Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

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Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#169918 | MSG | 12 out 2007 19:58

Prezados confrades:

Nos assentos de baptismo de Monção (Matriz, paróquia de Nossa Senhora dos Anjos) encontra-se, com data de 12 de Dezembro de 1540, um "dom Pedro de Soutomayor" a apadrinhar Inês, uma filha de Diogo Soares de Brito e sua mulher Madalena Felgueiras.

Não há dúvida na identificação dos pais da baptizada, mencionados pelo menos nas obras de Alão de Moraes e Felgueiras Gayo (embora lhe não atribuam filha com esse nome) e que se encontram aqui na base de dados em

http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=185903

Não estou no entanto capaz de identificar este padrinho, à falta de outra documentação ou referências.

Deixo aqui a transcrição que pude fazer do referido assento:

ADVCastelo, Paroquiais, Santa Maria dos Anjos (Monção), livro de baptismos 1, fl. 37
(baptismo da filha Inês)
Dyguo eu allv.º Vaaz Vygr.º de Santa m.ª de / monçam que eu bautjsej hua f.ª a D.º / Soares f.º de [palavra riscada e corrigida] Soares dyguo de P.º Soares / e a sua molher Madanella felgr.ª e a moça oube nome Jnes e a bautjsej aos doze dyas do mes de Dezembro da era d/ de myll e quynhetos e coreta anos e forom / compadres S dom pedro de soutomayor / e Yspynhosa a (e?) bryatyz a.º molher de Jo.m royz all /mocreve (?) genro de a.º vaaz todos moradores / nesta Vylla [Allv.º / Vaaz]

Tanto quanto pude até agora verificar, o tratamento de "dom" só a ele é dado nos assentos paroquiais dessa época em Monção, sendo "dona" apenas reconhecido a "D. Catarina, filha de Leonel de Abreu", podendo talvez este ser o senhor de Regalados, Leonel de Abreu e Lima, a quem Felgueiras Gayo dá uma filha com este nome (freira).

Agradeço qualquer ajuda na identificação deste D. Pedro de Sotomaior.

Melhores cumprimentos,

Marcos Sousa Guedes

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#169919 | MSG | 12 out 2007 20:17 | Em resposta a: #169918

Além de já nem saber escrever o meu nome, do que me penitencio, já não sou capaz, tão perto do fim de semana, de ter a atenção devida a quem possa fazer uso dos dados que deixei acima.

"Dona Catarina filha de Leonel de Abreu" está documentada em 27.12.1540 como testemunha no baptismo de Gabriel, filho de Alvaro Palhares e de Leonor Pacheco (lyanor pachequa). No mesmo acto, serviu de padrinho "Pero Gomes, filho de Lyonell dAbreu", irmão dela portanto. Todos, aqui, em

http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=16910

Melhores cumprimentos,

Marcos Sousa Guedes

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#169925 | hbanha | 12 out 2007 21:42 | Em resposta a: #169919

Cronológicamente poderá ser neto de Pedro Madruga, conde de Caminha e está aqui no GeneAll em
http://www.geneall.net/H/per_page.php?id=221285
Cumprimentos

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170072 | MSG | 15 out 2007 13:08 | Em resposta a: #169925

Caro Confrade,

é esse mesmo sem dúvida, documentado com sua mulher Urraca de Moscoso em assento transcrito aqui no genea em 2001 pelo confrade Eduardo Albuquerque (tópico Marinhos Falcões)

ADVCastelo, Paroquiais, Monção (Santa Maria dos Anjos), livro misto nº 1 fl…

Dyguo eu roque rõyz coneguo de Vallença que eu / bautyzey hua filha a Dom Pedro de Souto mayor e a / sua molher Dona oraqua e a bautyzey aos dezanove / dyas do mes de março da era de myll e quynhentos / corenta e cynquo anos e foram compadres .s. pedro d a / breu e lopo de lyra e elena gomes molher de rro / rabello / [allvaro vaaz]

Muito obrigado pela sua ajuda.

melhores cumprimentos,

Marcos Sousa Guedes

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170090 | hbanha | 15 out 2007 15:26 | Em resposta a: #170072

Caro Confrade
A minha indicação resulta do facto de D. Pedro de Sotomaior ser antepassado da minha mulher. A ligação não está feita aqui no GeneAll porque não está mencionada a descendencia da sua filha D. Teresa casada co Alvaro Doca.
Quem sabe se o assento que refere não será dela, uma vez que não diz o nome da baptizada.
Melhores cumprimentos
Henrique de Melo Banha

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170121 | victória | 15 out 2007 19:21 | Em resposta a: #170090

Caro Confrade

O seu Alvaro Doca será Alvaro Deca (d'Eça) ?

Com os melhores cumprimentos
eduardo domingues

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170124 | hbanha | 15 out 2007 19:46 | Em resposta a: #170121

Caro Confrade
Acho que não, a fonte onde fui buscar os dados que referi, mencionam claramrente Alvaro Doca. A fonte é uma genealogia dos Salazar Moscoso dedicada a Rodrigo de Salazar Moscoso da autoria de Luiz de Vreu de Mello.
Melhores cumprimentos
Henrique de Melo Banha

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170138 | manelsp | 15 out 2007 23:21 | Em resposta a: #170124

Caro Henrique
Corrijo o seu apontamento, e digo-lhe que o nome dele era Álvaro de Oca, e não Oca, senhor de um dos mais belos paços galegos - muito modificado na época barroca e conhecido como o "Versailles Galego". Também descendo desse casamento e algumas informações vou tendo.
Ao seu dispor
Manuel Sarmento Pizarro

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170154 | hbanha | 16 out 2007 09:31 | Em resposta a: #170138

Caro Manuel Sarmento Pizarro
Muito obrigado pela sua correcção que aceito com agrado.
Na verdade é perfeitamente natural a minha confusão em trocar o "de Oca" por "Doca" pois a Fonte a que tive acesso é uma transcrição do original, e quem a fez terá incorrido nesse erro.
Agradeço a sua disposição e aproveito para lhe solicitar uma visita à minha página genealógica em http://genealogia.netopia.pt/0297/
e me alertar para qualquer outra imprecisão.
Melhores cumprimentos
Henrique de Melo Banha

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170176 | Samuel C O Castro | 16 out 2007 15:03 | Em resposta a: #170154

Estimado Henrique,

Caso a genealogia dos "Salazar Moscoso", dedicada a "Rodrigo de Salazar Moscoso", de autoria de "Luiz de Vreu de Mello", se referir a algum elemento dos Castros, peço sua gentileza de aqui disponibilizar os dados, ou diretamente para o meu e-mail castro.genealogia arroba bol.com.br (sem espaços).

Muitíssimo obrigado no que for possível informar. Fico a disposição. Fraterno abraço.

Samuel de Castro

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170200 | manelsp | 16 out 2007 20:04 | Em resposta a: #170154

Cá vai o que tenho, além de ser seu parente por Mateus Homem da Cunha d'Eça. Com respeito a sua mulher, cá vai

Sou descendente de Don Baltasar Sarmiento Pimentel y Cadórniga, nascido em A Mezquita e seu senhor, assim como de Vilardecervos e outras casas, cavaleiro da Ordem de Calatrava em 1622, casado com D. Teresa de Soutomayor y Andrade, nascida em Soutomayor, Pontevedra, filha de D. Pedro de Sotomayor y Andrade, senhor das Casas de Sotomayor, Crecente, Fornelos, Tenório, entre outras, Cavaleiro de Santiago em 1600, capitão das Guardas Velhas de Castela, Mestre de Campo do Terço da Lombardia, embaixador ante o Duque de Sabóia, casado com D. Maria de Urquijo y Baraona
Sobre a Avó Teresa de Soutomayor y Andrade muito há que lembrar.
diz Felgueiras Gayo no capítulo §38 da sua ascendência
Filha de D. Pedro de Soutomayor, governador da torre de S. Julião da Barra em Lisboa, Justiça-maior do Reino de Nápoles sendo vice-rei seu primo o conde de Lemos, embaixador a Sabóia por Filipe II. Filho de D. Teresa de Soutomayor e de seu segundo marido D. Fernando de Andrade, filho bastardo de D. Fernando de Andrade, Conde de Villalba e Andrade, Senhor das vilas de Puentes.
D. Teresa era filha de D. Pedro de Soutomayor, Senhor de Soutomayor e Fornelos, e de sua mulher D. Urraca de Mozcoso, filha de D. Rodrigo de Mozcoso, terceiro conde de Altamira, e sua mulher D. Teresa de Andrade. D. Pedro era filho de D. Álvaro de Soutomayor, segundo conde de Caminha e visconde de Tui, casado com D. Inês Ermigues de Monroy, filha de D. Fernando de Monroy Rodriguez de Las Varillas, senhor de Belvís, e de sua mulher D. Catalina ou Branca Enriquez. Filho do célebre Pedro Madruga, Pedro Álvares de Soutomayor, que seguiu voz ao Rei de Portugal em defesa da Excelente Senhora, pelo que teve que passar a Portugal onde casou com D. Teresa de Távora, filha de Álvaro Pires de Távora, senhor de Mogadouro, e de sua segunda mulher D. Leonor da Cunha.

Quanto aos "meus" Ocas, o seu Álvaro poderá ser irmão, e mostro-lhe o que tenho dos que refiro
I – Suero de Oca, Senhor da Casa de Oca, serviu a Henrique IV de Castela e aos Reis Católicos, e casou duas vezes, interessando-nos a sua segunda mulher D. Euxía ou Eugénia de Deza. Sendo viúvo por segunda vez fez-se eclesiástico, e foi Abade de Oseira e S. Esteván de Ribas de Sil, e nomeado em 1486 Bispo de Tarso.
II – Álvaro de Oca y Deza, Senhor de Celme, Val de Laza, fundou o morgadio de Celme em 1529, senhorio este que lhe veio por sua mulher, D. Maria Sarmiento de Ribadeneira, ou Zúñiga, filha de Rodrigo González de Ribadeneira e de María Sarmiento, neta paterna de Diego Sánchez de Ribadeneira (filho de Fernán Díaz de Ribadeneira o Moço já mencionado neste estudo) e de D. Teresa Rodriguez de Aguiar, filha de Juan Pardo de Cela e de Teresa Rodriguez de Aguiar, e neta materna de Pedro Sarmiento de Vivero de de Leonor Díaz de Parga.
III – D. Diego de Oca y Sarmiento, Senhor de Celme e Val de Laza, casou com D. Leonor de Zuñiga y Bazán.
IV – D. Álvaro de Oca y Zúñiga, senhor da casa e Estado de Celme e Vale de Laza, que serviu a Filipe II de Espanha nas guerras com Portugal, casado com D. Maria (ou Mariana) de Lemos y Saavedra, Ou Saavedra y Lemos, senhora da Casa de Saavedra – ver apêndice 1.
V – D. Diego de Oca y Sarmiento, Senhor da Casa de Celme, Vale de Laza e Casa de Saavedra, vice-rei e Capitão Geral de Calábria, Cavaleiro da Ordem de Santiago em 1625, casou-se com D. Brianda Ordóñez de Villaquirán e Andrade das Seixas (sobre ela ver mais abaixo o apêndice 2).
VI – D. António ou Antón de Oca y Sarmiento, nascido cerca de 1610 e falecido em 1671, senhor das Casas de Saavedra e Baamorto, cavaleiro de Santiago em 1662, procurador nas Cortes pela Galiza, governador e Capitão Geral da Nova Biscaia – México – casou com em Julho de 1645 com D. Constanza (ou Maria) Pimentel e Ribadeneira, Senhora da Casa de Bergondo – ver apêndice 3. -. Em segundas núpcias casou com a Marquesa de Viance.
VII – D. Diego Francisco de Oca (Ribadeneira) y Pimentel, nascido por volta de 1646 em Betanzos e falecido por volta de 1698, senhor de Bergondo, Mezquita, Reixas, Norla, Saavedra, entre outras, Coronel de milícias de Betanzos, casado em A Mezquita a 20 de Maio de 1668 com D. Jerónima Juana de Cadórniga y Soutomayor, Senhora das casas de Mezquita e As Frieiras, Granja de Petín Villavieja, etc – ver apêndice 4.
VIII – D. António José de Oca y Cadórniga Sarmiento y Soutomayor, pai da presente biografada. Nasceu em A Mezquita, Ourense, a 5 de Maio de 1673, Senhor das casas de Bergondo, Oseiro, A Mezquita, Frieiras, Granja de Petín, etc., de quem descendo.

Grande parte das informaçoes estão online na pagina de "xenealoxia" galega. Qualquer informação que eu lhe possa transmitir, estou ao seu dispor.
Com os melhores cumprimentos
Manuel Sarmento Pizarro

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170230 | MENDES | 16 out 2007 23:50 | Em resposta a: #170200

Caro Sr. Manuel Sarmento Pizarro

Tendo observado com interesse este tópico,venho dizer que um grande amigo meu e grande geneologista de nome João Baptista Malta assim como seu primo Pedro Sameiro, são descendentes de D. Bernardino Ferreira Sarmento Sotomayor que consta em Felgueiras Gaio (título de Ferreiras, capítulo 53 nº1) por seu filho Pedro Ferreira (nº2) o qual consta já no Genea assim como figura com sua mulher na carta do brasão de um seu dscendente, João de Mira Pitta Barbosa (arquivo de Sanches de Baena nº 1228).
Pela coincidência dos apelidos e situação geográfica parece-me poder ter a ver com os vossos familiares.
Se tiver alguma informação que corrobore as minhas suspeitas agradeço que me informe
Com os melhores cumprimentos

João Mendes

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170246 | manelsp | 17 out 2007 08:47 | Em resposta a: #170230

Caro João Mendes
Defacto devem ser parentes. Felgueiras Gayo não fala da ascendencia de Bernardino, mas poderá ser vástago dos Sarmiento Sotomayor, e o nome próprio já nos levaria a suspeitar do Conde de Ribadavia - aqui na base de dados.
De resto, sobre essa familia apenas tenho o seguinte, que é da autoria, aqui no fórum, de Fernando M. Moreira de Sá Monteiro

Don Diego Sarmiento, Senhor de Sobroso, do couto de Canedo, da jurisdição de Parada de Achas, etc., parente dos Condes de Santa Marta, era filho de Don Garcia Sarmiento, Meirinho de Toroño, Senhor de Sobroso e Salvatierra (esta por dote de casamento), do couto de Canedo, da jurisdição e couto de Parada de Achas, etc. (sobrinho lhe chama Don Garcia Fernández Sarmiento, 3º Adiantado-mor, de quem recebeu em 1428 uma doação de 5.000 florins de ouro) e de sua 1ª mulher Doña Teresa de Sotomayor (filha herdeira de Don Paio Subredia de Sotomayor, Meirinho de Toroño, Alcaide e Governador de Tui, Senhor de Salvatierra, que recebe das mãos de João I em 1389, do couto de Parada de Achas, de Louriña, Hermiel, Valdemiñor, Conchelo, dos coutos de Eanes, Pétan e Parada, em Porriño, etc., e de sua mulher Doña Mencia de Andrade).

Casou, segundo os linhagistas, com Doña Leonor de Meira y Valladares, que o P.e Crespo Pozo, in “Blasones y Linages de Galicia”, faz filha de Don Gonzalo (aliás Don Gregorio) de Valladares e de sua mulher Doña Teresa de Meira, Senhores das Casas e fortalezas de Valladares, Meira, Sasamón, das terras de Mouriscados e La Bandera.
Porém, José Garcia Oro, in “La Nobleza Gallega en la Baja Edad Media”, baseado em Vasco de Aponte (no seu “Recuento de las Casas Antiguas del Reino de Galicia”), afirma que a mulher de Diego Sarmiento era irmã de Don Fernán de Camba, que foi Duque de Camba pelos relevantes serviços prestados na Guerra de Granada em 1510, e de Don Lope de Taboada, Senhor da fortaleza de Castro Caldelas; todos filhos de Don Álvaro de Camba, Senhor de Camba e Rodeiro.
A sua ascendência materna pelos Sotomayor fazia-o parente de Don Pedro Alvarez de Sotomayor, o célebre Pedro Madruga.
Mas o parentesco entre estas duas casas não obstava a que entre Diego Sarmiento e Pedro Madruga existissem relações bem pouco amistosas.
De resto, Don Pedro Alvarez de Sotomayor era também parente próximo da Condessa assassinada.
Por isso, ofendido pela morte injuriosa causada a esta sua familiar, irrompeu na vila de Ribadavia, assassinando a quantos surpreendeu e degolando Diego Sarmiento.
Com a morte desonrosa do Senhor de Sobroso, sucede-lhe seu filho Don Garcia Sarmiento que tentará recuperar o senhorio e mesmo aumentá-lo, bem como vingar a afronta.
Consigo estão os fidalgos de Pontevedra, Avalles, Montenegros e Valladares, com os quais se empenha em manter um clima de guerrilha nas fronteiras do senhorio de Sotomayor.
Por trás de si estão o poderoso arcebispo Fonseca e os Ulloas e, sobretudo, a coroa. É que Garcia Sarmiento havia tomado posições firmes de apoio aos reis católicos Fernando e Isabel, contra as pretensões de Joana a Beltraneja (de quem foi fiel partidário Pedro Madruga).
Em 1477-1478 Garcia Sarmiento tenta recuperar o seu senhorio: Sobroso e Salvatierra.
Conquista de facto a fortaleza de Sobroso. Mas, certo dia, ao patrulhar com vinte ou trinta cavaleiros e mais de duzentos peões seus e do arcebispo, a barreira defensiva de Sobroso-Castrizán, foi preso pelos homens de Sotomayor.
Mais tarde, também seu tio Fernán de Camba foi levado como prisioneiro para o castelo de Sotomayor, onde Madruga o manteve enjaulado no meio duma sala.
O Senhor de Sotomayor ainda tentou ameaçar com a morte de Garcia Sarmiento diante da fortaleza de Sobroso para que lha entregassem. Mas o alcaide, Lope de Avalle, cunhado de Garcia Sarmiento (estava casado com Doña Catalina Sarmiento) recusou-se a entregar-lha.
E só nos finais de 1482 Garcia Sarmiento e Fernán de Camba recuperaram a liberdade na batalha de Salvatierra.
Este Garcia Sarmiento obteve em 30 de Maio de 1497 sentença definitiva da Chancelaria de Valladolid que lhe confirmava a posse de Salvatierra. E isto enquanto o Conde de Ribadavia e os Sotomayor tentavam apresentar provas alegando o seu direito a esta importante vila.
Salvatierra havia passado durante pouco mais de um século por vários senhores. Sendo no início da coroa, foi doada por João II ao Conde de Ribadeo. Este vendeu-a ao Conde de Santa Marta Don Diego Pérez Sarmiento. Finalmente, a viúva deste, Doña Teresa de Zúñiga, trocou-a com Don Álvaro Páez de Sotomayor por um juro de 25.000 maravedis que este possuía em Pontevedra.
As alegações de Garcia Sarmiento foram simples mas claras: sendo ele o filho maior legítimo de Diego Sarmiento, que por sua vez o era de Garcia Sarmiento e de Teresa de Sotomayor, filha esta de Paio Subredia de Sotomayor, “que era visneto varon mayor legítimo o descendiente del dicho Payo Subredia de Sotomayor por lo qual dixo que como a tal visnieto legitimo descendiente del por titulo de mayoradgo por derecho de señorio o casy y por otros justos y derechos titulos le pertenescia la dicha villa de Salvatierra con su fortaleza e alfoz e tierra e señorio e jurisdicción“ .
Garcia Sarmiento casou duas vezes: segundo Ávila y La Cueva , baseado em documentos da família, a primeira com Doña Sancha de Lobeira; e depois de conviver com ela cerca de doze ou quinze anos, sem sucessão, requereu o marido sentença de divórcio alegando que ela fora casada antes com Don Paio Gómez de Sotomayor e depois com Esteban de Xunqueiras, ambos parentes dele Garcia Sarmiento dentro do 4º grau. A sentença de divórcio foi dada por Don Pedro de Soto, provisor de Santiago, a 7 de Maio de 1505.
Garcia Sarmiento casara entretanto (antes ainda da sentença de anulação) com Doña Francisca de Sotomayor (viúva sem filhos de Diego Alvarez de Sotomayor), filha de Don Alvaro de Sotomayor, 2º Conde de Caminha, e de sua mulher a Condessa Doña Inês Enriquez de Monroy, de quem veio a ter sucessão.
Gándara , porém, tem uma versão diferente e que é seguida pela maior parte dos linhagistas. Segundo ele, Garcia Sarmiento teria casado em primeiras núpcias com Doña Francisca de Sotomayor, casamento que teria sido anulado pelo parentesco entre os cônjuges.
Casara então com Doña Sancha de Lobeira; mas, recorrendo para Roma Doña Francisca lograra que fossem revalidadas as primeiras núpcias, ainda que, logo que falecida esta senhora, Garcia Sarmiento voltasse a casar com Doña Sancha.
Don Garcia Sarmiento testou a 4 de Agosto de 1523, em Valladolid, fundando morgadio a favor de seu filho primogénito Don Juan Sarmiento de Sotomayor, do qual fez cabeça a sua vila e fortaleza de Salvatierra, a jurisdição e castelo de Sobroso, os coutos de Canedo e Nogueira, as aldeias de Pias, Mouriscados e o Vale de las Achas.
Na descendência de Don Juan Sarmiento se mantiveram os senhorios de Salvatierra e Sobroso, os quais irão mais tarde ser titulados em Condes de Salvatierra e Marqueses de Sobroso.
Outros dos filhos de Don Garcia Sarmiento foram: o seu homónimo Don Garcia Sarmiento de Sotomayor, que foi senhor de Gondomar, Vincios, Peitieiros, Morgadans, Governador e Capitão das Canárias, pai do 1º Conde de Gondomar (Don Diego Sarmiento y Acuña de Sotomayor); e Don Diego Sarmiento de Sotomayor, do Conselho da Suprema Inquisição, bispo de Astorga e eleito de Siguenza.
Já acima deixámos referido que Don Garcia Sarmiento tivera uma irmã Doña Catalina Sarmiento que fora casada com Don Lope de Avalle, alcaide de Sobroso; mas não referimos então que esta senhora casara também com Don Gómez Cru de Pontevedra, de quem teve Doña Teresa, mulher de Don Fernán Pérez de Betanzos (filho de Don Pedro Fernández de Andrade, regedor de Betanzos, e de Doña Juana Diaz de Lemos).


*


Passemos agora a referir Don Diego Sarmiento, 2º filho varão do homónimo degolado por Pedro Madruga.
Este Don Diego serviu os Reis Católicos que lhe deram a alcaidaria da fortaleza de Monte do Boy, em Bayona, e que talvez seja identificável com o Diego Sarmiento que em 1518 era Cavaleiro do Conselho do rei D. Manuel I de Portugal.
Casou com Doña Constanza de Sotomayor, filha do eterno inimigo dos Senhores de Sobroso, Don Pedro Alvarez de Sotomayor, dito Pedro Madruga, Conde de Caminha, Visconde de Tui e Marechal de Bayona , e de sua mulher a Condessa Doña Teresa de Távora.
Manteve com seu sobrinho Don Juan Sarmiento um longo pleito judicial, acerca de Salvatierra e Sobroso, sustentando que este não fora gerado em legítimo matrimónio e, por isso, lhe deveriam ser entregues aquelas jurisdições.
Chegaram porém a um entendimento, ficando Don Diego com o Vale de las Achas, com 400 vassalos, com o lugar e couto de Parada, Casa e Palácio de Villanueva e com o Vale de Pétan, com senhorio de 300 vassalos, bem como o padroado do Convento das monjas beneditinas da vila de La Guardia; a Don Juan Sarmiento foram atribuidos os senhorios de Salvatierra e Sobroso e a Casa solarenga de las Achas .
O senhorio do Vale de Achas provocou desde o século XVI sistemáticas queixas dos moradores contra os Sarmientos, acusando-os de abusos de poder.
A primeira sentença executória contra os senhores do Vale de Achas data de 30 de Dezembro de 1515, contra Don Garcia Sarmiento e é emanada da Real Chancelaria de Valladolid e Audiência de Galiza.
Novos protestos, sentenças e apelações entre os moradores e os Sarmientos mantêm-se nos anos subsequentes e até, pelo menos, ao século XIX, umas vezes a favor dos primeiros, muitas outras favorecendo e reconhecendo os direitos dos Senhores do Vale de Achas .
Desde a mesma época que existiram igualmente pleitos entre os mesmos senhores e os vassalos do Vale de Pétan, pelas mesmas razões invocadas pelos moradores do Vale de Achas.
Do casamento de Don Diego Sarmiento de Sotomayor com Doña Constanza de Sotomayor nasceram dois filhos varões: Don António Sarmiento de Sotomayor, cuja descendência iremos tratar; e Don Pedro Sarmiento de Sotomayor, que herdou o senhorio do Vale de Pétan e em cuja descendência se manteria esta jurisdição, sendo o tronco dos Senhores da Casa e Condado de Maceda, Condes de Fefiñanes e Marqueses de Figueroa.
Don António Sarmiento de Sotomayor herdou o senhorio e jurisdição do Vale de las Achas (compreendendo as freguesias de Santiago de Parada e Santa Maria de Luneda) e o couto de Parada, com a Casa e Palácio de Villanueva de las Achas, assim como o padroado do Convento beneditino da vila de La Guardia.
Casou com Doña Ana de Bazán y Robles, neta do Visconde de Valduerna.
Deste casamento nasceu o herdeiro do senhorio paterno: Don Diego.
Don Diego Sarmiento de Sotomayor foi assim Senhor da jurisdição de Achas e couto de Parada, da Casa e Palácio de Villanueva e do padroado do Convento de La Guardia.
Casou com Doña Angela Pimentel y Ozores de Sotomayor, que levou em dote os senhorios de Feardos, Gomezende e Milmenda, filha de Don Gonzalo Rodriguez de Araújo, Senhor destes senhorios e jurisdições, e de sua mulher Doña Isabel Ozores y Sotomayor, fundadora com seus irmãos do Convento beneditino de La Guardia (bisneta materna dos 1ºs Condes de Caminha).
Foram vários os filhos deste casamento: Don António Sarmiento de Sotomayor, no qual se mantiveram os senhorios e jurisdições de Achas e Parada e com quem iremos iniciar o estudo genealógico dos Senhores do Morgado e Pazo de Borza, em Santa Cristina de Valeixe, que dele descendem; Don Diego Sarmiento de Sotomayor, que morreu servindo na Flandres; Don Francisco Sarmiento de Sotomayor, logo abaixo; Don Bernardino Sarmiento de Sotomayor, ao qual nos referiremos igualmente mais à frente; e várias filhas monjas no Convento de La Guardia.
Don Francisco Sarmiento de Sotomayor foi Cavaleiro da Ordem de Santiago, Contador-mor da cidade de Cartagena, nas Indias, da qual foi Governador e Capitão General e Cabo das Galés da sua costa, Governador e Capitão General da província de Popaian, onde conquistou aos índios barbacoas duzentas léguas de terra, povoou as cidades de S. Francisco Sarmiento e Santiago de Sotomayor, abrindo passagem para o comércio do Perú, defendeu a Ilha de Santa Marta dos ingleses, que a tinham sitiada com seis navios, veio depois a ser Corregedor da cidade de La Plata, da vila de Potosi e da cidade de Cuzco, Governador da província de Collaguas, Corregedor de Cailloma e Alguazil-mor da Inquisição de Lima. Casou com Doña Catalina Pelaez de la Guerra y Barros (filha de Don José de Barros, que depois de viúvo foi Deão da igreja de Cartagena das Indias e Bispo eleito dela, e de Doña Luisa Pelaez de la Guerra). Foi seu filho Don Agustin Sarmiento de Sotomayor, Cavaleiro de Santiago, Visconde de Portillo, junto a Toledo, e Senhor da vila de Sabucedo de Limia, na Galiza, de quem descendem os restantes Viscondes de Portillo.
Don Bernardino Sarmiento de Sotomayor, 4º filho varão de Don Diego Sarmiento de Sotomayor, Senhor do Vale de Achas e Parada, foi Cavaleiro da Ordem de Santiago, Comendador de Estriana, “Cavallerizo de las Reinas” e Senhor de Gomezende. Casou com Doña Berenguela Maria de Noboa y Feixóo, Dama da Raínha Margarida de Áustria.
Destes foi filha herdeira Doña Catalina Sarmiento de Sotomayor y Noboa, que foi Senhora de Gomezende e da Casa e jurisdição de Sotopenedo, vindo a casar com Don Gabriel de Quirós Sotomayor y Hinestrosa, Senhor da vila de Mós e da jurisdição de Torroso, Justanes e Tourón, Cavaleiro da Ordem de Calatrava, Comendador de Betera, Mestre de Campo de infantaria, filho de Don Gabriel Bernardo de Quirós y Sotomayor, Senhor de Mós, Torroso, Justanes e Tourón, e de sua mulher Doña Violante de Sousa e Menezes, dos Senhores de Pentieiros e couto de Francemil, em Portugal.
Foram os pais do 1º Marquês de Mós (mercê de 6 de Novembro de 1686), Don Gabriel Sarmiento de Quirós y Sotomayor, Cavaleiro da Chave Dourada, Procurador do Reino da Galiza, tronco dos restantes Marqueses de Mós, dos Duques de Sotomayor, dos Duques de Estrada, dos Senhores de Petán e de outras ilustres Casas com o título de “Grandes de Espanha”.



Morgadio de Borza, em Santa Cristina de Valeixe

I- DON ANTÓNIO SARMIENTO DE SOTOMAYOR, Senhor de Vale de Achas, com 400 vassalos, do couto de Parada de Achas, de Feardos, da casa e Palácio de Villanueva de Achas, Governador de Bayona e capitão do castelo de S. Julião de Lisboa, Corregedor de Ribadeo e Viveiro, etc., filho primogénito de Don Diego Sarmiento de Sotomayor, Senhor de Vale de Achas e Parada, de Feardos, Gomezende, etc., e de sua mulher Doña Angela Pimentel de Ozores y Sotomayor.
Faleceu a 20/9/1695 em S. Tiago de Parada (Achas).
Casou com DOÑA ANA FLORES, de Salamanca, filha de Don André Rodriguez Flores, alcaide-mor da Irmandade em Salamanca, e de sua mulher Doña Ana de Freitas, a qual faleceu a 8/3/1630 em S. Tiago de Parada.
Dizem também ter casado em 2ªs núpcias com DOÑA FRANCISCA DE CEA Y BAZÁN, possivelmente do Pazo de Balinfra, em Santa Eulalia de Camos (Nigrán), ou mais certamente do Pazo de Cea, que possuia o padroado da igreja da citada freguesia.

Filhos do 1º matrimónio:
II(1)- Don António Sarmiento de Sotomayor, não herdou o Senhorio de Vale de Achas e Parada, Palácio de Vilanueva de Achas, etc., por morrer em vida do pai, foi Cavaleiro da Ordem de Santiago e capitão de infantaria e de cavalos.
Casou com Dõna Leonor de Rojas y Sylva, de quem teve por herdeiro nos senhorios a Don Diego Sarmiento de Sotomayor casado em Mérida com Doña Maria de la Rocha Solis y Ovando, filha de Don Fabian de la Rocha e de Doña Maria de Solis y Ovando, sobrinha do Bailio Fr. Don Miguel de Solis y Ovando e de Don Francisco de Solis y Ovando, do Conselho Real de Castela e da Guerra. C.g. de que descendem os restantes Senhores de Vale de Achas e Parada, futuros Condes de Villanueva de las Achas, Fernan Nuñez e Cervellón, Marqueses de Castel Moncayo, Mina e Nules, e Duques de Montellano e del Arco, com o título de “Grandes de Espanha”.
II(2)- Fr. Don Melchior Sarmiento de Sotomayor, foi Cavaleiro da Ordem de Santiago, Chantre e Cónego da Igreja de Santiago de Compostela.
II(3)- Doña Angela Sarmiento de Sotomayor, casada com Rodrigo Pereira de Castro. S.g.
Filhos do 2º matrimónio:
II(4)- Don António Sarmiento de Sotomayor, segue
II(5)- Don Bernardo Sarmiento de Sotomayor, falecido a 28/4/1702 en San Cristóbal de Mourentan, casado com Doña Lucia de Araújo, falecida a 31/12/1694, na mesma freguesia. Deles descendem os Senhores do Pazo e Morgado de Pombeiro, da Torre de Sande e Morgado de Guimaráns, em Mourentan.

Teve ainda de ISABEL FEIJÓO, soltª da freg. de Parada:
II(6)- Doña Teresa Sarmiento, falecida a 10/5/1728, sendo moradora em casa de Don Diego Sarmiento, Senhor de Vale de Achas e Parada, seu sobrinho, em Santiago de Parada.

II- DON ANTÓNIO SARMIENTO DE SOTOMAYOR, viveu no “Palácio“ de Cervéllon, em Santiago de Parada (de Achas) e foi Senhor do Pazo de Borza, em Santa Cristina de Valeixe.
Levantam-se-nos algumas dúvidas acerca do nascimento deste filho do Senhor de Achas e Parada.
De facto, presumimos que tanto ele como seu irmão germano Don Bernardo tenham sido gerados fora do casamento.
Senão vejamos. O filho primogénito de Don António Sarmiento de Sotomayor e de Doña Ana Flores chamou-se igualmente Don António, e embora tenha morrido ainda em vida do pai, como afirmam os linhagistas, casou e teve geração de sua mulher Doña Leonor de Rojas y Silva, no qual se continuou o senhorio de Achas e Parada. Sabendo-se que a mãe deste (Doña Ana Flores) faleceu em 1630, ele terá nascido antes desta data. Mas não muito tempo antes, já que seu pai veio a falecer somente em 1695.
Por outro lado, no assento de casamento do suposto filho do 2º matrimónio diz-se apenas que o noivo é “hijo de Don António Sarmiento“, o que faz suspeitar seja havido fora do matrimónio do pai.
Atendendo a que Don António Sarmiento de Sotomayor, senhor de Achas, faleceu mais de sessenta anos após sua mulher, seria perfeitamente plausivel que ele pudesse ter vindo a casar posteriormente com Doña Francisca de Cea; mas - é nossa suposição - o fizesse “in articulo mortis“, legitimando assim os filhos dela havidos.
Ainda assim, temos dúvidas de que, a existir tal segundo casamento, ele não fosse referenciado pelos nobiliaristas.
Pelo que, até prova documental convincente, somos de opinião de que este filho (bem como o Don Bernardo, progenitor dos senhores do Pazo de Pombeiro) tenha sido gerado fora de casamento.
Casou a 20/6/1655 em Santiago de Parada com DOÑA MARTA TRONCOSO DE ULLOA, filha do Capitão Don Diego Troncoso de Ulloa e de sua mulher Doña Isabel de Araújo, da mesma freguesia .


Filhos :
III(1)- Don Fernando Sarmiento de Sotomayor, segue
III(2)- Don Diego Sarmiento de Sotomayor, bapt. em Santiago de Parada a 8/12/1658. S.m.n.
III(3)- Don Luís Sarmiento de Sotomayor, bapt. na mesma freg. a 27/11/1662. S.m.n.
III(4)- Don Carlos Sarmiento de Sotomayor, de quem desconhecemos a data e local de bapt., casou a 15/11/1693, em Santa Cristina de Valeixe (com dispensa dos 3º e 4º graus), com sua prima Doña Florentina de Puga y Araújo, filha de Domingos de Puga e Catalina de Araújo. C.g.
III(5)- Don António Sarmiento de Sotomayor, casado com Doña Violante Sarmiento de Sotomayor, que poderá ser filha dos senhores de Pétan ou, mais provavelmente, do Pazo de Pombeiro. C.g.
III(6)- Don Jacinto Sarmiento Troncoso, casado com Doña Maria Sarmiento de Ulloa, a qual veio a falecer em S. Tiago de Parada a 8/6/1730. C.g.
III(7)- Fr. Don Bernardo Sarmiento de Sotomayor, padrinho de bapt. de Bernardo, filho de Don Fernando Sarmiento de Sotomayor (abaixo), em 1688. S.m.n.
III(8)- Doña Maria Sarmiento de Sotomayor, madrinha de bapt. do mesmo, na data acima indicada. S.m.n.

III- DON FERNANDO SARMIENTO DE SOTOMAYOR, foi bapt. em Santiago de Parada a 22/10/1655.
Foi Senhor do Pazo de Borza, em Santa Cristina de Veleixe e do vínculo instituído por Alonso González de Moaña, em 1473, no Pazo de Casal, em Bueu, Pontevedra.
Casou a 20/3/1672, em Santiago de Parada, com DOÑA LUISA DE ALDAO Y TABOADA, bapt. a 9/9/1649 em S. Martin de Berducido, no bispado de Tui, filha de Don Esteban Rodriguez de Aldao, que foi abade de Santiago de Parada, e de Catalina Rodriguez, solteiros .
Em 4/10/1676 Don Fernando Sarmiento de Sotomayor requereu do cura de S. Martin de Berducido certidão do assento de baptismo de sua mulher Doña Luísa de Aldao, “para çiertos letigios de pleitos que se me an mobido en raçon de la erençia y binculo que fundó alonso gonçales de moaña … “ .

Filhos:
IV(1)- Doña Antónia Bernarda Sarmiento de Sotomayor, bapt. a 12/2/1673 en Santiago de Parada, tendo por padrinhos Don António Sarmiento de Sotomayor, Senhor de Achas, seu bisavô, e Doña Ana Carvajales, “a los quales declare el parentesco “.
Faleceu solteira a 19/8/1729 em Santa Cristina de Valeixe.
IV(2)- Don Tomás Sarmiento y Aldao de Sotomayor, segue
IV(3)- Doña Josefa Margarida Sarmiento de Sotomayor, bapt. a ?/?/1677 na mesma freg.
IV(4)- Don Diego Sarmiento de Sotomayor, bapt. a ?/?/1678 na mesma freg., tendo por padrinhos “el Señor Don Diego Sarmiento y la Señora Doña Maria de la Rocha“.
Casou em 1ªs núpcias, na freg. de S. Julian de Marin (anexa de Santa Maria del Puerto), com Doña Juana Maria Cicerón, possivelmente filha de Don Antonio Benito Cicerón, da vila de Marin, e de sua mulher Doña Josefa Centeno Troncoso de Lira.
Casou em 2ªs núpcias, em Alxán, no bispado de Tui, a 16/9/1706, com Doña Maria Josefa Suarez de Castro, filha de Don Miguel Suarez de Castro e de sua mulher Doña Catalina de Brito Balçan, da mesma freg. C.g.
IV(5)- Doña Maria Luísa Sarmiento y Aldao, bapt. a 7/5/1681 na mesma freg., tendo por padrinhos Don António de Puga e Antónia Gomez, moradores em Valeixe.
IV(6)- Don Esteban Sarmiento de Sotomayor, bapt. a 9/9/1683 na mesma freg., tendo por padrinhos Don António Sarmiento e Doña Marta Gil “y les adverti el parentesco“.
Foi caudilho da gente de armas do partido de Porriño e justificou a sua nobreza em 1732 .
Fez testamento em 9/10/1724 .
Casou a 13/1/1712 em Santiago de Pontellas com Doña Juana Maria de Sequeiros Cadabal y Romay, Senhora do Pazo e Morgado de Cadabal, nesta freg., filha de Don António de Sequeiros Cadabal (Falcon y Sotomayor) y Romay, Senhor do Morgado do Pazo de Cadabal, e de sua mulher Doña Maria Teresa de Acebedo Arias y Quiroga.
Foi seu filho herdº Don Esteban José Sarmiento Cadabal y Romay, que sucedeu no Morgado e Pazo de Cadabal, foi cadete do Regimento de Dragões de Edimburgo, caudilho da gente de armas do partido de Porriño, em sucessão a seu pai, e serviu em Ceuta, Itália, Cápua, Messina, etc., e casando com Doña Antónia de Groba y Portocarrero teve Doña Maria Francisca Sarmiento y Groba de Cadabal, herdª do Morgado e Pazo de Cadabal, casada com Don Fernando Agustin Zelaya y Jausoro, pais de Doña Juana Maria Teresa Zelaya y Sarmiento, herdª do Morgado e casada com Don Gabriel Maria Sarmiento de Sotomayor y Acuña, nomeados à frente em VI.
IV(7)- Don Bernardo Sarmiento Troncoso, bapt. a 11/7/1688 na mesma freg. tendo por padrinhos Fr. Don Bernardo Sarmiento e Doña Maria Sarmiento, “advertiles la cogn.on espiritual“. Creio ser este o juiz da jurisdição de Arbo, falecido soltº na freg. de Achas a 11/7/1734, sendo paroquiano de Santa Cristina de Valeixe onde se mandou enterrar; fez-se-lhe o enterro com trinta missas de ofício. Deixou no seu testamento a cada terço vinte missas de ofício, vinte de voto, incluíndo uma a Santo Cristo de Orense; deixou mais trinta missas à disposição dos herdeiros e quatrocentas repartidas pelo convento de S. Francisco de Ribadavia e da vila.
IV(8)- Don Fernando Sarmiento de Sotomayor, bapt. a 12/11/1690 na mesma freg. S.m.n.
IV(9)- Doña Teresa Sarmiento y Aldao, bapt. a 3/10/1693 na mesma freg., tendo por padrinhos Don Tomás Sarmiento e Antónia Sarmiento, solteiros, seus irmãos. S.m.n.

IV- DON TOMÁS SARMIENTO Y ALDAO DE SOTOMAYOR, foi Senhor do Morgado do Pazo de Borza, em Valeixe, com seus agregados em outras freg.s.
Faleceu em Santa Cristina de Valeixe a 6/8/1737, com testamento em que deixou mais de uma centena de missas a serem ditas nos conventos de S. Simão de Redondela, S. Diego de Canedo, S. Francisco de Ribadavia e do Santo Cristo de Orense.
Casou em 1ªs núpcias, provavelmente na fregª de S. Salvador de Cristiñade, Puenteareas, com DOÑA VITÓRIA JOSEFA PEREIRA (DE CASTRO) Y MOSCOSO, provável irmã do Doutor Don Ignacio Pereira y Moscoso, que em 1736 exercia o nobre ofício de Assistente e Justiça Maior da cidade de Santiago de Compostela, e foi colegial de Fonseca, catedrático de Prima de Leis na Universidade de Santiago , senhor da quinta de Reboreda (por compra), fºs de Don Álvaro Pereira de Castro, capitão de milícias, da fregª de S. Pelayo de Alxán, e de sua mulher Doña Gregoria de Puga y Araújo, de S. Vicente de Canedo; netos paternos de outro Don Álvaro Pereira (de Castro), “o capitão velho”, serviu como capitão nas campanhas da Flandres, com grande reputação de prudência e valentia, em todas as funções que lhe foram acometidas, e de sua mulher Doña Isabel de Oya, ambos da fregª de Alxán; netos maternos de Don Vasco de Puga y Araújo, capitão de infantaria, de S. Vicente de Canedo , e de sua mulher Doña Maria Garcia Pardon, da vila de Noya.
Casou em 2ªs núpcias com DOÑA TERESA DE ACEBEDO.

Filhos do 1º matrimónio:
V(1)- Don Tomás António Sarmiento de Sotomayor y Aldao, segue
V(2)- Doña Maria Sarmiento de Sotomayor, falecida em Valeixe a 12/5/1770 onde vivia no lugar de Balsada, tendo casado nesta freg. a 27/8/1721 com Don Tomás Troncoso, de S. Jorge de Ribadetea (sendo o noivo representado por Don Diego de Benevides). S.m.n.
V(3)-Doña Teresa Sarmiento, falecida a15/8/1753 em Valeixe, casada a 15/8/1745 em S. Tiago de Parada com Filipe Simon de Puga, talvez irmão de Don Luís Vázquez de Puga, advogado da Real Audiência do Reino da Galiza, e, filho de Don Simón Vázquez de Puga, juiz ordinário de Parada, e de sua mulher Doña Angela Pérez Sarmiento, de Alveos. S.g.
V(4)- Doña Bernarda Sarmiento, falecida a 30/6/1769, moradora no lugar de Valeixe, desta fregª. Solteira.
V(5)- Doña Inês Sarmiento, do lugar de Tain, em Valeixe, falecida a 27/1/1769.

V- DON TOMAS ANTÓNIO SARMIENTO DE SOTOMAYOR Y ALDAO PEREIRA DE CASTRO Y MOSCOSO DE ULLOA OYA Y BENEVIDES, foi Senhor do Morgado do Pazo de Borza, em Santa Cristina de Valeixe, com seus agregados em outras freg.s, regedor decano e juiz ordinário de Tui, deputado do Reino da Galiza por esta cidade.
Faleceu a 14/1/1793 em Valeixe, com testamento.
Casou a 23/3/1732, em casa da noiva, na cidade de Tui (sendo celebrante o Dr. Don Francisco António Torrente y Torres, cónego magistral na Catedral desta cidade, e o noivo representado pelo tio da noiva Don Juan Fernandez de Acuña, cónego na mesma Catedral) com DOÑA JUANA TERESA BENITA DE ACUÑA Y LA PUENTE VARELA DE BLANCAS Y RUIZ COLORADO DE IÑIGO, nascida em 1715 na cidade de Tui e falecida a 2/9/1782 em Valeixe, com testamento em que deixava cento e seis missas para serem rezadas no Convento de S. Francisco de Tui, filha herdeira de Don Ignácio Julián Fernandez de Acuña , Senhor do Morgado de Bruguete, em S. Miguel de Corzanes, e de sua mulher Doña Teresa Benita de la Puente Ruiz Colorado y Iñigo , da vila de Redondela; neta paterna de Don Melchior Fernandez de Acuña, procurador de número das audiências civil e eclesiástica da cidade de Tui, Senhor do Morgado de Bruguete , e de sua mulher Doña Isabel Varela de Blancas; neta materna de Don António de la Puente e de sua 2ª mulher Doña Lucia Josefa Ruiz Colorado y Iñigo .

Filhos:
VI(1)- Don Manuel Sarmiento de Sotomayor, de quem desconhecemos a data e local de nascimento, mas terá falecido soltº.
Serviu de testemunha em 1775, no casamento da irmã Doña Juana.
VI(2)- Doña Apolónia Bárbara Agustina Francisca Sarmiento y Acuña de Sotomayor, nasceu a 12/7/1736 em S. Miguel de Corzanes e casou em 1759 com Don Diego Manuel de Ocampo y Groba, da freg. de Santiago de Tortoreos.
VI(3)- Doña Juana Maria Josefa Francisca da Luz Sarmiento de Sotomayor y Acuña, nasceu a 14/1/1738 em Valeixe.
Casou a 1/4/1775 na mesma freg. com António de Castro Sousa e Menezes, Senhor donatário da vila de S. Tomé de Parderrubias, no bispado de Tui, com jurisdição de vassalos e seu Morgado, Senhor da honra de Remoães e administrador do Morgado do Peso, no termo de Melgaço, do Morgado da Gandra, na freg. de Rubiães, no termo de Paredes de Coura, Senhor dos mausoléus e sepulturas vinculadas de seus antepassados na capela-mór da igreja matriz de Santa Maria da Porta, da vila de Melgaço, administrador de vínculos em Monção, etc., filho de Bernardino José de Castro e Sousa Barreto de Menezes, Sargento-mor de ordenanças em Paredes de Coura, Senhor de Parderrubias, administrador do Morgado do Peso, etc., e de sua mulher D. Maria Antónia da Cunha e Antas Brandão Pereira, administradora do Morgado da Gandra.
Deles descendem os Castro Sousa e Menezes Abreu e Antas, futuros Viscondes do Peso de Melgaço e os Castro Sousa Sarmento, da Casa de Cavalhõesinhos, em Vila Boa do Bispo, Marco de Canaveses .
VI(4)- Don Tomás Benito Sarmiento de Sotomayor, nasceu a 10/9/1740 em Valeixe e faleceu soltº.
Foi procurador de seu parente, o Senhor de Vale de Achas e Parada, Don António José Sarmiento de Sotomayor Pardo de Figueroa y Solis, 1º conde de Villanueva de las Achas (título concedido no Perú por Carlos III, em 24/11/1761) que a ele se refere em seu testamento.

Teve de Benita Vásquez, soltª:
VII(1)- António Sarmiento, bapt. a 6/8/1778 em Valeixe.
VII(2)- Rosalia Sarmiento, bapt. a 4/4/1782 na mesma freg.

VI(5)- Don José Maria Sarmiento de Sotomayor, nasceu a 18/3/1743 Valeixe e faleceu criança.
VI(6)- Don Fernando Sarmiento de Sotomayor, nasceu a 8/9/1744 em Valeixe faleceu criança.
VI(7)- Dõna Maria Teresa del Carmen Sarmiento y Acuña, monja no Convento de Nª Sª da Conceição, da cidade de Tui.
VI(8)- Doña Rosália Francisca Sarmiento y Acuña, nasceu a 30/7/1747 em Valeixe e faleceu menina.
VI(9)- Don Gabriel Maria Sarmiento de Sotomayor y Acuña, segue
VI(10)-Don Lucas José Francisco Sarmiento de Sotomayor, nasceu a 18/9/1751 em Valeixe e morreu criança.
VI(11)-Don António Luís Francisco del Carmen Sarmiento de Sotomayor, nasceu a 12/6/1756 em Valeixe e morreu menino.

VI- DON GABRIEL MARIA SARMIENTO DE SOTOMAYOR Y ACUÑA, foi Senhor dos Morgados dos Pazos de Borza, em Valeixe, com seus agregados noutras freguesias, e de Bruguete, em S. Miguel de Corzanes, procurador e administrador na Galiza de sua parente a Marquesa de Castel Moncayo e Duquesa de Fernan Nuñez, Doña Maria de la Esclavitud Sarmiento de Sotomayor y Sylva Saavedra y Gutierres de los Rios.
Nasceu a 21/5/1749 em S. Miguel de Corzanes.
Casou a 12/12/1787 em Santiago de Pontellas (dispensado por Sua Santidade do 2º, 3º e 4º graus de consanguinidade) com sua prima DOÑA JUANA MARIA TERESA ZELAYA Y SARMIENTO, nascida a 17/2/1763 nesta freg., herdª do Morgado do Pazo de Cadabal, filha de Don Fernando Agustin Zelaya y Jausoro, capitão do Regimento provincial de Tui, e de sua 1ª mulher Doña Maria Francisca Sarmiento y Groba de Cadabal, Senhora do Morgado do Pazo de Cadabal; neta paterna de Don Francisco António Zelaya y Jausoro, administrador dos direitos reais de Redondela, natural de Vitória, e de sua mulher Doña Teresa Benita de la Puente Ruiz Colorado y Iñigo (viúva de Don Inácio Julian Fernandez de Acuña); neta materna de Don Esteban José Sarmiento Cadabal y Romay, cadete do Regimento de Dragões de Edimburgo, caudilho da gente de armas do partido de Porriño, que serviu em Ceuta, Itália, Cápua e Messina, Senhor do Morgado do Pazo de Cadabal, e de sua mulher Doña Antónia de Groba y Portocarrero .

Filhos:
VII(1)- Doña Teresa Sarmiento Zelaya, falecida solteira a 14/8/1800 em Valeixe.
VII(2)- Doña Josefa Rosa Sarmiento Zelaya, nasceu a 20/3/1797 em Valeixe e casou com N. Gonzalez, vindo a ser pais do Revº Don Manuel Gonzalez Sarmiento.
VII(3)- Don Francisco António, nasceu a 5/3/1799 na mesma freg.
VII(4)- Don José Maria Sarmiento Zelaya y Sotomayor, segue

VII- DON JOSÉ MARIA SARMIENTO ZELAYA Y SOTOMAYOR, foi Senhor dos Morgados dos Pazos de Borza, Cadabal e Bruguete, cadete nobre, alferes e tenente, alcaide de Tui.
Nasceu a 16/3/1801 em Valeixe e faleceu a 4/12/1890 em Tui.
Casou com DOÑA PURIFICACION OZORES ABELEYRA Y GIL, filha de Don Tomás António Ozores y Gil, cadete da Escola Militar de Santiago, Senhor dos Morgados dos Pazos de La Levada, em Mosende, de Oubiña, em Cambados, e outros, e de sua mulher Doña Antónia Abeleyra Barrera, de Vigo; neta paterna de Don José Ozores de Sotomayor, Senhor do Morgado do Pazo de Altamira, em Salceda de Caselas, e de sua mulher Doña Isabel Gil Caballero; neta materna de Don Pedro Abeleyra, de Tui, e de sua mulher Doña Bárbara Barrera, de Vigo .

Filhos:
VIII(1)- Doña Verania Sarmiento Ozores, segue
VIII(2)- Don José Sarmiento Ozores, foi vários anos, nos finais do séc. passado, alcaide de Tui, depois deputado provincial e, mais tarde, nomeado governador civil de Guadalajara, cargo que não aceitou. Faleceu solteiro.

VIII- DOÑA VERANIA SARMIENTO OZORES, foi Senhora dos Pazos de Borza, Cadabal e Bruguete, bem como da casa dos Sarmientos em Tui.
Casou com DON EMÍLIO RODRIGUEZ DE CÓRDOBA Y BUSTILLO, que pertenceu ao Corpo da Fazenda e morreu sendo Interventor da Fazenda de Pontevedra, filho do Doutor Don Juan António Rodriguez Bustillo, doutor em Farmácia, químico notável, membro de numerosas Academias nacionais e estrangeiras, e de sua mulher Doña Josefa de Córdoba Cores y Arias de Puga .

Filhos:
IX(1)- Don Pergentino Rodriguez Sarmiento de Córdoba, que foi Secretário Geral da Guiné espanhola e Governador interino da mesma colónia durante vários anos, Senhor dos Pazos de Cadabal, Borza e Bruguete, em copropriedade.
IX(2)- Doña Délia Rodriguez Sarmiento de Córdoba, segue

IX- DOÑA DÉLIA RODRIGUEZ SARMIENTO DE CÓRDOBA, foi Senhora dos Pazos de Borza, Cadabal e Bruguete, que vendeu, e da casa dos Sarmientos em Tui.
Casou com DON JOSÉ GARCIA SANCHEZ, advogado em Tui, decano dos correspondentes do jornal “Faro de Vigo“ . C.g. da qual destacamos sua filha Doña Délia Maria Milagrosa Garcia Rodriguez de Córdoba, casada com Don Andrés Amador Garcia Suárez-Ramos, a quem o autor deste estudo muito deve pela colaboração prestada, nomeadamente fornecendo inúmeros elementos para actualização e disponibilizando o vasto e valiosíssimo acervo documental que integra o arquivo de sua casa.



Nota(1)José Garcia Oro, La Nobleza Gallega en la Baja Edad Media, pág. 83
Nota(2)Idem, ibidem, pág. 86
Nota(3)Idem, ibidem, pág. 87
Nota(4)Idem, ibidem, pág. 95; e Vasco de Aponte, Recuento de las Casas Antiguas del Reino de Galicia, ed. de 1986, Santiago de Compostela, pág. 461.
Ou era filho natural deste ou filho de outro irmão não nomeado pelos nobiliários.
Nota(5) Garcia Sarmiento casou em 2ªs núpcias com Doña Maria Manoel Girón, filha de Don Sancho Manoel e de sua mulher Doña Ginebra de Acuña, Condes de Carrion.
Nota(6) Vd. Pe. J. S. Crespo Pozo, Blasones e Linajes de Galicia, Tomo III, pág. 59; e Felipe de la Gandara y Ulloa, Armas y Triunfos Del Reino de Galicia, Cap. XXXVIII, pág. 536.

Nota(7) José Garcia Oro, ob. cit., pág. 102-103.
Nota(8) Francisco Avila y La Cueva, Historia Civil y Eclesiastica de la ciudad de Tuy y su Obispado, ms. do Arquivo da Catedral de Tui.
Nota(9) Felipe de la Gandara y Ulloa, ob. cit., pág. 537-538.
Nota (10) D. António Caetano de Sousa, História Genealógica da Casa Real Portuguesa, Provas, Tomo IV, pág. 439.
Nota(11) De facto, Pedro Madruga titulava-se sem fundamento legal como Visconde de Tuy e Mariscal de Bayona, o que lhe foi negado por Henrique IV em carta de 27 de Outubro de 1473, considerando desse modo que as cartas invocadas por Sotomayor “son falsas e falsamente fabricadas“ (vd. E. Leiros, Don Enrique IV y el Arzobispado de Santiago, 1956, pág. 216-217).
No entanto, o Senhor de Sotomayor continuará a usar de tais títulos, contrariando frontalmente uma acta real de 23 de Maio de 1474.
Nota(12) Felipe de la Gandara y Ulloa, ob. cit., pág. 538-539.
Nota(13) Vd. sobre este assunto, o interessante e valioso estudo de Alfonso Vazquez Martinez, Los Sarmientos y la jurisdicción de las Achas, Petán y Parada, in Boletin de la Comision de Monumentos de Orense, Tomo XV, Julho-Dezembro, 1946.
Nota(14) Vd. Aquilino González Santiso, Heraldica en las iglesias del Obispado de Tui, in Boletin do Museo y Archivo Historico Diocesano de Tui, Tomo IV, 1986, pág. 240.
Numa justificação de nobreza, efectuada em 1732, por Don Esteban Sarmiento de Sotomayor (filho de Don Fernando Sarmiento de Sotomayor e de Doña Luisa de Aldao), em nome de seu filho Don Esteban José Sarmiento Cadabal y Romay, afirma-se que o Don António Sarmiento de Sotomayor casado com Doña Marta Troncoso de Ulloa era filho de “Don António Sarmiento de Sotomayor, Señor de la Casa y Solár de los palacios y jurisdiccion de Villanueva de las Achas, descendiente por linea de varón de los Condes de Salvatierra y Gobernador de la Plaza de Bayona, y de Doña Francisca de Cea y Bazán“ e neto paterno de “Don António Sarmiento de Sotomayor y de Doña Ana Flores Bazán“.
Há aqui um evidente lapso, pois se repetiu em duas gerações o que corresponde somente a uma.
De resto – e ainda que inicialmente fossemos levados a crer ser este Don António filho do segundo Don Antonio Sarmiento de Sotomayor (o que não herdou os senhorios por morrer em vida do pai), até pela circunstância de ter o mesmo nome próprio – não parece minimamente provável em termos cronológicos.
Este documento, como muitos outros a que nos iremos referindo, fazem parte do valiosíssimo acervo documental que remonta ao séc. XVI e nos foi facultado pela Exmª Senhora Doña Délia Maria Milagrosa Garcia Rodriguez de Córdoba, uma das actuais representantes deste ramo dos Sarmientos de Sotomayor, a quem o autor deseja prestar uma sentida homenagem.

Nota(15) Entre os filhos do Capitão Diego Troncoso de Ulloa e de sua mulher, conta-se Doña Isabel Troncoso de Ulloa que casou a 20/5/1674 em S. Tiago de Parada (Achas) com Don António de Puga, filho de Don Pedro de Puga e de sua mulher Doña Antónia Mariño de Lobera.
Este Don Diego Troncoso de Ulloa poderá ser filho de outro Don Diego Troncoso de Ulloa, de Setados, e de sua mulher Doña Constança Barrera, de Ribarteme, pais de Doña Antonia Troncoso de Ulloa casada com o capitão Don Juan de Oya Benevides, de Grixó, Salvatierra do Miño.
É provável que seja ascendente de Doña Marta Troncoso de Ulloa, o Revº Don Fernando (ou Germán) Bello de Araújo, abade de Ribarteme e comissário da Santa Cruzada, que fundou o morgadio de Borza (vd. Inventario de Pazos e Torres de la Provincia de Pontevedra, Tomo II 2ª edição-1997, pág. 64).
Nota(16) Para os referidos Don António Sarmiento de Sotomayor e Don Jacinto Sarmiento Troncoso não encontrámos prova documental da filiação. No entanto, tudo parece indiciar ser esta a sua ascendência.
Lamentavelmente, os livros paroquiais de S. Tiago de Parada ainda se encontram na casa paroquial desta freguesia. E, como se compreenderá, é manifestamente impossivel uma recolha exaustiva de elementos documentais, num acervo que tem o seu início nos finais do séc. XVI, nas escassas duas horas que nos foram concedidas para consulta pelo actual pároco, Revº Don Teodomiro González Ozores, em duas deslocações que ali fizemos.
E para um português residente na cidade do Porto!...
Nota(17) Doña Luisa de Aldao y Taboada era neta patª de Don Esteban de Aldao, Senhor do Morgado do Pazo de Casal, em Bueu, e de sua mulher Doña Toríbia Bugarin y Taboada.
Era sobrinha-neta de Don Pedro de Aldao, Capitão-General da Sicília e Catalunha, do Conselho de Guerra de Sua Majestade, Mestre de Campo, uma das glórias de Pontevedra pelo papel importantíssimo que desempenhou na guerra com Portugal, à frente de muitos nobres pontevedrenses em 1658, distinguindo-se nas acções do forte de S. Luís Gonzaga, Vila Nova de Cerveira e Salvatierra do Miño. Na Flandres lutou denodadamente e foi nomeado Governador de Henault e comandou o terço de Valadares, falecendo no sítio de Brujas, realizando prodígios de valor contra os franceses em 1683.
Nota(18) Documento existente no arquivo familiar da Exmª Senhora Doña Délia Maria Milagrosa Garcia Rodriguez de Córdoba.
Nota(19) A ser esta a filiação, era irmã de Don Tomas Caetano Ciceron y Centeno, regedor perpétuo da cidade de Tui, Chefe do “caudillato” de Bayona em 1762, juiz e justiça maior de Tui em 1775; e de Don Francisco Ciceron y Centeno, meirinho e justiça ordinária durante alguns anos dos coutos de Oya e Panjón, e regedor maior da vila de la Guardia.
Nota(20) Idem, ibidem.
Nota(21) Idem, ibidem.
Nota(22) Vide “Linajes Galicianos”, de Pablo Pérez Costanti, págª 180-183 e 276-277.
Foram fºs do doutor Don Ignacio Pereira y Moscoso e de sua mulher Doña Rosa Ignacia Núñez de Castrigo y Sanmamed, um Don Luis Vicente Pereira Núñez y Moscoso, colegial de Fonseca (este teve um filho, Don Luis Marcelino Pereira Nieto que foi advogado e catedrático de Matemáticas na Real Universidade de Santiago), e Don Diego Antonio Pereira y Moscoso, cónego da catedral de Santiago, dos quais aqui constam as “Informações de filiação, nobreza, fidalguia e limpeza de sangue” do Arquivo Municipal e Catedrático de Santiago de Compostela.
Nota(23) Era filho de Don Vasco de Puga (y Quiñones), que foi alcaide-mor perpétuo dos estados de Salvatierra, e irmão de Don Gregorio López de Puga, que morreu governador da praça de Salvatierra.
Nota(24) Vide “Linages Galicianos”, de Pablo Pérez Costanti, edição completa e ampliada de Eduardo Pardo de Guevara y Valdés, pág.s 86, 180-183, 276-277.
Nota(25) Foi seu irmão o Doutor Don Telmo Jazinto Fernández de Acuña, Doutor em Teologia, Colegial de Fonseca, em Santiago, Catedrático de Vésporas de Leis, Cónego prebendado da mesma cetedral.
Nota(26) Irmã de Don Clemente de la Puente y Iñigo, Cónego Tesoureiro da Catedral de Tui.
Nota(27) Foram seus irmãos: Don Juan Fernández de Acuña, Cónego prebendado da Catedral de Tui; e Don Jazinto Fernández Troncoso (ou Troncoso Varela).
Nota(28) Irmã de Don Clemente de Iñigo, Cónego prebendado da Catedral de Tui.
Nota(29) Vide do autor, Castros e Sousas, Senhores de Parderrubias, da Honra de Remoães e Morgados do Peso, Porto, 1988.
Nota(30) Arquivo do Paço e Morgado de Cadabal, em poder da Exmª Senhora Doña Délia Maria Milagrosa Garcia Rodriguez de Córdoba.
Nota(31) Manuel Fernandez-Valdes Costas, Familias Antiguas de Tuy, pág.140-141.
Nota(32) Idem, ibidem, pág. 35-36.
Nota(33) Idem, ibidem, pág. 37.

Com um abraço
Manel SP

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170249 | hbanha | 17 out 2007 09:48 | Em resposta a: #170200

Caro Manuel Sarmento Pizarro
Muito obrigado pelos dados que aqui nos faculta.
Não tinha até agora tido a oportunidade de trocar mensagens consigo, mas já sabia dos seus vastos conhecimentos nesta matéria por referencias que lhe faz o também meu parente Manuel Abranches de Soveral, por assim dizer meu quinto primo pois temos um quinto avô comum - Francisco Lucas de Melo, senhor da Casa de Salinas.
Com os melhoes cumprimentos
Henrique de Melo Banha

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170250 | hbanha | 17 out 2007 10:17 | Em resposta a: #170176

Estimado Samuel
Enviei para o seu e-mail tudo o que encontrei sobre os Castros na referida Genealogia, espero que bem recebido.
Melhores cumprimentos
Henique de Melo Banha

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170280 | manelsp | 17 out 2007 16:33 | Em resposta a: #170249

Caro Henrique de Melo Banha
Sempre ao dispor no que possa ajudar. De facto conheço o seu primo pelas leituras que faço, mas não pessoalmente. Creio que esses elogios não devem ser destinados a mim mas sim ao meu primo e eximio genealogista José Augusto Sottomayor Pizarro. Mas agradeço.
Com os melhores cumprimentos
Manuel Sarmento Pizarro

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170305 | hbanha | 17 out 2007 21:21 | Em resposta a: #170280

Caro Manuel Sarmento Pizarro
As minhas desculpas pela confusão.
A minha memória atraiçou-me, deveria ter verificado nos artigos de Manuel Abranches de Soveral as referencias que ele fez das obras de seu primo para confirmar se se tratava do mesmo Pizarro.
De qualquer forma volto a lhe agradecer a sua contribuição para melhorar a genealogia da minha mulher.
Com os melhores cumprimentos
Henrique de Melo Banha

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170353 | Samuel C O Castro | 18 out 2007 15:06 | Em resposta a: #170250

Estimado Henrique,

Deve ter havido algum problema na transmissão de seu e-mail, pois não recebi a mensagem. Portanto, peço sua gentileza de retransmitir com cópia para castrogenealogia arroba bol.com.br (sem espaços), o que muito lhe agradeço. Fico a disposição. Muitíssimo obrigado. Fraterno abraço.

Samuel de Castro

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170363 | hbanha | 18 out 2007 17:39 | Em resposta a: #170353

Caro Samuel
Foi-me pedido um procedimento devido â protecção anti-spam do seu e-mai, ao qual respondi, penso que agora depende de si dar luz verde.
Cumprimentos
Henrique de Melo Banha

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170396 | MENDES | 18 out 2007 23:34 | Em resposta a: #170246

Caro Manuel Sarmento Pizarro:
É aqui em Montemor-o- Novo onde me encontro na companhia de o meu amigo João Baptista Malta, sendo ele a parte interessada na brilhantíssíma e completíssima resposta que tão amávelmente nos forneceu.
Sendo assim queremos manifestar-lhe o nosso profunda agradecimento e ao mesmo tempo felicitá-lo por tão valiosa intervenção.
Coincidem realmente dois dos referidos que são o Conde de Ribadavia e mais á frente o Don Bernardino Sarmiento de Sotomayor, 4º filho de D. Diego .
O irmão mais velho deste D. Bernardino, Don António, faleceu em 1695 e o filho do meu D. Bernardino de nome Pedro Ferreira deve ter nascido por 1675 conforme o Genea o que aproxima a possbilidade de ser o mesmo que depois passou a Portugal ,havendo no entanto ,e logo a diferença do meu ter também o apelido Ferreira que passou ao seu filho.
Se entretanto tiver alguma informação que possa adiantar relativamente a esta matéria muito reconhecido ficarei
Um abraço e sempre á sua disposição




João Baptista Malta e João Mendes

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170407 | MENDES | 19 out 2007 01:40 | Em resposta a: #170246

Caro Manuel Sarmento Pizarro

Apenas uma rectificação quanto á data de nascimento prevista do meu antepassado Pedro Ferreira ou Pedro Ferreira da Silva nascido cerca de 1575 e não 1675 que por lapso indiquei em Santa Maria da Silva (Valença do Minho), pelo que o pai D. Bernardino Ferreira Sarmento Sotomayor terá nascido entre 1525 e 1545.
Mais lhe ficaria extraordináriamente agradecido se me pudesse fornecer algumas pistas de forma a eu poder investigar esta ascendência .
Um Abraço


João Baptista Malta

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Sotomaior

#170429 | S.João de Rei | 19 out 2007 14:17 | Em resposta a: #170280

Caros Senhores

O penúltimo senhor de S. João de Rei (12°) e 7° da casa da Tapada, Rodrigo de Azevedo Sá Coutinho, casou em 24/03/1646 em Pontevedra, Galiza, com Dª Maria Manuela de Mosquera Sotomaior, filha de Luís de Mosquera Sotomaior e de sua mulher Dª Leonor Maria de Vera y Moscoso, das antigas casas de Sotomaior e de Altamira, segundo José de Sousa Machado, 1929.
Rodrigo e seu irmão Fernando de Azevedo Coutinho, encontravam-se na altura fugidos há justiça, na Galiza, pela morte em Braga, Portugal, de Bento Correia Pimentel.
A Tia bisavó de ambos Dª Antónia da Silva de Menezes, filha, tal como do bisavô (de Rodrigo e Fernando) Francisco de Sá de Menezes, de Jerônimo de Sá de Azevedo, netos de Gonçalo Mendes de Sá, morto em combate em Ceuta (quando da emboscada do alcaide mouro de Tetuão, que com três mil mouros, atacou de surpresa trezentos portugueses, no monte da Condessa, a 18 de Abril de 1553) e bisnetos do grande poeta Francisco Sá de Miranda, fundador da casa da Tapada e de Dª Briolanja de Azevedo.
A minha referencia a Dª Antonia Silva de Menezes prende-se com o facto, de se ter efectuado com ela, a primeira aliança formal desta linhagem, com os Sotomaiores da Galiza, nomeadamente com D. Fernando Ozores Sotomaior, seu parente, senhor de Teãs junto a Salvaterra (Galiza). O primogenito deste casal, D. Garcia Ozores Sotomaior, casa-se com a sua prima co irmã Dª Inês de Camba, filha de D. Pedro de Camba y Ribadeneira e de Dª Francisca de Zuniga, cuja filha Dª Joana da Camba, casada com D.Sancho Aires Taboado, senhor de S. Miguel de las Peñas, tem Dª Francisca Manoel Ozores que se casa com Leonel de Abreu e Lima, cavaleiro da ordem de cristo (Português), segundo o autor não deixaram geração. Curiosamente abordado outro Leonel aqui neste tópico que me chamou a atenção.
Entretanto o irmão de Dª Joana de Camba, primogênito e sucessor da casa, D. Fernando Ozores Sotomaior casa-se com Dª Constança de Lemos, filha de D. Afonso Lopes de Lemos, visconde e conde de Amarante e de Dª Joana da Cunha, filha dos condes de Gondomar, sendo o primogênito da casa , D. Garcia Ozores de Sotomaior, 4° conde de Amarante, casado com a marquesa de Valadares, que com os diversos ramos considerados grandes de Espanha, descendência que tenho aqui comigo e onde vejo alguma similaridade, com apelidos dos que foram registrados neste tópico.
È de realçar a grande ligação das famílias, nomeadamente da nobreza portuguesa e galega através dos tempos...os Sotomaiores talvez sejam disso um exemplo paradigmático.
Cumprimentos do,

José de Azevedo Coutinho
.

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#170441 | fertelde | 19 out 2007 17:42 | Em resposta a: #170250

Estimado Henrique de Melo Banha:

Agradecia que me enviasse também o que tem sobre os Castro na Genealogia que refere, ao descdender de uns Castros daquela area.
ferteldearrobahotmail.com

Melhores cumprimentos,
Fernando de Telde

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#171308 | DD | 30 out 2007 20:00 | Em resposta a: #170200

Ex.mo Senhor
Manuel Sarmento Pizarro
Pedindo desculpa da minha intromissão, por ter lido no Forum a sua msg de 16 do corrente referente a Don Baltazar Sarmento Pimentel e Cadómiga e verificado que nela , em VII, faz referencia a Don Diego Francisco de Oca ( Ribadeneira), muito agradecia, se possível, me dissess se este Don Diego teria qualquer ligação de parentesco com Dona Francisca Juliana de Moxica Ribadenera que foi casada com Manuel Machado de Araújo, Senhor da Casa da Miosa, em Valladares, foi Gov de Castro Laboreiro, cavaleiro da Ord de Cristo e F.C.R., Senhor da Casa da Amiosa, Valadares, Monção e que terá vivido por volta de 1720-1780.
Com os melhores cumprimentos e grato,
Dario Rocha

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#171311 | ant.perestrelo | 30 out 2007 20:55 | Em resposta a: #170246

Caro Manuel Sarmento Pizarro,

Será que poderia ajudar? Tenho um casamento entre, Mem Pais de Sotomayor, filho de Paio Mendes de Sotomayor e Ines Martins de Balboa, com Elvira Dias Sarmiento, filha de Diogo Pais Sarmiento. Tem ideia de quem será este Diogo Pais Sarmiento?

Com os melhores cumprimentos
Antonio Perestrelo

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#171361 | manelsp | 31 out 2007 08:40 | Em resposta a: #171308

Caro Dario Rocha
o que tenho sobre os Oca é o seguinte
I – Suero de Oca, Senhor da Casa de Oca, serviu a Henrique IV de Castela e aos Reis Católicos, e casou duas vezes, interessando-nos a sua segunda mulher D. Euxía ou Eugénia de Deza. Sendo viúvo por segunda vez fez-se eclesiástico, e foi Abade de Oseira e S. Esteván de Ribas de Sil, e nomeado em 1486 Bispo de Tarso.
II – Álvaro de Oca y Deza, Senhor de Celme, Val de Laza, fundou o morgadio de Celme em 1529, senhorio este que lhe veio por sua mulher, D. Maria Sarmiento de Ribadeneira, ou Zúñiga, filha de Rodrigo González de Ribadeneira e de María Sarmiento, neta paterna de Diego Sánchez de Ribadeneira (filho de Fernán Díaz de Ribadeneira o Moço já mencionado neste estudo) e de D. Teresa Rodriguez de Aguiar, filha de Juan Pardo de Cela e de Teresa Rodriguez de Aguiar, e neta materna de Pedro Sarmiento de Vivero de de Leonor Díaz de Parga.
III – D. Diego de Oca y Sarmiento, Senhor de Celme e Val de Laza, casou com D. Leonor de Zuñiga y Bazán.
IV – D. Álvaro de Oca y Zúñiga, senhor da casa e Estado de Celme e Vale de Laza, que serviu a Filipe II de Espanha nas guerras com Portugal, casado com D. Maria (ou Mariana) de Lemos y Saavedra, Ou Saavedra y Lemos, senhora da Casa de Saavedra – ver apêndice 1.
V – D. Diego de Oca y Sarmiento, Senhor da Casa de Celme, Vale de Laza e Casa de Saavedra, vice-rei e Capitão Geral de Calábria, Cavaleiro da Ordem de Santiago em 1625, casou-se com D. Brianda Ordóñez de Villaquirán e Andrade das Seixas (sobre ela ver mais abaixo o apêndice 2).
VI – D. António ou Antón de Oca y Sarmiento, nascido cerca de 1610 e falecido em 1671, senhor das Casas de Saavedra e Baamorto, cavaleiro de Santiago em 1662, procurador nas Cortes pela Galiza, governador e Capitão Geral da Nova Biscaia – México – casou com em Julho de 1645 com D. Constanza (ou Maria) Pimentel e Ribadeneira, Senhora da Casa de Bergondo – ver apêndice 3. -. Em segundas núpcias casou com a Marquesa de Viance.
VII – D. Diego Francisco de Oca (Ribadeneira) y Pimentel, nascido por volta de 1646 em Betanzos e falecido por volta de 1698, senhor de Bergondo, Mezquita, Reixas, Norla, Saavedra, entre outras, Coronel de milícias de Betanzos, casado em A Mezquita a 20 de Maio de 1668 com D. Jerónima Juana de Cadórniga y Soutomayor, Senhora das casas de Mezquita e As Frieiras, Granja de Petín Villavieja, etc – ver apêndice 4.
VIII – D. António José de Oca y Cadórniga Sarmiento y Soutomayor, pai da presente biografada. Nasceu em A Mezquita, Ourense, a 5 de Maio de 1673, Senhor das casas de Bergondo, Oseiro, A Mezquita, Frieiras, Granja de Petín, etc.

Além disso, posso referir as origens de outro lado:
Fernán Díaz de Ribadeneira, que foi Regedor da Corunha e procurador Geral do Reino, falecido na corte. Não chegou a casar, mas teve de Maria González Amio a D. Inês de Ribadeneira, filha natural nascida na primeira década do século XVII, que acabará por ser a sua legítima sucessora.

Foi apenas reconhecida por seu pai depois do casamento com D. Luís Pimentel Sarmiento y Sotomayor, sobrinho de Constanza a Velha, Cavaleiro da Ordem de Santiago, senhor do paço de Vilar de Ferreiros e das casas e solares de Vaamonde, Saavedra e Ribadeneira. Não foi um matrimónio propriamente feliz, pois segundo se diz tentou o marido matá-la em Bergondo, e achando que tinha tido sucesso deixou-a, acabando ela por recuperar e refugiar-se no convento de S. Pelayo de Santiago. Segundo diz Martinez-Barbeito “don Luís procedió com aquel arrojo llevado de alguna mala pasión de aborrecimiento a doña Inês por ser una señora ingénua – leia-se tonta – como aldeana y menos aseada de lo que convenía a su estado, calidad y condición de un marido noble y criado en Castilla”.

Supõe-se que teriam tido dois filhos varões, mas devem ter morrido novos, já que a sucessão recai na filha Constanza Pimentel y Ribadeneira, assim baptizada por desejo expresso da sua bisavó no seu testamento, conhecida como Constanza a Moça, que casaria com D. António de Oca y Sarmiento, da casa ourensana do mesmo nome, à que passaria de aí em diante o senhorio de Bergondo e será nesta família que a casa conhecerá as suas maiores transformações e esplendor. António era filho do senhor de Celme, Saavedra e Baamorto. A partir daqui a política matrimonial dos senhores de Bergondo vai situá-los entre as casas mais ricas do Reino tanto pela extensão geográfica dos seus domínios como pela quantia e variedade das rendas que recebiam. O casamento celebrou-se em Julho de 1645, no entanto durou pouco, já que passado mais ou menos um ano D. Constanza morreu de parto do seu filho Diego Francisco. D. António casou segunda vez com D. Maria Antónia de Prada y Losada, que morreu em 1665, e de quem teve D. Carlos de Oca y Prada, senhor da casa e Couto de Otarelo, em Valdeorras. D. António foi Cavaleiro da Ordem de Santiago, Cruzado em 1662, e em 1665 foi nomeado Governador e Capitão-Geral da Nova Biscaia no México. Deve ter falecido à volta de 1671.

Sucedeu-lhe o seu primogénito D. Diego Francisco de Oca Sarmiento Pimentel y Ribadeneira, que nos finais dos anos 60 era Cavaleiro de Santiago, e também por esa época casou com D. Jerónima Juana de Cadórniga y Sotomayor, filha de D. Melchor de Cadórniga Sarmiento e de D. Josefa de Cadórniga y Prada, donos da casa Ourensana de A Mezquita.

Os Ribadeneiras são imensos e nem sempre os consigo unir. As genealogias espanholas, parece-me, têm menos dados acessíveis que em Portugal, isto quando nos referimos a famílias "principais". Mas diga-me o que precisa ou alguns dados que possua e posso verificar no que tenho por aqui.
Com os melhores cuprimentos
Manel SP

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#171362 | manelsp | 31 out 2007 08:45 | Em resposta a: #171311

Caro António Perestrelo
Como saberá, Mem e Paio são nomes comuns nas gerações medievais dos Sottomayores, e alguns até ao século XVI. Tenho dois ramos de Sottomayores Galegos estudados mas há aqui por casa dados sobre mais alguns. Se me especificar melhor poderei ver se encontro algo. No entanto, o nome de Diego Pais Sarmiento confesso que não me soa especificamente, mas até pode ser que ande por aqui.
à sua disposição,
Manel SP

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#171390 | DD | 31 out 2007 12:52 | Em resposta a: #171361

Prezado Manuel Sarmento Pizarro
Muita a gradeço a pronta e erudita resposta à minha msg em que apelava e pedia o favor de um esclarecimento.
A resposta é muito completa e dela, além do mais, chamou-me a atenção o facto de um ramo dos Ribadeneiras ser de Ourense, terra que suponho ser tb de Francisca Juliana de Moxica Ribadenera.
Por ouro lado chamoume a atenção o facto de Don Carlos de Oca y Prada ser senhor do Couto de Otarelo em Val de Orras, pois tb tenho uma referencia de que Manuel Machado de Araujo era senhor de " Val de Poldras" que, creio ser uma deturpação de "Val de Orras".
Julgo ter mais alguns elementos relativos à casa dos Ribadenera em Ourense mas que, de momento, me não é possível consultar.
Logo que possível voltarei ao assunto.
Por agora apenas queria dixar-lhe os meus agradcimentos pela sua resposta
Com os melhores cumprimntos,
Sario Rocha

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#171436 | ant.perestrelo | 31 out 2007 22:34 | Em resposta a: #171362

Caro Manuel Sarmento Pizarro,

O que tenho é o seguinte, a maioria tirado do Felgueiras Gaio.

1.PAIO MENDES SORED c.c. ELVIRA GODINS DE LANDOSO,filha de Godinho Fafes de Landoso e de Ourana Mendes de Ribadouro.Esta filha de Mem Moniz de Ribadouro e de Gontinha Mendes de Sousa. Mem Moniz de R. filho de Monio Ermibes de Ribadouro e de Ourana Monio.
Tiveram:

2.MEM PAIS SOTOMAYOR, (cerca 1180)1º Senhor de Sotomayor. Casou com Inês Pires de Ambia, filha de pero apis de ambia e de maria fz. Tiveram:

3.PAIO MENDES SORED DE SOTOMAYOR, 2º Senhor de Sotomayor.Casou com Ermesenda Nunez Maldonado, filha de nuno fz maldonado, sr da casa de aldanha e de D. Aldara fz Turrichão, filha de D.Fernao pires turrichao e de D. Tteresa pires gata.Tiveram:

4.MEM PEZ DE SOTOMAYOR c.c. INES DE MEIRA, filha de joao aires de meira e de D.Tereza Fz cabeça de vaca . Joao aires de meira (NFP tt meiras nao diz o conde de quem e filho so que fora morto na Lide que ouve D. henrique com D. Nuno Gz de Lara e D.rodrigo afonso, filho do rei D. Afonso de leao.

5.PAIO MENDES DE SOTOMAYOR. Casou com INES MARTINS DE BALBOA, filha de Martim Balboa.Tiveram

6.MEM PAIS DE SOTOMAYOR c.c. ELVIRA DIAS SARMENTO, filha Diogo Pais Sarmento.Tiveram:

7.AFONSO DE SOTOMAYOR c.c. MARIA arias MALDONADO, filha de aires teles maldonado.Tiveram:

8.D.FERNANDO DE SOTOMAYOR Casou com MARIA DE RAUDONA.filha de joao gz raudona e D. Maria de Villas aias. Tiveram:

8.D.JOÃO DE SOTOMAYOR mestre de alcantara eleito em 1416

8.D.TERESA DE SOTOMAYOR, herdou casa de seus pais.Casou com D. JOÃO DE RAUDONA, de Galiza de Agrella ou casou com GIL GARCIA DAZA, comendador de alcantara, filho de Rui garces daza, 13º da ordem de S. Tiago e de D. Joana de Gusmao (mas haro diz o contrario)Tiveram

9.JOAO DE RAUDONA, filho de D.TERESA SOTOMAYOR , comendador de Leres e valencia de alcantara, teve entre outros

10.D.GUTERRE DE SOTOMAYOR

10.GIL GARCIA DE RAUDONA SOTOMAYOR cc em Valencia de alcantara com D. LEONOR GIRALDES. Tiveram

11.FRANCISCO RAUDONA SOTOMAYOR
11.FLORINDA DE SOTOMAYOR.C.g. em Valencia de Alcantara e depois em Portugal.

Estes dados foram tirados do Felgueiras Gaio, outros do Nobiliario de Lopez de Haro e outros (caso da Florinda de Sotomayor) de uma habilitação de genere/de bachareis no Arquivo da Universidade de Salamanca) de um descendente Chumacero Sotomayor (cerca de 1580/1600, não recordo agora a data precisa)

Cumprimentos
Antonio Perestrelo

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#171628 | DD | 03 nov 2007 18:35 | Em resposta a: #171390

Prezado Manuel Sarmento Pizarro
Em complemento da minha msg de 31 findo, consultando alguns documentos apurei que Manuel Machado de Araújo era filho de André de Almeida Machado e de sua mulher Maria Barbeito y Padron, 1ª herdeira de Pedro Barbeitos y Padron, Senhor de Val de Poldros e do Couto de Campelo, e que casou na Galiza com Dona Francisca Juliana Moxica ( e Vaca) Ribadeneira, filha de Juan António Moxica e de Dona Isabel Vaca de Ribadeneira, moradores em Ourense,onde existia o Pazo de Ribadeneira, que é armoriado.
Será que mais estes elementos será possível ter a amabilidade de dizer-me se existe qualquer ligação destes Ribadeneira com os que refere na sua msg de 31 do corrente, no Forum " RE Monção,Sec XVI: D. Pedro de Sotomaior?
Ficar-lhe-ei muito grato pela sua resposta.
Com os melhores cumprimentos
Dario Rocha

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#171691 | DD | 04 nov 2007 12:30 | Em resposta a: #171361

RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior 03-11-2007, 18:35
Autor: DD [responder para o fórum]
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Prezado Manuel Sarmento Pizarro
Em complemento da minha msg de 31 findo, consultando alguns documentos apurei que Manuel Machado de Araújo era filho de André de Almeida Machado e de sua mulher Maria Barbeito y Padron, 1ª herdeira de Pedro Barbeitos y Padron, Senhor de Val de Poldros e do Couto de Campelo, e que casou na Galiza com Dona Francisca Juliana Moxica ( e Vaca) Ribadeneira, filha de Juan António Moxica e de Dona Isabel Vaca de Ribadeneira, moradores em Ourense,onde existia o Pazo de Ribadeneira, que é armoriado.
Será que mais estes elementos será possível ter a amabilidade de dizer-me se existe qualquer ligação destes Ribadeneira com os que refere na sua msg de 31 do corrente, no Forum " RE Monção,Sec XVI: D. Pedro de Sotomaior?
Ficar-lhe-ei muito grato pela sua resposta.
Com os melhores cumprimentos
Dario Rocha

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RE: Monção, séc.XVI: D. Pedro de Sotomaior

#217884 | Bellis | 09 jan 2009 14:09 | Em resposta a: #171691

Bom dia

Procuro descendentes da linha minhota na minha família:

Simão Pereira Velho de Moscoso 1687/10/28 Monção, pai de....
Pedro Joseph Pereira 1720 Mazedo,casado com Maria Soares...pais de...
João Pereira 1744 Mazedo, casado com Anna Gonçalves..pais de...
Maria Angélica Pereira 1771 Mazedo, mãe de....
Manoel Francisco Pereira 1796 Mazedo, casado com Joana Rodrigues de Cambeses, pais de....
Domingos Pereira 1831-1872 Cambeses, casado com Maria da Conceição Salgueiro de Valença ...pais de...
José Joaquim Pereira 1871-1900 Valença (meu bisavô paterno materno)

MARIA DA CONCEIÇÃO SALGUEIRO, minha trisavó paterna nasceu em 1832 em Urgeira, Valença, filha de

JOÃO MANUEL SALGUEIRO de Ganfei e de MARIA JOANA RODRIGUES DA BOUÇA, de Valença

Neta paterna de JOSÉ LUIS AFONSO de Ganfei e de MARIA JOANA SALGUEIRO de GANFEI

neta materna de ROSA RODRIGUES DA BOUÇA ,de Urgeira, Valença

Tinha uma irmã, chamada JOSINA AMÉLIA SALGUEIRO

Cumprimentos

Hélio Pereira

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