceição dos Reis. Ele viúvo de D. Luísa Rosa Gomes, que faleceu nesta freguesia, Capitão do Estado Maior de Artilharia e residente na rua Direita da Graça nº 150, filho Legítimo de João José Gomes Monteiro e de D. Francisca Rosa Gomes, nascidos, baptizados e casados na freguesia da Sé da cidade de Faro.

Ela solteira, de 40 anos ,moradora na rua dos Anjos nº 228, filha legítima de Lourenço José dos Reis, batisado em S. Pedro de Sintra, e de D. Maria da Conceição dos Reis, baptizada e casada na freguesia de Santa Engrácia

Testemunhas presentes o Excelentíssimo Conselheiro José Avelino dos Reis, digo André Avelino dos Reis,, proprietário, solteiro, irmão da noiva, e o Conselheiro José Joaquim Lobo, casado,morador no largo dos Lóios nº 4
2 Maria Margarida da Conceição dos Reis casada pela primeira vez em 1861 com 40 anos de idade teria nascido (em Santa Engrácia de Lisboa?) cerca de 1821
3 tinha tido antes do seu casamento uma filha referida em 04.06.1868 por nome D. Filomena Maria dos Reis, solteira. de 17 anos (*1850), batisada na freguesia de Sto Estêvão da vila de Alenquer como filha de pais incógnitos, e reconhecida depois por escritura pública como filha natural de D. Maria Margarida da Conceição dos Reis Monteiro, com quem está moradora na rua dos Anjos nº 22, de quem teve a licença necessária para este casamento.
Julgo ter localizado assento de baptismo desta senhora:
Registos paroquiais da freguesia de Santo Estêvão de Alenquer livro de baptismos 1846 - 1853 fl, 28v Assento nº 39
Em 22 de Novembro de 1850 nesta paroquial igreja de S. Pedro batisei solenemente e pus os santos óleos a Filomena filha de pais incógnitos. Foi padrinho Pedro José Cardoso, do que fiz este assentamento em fé do que me assino era ut supra o Prior Francisco Maria de Almeida Magalhães.
4 Donde concluo que Maria Margarida da Conceição dos Reis Monteiro teve esta filha Filomena próximo dos 30 anos de idade e a mesma foi batisada "discretamente" em Alenquer, fora do circulo de freguesias onde seria lógico baptizá-la. Dezassete anos depois, e em vésperas do casamento de Filomena (que residia com a mãe e o respectivo marido) esta é reconhecida depois por escritura pública como filha natural de D. Maria Margarida da Conceição dos Reis Monteiro, com quem está moradora na rua dos Anjos nº 22, de quem teve a licença.
5 Na minha experiência, de um modo genérico no segmento social em apreço, quando as mães eram casadas o reconhecimento era efectuado preferencialmente pelo pai, o que não sucedeu, nem, neste período existe a menor referência ao pai biológico.
6 Algum dos Confrades me poderia auxiliar no tocante á localização da escritura pública de reconhecimento desta Filomena dos Reis?
Desde já muito grato por qualquer ajuda
Manuel Lamas de Mendonça

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#376492 | GoldenDays | 30 dez 2016 17:00 | Em resposta a: #376481

Prezado confrade Manuel Lamas de Mendonça,

Atrevo-me a pensar que estará perante o batismo de uma criança exposta na roda da Santa Casa da Misericórdia e que, a exemplo de alguns milhares de outras, terá sido entregue a uma ama ou casal que dela trataria até vir a ser resgatada contra a exibição dos sinais que a mãe deixara quando a entregou e que estarão no respetivo processo. A indicação do nome a dar a criança no batismo pode lá constar.

A situação não seria, pois, nada invulgar e existem inúmeros casos desses na área geográfica onde o facto ocorreu. Não é de excluir que o padrinho de batismo seja o marido da ama.

Caso se trate de uma criança exposta, o processo deverá estar no arquivo histórico da SCML (que parece ter centralizado a informação de todas as Misericórdias) mas terá de lá se deslocar para o pesquisar e consultar segundo informação de outros confrades com experiência nesta matéria.

Dependendo do ano pode contar com alguns milhares de nomes em cada ano. Caso seja bem sucedido o mistério desaparece!

Já constatou que na BD do GeneAll está uma única Filomena Maria dos Reis, também do século XIX, que deu ao seu único filho o nome (Lourenço) do avô daquela que procura. Duas coincidências, ou não?

Cordiais cumprimentos.
Ribeiro de Araújo

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#376493 | GoldenDays | 30 dez 2016 17:19 | Em resposta a: #376492

Prezado confrade Manuel Lamas de Mewndonça,

Esqueci-me de responder à sua pergunta sobre o reconhecimento!

Nos casos a que aludi na minha anterior mensagem o reconhecimento como filha legítima era feito por despacho do Arcebispo com competência na área (neste caso Santo Estevão). Sei de um caso em que tal aconteceu na zona de Torres Vedras.

Cumprimentos.
Ribeiro de Araújo

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#376500 | 1385 | 30 dez 2016 19:48 | Em resposta a: #376493

Boatardes e meritíssimo obrigado Caro Ribeiro de Araújo
De facto é essa a regra, embora ignore se havia Roda em Alenquer, mas podia ter sido exposta em Lisboa e baptizada em Alenquer.
Não é coincidência, confere Conheço a linha materna e é toda de Lisboa.
Mas porquê apenas reconhecida pela mãe através de escritura Publica.? Quando essa mãe havia casado já ,(com 40 anos) com um viúvo que foi oficial superior do Estado Maior?
Isso poderá ser menos normal, admito eu
Na realidade o objectivo do meu pedido de ajuda visava o caminho para alcançar a escritura de reconhecimento.
Filomena Maria deve ter morrido em Caxias. Infelizmente os paroquiais não funcionam senão episodicamente on line e não posso socorrer-me do site Nós Portugueses da Associação dos Amigos da TT, onde constam de facto na ementa, sem que ela todavia proporcione (ainda?)acesso aos mesmos..
Muito obrigado pelos seus esclarecimentos e até sempre
Manuel Lamas de Mendonça

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#376537 | peninha | 01 jan 2017 11:50 | Em resposta a: #376481

Caro Manuel Lamas de Mendonça

Sendo a escritura pública um documento notarial, quiçá seja de procurar a escritura pretendida no fundo notarial da área de residência de D. Maria Margarida que, tanto quanto me parece, será Anjos - Lisboa.

Com os meus cumprimentos e votos de Bom Ano Novo,

António Pena Monteiro

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#376539 | 1385 | 01 jan 2017 13:55 | Em resposta a: #376537

Seja bem aparecido António Pena Monteiro, é sempre uma alegria saber de si!

Tem todas a razão, já pedi o óbito do marido para tentar localizar o dela, e com mais umas escrituras que herdámos, talvez seja possível delimitar cronologicamente o campo operatório relativo á escritura Pública

Sejamos moderadamente gratos e optimistas, independentemente do que o futuro trouxer, nada nos impede se desejar um bom ano um ao outro
o vizinho respeitoso
MLM

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#376541 | peninha | 01 jan 2017 16:45 | Em resposta a: #376539

Caro Manuel Lamas de Mendonça

A alegria é recíproca.

Um abraço,

António Pena Monteiro

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#383060 | Filipe Reis | 22 jul 2017 15:24 | Em resposta a: #376481

Caro Manuel Lamas de Mendonça,

Com grato prazer tive hoje acesso a este post.
Como familiar de Lourenço José do Reis (1784-1847) fico sempre satisfeito com a descoberta de factos novos. Na verdade, desconhecia a existência de Margarida, apesar de conhecer outros dos seus irmãos mais velhos: Maria da Conceição, Lourenço (n:1806), João (n: 1812) e Joana (n. 1814).

As minhas saudações,
Filipe Reis

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