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#424822 | heinrich | 10 jun 2020 15:26

Boa tarde!

Tremendo erro, na página inicial, dizer-se que Camões nasceu a 10 de Junho de 1524.
Corrijam isso, por favor.

Melhores cumprimentos,
António Caetano

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#424828 | virgilio | 10 jun 2020 18:40 | Em resposta a: #424822

Na cronologia indicaram:
04.02.1524 Data convencionada do nascimento do poeta Luis Vaz de Camões, provavelmente em Lisboa.

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#424832 | heinrich | 10 jun 2020 19:47 | Em resposta a: #424822

Boa tarde!

Não se sabe onde o Poeta nasceu, nem quando, se 1524 ou 1525, ou eventualmente outro ano.
Mas sabe-se quando faleceu: 10 de Junho de 1580, ou seja há precisamente 440 anos.

Melhores cumprimentos,
António Caetano

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#424848 | heinrich | 11 jun 2020 15:32 | Em resposta a: #424832

Boa tarde!

De facto preciso fazer uma correcção ao afirmado. Ao que parece nem a data do falecimento é certa, o que não deixa de ser estranho, quer atendendo à excepcional figura do Poeta, quer ao facto de já haver registos de óbitos nessa altura. Mas com tanta investigação histórica não se ter ainda determinado com precisão o seu óbito é extraordinário.

Melhores cumprimentos,
António Caetano

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#424899 | Miranda 1 | 14 jun 2020 16:32 | Em resposta a: #424848

Boa tarde

Encontrei este artigo no Notícias de Barroso de 17 de Fevereiro de 2020 por Barroso da Fonte,
pode ser que seja útil para encontrar a verdade.

Volto à sugestão de reivindicar Camões Como iniciei, a Câmara de Chaves vai repensar, dias 6 e 7 próximos, nas origens de Luiz de Camões. O vereador da Cultura Francisco Melo enriqueceu o artigo de Maura Teixeira, acerca da origem flaviense de Luís de Camões. Justifica ele que «pode ter nascido no concelho Flaviense». E daí que a autarquia de Chaves vá colaborar com o Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos da Universidade, dias 6 e 7 próximos. A entrada é gratuita mas é obrigatória a sua inscrição. A revista Aquae Flaviae, edição de 17 de Junho de 1997, é integralmente, dedicada à «família Flaviense de Luís de Camões. Apenas as 4 páginas do prefácio foram assinadas pelo douto Joaquim Veríssimo Serrão. Aí afirma que «o bloco central do livro a Família Flaviense de Luís de Camões, publicado em 1974, é o 1º que documenta que «Antão Vaz de Camões e Guiomar Vaz, residentes em Vilar de Nantes, eram seus avós paternos e que dessa união nasceram entre outros, os seguintes filhos: D. Bento de Camões, que foi prior de Santa Cruz de Coimbra; D. Mécia Vaz de Camões que casou com Álvaro Anes de Freitas, escrivão de Montalegre e Miguel Vaz que foi juiz dos órfãos em Chaves...».O Brigadeiro Calvão Borges, Flaviense devotado publicou na Arqueologia e História, Associação dos Arqueólogos Portugueses, Vol. V, Lisboa, 1974, um bem estruturado sobre a Família Flaviense de Camões», onde se debruça sobre «os Camões Flavienses». Na edição 17, referente a 1997 desenvolve, nas 224 páginas essa genealogia que não suscitou outros desenvolvimentos, dando a perceber que os novos historiadores, mormente os Transmontanos, ou não têm bons mestres ou preferem semear as cebolas e as alfaces em terreno leve, a terem de cavá-lo em sítios nunca cavados, e com raízes estranhas. Este tema prende-se não só com historiadores, mas também com literatos propriamente ditos. E é por isso que temos uma Academia Portuguesa de História que Alfredo Pimenta caracterizou como uma «caverna de bandoleiros». Ele que foi o «Académico nº 9» sabia do que falava e, também por isso, foi expulso, mas readmitido pela ingenuidade dos adversários que não foram capazes de impedir a readmissão. Este genealogista Flaviense, morreu quase silenciado, talvez pelos intelectuais que proclamaram o 10 de Junho como Dia de Portugal, por ser o dia em que morreu. Calvão Borges.

Continua

Melhores Cumprimentos
Manuel Miranda

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#424904 | Miranda 1 | 14 jun 2020 17:43 | Em resposta a: #424899

Continuação do Artigo do Notícias de Barroso de 17 de Fevereiro de 2020 por Barroso da Fonte.

O Brigadeiro Flaviense José Guilherme Calvão Borges, segundo aquilo que se lê nas pp 20/21 da edição 17 da Revista Aquae Flaviae, Tomé de Távora foi um investigador que descobriu uma relação dos apelidos que houve nas terras de Barroso, em tempos recuados, nas famílias nobres que ocuparam cargos de relevo. Nessa lista incluiu quarenta nomes, como «Sampaios, Távoras, Teixeiras, Anes, Gonçalves, Rodrigues Couraça, Roda e Roubão, Camões, etc. E a dado passo pergunta: «que relação de parentesco haveria entre, por exemplo, Camões e o autor dos Lusíadas? Socorri-me então da coleção de genealogias e especialmente do «Nobiliário de Felgueiras Gayo». Porém, a total ausência de referências a um ramo Flaviense da família desencorajou-me e abandonei a pesquisa. Meses depois no decurso de uma consulta na Torre do Tombo, vim a encontrar uma informação que confirma o parecer de Tomé de Távora que já lera. E foi então que Calvão Borges encontrou, nessa pesquisa, aquilo que o fez chegar à linha certa que procurava: «Camões», o autor de os «Lusíadas». Volto a citar esse seu texto: «Trata-se de uma habilitação para o Santo Ofício em que aparece, depondo como testemunha no ano de 1715, Manuel Couraça Camões, homem nobre, natural de Vilar de Nantes, com 66 anos de idade. Com poucos dias de intervalo, um feliz acaso quis que eu encontrasse um novo documento que – esse sim – contribuiu substancialmente para o conhecimento das origens da Família Flaviense Camões». Aldeias de Barroso foram testemunhas Saltando da 2ª para a testemunha nº20 fica-se a saber que o processo do Santo Ofício teve 25 testemunhas e que essa vigésima se chamava António Mendes de Vasconcelos, tinha 65 e fora ouvida em Montalegre; que a testemunha nº 21 se chamava Bento Gonçalves, tinha 81 anos, fora ouvida em Codeçoso da Chã, concelho de Montalegre, mas nada sabia do que lhe perguntava. A testemunha 22ª chamava-se Aleixo Vaz, tinha 64 anos e foi ouvido em Meixedo. Este declarou que conhecia o habilitando há cerca de 40 anos por terem sido condiscípulos em Salamanca, reconhecendo-o, nessa altura, Vigário Geral na Torre de Moncorvo. Disse ainda que o habilitando era muito pobre e sempre se tratou à Lei de nobreza. A testemunha seguinte, nº 23 chamou-se Gonçalo Afonso da Portela e foi ouvido em Montalegre; Também a 24ª- foi ouvida em Montalegre e chamou-se Baltazar Alves; Finalmente a vigésima quinta testemunha a ser ouvida, no âmbito da seleção para o Santo Ofício, teve o nome de Diogo Pires, foi ouvido em Sezelhe, concelho de Montalegre e diz-se nesta fonte que viveu 100 anos. Neste contexto se diz que os pais do «doutor Pedro Álvares residiam em Montalegre, há mais de 60 anos. Lê-se ainda que este Pai (Álvaro Anes de Freitas) «casou em Vilar de Nantes com Mécia Vaz.

Melhores Cumprimentos
Manuel Miranda

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#424920 | heinrich | 15 jun 2020 13:04 | Em resposta a: #424822

Boa tarde!

A História de Portugal, de José Hermano Saraiva, diz ser o pai e o avô de Camões naturais ou residentes na freguesia de Vilar de Nantes, Chaves.
Não seria de estranhar, levando em conta que o apelido parece ser de origem galega.

Cumprimentos,
António Caetano

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#424942 | saintclair | 16 jun 2020 13:35 | Em resposta a: #424920

-
http://www.terrasdeportugal.pt/casa-dos-pais-e-avos-de-camoes
Sc.

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#424945 | heinrich | 16 jun 2020 14:22 | Em resposta a: #424822

Boa tarde!

Manuel Pinheiro Chagas, em Portugueses Ilustres - De Viriato a Garrett, cuja 1ª edição é de 1873, não tem dúvidas. Camões nasceu em Lisboa, em 1524, e morreu na mesma cidade a 10 Junho 1580. Só não diz a rua, nº da porta e código postal.
Este Manuel Pinheiro Chagas foi a origem da célebre Questão Coimbrã que envolveu, entre outros, Antero de Quental e António Feliciano de Castilho.
Sobre Os Lusíadas diz o seguinte: "Se o plano de Os Lusíadas peca por bastantes incongruências, se a sua metrificação nem sempre é das mais acuradas, etc.". Deve ter sido por esta e por outras que o jacobino Teófilo Braga o despachou para canto no concurso para professor de literatura do Curso Superior de Letras de Lisboa.

Quem também diz umas coisas curiosas é Bourbon e Meneses na obra Figuras Históricas de Portugal, da Lello, 1933.
"Escrevendo os Lusíadas, que não são o louvor exclusivo de um herói, mas o cântico heróico de uma pátria, Camões deu-nos, nos doze cantos do seu poema [...]".

Eu tenho 6 edições diferentes dos Lusíadas, incluindo um fac-simile da edição princeps, a do pelicano voltado para a esquerda do observador (aparentemente, a edição com o pelicano para a direita também é princeps!), e duas monumentais, a de Barcelos e a belíssima edição dos 400 anos, da Lello & Irmão. Em todas elas o poema só tem 10 cantos. Julgo que devem ser versões light.
Bourbon e Meneses também diz que Camões aparece em Coimbra em 1543, mas já li algures que o seu nome nunca aparece nos registos da Universidade.
Como Chagas, diz que faleceu a 10 Junho 1580, mas, ao contrário dele, que se ignora o local do seu nascimento.

António Caetano

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#425058 | heinrich | 21 jun 2020 16:13 | Em resposta a: #424822

Boa tarde!

A investigação mais recente acerca do Poeta está condensada no livro coordenado por Vítor Aguiar e Silva, Dicionário de Luís de Camões, Editorial Caminho, 2011.
Aí é dito que o mais provável é ter Camões nascido em Coimbra, oriundo de um dos vários ramos Camões que se espalharam pelo país, provenientes da Galiza. Terá nascido em 1524 ou 1525.
Seria sobrinho de D. Bento de Camões, prior de Sta. Cruz e Cancelário da Universidade.
Quanto à data do seu falecimento, 1579 ou 1580, também há dúvidas, ainda que o Visconde de Juromenha tenha descoberto na Torre do Tombo um documento "ementa de 13 de novembro de 1582 que manda pagar seis mil setecentos e sessenta e cinco réis a Ana de Sá, «may de Luis de Camões que deos aja», importância que a este era devida desde o «primeiro de janeiro do anno de D.LXXX até dez de junho delle em que faleceo».

António Caetano

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#446930 | Miranda 1 | 02 abr 2023 15:46 | Em resposta a: #424822

Família de Camões trabalhou em Montalegre

A revista Aquae Flaviae, nº 17, por exemplo, toda ela referente à vida de Luíz de Camões, pela mão de historiadores profissionais, como: Joaquim Veríssimo Serrão, Hernâni Cidade, Brigadeiro José Guilherme Calvão Borges, etc., concluiu que os pais do maior poeta Português, de todos os tempos, trabalharam em Montalegre. E tiveram residência em Vilar de Nantes, Chaves. Na páginas 20 a 26 dessa edição, da mesma revista, resume os inquiridos e identifica-os.
Entre 23 de Agosto de 1598 e 24 de Setembro do mesmo ano, após uma consulta à Torre do Tombo, deu lugar a uma inquirição ordenada pelo Santo Ofício para averiguar «uma habilitação a favor das origens da família Flaviense de nome Camões».
Ou seja, essa consulta à Torre do Tombo possibilitou identificar mais uma testemunha, em 1715, que que confirmava os apelidos de nobres Flavienses, como: Tomé de Távora, José Couraça Camões e Diogo Couraça Camões. Aí se afirma que «o flaviense Antão Vaz é o avô do Poeta.
E quer ele quer Guiomar Vaz, sua mulher, viveram e morreram em Vilar de Nantes».
Essa descoberta terá favorecido e iniciado a tal inquirição nacional que implicou a audição de 25 testemunhas. Diz-se ainda nas pp. 20/21 que durante a inquirição foram ouvidas pessoas em: Coimbra, Chaves, Barcelos, Braga, Guimarães e Montalegre.
E que estes contributos levaram a concluir que «o pai viera de Montalegre, onde era escrivão do judicial há mais de 55 anos».
Na página 23 da mesma revista, repete-se que Mécia Vaz de Camões era natural de Vilar de Nantes e que, das testemunhas da referida Inquirição sobre Camões, seis eram do concelho de Montalegre.
A saber. E menciona os seus nomes e as aldeias desta forma: - 20ª testemunha chamou-se António Mendes de Vasconcelos, tinha 65 anos e foi ouvido na vila de Montalegre. Ele sabia que Mécia Vaz de Camões era natural de Vilar de Nantes e que a família era pobre; - 21ª testemunha chamava-se Bento Gonçalves, de 81 anos, ouvido em Codeçoso da Cham; - 22ª chamava-se Aleixo Vaz tinha 64 anos e era de Meixedo; - 23ª foi Gonçalo Afonso, tinha 90 anos, era da Portela; - 24ª chamava-se Baltazar Alves, 65 anos e ouvido em Montalegre; - 25ª testemunha era natural de Sezelhe, tinha 100 anos e chamou-se Diogo Pires.
Qualquer investigador que pretenda embrenhar-se na genealogia Transmontana dispõe desta revista, dirigida pela Drª Isabel Viçoso, cujo avô materno nasceu em Codeçoso, aldeia onde nasce o rio Rabagão e onde também nasceu a 21ª testemunha desta inquirição Camoniana.

Em Noticias de Barroso de 17.03.2023
de Barroso da Fonte.

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