Casa da Bemposta (Oliveira de Azeméis)

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Casa da Bemposta (Oliveira de Azeméis)

#436578 | severalmal | 26 set 2021 19:24

Boa tarde,

Nos "Annaes do Municipio de Oliveira de Azeméis", página 194, pode-se ler "D. Maria de Araujo Aranha, senhora in solidam da quinta da Bemposta, filha do capitão de ordenanças da mesma villa, Jacome Pinheiro de Azevedo e de sua primeira mulher D. Antónia de Araújo Aranha casou com Balthazar de Rezende de Albuquerque, nascido em Salréu [Estarreja] em 1602, ouvidor em Angeja, que por seu pai JERONYMO DE CASTRO DE ALBUQUERQUE, segundo arvores antigas d'esta casa, procedia de D. Fernão Affonço de Albuquerque, mestre da Ordem de S. Thiago, filho illegitimo de D. João Affonço, senhor de Albuquerque, e por sua mãe D. Guiomar de Rezende descendia de Fernão Ribeiro, do Porto, e de sua mulher D. Maria Pinto, dos Pintos da honra de Paramos".

Algum dos caros foristas tem informações sobre esta casa/família ou acesso às "árvores antigas d'esta casa"?

Estou bastante interessado na origem deste JERÓNIMO DE CASTRO DE ALBUQUERQUE, que tanto quanto sei, não aparece em nenhum livro, nem mesmo nos "Albuquerques da Beira". Estou também interessado na sua relação com FERNÃO AFONSO DE ALBUQUERQUE ainda que estas duas pessoas estejam separadas por quase 300 anos de história.

Cumprimentos,
Pedro Pereira

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#436615 | gustavo blanco | 28 set 2021 08:46 | Em resposta a: #436578

Bom dia,
Sobre as origens, nomeadamente pelo lado Albuquerque, não tenho notícias.
Sobre a descendência e representação da casa, sim, ainda que o que tenho deve ser mais ou menos coincidente com a genealogia desta família no ANP.
Cumprimentos,
Gustavo Blanco

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#436646 | severalmal | 28 set 2021 22:37 | Em resposta a: #436615

Boa noite,
se me pudesse dar informações sobre a representação da casa ficava agradecido.

Cumprimentos,
Pedro Pereira

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#436654 | gustavo blanco | 29 set 2021 10:16 | Em resposta a: #436646

Bom dia,

Quando digo "representação da casa", uso a terminologia habitual, mas que dá a ideia de que se está a falar de alguma dinastia real ou coisa parecida; nem sei sequer se ainda existe a casa da Bemposta e se pertence à mesma família.
Aqui transcrevo informação que me foi enviada há uns anos (parte dela reproduz o texto que o confrade transcreveu dos Anais) e que deduzo corresponda à entrada desta família no ANP, pelo estilo de escrita:

ALBUQUERQUE, da casa da Bemposta – Família descendente de Baltazar Resende de Albuquerque, n. em Salreu em 1602, ouvidor em Angeja, que por seu pai Jerónimo de Castro de Albuquerque procedia, segundo os nobiliários, de D. Fernão-Afonso de Albuquerque, mestre da Ordem de S. Tiago e filho natural de D. João Afonso, senhor de Albuquerque. Baltazar Resende de Albuquerque casou com D. Maria de Araújo Aranha, 3ª senhora da casa da Bemposta, em Pinheiro da Bemposta, Oliveira de Azeméis, filha do capitão de ordenanças Jácome Pinheiro de Azevedo, 2º senhor dessa casa e de sua primeira mulher D. Antónia de Araújo Aranha. Deste casal foi 3º neto Marcelino-Raimundo Tavares da Silva Araújo e Albuquerque, senhor da casa de Sequeiros e da casa da Bemposta, por herança de sua mãe D. Mafalda-Bernarda de Araújo e Albuquerque, casada que foi com o capitão João Tavares da Silva. Marcelino-Raimundo foi cavaleiro professo na Ordem de Cristo, Familiar do Santo Ofício e fidalgo de cota de armas (20.10.1779), tendo c. com D. Antónia-Josefa Pereira da Costa Soares de Albergaria, filha do capitão-mor de Estarreja Mateus-António-Afonso da Costa Pereira Soares de Albergaria e Silva, morgado da Praça, e neta paterna do capitão-mor António-Afonso da Costa Soares de Albergaria, morgado da Praça, cavaleiro professo na Ordem de Cristo e fidalgo de cota de armas por carta de 12.9.1748.
De Marcelino-Raimundo e de sua mulher foi bisneta, por sua mãe e avó maternas, ambas senhoras da casa da Bemposta, D. Maria-Carolina Álvares de Araújo e Albuquerque, 11ª senhora da mesma casa, que c. em 22.10.1876 com Sebastião-Maria de Quadros Côrte-Real, n. em Estarreja a 20.1.1853, representante dos Teixeira de Quadros de Arouca, sendo pais, entre outros, de Eduardo de Albuquerque de Quadros Côrte-Real de Tavares, n. a 28.9.1877, 12º senhor da casa da Bemposta, que foi c. com D. Olívia-Adelaide Luís Ferreira Tavares Pereira da Silva, sobrinha paterna do 1º visconde dos Lagos e do 1º barão do Cruzeiro, deles sendo filha e sucessora D. Maria-Manuela-Joana Ferreira Côrte-Real de Albuquerque, 13ª senhora da casa da Bemposta, 2ª viscondessa dos Lagos, Dama de Honra e Devoção da Ordem Soberana e Militar de Malta, etc., que veio a c. a 18.6.1932 com seu primo o dr. Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque, n. em Viseu a 9.3.1898, licenciado em Direito e em Ciências Históricas e Geográficas pela U.C., doutor em Ciências Históricas e prof. jubilado da Fac. de Letras da U.L., deputado da Assembleia Nacional, vereador da Câmara Municipal de Lisboa, sócio da Academia Portuguesa da História, etc., filho do dr. Alexandre Correia Teles de Araújo e Albuquerque, bacharel em Direito pela U.C., presidente da Câmara Municipal de Estarreja, chefe de gabinete do Ministro do Reino, contador do Tribunal da Relação de Lisboa, chefe dos Pelotões Civis nas Incursões Monárquicas de 1911, bibliotecário, secretário-geral e sócio honorário do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, vogal do Conselho Superior Judiciário, deputado em várias legislaturas, comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra de França, etc., e de sua mulher D. Isabel-Maria-da-Conceição Ribeiro de Almeida. O dr. Alexandre Correia Teles de Araújo e Albuquerque era filho de Bernardino-Máximo Tavares da Silva Álvares de Araújo e Albuquerque, n. em Sever do Vouga a 19.10.1838, administrador do concelho de Albergaria-a-Velha, senhor das casas do Outeiro e de Sequeiros, e de sua mulher D. Luísa-Delfina Correia Teles; neto paterno de Bernardino Álvares de Araújo e Albuquerque e de sua mulher (casados a 30.5.1836 em Sever) D. Josefa-Margarida de Araújo e Albuquerque e bisneto paterno de Francisco-António Álvares Ferreira e de sua mulher D. Antónia-Joaquina Tavares da Silva Albergaria de Araújo e Albuquerque, que era irmã de D. Caetana-Maria Soares de Albergaria e Albuquerque, 9ª senhora da casa da Bemposta.
O atual representante da família é filho do dr. Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque e de sua mulher D. Maria-Manuela-Joana.

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#436664 | severalmal | 29 set 2021 12:39 | Em resposta a: #436654

Agradeço-lhe imenso as informações, são muito úteis.
Só uma pequena correção. Se não estou em erro o ANP é que foi buscar essa informação aos "Annaes" (publicado em 1909). Penso que a data da 1ª edição do ANP seja posterior.
Só lamento que tanto os "Annaes" como o ANP não tenham publicado a origem do tal Jerónimo de Castro de Albuquerque, visto que aparentemente essa informação existe escondida num arquivo qualquer e seria bastante interessante tê-la.

Há alguns Albuquerques ligados a essa zona, nomeadamente João de Albuquerque, conde de Esgueira. O livro "Albuquerques da Beira" também referencia um "prior de S. Martinho de Salréu" na pág.8.

Bom, de volta à investigação.

Mais uma vez obrigado e cumprimentos,
Pedro Pereira

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#436691 | gustavo blanco | 30 set 2021 17:37 | Em resposta a: #436664

Boa tarde,

Curiosamente, num site da concorrência e creio que na BD do Geneall também, vem referido que D. Maria Manuela Joana Ferreira Corte-Real de Albuquerque, 2ª viscondessa dos Lagos e 13ª senhora da casa da Bemposta, teve pelo menos um irmão o qual, segundo as regras do direito nobiliárquico, deveria ter sucedido na representação "da casa" ou da família.
Creio que depois da extinção dos morgadios, os pais eram livres de deixar os bens aos filhos que quisessem e, no caso concreto, D. Maria Joana terá herdado a casa da Bemposta sem qualquer impedimento legal, no entanto, a representação da família não deveria ter recaído no irmão varão?

Cumprimentos,
GB

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#436692 | gustavo blanco | 30 set 2021 17:42 | Em resposta a: #436691

Concretamente e segundo esse site da concorrência, D. Maria Joana era irmã (inteira) de Sebastião Álvaro Ferreira Côrte-Real de Albuquerque e Coutinho, supostamente casado e com geração.

Nunca percebi se neste tipo de situações e segundo as regras do direito nobiliárquico, é possível ao pai escolher o sucessor na representação da casa e família.

Mas admito desde já poder estar a dizer uma grande asneira ou a confundir o muito pouco que sei :)

G.B.

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#436693 | severalmal | 30 set 2021 17:51 | Em resposta a: #436692

Pois, não tenho a certeza. Oficialmente já não existem títulos nobiliárquicos nem morgadios, portanto não sei porque regras se regem essas heranças de títulos (talvez pelas regras do Instituto da Nobreza Portuguesa?), ou se sequer se regem por alguma regra. Ou talvez o seu irmão tenha renunciado ao título?

Cumprimentos,
Pedro Pereira

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