Figueiredo Mascarenhas, de Faro
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Figueiredo Mascarenhas, de Faro
O Visconde de Sanches de Baena indica em "Familias Nobres do Algarve",como filha de GASPAR DE FIGUEIREDO MASCARENHAS nascido em Faro em 1513 (2º vol. pg 48) a
CATARINA DE FIGUEIREDO MASCARENHAS, mulher de Vicente Pacheco ,c.g.-
Quem me poderá indicar quem foram os filhos deste casal ?
Meus cumprimentos
A.Correia
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RE: Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caro(a) A. Correia,
Sugiro que veja aqui no Genea http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=63651 e http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=52302 se algum confrade o pode ajudar.
Cumprimentos,
Angelo Fonseca
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RE: Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caro Angelo Fonseca
Agradeço as suas informações,que infelizmente, não me servem. Não encontro qualquer ligação aos Figueiredo Mascarenhas, de Faro,cerca de 1540.
Meus cumprimentos
A.Correia
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RE: Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Tenho indicações de Gaspar de Figueiredo Mascarenhas nascido "...pelos finsdo no de 1513..." em Faro, filho de Manuel Mascarenhas, capitão mor de Faro, casado em Alcochete com D. Isabel Corrêa.
A consultar "FAMÍLIAS NOBRES DO ALGARVE" de Sanches de Baena
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RE: Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caro A. Horta Correia,
Em relação à sua mensagem, creio que se havia de explorar a ascendência de:
Briolanja Vieira, que casou em Moncarapacho a 01-08-1605, com Pedro Álvares de Barros.
Ela é filha de Pedro Afonso e de Maria Afonso, como sabe. Nos descendentes do casal não há "Pachecos" nem "Mascarenhas", mas o nome dela poderá querer dizer algo.
Nada mais tenho sobre os referidos Pedro e Maria Afonso que possa ajudar nesta tarefa. Julgo-os de fora de Moncarapacho e ele nascido circa 1550 e ela 1555.
Um abraço,
José Cabecinha
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RE: Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Gaspar de Figueiredo de Mascarenhas casou com Briolanja Vieira, filha de D. Constança de Menezes e de Cristóvão Doria de Sousa e tiveram seis filhos:Lourenço, Maria, Catarina, Inês e Belchior; para este ver chancelaria de D. Filipe I de Portugal,fl.46,v.
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RE: Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caro A. Correia
Não respondendo à sua questão deixo-lhe uma "dica" relacionada com a família FIGUEIREDO MASCARENHAS:
Albertino Paulo Mascarenhas nasceu em Silves por volta de 1890 filho de Aleixo Paulo Figueiredo Mascarenhas Neto e de Maria Clara Guerreiro. Casou em Castro Verde em 12.03.1922 com Ana Fernandes Parreira (* Castro Verde 11.03.1899 + Lisboa, N. Sra. de Fátima 04.01.1980) filha de Baltazar Afonso Parreira (* Castro Verde c. 1865 + Castro Verde 31.10.1918) e de Maria Augusta Colaço (* Almodôvar 20.12.1872 + Castro Verde 30.07.1933), neta paterna de José Severino Parreira e Catarina Bárbara Faleiro (* Mártola, S. Miguel do Pinheiro 10.05.1835) e materna de José Fernandes Velho e de Bárbara Inácia Romano (+ Castro Verde 23.07.1888).
Catarina Bárbara Faleiro (* Mártola, S. Miguel do Pinheiro 10.05.1835) consta da base do Geneall em http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=574542 embora haja algumas incorrecções. Era irmã da minha trisavó Ana Jacinta Faleiro http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=489922.
Ana Fernandes Parreira (* Castro Verde 11.03.1899 + Lisboa, N. Sra. de Fátima 04.01.1980) era irmã de Bárbara Inácia Fernandes Parreira http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=622218 (* Castro Verde 03.02.1902 + Castro Verde 09.11.1967) e esta última era casada com o meu tio-avô Horácio Luís Martins Figueira (* Castro Verde 20.03.1898 + Castro Verde 21.10.1980) http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=608547
Cumprimentos
Luis Figueira
Castro Verde
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Briolanja Vieira
Caros A. Correia e J. Cabecinha:
Em relação aos eventuais descendentes de Catarina de Figueiredo Mascarenhas e Vicente Pacheco, não encontrei até agora referência a nenhum deles; todavia, como sei que andam a ver os testamentos, pode ser que daí surja algo, porque os Paroquiais, nesse ponto, já não devem dar mais achegas. Há também ainda bastantes cartórios de Igrejas por estudar, e daí pode vir mais informação.
Quanto a Briolanja Vieira, de Moncarapacho, ela intrigou muito José Fernandes Mascarenhas (JFM), o conhecido investigador e publicista de temas algarvios. Várias vezes me falou do assunto, mas não havia grandes pontas para lhe pegar, apenas existindo o que constava nos assentos paroquiais, e que já aqui está registado.
Todavia, há uns anos, achei-o muito satisfeito, porque tinha encontrado uma pista, num documento em que se falava de um Estêvão Dória na Fuzeta (não sei se ainda se chamava “Cabanas & Moinhos”, nessa altura), que era Cavaleiro Fidalgo; o documento era de 1572, lembro-me bem, e talvez tenham notícia dele; não me deu a cota do mesmo. A Fuzeta, para que se entenda o resto, pertencia então à Freguesia de Moncarapacho, onde esteve até ao séc. XIX.
Depois de muito meditar, propunha ele que esse Estêvão Dória * c. 1512, fosse irmão de Briolanja Vieira I* c. 1515, filha de Cristóvão Dória de Sousa e de D. Constança de Menezes, casada com Gaspar de Figueiredo Mascarenhas, alcaide-mor de Faro, todos comuns antepassados nossos, que aqui nos achamos.
De caminho vale dizer que Dórias há desde muito cedo no Algarve, já no séc. XV, talvez ligados ao comércio com Génova, de que seriam agentes, para servir os barcos dessa República, que faziam a carreira regular do Atlântico Norte, com escalas nesta nossa província. Todavia não me parece o caso de Estêvão Dória, explicitamente Cavaleiro-Fidalgo, que indicia funções militares. Dado que tal se passava na Fuzeta, junto ao mar, era provável que estivesse envolvido na defesa marítima contra a pirataria. Moncarapacho tinha uma linha de costa muito extensa, com várias torres de vigia, algumas ainda de pé, da Alfanxia até Marim, e que dariam bastante que fazer, quer na vigilância em terra, quer nas saídas por mar.
Assim, este Estêvão Dória, da Fuzeta, poderia ser pai de Pedro Afonso, que teria casado em Moncarapacho com Maria Afonso, ambos pais de Briolanja Vieira II, daqui natural, e que casa nesta aldeia a 1 de Agosto de 1605, com Pedro Álvares de Barros, da Luz de Tavira.
Para fortalecer esta hipótese, dizia mais JFM que
1. Como padrinho de casamento de Briolanja Vieira II aparece Diogo da Costa Pimentel. Este foi neto de Gaspar de Figueiredo Mascarenhas e de Briolanja Vieira I, filho da filha Inez de Figueiredo Mascarenhas, casada com Francisco da Costa Pimentel, ambos de Faro, o que torna quase indiscutivelmente Briolanja Vieira II membro desta família, pois esta deveria ser prima-irmã de Diogo da Costa Pimentel.
2. Briolanja Vieira II e Pedro Alvares de Barros tiveram apenas descendência em Vieira e Barros, e não em Figueiredo nem Mascarenhas, o que parece indiciar que não descenderiam directamente dos Mascarenhas Figueiredo. Isto acertaria bem com a hipótese de Briolanja Vieira II ser neta de Estêvão Dória, da Fuzeta, filha de um seu filho casado em Moncarapacho, portanto na mesma freguesia. Este não teria essa ascendência, mas sim Menezes Dória.
Achei esta hipótese de trabalho bastante válida, e ainda hoje não tenho melhor para explicar estas questões intrigantes. De passagem, se alguém topar este documento sobre Estêvão Dória, agradecia que aqui deixasse a cota, por favor.
Abraços para ambos
Miguel de Sousa
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RE: Briolanja Vieira
"vidè CHOROGRAPHIA do ALGARVE, de João Baptista Lopes, ap. 417" por Sanches de Baena em Famílias Nobres do Algarve, pag.48
RespostaLink directo:
Estevão Dória
Estimado Confrade:
As cotas que aponta são as clássicas para Cristóvão Dória; a que eu desejaria conhecer era a referente a Estevão Dória, Cavaleiro-Fidalgo na Fuzeta, possivelmente filho do anterior.
De qualquer modo, essa fonte sobre Cristóvão conta que, antes de ser Governador de S. Tomé, ele fez serviço na Armada Real como capitão de galé; não admira que um seu eventual filho tivesse seguido carreira semelhante.
Tanto quanto se possa saber hoje, as bases da Armada Real, no Algarve, teriam sido os portos de Tavira, Faro e Lagos, e talvez em Portimão, onde o Almirante Rui de Melo foi morto ao tentar interpôr-se numa luta naval.
Esta Armada era complementada, para a defesa da costa, pelo sistema de vigilância em terra, cuja rede de almenaras se mantinha atenta, guarnecida por gentes das localidades, em regime de rotação, sob a orientação de oficiais de Ordenanças.
Esse Estevão Dóriaa poderia até, como responsável local, desempenhar funções simultâneas de capitão-de-mar e de oficial de Ordenanças, dado que a Fuzeta, nessa altura, era apenas constituida por cabanas provisórias de palha, sasonalmente ocupadas pelos pescadores. Aí ocorria também o mar entrar muito pela terra, nessa época, existindo lodo e salgados até bastante acima, já perto do Gião, onde se achava passagem sólida (daí o nome de Gião - S. Julião, santo em geral associado à travessia de correntes de agua).
Sucedia então que boa parte do ano o caminho Faro-Tavira se fazia por Moncarapacho, onde também existiram duas almenaras - a Torrinha, e outra na Aldeia, que ainda hoje resiste, bastante alta e de forma semi-circular, no quintal de uma casa a sul da rua principal. Esta última passou despercebida quando foi feito o inventário destas fortificações no Algarve, já saído há uns anos.
Obrigado, e os cumprimentos
Miguel de Sousa
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RE: Briolanja Vieira
Caros Miguel de Sousa e José Cabecinha
De facto a Briolanja Vieira casada com Pedro Alvares de Barros deve ser descendente da outra Briolanja Vieira, casada com Gaspar de Figueiredo Mascarenhas.
Porém chamo a vossa atenção para o registo de casamento que está em M4 de Moncarapacho, a 19 de Agosto de 1591,de Pedro Afonso, filho de Simão Fernandes e Beatriz Gonçalves, com Maria Afonso, filha de Pedro Afonso Pires e Inês Martins, celebrou o padre Gaspar Alvares e foam testemunhas Domingos Martins e Gonçalo Viegas ( meu 12º avô que foi armado cavaleiro em Mazagão no cerco de 1562 e confirmado por D.Sebastião em 1566).
Ora sendo assim, tal descendencia seria possivel caso Inês Martins, nascida cerca de 1550, fosse filha do casal acima indicado Gaspar de Figueiredo Mascarenhas e Briolanla Vieira, que terão casado cerca de 1535/40.
O apelido Martins existe nos Figueiredo Mascarenhas.
A testemunha do casamento de Pedro Alvares de Barros e Briolanja Vieira II, Diogo da Costa Pimentel, também é valida para esta hipotese.
Abraços
A.Correia
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Briolanja Vieira
Caro A. Correia:
Fico muito grato pela sua disponibilidade em analisar este tema curioso. De facto, anoto alguns dados que tinha de outro modo.
1. Pedro Afonso Pires (c. 1542) tinha-o como casado c. 1574, talvez em Moncarapacho, com Inês Martins (c. 1547), ambos pais de Pedro Afonso Pires (c.c. Isabel Estevens Tripancho a 24.9.1604) e de Inês Martins (c. c. Martim Pires c. 1609).
2. Tinha Briolanja Vieira II (c. 1585) como filha de Pedro Afonso (c. 1555) e de Inês Martins (c. 1560), que teriam casado c. 1580 na mesma aldeia.
3. Desconhecia a data do casamento de Pedro Afonso com Maria Afonso, pais de Briolanja Vieira II, e o nome dos pais de ambos, que decerto constam do assento de 19.8.1591.
De acordo com os seus informes, a realidade é diferente:
1. Sabemos agora que Maria Afonso é filha de Pedro Afonso Pires (I) e de Inês Martins, surgindo como boa hipótese esta ser filha de Gaspar de Figueiredo Mascarenhas e de Briolanja Vieira I, e não de Estevão Dória, da Fuzeta, como eu tinha sugerido.
2. O apelido Martins, com efeito, surge nos Mascarenhas Figueiredo desde cedo, com Fernão Martins Mascarenhas (c. 1370), filho de Martim Vaz Mascarenhas, morgado em Alcochete, aio de D. João II e Comendador-mor da Ordem de Santiago, e esse mesmo nome de Fernão Martins Mascarenhas iria repetir-se muito na sua descendência; uma filha de nome Inês Martins não seria de estranhar, portanto.
Tentei, portanto, uma ligação provisória dessa Inês Martins com o casal acima, na minha base de dados. Mas deparei com as seguintes dificuldades:
1. O casal Gaspar de Figueiredo Mascarenhas e Briolanja Vieira I, cujo matrimónio ocorreu entre 1535 e 1540, teve uma filha chamada Inês, de facto. Mas foi ela Inês de Figueiredo Mascarenhas, que casou com Francisco da Costa Pimentel, portanto pais de Diogo da Costa Pimentel, que vamos achar a apadrinhar o casamento de Briolanja Vieira II.
2. Para evitar a raridade de haver duas filhas de nome Inês no mesmo casal (embora não totalmente impossível) parece tentador identificar Inês Martins com Inês de Figueiredo Mascarenhas.
3. Neste caso, Briolanja Vieira II e Diogo da Costa Pimentel teriam sido irmãos (e não primos-irmãos, como aventei acima), sem que tal seja mencionado no assento, ou seja sequer vulgar, embora não totalmente proibido.
4. Este facto leva-me a admitir, até melhor prova, que Inês Martins não seja filha de Gaspar de Figueiredo Mascarenhas e de Briolanja Vieira I.
5. Também até mais evidências, preferiria manter a hipótese de Briolanja Vieira II ser filha de Estêvão Dória, à falta de outro pai eventual, e este irmão de Briolanja Vieira I.
Assim, uma vez mais apelo aos estudiosos destas famílias para tentar localizar essa cota documental sobre Estêvão Dória, da Fuzeta. O Prof. Francisco António Dória, do Brasil, muito se interessa por esta família, em Portugal, e fez um sério levantamento da documentação existente sobre os Dória. Talvez daí nos possa vir algo, pois o Prof. tem online um valioso trabalho sobre este assunto, que os caros confrades podem consultar facilmente, e encontrar aí também a ascendência italiana deste ramo da família, até cerca do ano 1000.
Este assunto é tanto mais curioso, dado que Cristóvão Dória de Sousa, o navegador, foi filho de Francesco Doria, que se documenta em Génova, em Arzila, em Lisboa e em Sevilha. Nesta cidade, Francesco foi o grande amigo e o banqueiro de estimação de Cristóvão Colombo, e o financiador das suas viagens, a partir da segunda.
Com os melhores cumprimentos
Miguel de Sousa
PS – colateral à matéria, Gonçalo Viegas, marido de Catarina Rodrigues, que suponho o cavaleiro de Mazagão, e que foi padrinho no casamento de Pedro Afonso e Maria Afonso, também é meu 12º avô, por via de seu filho João Dias Tripancho. Curiosamente foi nosso antepassado, quer por lado materno, quer por paterno. Se tiver interesse nestes ramos, basta dizer, que posso enviar-lhe as linhas completas até à actualidade.
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RE: Briolanja Vieira
Caros Miguel Sousa e António H. Correia,
Depois de ler as V. mensagens julgo que:
Tinha conhecimento do dito casamento de Pedro Afonso com Maria Afonso, em 1591;
Repugnava-me filhar a Briolanja Vieira ao dito casal uma vez que a colocaria a casar com 13 para 14 anos. Não é invulgar mas…
Hoje e depois de vos ler concordo mais com essa possibilidade com a ressalva de se poder confirmar tudo isto pelo baptismo da referida Briolanja.
Se assim for, porque não considerar que a Inês Martins, casada com Pedro Afonso Pires, não ser filha ou prima de quem apontam, mas simplesmente filha de Francisco da Costa Pimentel e de sua mulher Inês de Figueiredo Mascarenhas?
A temporalidade é possível, só não se entende o porquê de não haver na descendência desta nomes ou apelidos que nos apontem para tal.
Do casal Pedro Afonso Pires com Inês Martins, meus avós por três ramos e 6 vezes (dá para rir), só tenho referidos os seguintes filhos:
Maria Afonso, c.c. com Pedro Afonso (a ver?);
Pedro Afonso Pires, c.c. Isabel Estevens Tripancha;
Beatriz Afonso, c.c. Diogo Dias e com Brás Pereira;
João Rodrigues, c.c. Catarina Rodrigues.
Da descendência destes, que temos recolhida, creio que quase à exaustão nada aponta, nem nos nomes próprios nem nos apelidos (segundo me parece) para a ascendência F.C. Pimentel e Inês F. Mascarenhas, salvo as “Inês” que surgem.
Que V. parece?
Um abraço – Zé Cabecinha
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Briolanja Vieira
Caro ZC
Logo à noite vou fabricar umas árvores, para ver as hipóteses todas, e depois lhe direi. Um abraço deste seu
MS
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RE: Briolanja Vieira
Caros Miguel de Sousa e José Cabecinha
Julgo portanto que podemos resumir a parte que está documentada em:
Pedro Alvares de Barros casou com Briolanja Vieira em 1/8/1605, esta filha de Pedro Afonso e Maria Afonso, que casaram em 1591, e ela Briolanja teria 13 ou 14 anos quando casou, isto é possivel.
Maria Afonso é filha de Pedro Afonso Pires e Inês Martins, está documentado.
No campo das hipoteses:
Inês Martins pode ser filha de qualquer um dos 5 filhos de Gaspar Figueredo e Briolanja Vieira I.
As datas ou a falta delas tornam perfeitamente possivel esta hipótese. Resta saber de qual dos filhos descenderia.
Abraço
A.Correia
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RE: Briolanja Vieira
Caro Amigo,
Pelo que temos, creio que é o possível de supor.
Seria muito bom encontrar algo mais do casal Vicente Pacheco c.c. Catarina de Figueiredo Mascarenhas, mas onde?
Mais uma vez julgo que temos que nos encontrar para tratar em conjunto deste assunto.
Cumprimentos
Zé Cabecinha
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Briolanja Vieira
Caros Amigos:
Só hoje tive algum tempo para ver as várias hipóteses. Para melhor se entender o que digo a seguir, retomo uma frase de José Cabecinha:
“Se assim for, porque não considerar que a Inês Martins, casada com Pedro Afonso Pires, não ser filha ou prima de quem apontam, mas simplesmente filha de Francisco da Costa Pimentel e de sua mulher Inês de Figueiredo Mascarenhas? A temporalidade é possível, só não se entende o porquê de não haver na descendência desta nomes ou apelidos que nos apontem para tal.”
De facto, entre várias possibilidades, esta é a que me parece mais coerente, e colocaria o referido casal com 4 filhos, pelo menos:
- Diogo da Costa Pimentel
geração em Pimentel, Figueiredo e Vieira
- Leonor da Costa Pimentel
geração em Mascarenhas e Vieira de Figueiredo
- Maria Vieira de Figueiredo
sem geração, por Cristóvão de Brito, o velho, ter falecido em Alcacer-Quibir
- Inês Martins (Mascarenhas)
geração em Afonso, Afonso Pires e Martins
Quanto a outra questão, a de Vicente Pacheco, encontro em Belchior de Andrade Leitão, tt Pacheco do Algarve – os dois seguintes:
“Vicente Pacheco c.c. Catarina da Silva”, smn, num conjunto de nomes que me parecem de Quelfes
“Vicente Pacheco, c.c. Maria Casca, ambos viviam c. 1637. Houve deste enlace os seguintes filhos:
- Beatriz Casca da Costa, mulher de Bartolomeu de Brito, filho de Pedro Raposo e de Margarida de Brito
- Gaspar Pacheco
- Baltazar Pacheco
- Pedro Pacheco
- Genebra Pacheca”
“Manuel Pacheco de Estói c.c. Joana de Mendonça e teve os seguintes filhos:
- Jorge Pacheco
- Vicente Pacheco que nasceu em 1590
- Antão Pacheco”
Estas informações de Andrade Leitão costumam ser bastante fiáveis. Como tal, uma hipótese de resposta à pergunta-mãe, que A. Correia nos colocou no início deste tópico, pode ser a seguinte:
Catarina de Figueiredo Mascarenhas, filha de Gaspar de Figueiredo Mascarenhas e de Briolanja Vieira, de Faro casou c. 1565 c. Vicente Pacheco, de Estói, filho de Manuel Pacheco, de Estói, c.c. Joana de Mendonça, e de ambos foram filhos:
- Jorge Pacheco
- Antão Pacheco
- Vicente Pacheco, como o pai, nascido em 1590, que casou c. Maria Casca, e tiveram:
- Beatriz Casca da Costa, mulher de Bartolomeu de Brito, filho de Pedro Raposo e de Margarida de Brito
- Gaspar Pacheco
- Baltazar Pacheco
- Pedro Pacheco
- Genebra Pacheca
Penso que pode ser esta uma das soluções possíveis a essa pergunta-mãe. Confesso, no entanto, que não fiz o mínimo esforço, por pura falta de tempo, para saber se isto pode ou não estar certo com os Registos Paroquiais. Mas isso, muito melhor do que eu, poderão os caros Confrades verificar, se acharem que vale a pena. No fim de contas a Genealogia nunca foi desenho…e aqui estamos a desenhar.
Com os abraços genéticos do
Miguel de Sousa
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RE: Briolanja Vieira
Caro Miguel de Sousa
Tendo em conta que Beatriz Casca da Costa casou com Bartolomeu de Brito a 21/7/1636 em Estoi, parece muito provavel que seu pai Vicente Pacheco, casado com Maria Casca, tivesse nascido em 1590, e fosse filho de outro Vicente Pacheco e Catarina Figueiredo Mascarenhas.
Ficaria assim resolvida a questão inicial deste tópico, se bem que se levanta outra mais complicada: de quem será filho Manuel Pacheco, de Estoi ?
Abraço
A.Correia
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RE: Briolanja Vieira
Caros amigos,
Porque não considerar que o Manuel Pacheco, de Estoi, seja também um filho de Tomé Pacheco de Mendonça e de Ana Pacheca de Gusmão?.
Estes julgo que serão os pais de: Antão Pacheco de Mendonça, c.c. Maria de Abreu da Costa; do Padre Jorge Pacheco; Nicolau de Mendonça, c.c. Margarida da Costa e de Paulo Pacheco de Mendonça, c.c. Inês Castanheda de Brito.
Estes (Tomé Pachco de Mendonça e Ana Pacheca) aparecem referidos como sendo de Faro mas nada impede que não tivessem vivido em Estoi ou até mesmo na Conceição de Faro.
Quanto ao Vicente Pacheco, c.c. Beatriz Casco, ser filho de Vicente Pacheco c.c. com Catarina de Figueiredo Mascarenhas, parece ser muito provável.
Cumprimentos,
Zé Cabecinha
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RE: Briolanja Vieira
Caro A. Correia:
A sua opinião conta muito nesta matéria, pela segurança com que se move nestes Arquivos. Obrigado pelo que nos aponta. Como não sabia responder à sua nova interrogação, tornei a procurar na mesma fonte – “Belchior de Andrade Leitão – Genealogias manuscritas da Biblioteca da Ajuda, tt Pachecos do Algarve”.
Na versão deste "título de Pachecos", publicada por Alberto Iria (Correio do Sul nº 1421, de 30.6.1944) acho algumas pessoas de nome Manuel Pacheco.
Num parágrafo só com gente de Quelfes, surge o seguinte:
“Paulo Pacheco era casado em 1692 com Inês de Brito, filha de Luís Lopes de Sande; Nicolau de Mendonça com Antónia de Brito; Jorge Pacheco com Bárbara de Montarroio, de Quelfes, em 1570. Violante Alvares Pacheco, mulher de Mem Roiz Neto; em 1576 MANUEL PACHECO, filho de Jorge Fernandes e de Isabel Pacheca; Vicente Pacheco, marido de Catarina da Silva; em 1587 Manuel Pacheco de Brito, irmão de Vasque Anes Pacheco, marido de Catarina Mendes, pais de Mem Pacheco de Brito; e em 1636, o Padre Vasco de Sousa Pacheco”
Mais adiante:
“MANUEL PACHECO cc Francisca Simões e teve : Manuel Pacheco * 1614 e Gonçalo Pacheco * 1615”
Bastante adiante, isto, que me parece precioso:
“Em 1549 Diogo de Brito Pacheco, Cavaleiro Fidalgo e morador em Beja e, em 1511, MANUEL PACHECO, filho de Domingos Pacheco, Cavaleiro de Tavira”. [Os MANUEL PACHECO, em maiúsculas, são de minha responsabilidade, como é evidente.]
De qualquer modo parece que o nome de Manuel Pacheco já vem de longe na nossa zona, em grupo familiar Pacheco que, neste caso, parece ligado aos Brito Palermo, que Miguel Côrte-Real tratou, de forma excelente, nos seus “FCA do Algarve”.
Assim sendo, parece-me valer a pena estudar a ligação destes Pacheco a Quelfes e Tavira, rebuscando com rigor os assentos paroquiais, a ver como isto tudo pode ou não grudar, dado tratar-se, no essencial, de gente a nascer antes de esses registos existirem.
Essas fontes os caros parentes já desbravaram por completo, e pode ser que se consigam novas pistas. Por mim, também tentarei com o que tiver à mão, lá mais para o fim da semana. Como segunda hipótese de trabalho, deixaria o seguinte, após modificar a proposta anterior:
"Catarina de Figueiredo Mascarenhas, filha de Gaspar de Figueiredo Mascarenhas e de Briolanja Vieira, de Faro casou c. 1580 [e não 1565, como por erro apontei na mensagem anterior] c. Vicente Pacheco, de Estói, filho de Manuel Pacheco, de Estói, [este talvez filho de Jorge Fernandes e de Isabel Pacheco], c.c. Joana de Mendonça, e de ambos foram filhos:
- Jorge Pacheco [como o eventual avô, uma época em que os Jorge não abundavam]
- Antão Pacheco [talvez nome de tio ou de avô]
- Vicente Pacheco, como o pai, nascido em 1590, que casou c. Maria Casca, e tiveram:
- Beatriz Casca da Costa, mulher de Bartolomeu de Brito, filho de Pedro Raposo e de Margarida de Brito
- Gaspar Pacheco
- Baltazar Pacheco
- Pedro Pacheco
- Genebra Pacheca"
[Isabel Pacheco pode ter sido, por sua vez, filha de Manuel Pacheco, apontado como filho de Domingos Pacheco, o Cavaleiro de Tavira em 1511, podendo esse Diogo de Brito Pacheco ser parente, descendente do casal Diogo de Brito, Vedor da Fazenda, c.c. Joana Pacheco, (esta filha de Gonçalo Lopes Pacheco, de Beja, Morgado das Cachoeiras), e cujo filho Simão de Brito foi Vedor da Fazenda do Algarve, e casou com Susana Palermo, neta de Lourenço Rodrigues Palermo, Contador de D. Duarte e de D. Afonso V no Reino do Algarve, e que foi o primeiro dos inúmeros Palermo que se espalharam pela região.
Eventualmente, os Pacheco de Brito, de Quelfes, acima citados (Manuel Pacheco de Brito, irmão de Vasque Anes Pacheco, marido de Catarina Mendes, pais de Mem Pacheco de Brito) parecem corresponder a uma lógica onomástica semelhante, e conviria talvez analisar ambos estes conjuntos de gente como uma única linhagem, pois pode acontecer que, de facto, o tivessem sido].
De momento, sem mais, envia um abraço
Miguel de Sousa
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RE: Briolanja Vieira
Caro JC:
Tomo boa nota do que postou neste seu contributo, que me parece bem válido.
De caminho, como tive que rever o assunto através do Andrade Leitão chamo a sua atenção sobre o que lá consta, e que levanta mais questões, mas que nada invalidam a sua hipótese de trabalho, tanto mais que nos seus mais-velhos abundam os Pachecos, e nos meus são relativamente poucos e não dão para muitas teorias.
Instalei há poucos minutos esse aditamento, e mando-lhe esta nota, com um abraço
MS
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Figueiredo Mascarenhas, Pacheco de Brito
Caros Colegas:
Tenho particular interesse na família Figueiredo Mascarenhas, de que descendo por três vias.
O que está escrito em "Famílias Nobres do Algarve", para datas posteriores a 1650-1700, está essencialmente correcto. No entanto, a informação para datas anteriores é pouco fiável e, em certos casos, comprovadamente errada. Sei que o Dr. Miguel Côrte-Real se tem debruçado sobre esta família.
No ramo que me interessa directamente posso ir um pouco mais atrás - a linha descendente a partir de Diogo Martins Mascarenhas e sua mulher Leonor Pimentel (não documento o "Costa") está correcta:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=114660
Documento também que a nora dos anteriores, Isabel de Figueiredo Mascarenhas:
http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=114697
era filha de Barnabé de Figueiredo (não documento o "Peixoto") e que este era de facto filho ilegítimo de Gaspar de Figueiredo (não documento o "Mascarenhas") e Simoa Gago.
Toda a ascendência para lá destas pessoas é para mim indocumentada.
Para construir a sua genealogia dos Figueiredo Mascarenhas dos séculos XVI/XVII, Sanches de Baena copiou e aumentou o que Andrade Leitão escreveu sobre a mesma família, e que pode ser consultado na Biblioteca da Ajuda. De facto, o que para Andrade Leitão era em muitos casos um conjunto de nomes soltos e sem indicação de parentesco entre si transformou-se em Sanches de Baena num conjunto completamente arrumado - provavelmente sem prova documental que apoiasse tal progresso.
Há pequenas diferenças que são interessantes: o "Cristóvão Dória" referido por Baena era, em Andrade Leitão, "Estêvão Dória" - pode ter sido erro de transcrição. O "Francisco Martins Coelho, natural de Castro Marim", citado por Baena, é em Andrade Leitão "Francisco Martins Coelho, filho de outro, natural de Castro Marim" - o que está absolutamente correcto: ambos os Franciscos, pai e filho, são meus antepassados.
Também me interessa muito a família Pacheco de Brito, da qual descendo embora não me tenha sido possível estabelecer a ligação completa para o século XVI e o início do século XVII.
O meu ramo provém certamente de João Pacheco de Brito e sua mulher Joana Dias, cuja filha Maria de Brito casou com Luís Álvares Ribeiro. Luís Álvares Ribeiro e Maria de Brito foram pais de Joana Pacheco de Brito, que casou a 29.11.1615 em Portimão com o FSO Francisco Vieira, da Mexilhoeira Grande.
Na minha ascendência consigo apenas chegar a um Luís Álvares Ribeiro, de Faro, com um filho chamado Duarte Pacheco de Brito. Esse meu Luís deverá, pela cronologia, ser neto de Luís Álvares Ribeiro e Maria de Brito.
O Mendo (Mem) Pacheco de Brito mencionado no título de Pachecos de Andrade Leitão (que eu não conhecia) é claramente o FSO com o mesmo nome, com diligências aprovadas em 1617 residindo então em Lisboa. Era natural de Faro e filho de Manuel Pacheco de Brito, homem nobre e da governança de Faro, e Catarina Mendes Neto, esta de Loulé, neto paterno de Mendo Rodrigues Neto, de Loulé, e Violante Álvares Pacheco, de Faro, e neto materno de Lázaro Mendes Neto (homem nobre da governança, viveu em Loulé até ao falecimento de sua esposa Inês Gonçalves, indo depois viver para Faro, onde foi muitas vezes vereador e juiz) e Inês Gonçalves, ambos de Loulé. O avô paterno e o avô materno eram irmãos. Mendo Pacheco de Brito tinha um irmão chamado Vasco Anes.
No processo de habilitação do Santo Ofício de Mendo Pacheco de Brito refere-se que Miguel de Sousa (*), Cavaleiro-Fidalgo da Casa (ilegível), era seu padrinho de (ilegível).
Suponho ser também este o Mendo Pacheco de Brito autor do livro "Discvrso em os Dovs Phaenominos Aereos do Anno de Mil e Seiscentos e Dezoito", publicado em 1619 em Lisboa por Pedro Craesbeeck.
Desconheço qual o parentesco entre os ramos de Mendo Pacheco de Brito e João Pacheco de Brito.
(*) Não confundir com o participante deste tópico com o mesmo nome! :-)
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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RE: Figueiredo Mascarenhas, Pacheco de Brito
Caro Rui Pereira:
Embora um pouco atrasado, por falta de tempo, por minha parte muito agradeço os excelentes contributos que aqui deixa, para esta questão bastante vasta. De facto, para trás de Diogo Martins Mascarenhas é difícil garantir qualquer coisa. De caminho, o irmão de Diogo, Lourenço, documenta-se também na Baía, onde seu filho João de Figueiredo casou com Apolónia Alves Teixeira, a filha do Caramuru, com historial e descendência muito conhecida no Brasil, entre os quais o Chico Buarque de Holanda. Essa parte, portanto, não foi “brinde” de Sanches de Baena.
Também o tal Estêvão Dória, que me intrigava, estava afinal no Andrade Leitão, no tt. Figueiredo, como já verifiquei. Pelos vistos erro, mas deve ter sido induzido pela existência de alguém desse nome, e já estivemos mais longe de o achar.
Quanto às restantes informações, elas têm muito interesse. Cada vez mais me parece que os Pacheco antigos do Sotavento do Algarve, os do séc. XV, podem ter surgido de um tronco comum, que nasce em Gonçalo Lopes Pacheco, de que Miguel Côrte-Real nos fala nos seus “Fidalgos de Cota de Armas do Algarve”, referindo Andrade Leitão. Não se deteve nele o autor, pois não era esse o intento da obra, nem nos adianta prova de que tenha existido.
Todavia, Gonçalo Lopes Pacheco foi uma figura bem real. Criado da casa do Infante D. Henrique, viria a ser tesoureiro da Casa de Ceuta e foi um dos mais ricos negociantes do seu tempo, não apenas pelos seus cabedais, mas também pelos que lhe vieram pelo seu casamento com Ana Diniz Malafaia, filha dos riquíssimos Malafaia, Regedores da Casa do Cível. Gonçalo instituiu o morgado das Cachoeiras, em Beja, com herdades suas, em 1478, perto do fim da sua vida.
Um dos irmãos de Ana Malafaia foi Luis Gonçalves Malafaia, que a lenda afirma ter sido um dos Doze de Inglaterra, como também o terá sido D. Lopo Fernandes Pacheco, o pai de Gonçalo Lopes Pacheco, que também foi senhor de Monção, dos Arcos de Valdevez (metade) e do célebre Paço da Giela, que chegou a ser comprado pela Universidade Moderna. O pai de D. Lopo foi D. Diopo Lopes Pacheco, Chanceler-mor de D. Afonso IV e de D. João I, e que foi injustamente acusado da morte de D. Inês de Castro, e cujo célebre túmulo se acha na Sé de Lisboa. Para traz dele se continua a linhagem, até aos primeiros Pacheco, e muitíssimo para trás deles.
Miguel Côrte-Real traz à baila a união da descendência de Gonçalo Lopes Pacheco com os Palermo. Mas documenta-se também em Tavira, pela mesma época, um João Pacheco, cavaleiro em 1467 (talvez também filho de Gonçalo), que pode ter sido o pai de Duarte Pacheco Pereira, o grande geógrafo, navegador e militar. A ascendência de Gonçalo Lopes Pacheco está totalmente consultável online na BD do Geneall, e nela se cita um seu filho João Pacheco, exactamente o pai de Duarte Pacheco Pereira.
Portanto, teremos dois filhos identificados de Gonçalo Lopes Pacheco - Joana Pacheco, que casa com Diogo de Brito, Vedor da Fazenda, e que julgo dos Brito, alcaides de Beja; e um João Pacheco, seja ou não o que se documenta em Tavira.
De qualquer modo, sabido de forma segura de que existe um neto de Gonçalo Lopes Pacheco chamado Duarte Pacheco Pereira, é muito curioso que o estimado Confrade indique que lhe surge nos ascendentes, em colateral, um Duarte Pacheco de Brito, ao julgo bisneto de Maria de Brito, * c. 1565. Diríamos que parece tudo da mesma gente.
Particularmente me interessam também estas linhas, pois por via de Luís de Castanheda de Brito, que c.c. Leonor de Sárrea a 30.5.1611 na Sé de Faro, também julgo descender de Gonçalo Lopes Pacheco, pelo que toda a informação que aqui chegue pode ser de futura utilidade.
Cumprimentos para si e para sua prezada Mãe, do
Miguel de Sousa
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Baltazar Pacheco, Montarroyo & Dória
Caro A. Correia:
De vez em quando, acho cá por casa, em locais inesperados, mais papéis que me foram dados por José Fernandes Mascarenhas, em geral cópias dactilografadas, ou pequenos fragmentos manuscritos. Esta nota, pelos documentos que tem anexos, sem relação com a dita nota, vieram à minha mão há mais de 40 anos, e estavam dentro de um envelope não tornou a ser aberto até ontem.
Simplificando. dizem o seguinte, que julgo inédito, pois foram extraídos dos assentos de Quelfes, quando eles ainda estariam mais legíveis e mais completos:
.....Maria fº de Cristóvão de Montarroyo e de Leonor de Sarrea bpt a 1.2.1617 – padrinho José Dorea (Dória) padre George Pacheco
Baltazar fº de Vicente Pacheco e de Maria Basca (Casca) a 21.12.1617 padrinhos Bernardo de Mendonça Corte-Real e Leonor de Sarrea padre George Pacheco....
Daqui deduzo que:
1. Houve um Padre Jorge (George) Pacheco, contemporâneo de Vicente Pacheco e Maria Casco, podendo ser eventualmente irmão ou primo de Vicente.
2. Confirma-se a existência de um filho do casal anterior, chamado Baltazar Pacheco(baptizado a 21.12.1617) apoiando, uma vez mais, o rigor das informações de Andrade Leitão, que diz o mesmo, como deixei noutra intervenção deste tópico.
3. O padrinho deste neófito foi Bernardo de Mendonça Côrte-Real, que sabemos ser da Luz de Tavira, e avô de Diogo de Mendonça Côrte-Real, o célebre Secretário de Estado de D. João V
4. Em Quelfes, ou não muito longe, vivia na época um José Dória, padrinho de uma Maria, filha de Cristóvão (de Sousa) Montarroyo. Este ponto levanta-nos a curiosa questão de saber se o navegador Cristóvão Dória de Sousa, ascendente dos Mascarenhas Figueiredos, não poderia ter sido um Sousa Montarroyo.
Permito-me intercalar aqui algo sobre esta família Montarroio ou Montarroyo, tirado de uma nota que troquei com José Cabecinha, e que aqui deixo para melhor se entender o que no fim acrescentarei:
..............Tanto quanto sei, os Montarroio são apenas Monroy. No Livro das Famílias de Portalegre vários deles usam, em várias gerações, indistintamente um ou outro nome. Vieram da Estremadura espanhola, onde inicialmente foram senhores de Almaraz (onde está a central nuclear) e Deleitosa.
Um deles, D. Alfonso de Monroy, foi Mestre da Ordem de Alcântara, mas passou-se para Portugal, suponho que nos tempos graves de Henrique II de Castela. Já estive em Alcântara, na sede da Ordem, mas não achei memória dele.
Teve um filho, Alfonso de Monroy, que casou com Joana de Sousa. Deve ser esse casal o tronco dos SOUSA MONTARROIO, que parece vir de bem atrás, pelos vistos, e seguir através da descendência de seu filho, D. Fernão de Monroy, de quem não sei mais.
Não é necessário, portanto, ir buscar o Sousa a outro lado, ele já vem na embalagem original portuguesa dos Monroy ou Montarroio.
Quanto ao que me diz, acho muita coincidência haver várias Filipa de Montarroio, uma em 1512. O nome de Filipa vai-se repetindo. Assim, podemos avançar uma primeiríssima hipótese, desta maneira:
1. D. Alfonso de Monroy, Mestre de Alcântara, * c. 1430, vindo para Portugal, onde recebe 300.000 rs de tença anual. Filho natural:
2. Afonso de Monroy, * c. 1440, continua a receber fortes tenças por conta da de seu pai [PT-TT-CC/1/11/93] em 1512. Casou Afonso c. Joana de Sousa, filha de Filipa de Sousa e de Pedro Vaz de Siqueira (irmão de Fernão Vaz de Siqueira, Morgado da Palma, 5º avô de Pedro de Sousa de Abreu e Siqueira, bem conhecido aí por Tavira), neta paterna de Fernão Falcão de Sousa, bisneta paterna de João Falcão, que julgo o Alcaide-mor de Mourão, que cc Branca de Sousa, uma das numerosas filhas naturais legitimadas do Mestre da Ordem de Cristo, D. Lopo Dias de Sousa, trineta de Mycer John Falconet, baronete inglês ao serviço do Duque de Gaunt (pai da Rainha D. Filipa de Lencastre), como se documenta na Crónica de D. João I e de D. Fernando, de Fernão Lopes. Filho desse casal:
3. D. Fernão de Monroy, * c. 1460 c.c. N. Filhos:
4. Alvaro Fernandes de Montarroio, fal. antes de 1502; filhos possíveis, documentados em TTonline:
5. Afonso Fernandes de Montarroio, Tesoureiro da Casa Real
5. Filipa de Montarroio recebe tença de D. Manuel [PT-CC-2/32/60] cc ? Cc ? ; filhos ?
Nesta altura os Montarroio desaparecem da Corte, para surgir na nossa zona do Algarve e também em Portalegre. Penso que seja um destes acima que foi tronco dos algarvios; de momento não tenho nenhum indício de qual deles seja. Embora me pareça ser a Filipa, dada essa "cascata" de Filipas que me conta.
Para terminar, o “absolut” da bibliografia genealógica portuguesa, o Dicionário de Maria João Craigie, não anota qualquer fonte de literatura sobre esta família. Pode haver em espanhol ou em italiano, esta mais tardia, através da Sicília, mas não tenho informação sobre estes ramos.
Em castelhano, o Dicionário Heráldico e Nobiliário, de Fernando Gonzalez Dória, não regista Monroy ou Montarroio..................................
De facto, os Montarroyo que se documentm nos assentos mais antigos de Quelfes parecem ser Sousa Montarroio, e a questão de um possível parentesco com Cristóvão Dória de Sousa pode por-se, dado que certos autores afirmam que terá sido filho bastardo. Está bem assente que o pai foi Francesco Dória, o banqueiro e principal financiador do Almirante Cristóvão Colón (outro Cristóvão...).
Segundo o Prof. F. A. Dória, Francesco casou em Génova com Geronima Centurione Scotto, e foi pai de Lorenzo, Aleramo, Baldassare, Lodisio e Margherita, além de Cristóvão Dória de Sousa; deste último não se vê, de facto, que o Sousa lhe tenha sido dado em baptismo genovês.
Francesco faleceu em Sevilha em 1502, e não consta que a esposa o tenha companhado pelas suas digressões ocidentais (Arzila, Lisboa, Sevilha); portanto a hipótese de bastardia de Cristóvão não é remota, e aliás é a adoptada pela BD do GENEALL. O seu Sousa podia, em face do aqui se deixa, vir de uma eventual mãe Montarroyo, se se insistir numa hipótese de bastardia, em que todavia não acredito muito.
Uma das razões deste não-crer está no facto de o Prof. Dória nada dizer sobre Baldassare e Lodisio, que se teriam esfumado no olvido dos tempos. Todavia é curioso que um Luis (Lodisio) Doria se documenta num perdão em Albufeira em 1529, e Baltazar (Baldassare) Dória como Procurador de número em Loulé em 1522.
Pela cronologia, nada impede que sejam os filhos "teoricamente perdidos" de Francisco Dória, que por cá se fixaram juntamente com o Cristóvão.
E com estas me fico. Peço perdão por estas divagações sobre dois remotos assentos paroquiais.
Desejos de melhor 2008.
Miguel de Sousa
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Sousa Montarroyo & Dória
Caro A. Correia:
Deixei-lhe uma informação errada, o que lamento, pois não conseguia localizar o portal onde o Prof. F.A. Dória tinha instalado a sua tábua sobre os Dória (buratto.net), e estive a tirar elementos de notas velhas. Achei agora, inesperadamente, o dito portal, onde o Prof. dá como filhos de Francesco Doria, além dos que apontei, Nicoló e Catteta. E já deixa o "achado" do Luis e do Baltazar no Algarve, que identifica como filhos de Francesco.
De Cristóvão diz :
"bastardo talvez, n. em Faro (Algarve) no início do sec. XVI, esteve no Brasil c. 1525 e depois governou S. Tomé e Principe antes de 1562".
Esta opinião sobre a sua bastardia, de que já não me recordava com rigor, levanta curiosidade sobre a linha materna do navegador farense, e torna ainda mais pertinentes as questões que deixo na intervenção anterior de hoje.
Até uma próxima.
Miguel de Sousa
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RE: Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Alguém me pode ajudar a perceber qual a relação (se existente) entre Manuel de Figueiredo Mascarenhas, o Moço e Manuel de Figueiredo Mascarenhas, o Velho?
Antecipadamente grato
Cumprimentos
Paulo Brehm
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RE: Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caro Paulo:
Em geral era para distinguir o pai do filho.
Os meus cumprimentos,
Fernanda Farrajota
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RE: Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Minha Cara Fernanda Farrajota,
Muito obrigado pela resposta. No caso, aparentemente, era avo e neto.
Ando a pesquisar a ascendencia de Jose Diogo Mascarenhas Neto (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=28914) e dei conta que aqui no Genea um dos ramos da familia dele chega a Manuel de Figueiredo Mascarenhas, o Moço, (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=328173) que não prossegue.
Entretanto reparei que existe um outro registo no mesmo nome (http://www.geneall.net/P/per_page.php?id=114659), este sim com a continuação da árvore de costados.
Pelos dados de um e outro são a mesma pessoa, ~pelo que estão em duplicado.
Cumprimentos,
Paulo Brehm
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RE: Figueiredo Mascarenhas, Pacheco de Brito
Caro Miguel de Sousa:
Embora com muito atraso, venho agradecer a sua interessante resposta. Se os Figueiredo Mascarenhas são uma família interessante, os Pacheco de Brito não serão menos interessantes. Esperemos que novos dados permitam avançar estas investigações.
Com os melhores cumprimentos,
Rui Pereira
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Figueiredo
Estimado Rui Pereira, e mais participantes:
Estive a fazer uma revisão do que tenho sobre os Pacheco de Brito, e não vou a lado nenhum, por falta de saídas. Tenho pena de não poder ajudar de momento.
Mas já que se levantou o mote de famílias interessantes, falando ainda de Mascarenhas Figueiredo, surge uma questão que aqui ainda não foi posta, e que é a seguinte:
Quais foram os Figueiredo que se uniram aos Mascarenhas, para originar esta família ??
Parece que os que Sanches de Baena aponta não são possíveis, pois Gomes de Figueiredo, Provedor (da Fazenda) de Évora teria tido uma geração bem conhecida, em que não entra uma união com os Mascarenhas.
Pela época em que isso ocorreu, os Mascarenhas andavam por Alcochete, desfrutando altos cargos na Ordem de Santiago, que certamente lhes vieram antes da sua proximidade com o Infante D. Fernando, que foi Mestre dessa Ordem, e vivia em Alcochete, em palácio que era onde está a Igreja da Misericórdia, com sua mulher a Infanta D. Brites.
Segundo uma fonte que agora não recordo (nobiliário ?), Martim Vaz Mascarenhas foi instintuidor de um vínculo em Alcochete (um investigador local garantiu-me, há bastantes anos, que o dito tinha encargo de uma tumulação na Matriz de S. João Baptista de Alcochete).
Por essa época do cruzamento das linhagens, de Figueiredos conheciam-se várias linhas, as principais das quais foram detalhadamente estudadas nos 2 volumes das "Gerações Viseenses", de Manuel Abranches de Soveral. Nesta obra, a união aos Mascarenhas não é tratada.
Portanto, solicitava a vossa melhor opinião sobre qual a origem destes Figueiredo, que deram a família Mascarenhas Figueiredo.
Abraços para todos
Miguel de Sousa
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RE: Figueiredo
Caro Miguel de Sousa:
Folgo de o reencontrar por aqui. Eu é que tenho andado muito desaparecido, situação que terá que se manter por mais uns bons tempos.
A família Figueiredo Mascarenhas é um bom exemplo de uma linhagem nobre de Faro que só atinge a fidalguia no séc. XVII. Essa história do ramo do Brasil, do Lourenço, até ao presente não consigoi documentar.
A varonia dos FM de Faro é Figueiredo. Não consegui fazer a ligação mas tenho poucas dúvidas de que descenderão do João de Figueiredo, “escudeiro criado do Iffamte Dom Amrrique meu tyo” que em 06.09.1466 obteve carta de requeredor das rendas e direitos reais de Faro. Deste ou de um seu familiar, bem entendido. Aliás João é nome típico deles. O estatuto é idêntico ao que os FM detêm durante todo o séc. XVI (moços da câmara e CFCR) até adquirirem o foro de FCCR (séc. XVII).
Mascarenhas não faltam por Faro e termo (especialmente Conceição) ao longo de toda a centúria de 1500; mas já se documentam desde o séc. XV.
Tudo isto e o mais que consegui reunir até agora encontra-se no livro que espero fazer sair sobre esta distinta família de Faro.
Quanto aos Pachecos a questão é muito mais complicada do que parece. É desconcertante mesmo, pois eles surgem um pouco por todo o Algarve, do Barlavento a Sotavento desde épocas muito recuadas.
Lembro-lhe que já no reinado de D. Fernando, agora não posso precisar a data, surge Afonso Vasques Pacheco "genro do Almirante" (que tinha que ser o Lançarote da Franca). É engraçado não é ? Na 1ª metade do séc. XV temos Pachecos nobres de sangue um pouco por todo o Algarve, com nomes próprios idênticos e tudo: João, Gaspar, Gonçalo, Álvaro, etc, etc, em Tavira, Silves, Faro e Lagos...
O que sabemos pelos nobiliários é nada X nada, face à riqueza e complexidade da da sociedade passada. Quanto mais se investiga mais hipóteses e cenários entram em acção... Especialmente no caso das famílias mais antigas de uma determinada região, como por exº o caso dos Pachecos no Algarve. Uma embrulhada que necessita ainda de muita investigação das fontes primárias para com algum discernimento e objectividade podermos começar a avançar hipóteses plausíveis sobres elos e ligações genealógicas.
Desculpe a brevidade mas outros afazeres me chamam.
Cumprimentos amigos do,
Miguel Côrte-Real
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Figueiredo
Caro Mestre:
Muito grato por esta sua intervenção inesperada, de generosa ajuda num tema ainda longe da clarificação. Sucede que ainda há poucos dias, na TT, com o Lourenço Correia de Matos e o António Horta Correia, lamentámos a sua bem sentida e forçada ausência desta área, onde o país ainda tem tanto a esperar de si. É uma pena e uma perda, e quanto mais tempo passa, menos reparável ela se torna.
Por razões que privadamente já lhe expliquei, só hoje estou suficientemente funcional para escrever uma resposta à sua intervenção, mas apenas em jeito de complemento, e de pôr em letra de forma algumas incertezas que me vão bailando cá dentro, há anos.
Manuel Abranches de Soveral - Gerações Viseenses - 2004, traz extensos estudos sobre várias linhas familiares de FIGUEIREDO, quase todas muito bem documentadas. Para alguns pontos incertos aponta hipóteses, a aguardar confirmação.
Todavia, a análise detalhada destas linhagens parece-me de merecer atenção aos estudiosos das famílias do Algarve. Segundo o que se pode deduzir desses estudos, os FIGUEIREDO desta província no séc. XV e XVI (a época que agora nos interessa) podem descender de um único antepassado comum, com origem em
I - GONÇALO GARCIA DE FIGUEIREDO (c. 1320- c. 1378), o patriarca dos FIGUEIREDO, alcaide-mor de Gaia. Teve ele dois filhos notáveis:
Aires Gonçalves de Figueiredo, no § 1º
D. Gonçalo de Figueiredo, no § 2º
cuja descendência resumimos:
§ 1º
II - AIRES GONÇALVES DE FIGUEIREDO (c. 1365-c. 1415), também AM de Gaia, nasceu em Alcácer do Sal, e esteve na conquista de Ceuta. De D. LEONOR PEREIRA, filha dos senhores de Basto, teve uma filha com grande interesse para o estudo do Algarve:
III – D. ORIANA PEREIRA, que casou com FERNÃO MARTINS DO CARVALHAL, alcaide-mor de Tavira. Este casal teve vários filhos, de que listamos
IV - DIOGO PEREIRA DO CARVALHAL, o Bochim, que herdou o Reguengo de Tavira, que se manteve na sua descendência, os PEREIRA DE BERREDO
IV - GONÇALO DE FIGUEIREDO, tronco dos FIGUEIREDO BARRETO, pelo seu casamento com D. LEONOR BARRETO, filha do 1º Morgado de Quarteira, GONÇALO NUNES BARRETO, que permutou o seu senhorio de Sernache dos Alhos, perto de Coimbra, pelos enormes terrenos da actual Vilamoura. Parece só terem tido um filho, DUARTE DE FIGUEIREDO, que casou em Tavira com ISABEL BAIÃO, segundo Andrade Leitão, e que teriam tido, por sua vez, um AIRES DE FIGUEIREDO, que desconheço se terá tido irmãos.
De MÉCIA VAZ, Abranches de Soveral atribui ainda a Gonçalo de Figueiredo dois filhos prováveis:
V- HENRIQUE DE FIGUEIREDO – vedor do Duque de Bragança e
V – LOPO DE FIGUEIREDO – escrivão da fazenda do Duque de Bragança
Ambos tiveram papel fundamental na descoberta das actividades consideradas conspirativas, que culminou no processo judicial que levou à execução do Duque de Bragança D. Fernando e à extinção, por D. João II, da Casa de Bragança, que foi restituída assim que D. Manuel subiu ao trono. A história pode ser conhecida em detalhe em Anselmo Brancaamp Freire – Crítica e História – Ed. Gulbenkian.
IV – D. LEONOR DA SILVA, nascida c. 1422 em Tavira, e que tem uma famosa história, que não resisto a contar, pois já verifiquei que variados descendentes actuais desta família não a conhecem. Foi essa senhora dama da rainha D. Isabel, e MARTIM CORREIA [1º senhor de Torre da Murta, que o Infante D. Pedro lhe deu] andou com ela muitos anos de amores, “sem ella lhe dar vento”, porque queria casar com Nuno Furtado de Mendonça [mais tarde aposentador-mor de D. João II], e a senhora, com algum desplante, respondeu torto às propostas de Martim. Toda a história se acha nas Anedotas Portuguesas [ed. Christopher Lund, 1980, 101], e segue com a insistência de Martim Correia, que acabou por conseguir casar com a senhora “e na p.ra noite q se lançou com ella na cama com um instrom.to q pª isso levava, lhe deu m.to açoute, dizendo: agora vereis se sou eu home~ para casar com vosco”. E o conto prossegue. Martim Correia não durou muitos anos, Leonor casou logo com NUNO FURTADO DE MENDONÇA, e tiveram D. ANA DE MENDONÇA, de quem D. JOÃO II teve seu filho D. JORGE, Mestre de Santiago e Aviz, Duque de Coimbra e senhor de Montemor-o-velho, e que só por teimosia da rainha D. Leonor não foi Rei de Portugal.
D. Leonor da Silva e Martim Correia parecem ter tido 2 filhos:
V – HENRIQUE CORREIA DA SILVA, 2º senhor da Torre da Murta, de quem descendem os CORREIA DA SILVA, Alcaides de Tavira
V - D. ISABEL CORREIA, que suponho não estar ainda documentada, e que terá casado em Alcochete com MARTIM VAZ MASCARENHAS, que aí instituiu o morgado dos Cerveiras em 1477. Em intervenção anterior já comentei o que faziam os Mascarenhas por Alcochete, por esse tempo. Parece ter sido a um bisneto de Martim Vaz, o conhecido MANUEL MASCARENHAS, capitão-mor de Faro, que uma descendente dos Figueiredo se uniu, para dar origem à linha dos MASCARENHAS FIGUEIREDO, produzindo “genes de sucesso” que iriam rapidamente espalhar-se por todo o Algarve.
§ 2º
II - D. GONÇALO DE FIGUEIREDO, (c. 1340 – 1402) o outro filho de Gonçalo Garcia de Figueiredo, nasceu também em Alcácer do Sal, e seguiu a vida eclesiástica. Foi Deão da Sé de Silves, e mais tarde Bispo de Viseu. Teve descendência, entre outros nos FIGUEIREDO DA OTA, interessando-nos aqui:
III – BEATRIZ GONÇALVES DE FIGUEIREDO, a filha mais nova, que casou com um incógnito N… GOMES, de onde surgirão variados GOMES DE FIGUEREDO na sua descendência, a começar em seu filho:
IV – LUIS GOMES DE FIGUEIREDO, que nasceu em Setúbal c. 1383, e foi “homem mui principal”, segundo Alão. Desconhece-se com quem casou, mas registam-se dois filhos seus:
V- SENHORINHA GOMES DE FIGUEIREDO, de Setúbal (e. 1403); casou com um galego, JOÃO LOURENÇO DE SAN PAYO, que foi alcaide da Covilhã por D. Fernando de Castro. Tiveram vários filhos:
VI – HENRIQUE DE FIGUEIREDO, poetou, e foi recolhido no Cancioneiro de Garcia de Resende. Foi Escrivão da Fazenda Real (1464), e juiz dos Direitos Reais de Santarém (1475). Casou com Catarina Álvares, daquela cidade, e sua filha Filipa de Figueiredo foi 2ª mulher de Simão de Faria, irmão de Antão de Faria, o Camareiro, Escrivão da Puridade de D. João II, e Alcaide-mor de Palmela. Não tiveram geração, mas da 1ª mulher de Simão de Faria, Filipa de Sousa, nasceu António de Faria e Sousa, o célebre personagem da “Peregrinação”, de Fernão Mendes Pinto.
Deixo também a nota de Túlio Espanca, no Inventário Artístico do Distrito de Évora, vol. I , pg. 369b, acerca do Monte do Paicão, que terá pertencido a este HENRIQUE DE FIGUEIREDO, a quem aponta uma filha D. ISABEL DE FIGUEIREDO, que terá casado com RUI GIL MAGRO DE ALMEIDA, anadel-mor dos besteiros de D. João II, e de quem parece ter havido descendência; mas não tenho mais dados sobre este tópico.
VI - JOÃO DE FIGUEIREDO, juiz das sisas da Covilhã, mais tarde seu alcaide-mor; esteve na conquista de Tânger e de Arzila. Pode ser o que foi da casa do Infante D. Henrique (que era senhor da Covilhã) e que em 1466 foi requeredor das rendas e direitos reais de Faro, talvez dando depois alguém por ele.
VI – GOMES DE FIGUEIREDO, comendador de Horta Lagoa na Ordem de Santiago, camareiro-mor de D. Afonso V, contador e arrendador da Comarca de Évora, Estremoz e Portalegre 1481, provedor de Évora, Estremoz e Portalegre 1490, e mais variados cargos ligados à fazenda real. Viveu em Évora. Casou com D. Leonor de Mello, filha de João de Mello, alcaide-mor de Serpa e copeiro-mor. Teve uma filha chamada D. Isabel de Mello, que casou com D. Fernando de Noronha, filho dos Condes de Odemira e Faro. Portanto, este é que é o verdadeiro Gomes de Figueiredo, cuja filha Sanches de Baena dizia ter casado com Manuel Mascarenhas, o que não pode ter sido verdade, mas pode não andar longe.
Sobre estes irmãos, autênticos peritos em questões financeiras, ainda teremos que dizer adiante.
V – LUIS GOMES DE FIGUEIREDO, filho homónimo de seu pai, n. em Setúbal, serviu o Infante D. Pedro, de quem foi Caçador-mor, e com quem esteve em Alfarrobeira. Casou com Francisca de Almeida e tiveram
VI – SEBASTIÃO GOMES DE FIGUEIREDO, tabelião e escrivão das sisas em Seia; foi senhor do prazo e dos direitos reais em Aveloso, [que foram depois de de DUARTE DE FIGUEIREDO, seu herdeiro], e avô do Dr. SEBASTIÃO DE FIGUEIREDO, Corregedor de Miranda e de Lagos, e que, de N… de RUÃO PERESTRELO teve uma filha, ANA DE RUÃO PERESTRELO, que casaria com JORGE FREIRE DE ANDRADE, capitão-mor de Besteiros, que depois viria para o Algarve, onde seu filho ANTÓNIO FREIRE DE ANDRADE foi Capitão e Vereador de Faro, onde casou com D. JOANA MASCARENHAS, 4º neta de MANUEL MASCARENHAS acima citado, também com bastante descendência.
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Voltando atrás, acharemos um ponto em que MANUEL DE MASCARENHAS, nascido c. 1490, que seria Capitão-mor de Faro, viria a casar com uma senhora filha de um FIGUEIREDO, c. 1525, casamento este que foi a raiz dos MASCARENHAS FIGUEIREDO.
Aqui vale acrescentar, depois de revistos os vários ramos dos FIGUEIREDO, que aqueles com grande probabilidade de terem gerado essa filha seriam os GOMES DE FIGUEIREDO, não só por alguns dos ramos terem descendências bem conhecidas, como pelo enfático ponto de Sanches de Baena, que deu essa senhora como filha de GOMES DE FIGUEIREDO, seguindo o que foi tradição na família e a onomástica respectiva não desmente.
Ora é já bem sabido que tal pai não é aceitável, por razões claras. O que coloca a hipótese de o pai ter sido apenas “um dos” GOMES DE FIGUEIREDO, que acima já descrevemos em genérico. Na prática, portanto, essa senhora, esposa de Manuel Mascarenhas, deve ter sido descendente de SENHORINHA GOMES DE FIGUEIREDO, pela cronologia provavelmente neta de um de seus filhos, HENRIQUE DE FIGUEIREDO ou JOÃO DE FIGUEIREDO, visto que GOMES DE FIGUEIREDO já está excluído à partida, embora, em teoria, possa ter existido uma sua hipotética filha bastarda, que em nenhum lado se documenta.
Vejamos agora a descendência de
I - JOÃO DE FIGUEIREDO, que casou com MARIA FEIO, da Covilhã:
II - ANTÃO DE FIGUEIREDO, n. c. 1453. Foi Camareiro de D. João II e homem de sua total confiança; esteve presente na morte do Rei, em Alvor. Mais tarde passou a Camareiro-mor do Mestre D. Jorge, filho de D. João II. Casou ele com FRANCISCA TEIXEIRA, Moça de Câmara da Rainha, mas não tiveram geração.
II - HENRIQUE DE FIGUEIREDO, n. c. 1450, viveu em Évora. Casou com D. LEONOR DA GAMA, donzela da Rainha D. Leonor, e “parenta de António da Gama, vedor do senhor D. Duarte”. Deste casal aponta Manuel Abranches de Soveral quatro filhos (Gerações Viseeenses, I, pg, 146):
III – GASPAR DE ALMEIDA
III - HENRIQUE DE FIGUEIREDO
Ambos morreram na Índia, solteiros e sem geração
III - ISABEL PEREIRA, smn
III - Filha [MÉCIA DA GAMA], “que foi mãe de MÉCIA DA GAMA DE FIGUEIREDO, freira no Mosteiro de Évora que “fez sua tia Maria da Gama””
Entretanto, conviria saber mais alguma coisa sobre este ramo da família e o ambiente em que viveu. Vejamos estes GAMAS, para entender quem são os ascendentes maternos.
ANTÓNIO DA GAMA viveu na região de Alcochete-Montijo, onde os Mascarenhas detinham o Morgado dos Cerveiras. O solar de António da Gama foi no actual Montijo, na hoje chamada Quinta do Saldanha, que tomou este nome por ter passado por herança dos Gama aos Saldanha. O edifício está muito bem conservado, tem pedra de armas de Gama do Almirante pleno, e foi recentemente restaurado pela Câmara Municipal do Montijo, ficando perto do Tejo. Vale a pena a deslocação para o ver, nem que seja só por fora.
Foi António da Gama vedor do Príncipe D. Duarte, pai do Rei D. Sebastião. De facto ele era descendente directo de Paulo da Gama, tio do Almirante. Leonor da Gama era sua parente, 4ª prima, pois descendia de Estevão Vaz da Gama, de Elvas, casado com Catarina Mendes, que mandou fazer a Capela de N.S. da Graça do Forte de Elvas, quando ainda lá não havia forte, e que foram bisavôs do Almirante D. Vasco da Gama. Leonor da Gama foi irmã de Maria da Gama, que fundou um mosteiro em Évora, onde jaz, mas ainda não consegui achar qual foi.
Em termos práticos, a descendente conhecida e documentada dos GOMES DE FIGUEIREDO, “casável” com MANUEL MASCARENHAS, quase repousa apenas agora, em termos práticos, nesta ISABEL PEREIRA, de que nada mais se sabe, de momento. A não ser que algures surja o “tal” documento decisivo, o que sempre pode acontecer.
Admitindo ainda que HENRIQUE DE FIGUEIREDO talvez não tenha tido netos, a hipótese de quem foi pai de N…. GOMES DE FIGUEIREDO, esposa de MANUEL MASCARENHAS, cada vez mais se circunscreve aos descendentes de JOÃO DE FIGUEIREDO, como, com todo o rigor, já foi por si apontado, baseado em premissas talvez pouco diferentes
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Sobre os PACHECO, parece-me que a sua síntese foi exemplar. Todavia acrescento que é já possível, apesar de algumas limitações, traçar as grandes linhas dos PACHECO DE MENDONÇA de Quelfes e Moncarapacho, e que coincidem muito com o que Alão de Morais regista, no seu Título desta família.
Com o mais sincero obrigado, e os melhores votos do
Miguel de Sousa
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RE: Figueiredo
Caro Miguel de Sousa.
Agradeço-lhe as suas tão simpáticas quanto imerecidas palavras.
Para não ficar sem uma resposta minha direi muito brevemente:
1- Que deixarei para posterior comentário a parte do seu texto sobre Figueiredos, usualmente tratados como pertencentes a um mesmo tronco, quando frequentemente se tratam de diferentes famílias desse nome. Quantas delas não existiram sem qualquer ligação ao tronco fidalgo respectivo ? A não ser no uso de um mesmo apelido de origens toponímicas...
2- Quanto aos Figueiredos de Faro transcrevo-lhe o seguinte do meu anunciado livro:
"II- Gaspar de Figueiredo consta da relação das pessoas que na cidade de Faro tinham cavalo e armas em 10.07.1541: “Jtem Gaspar de Figueiredo tem cavalo e coiraças lamça e adarga e capacete” . Será ele o Gaspar de Figueiredo que, sendo morador em Faro a 09.04.1543, obteve perdão régio dos seis meses de degredo para fora de Faro e termo a que fora condenado por ferimento feito a um moço de nome Diogo, tendo “rrespeito a ser muito ocupado em sua fazemda e nam tivera parte”. Sendo “caualeiro fidalguo de minha casa” a 05.05.1551, recebe nova carta de perdão de D. João III, esta do degredo de seis meses para fora de Faro, “onde he morador”, e termo, a que fora condenado porque “saltara em hum caminho a cauallo” sobre Nuno Fernandes, moleiro, “para o injuriar ao dito Nuno Fernandes por lhe não moer hum saco de triguo por o não achar senão a hum seu acaretador com hum rroçim de sacos de farinha lhe tomou hum delles por força” .
Foi um dos subscritores do auto da entrega da cidade de Faro ao sereníssimo rei D. Filipe, datado de 12.07.1580, na qualidade de capitão-mor que era da cidade e alcaide-mor da mesma.
Este último cargo era de serventia na menoridade de Nuno Barreto, titular da referida alcaidaria-mor, que, como é sabido, pertencia aos Barretos desde o século XV. Na referida data o seu titular era Nuno Barreto, que a obteve por carta de 04.03.1579. O anterior alcaide-mor fora seu pai Rui Barreto, do conselho régio, o qual, a 07.01.1578, tinha obtido alvará régio a fazer mercê da alcaidaria por sua morte (ocorrida antes de 04.03.1579) a seu filho primogénito, o atrás citado Nuno Barreto, o qual, a 08.07.1579, não tinha idade para prestar a devida menagem (TT, Chª D.Sebastião, liv 44, 247v), facto que explica a razão porque a serventia da alcaidaria-mor de Faro era então detida por Gaspar de Figueiredo. Por vezes, sobretudo para a 1ª metade do século XVI, estes casos são relatados com expressões do tipo “alcaide-mor nas ausências de N…” ou “alcaide-mor por N…”.
Um apurado e sintomático exemplo do perfil de genealogista do visconde de Sanches de Baena, marcadamente fantasista e hilariante, expressa-se na forma como ele a partir de um facto documental pontual (um Gaspar de Figueiredo, alcaide-mor de Faro em 1580, de seventia por Nuno Barreto) fabricou toda uma linhagem “Figueiredo Mascarenhas” de alcaide-mores de Faro ao longo de 3 gerações: Gaspar de Figueiredo Mascarenhas, o 1º (p. 48); seu filho Manuel de Figueiredo Mascarenhas, o 2º, “succedeu a seu pae na alcaidaria mór de Faro, teve o foro de moço fidalgo” (p. 50)”; e seu neto Diogo Martins Mascarenhas, o “3º e ultimo alcaide mor n’esta família, teve o foro de moço fidalgo” !!! (p. 51).
O foro de moço-fidalgo com que “agraciou” todos eles (FNA, Parte Segunda, pp. 48, 50 e 51), na realidade não era mais do que o de moço da câmara ou o correspondente acrescentamento de CFCR.
E assim se fez e se continua fazendo muitas das genealogias da nossa terra…
Com os desejos das mais felizes investigações sobre as gentes do Algarve e os meus agradecimentos pela sua colaboração,
Miguel Côrte-Real
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Figueiredo
Caro Miguel Côrte-Real:
Muito agradeço, uma vez mais, o seu contributo. Este último é simplesmente “histórico”, em todos os sentidos do termo, para toda a gente da família. Prefiro largamente assim, do que às modas antigas. Antepassados ficam bem melhor ao natural do que com açúcar, como o ananás. E mais humanos, mais da nossa altura.
Duas breves notas, uma sobre os Figueiredo. Os que pelo Algarve giraram têm decerto possibilidade de ser de linhagens diferentes. Neste concreto caso, limitei-me a seguir a obra, minuciosamente documentada, de Manuel Abranches de Soveral, que permite fazer a leitura que fiz, embora o próprio autor aponte alguns “links” como possíveis, e não como certezas.
Uma outra, sobre as linhas brasileiras, em que segui Francisco António Dória. Faço “copy-paste” de um diálogo que se acha algures no Forum GP, e que tem interesse para esta parte do nosso tema, pelo que talvez seja útil o seu regresso do éter, tanto mais que tem coisas saborosas:
…….Notes:
RE: Pimentéis de Faro 10-06-2001, 18:08 Autor: fadoria2001 Esses Figueiredos Mascarenhas tb passaram ao Brasil, à Bahia: um Lourenço, atestado em 1549 em Salvador, pai de João de Figueiredo Mascarenhas, o Buatacá. Era Lourenço filho de Manuel? fad
RE: Pimentéis de Faro 10-06-2001, 19:51 Autor: rmfrp Caro senhor:
De acordo com a mesma obra, o Lourenço de Figueiredo Mascarenhas a que se refere é irmão do meu antepassado Gaspar de Figueiredo Mascarenhas, alcaide-mor de Faro, pai dos anteriormente referidos Manuel de Figueiredo Mascarenhas e D. Inês de Figueiredo Mascarenhas. Gaspar e Lourenço são ambos filhos de Manuel Mascarenhas e D. Isabel Correia.
O autor refere que Lourenço "(...) passou clandestinamente para a Bahia (Brazil) por ter matado um conego seu parente, levando comsigo o seu filho João de Figueiredo Mascarenhas, que contava então 12 annos de idade e mais tarde conhecido pelo gentio d'aquelle paiz sob o nome de Bukatuca o qual foi grande capitão (...)". Espero que esta informação lhe seja útil. Rui Pereira
RE: Pimentéis de Faro 10-06-2001, 20:17 Autor: fadoria2001 Muito grato. Vou olhar agora em Gayo para ver se os localizo. O curioso é que, segundo S de B, nessa família casa-se a descendência de Cristóvão Doria, o navegador de Faro, que inclusive naufragou pelas Índias em 1547 (cito a data de memória, mas foi por aí). Meu 5o. avô direto, fal. em 1809, era Cristóvão da Costa Doria Barbosa. Francisco Antonio Doria
RE: Pimentéis de Faro 10-06-2001, 20:24 Autor: fadoria2001 O nome é Buatacá, corruptela do Tupi mboy-tatá, cobra de fogo. São ascendentes meus, tb. Casou-se o Buatacá com Apolonia Alvares, filha do Caramuru. Entre os muitos brasileiros que descendem dessa linha - posso postá-la, se houver interesse - está o compositor Chico Buarque de Holanda. fad
Catarina Paraguaçu e Caramuru tiveram vários filhos e filhas ¿ Ana, Genebra, Apolônia, Graça, Gabriel, Gaspar e Jorge Álvares, que casaram com reinóis vindos com Martim Afonso de Sousa, dos quais descendem as mais importantes famílias da aristocracia baiana, entre os quais os Garcia d'Ávila, da Casa da Torre. Tomé de Sousa armou cavaleiros três dos seus filhos (Gaspar, Gabriel e Jorge) e um dos seus genros (João de Figueiredo) pelos serviços prestados à Coroa Portuguesa. Sobre Martim Afonso de Sousa: Governadores da Índia (12) - 1542 a 1545 Um dos mais ilustres guerreiros e navegadores de seu tempo, iniciou a colonização metódica do Brasil. Construiu o 1º Engenho de Açucar em Santos/Brasil (1534)e ali «nasceu» a cachaça (subproduto do açucar) para conservar a carne de porco (cachaço)………
Posso ter sido induzido em erro, como é evidente, pois não sei se o Lourenço foi filho de Manuel, como Dória pergunta no início. Admiti que sim, pois não recordo ter visto contestado; mas, de facto, também não vi documentado, embora Rui Pereira o tenha afirmado, julgo que com provas. Melhor o dirá ele, que nunca está distraído.
Desculpe uma nota adicional. O seu e-mail tradicional deixou de responder. Mudou? Nesse caso seria pedir muito, que me enviasse o recente para a minha caixinha? Poderia mandar as ligações dos meus aos MF de Faro, se vir interesse nisso. Está quase tudo documentado desde o sec. XVI.
Os melhores cumprimentos
Miguel de Sousa
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RE: Figueiredo
Caro senhor
Pergunto se o seu interesse, com a devida licença, na gene de Pimentéis provem, no estudo de Figueiredo de Mascarenhas. de casameno havido(?) de Girmaneza Pimentel com Manuel Figueiredo de Mascarenhas, dito "o velho".
Estou procurando verdades genealógicas com base em Almodôvar, para um ramo Mascarenhas. Queira fazer o favor de registar o meu correio; flmfernandes@yahoo.fr
Com os meus agradecimentos
Fernando L. M. Fernandes
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RE: Figueiredo
Caro Miguel de Sousa:
Uma vez mais muito obrigado pela sua resposta.
Claro que estou interessadíssimo em tudo o que envolva dados documentais sobre Figueiredos Mascarenhas.
Estou com igual problema quanto ao seu contacto. Já não o tenho.
Por isso aqui lhe deixo o meu: migcorterealarrobaclixpontopete
Os mais vivos cumprimentos,
Miguel Côrte-Real
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Figueiredo
Estimado Confrade Fernando Fernandes:
Se o Sanches de Baena estiver certo nesse ponto, ambos os citados terão sido meus décimos segundos avôs. Daí o interesse.
Teria muito gosto em saber mais sobre essa gente, nem que fosse por via desviada, através de Almodôvar. Mas tenho ideia de que um dos Mascerenhas mais antigos foi Comendador de Almodôvar (?) da Ordem da Santiago. Ou estou a fazer confusão. Sabe algo sobre isso?
Tomei nota da sua caixinha do correio; se tiver algo a referir por miudos mandarei a minha. E tudo o que souber que ainda não seja conhecido, será bem vindo.
Sinceros cumprimentos, e que não lhe falte a coragem
Miguel de Sousa
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Figueiredo
Caro Miguel Côrte-Real:
Obrigado pelo resposta e pelo contacto.
Dê-me só 2 dias, para escovar e pentear a minha BD, para a tornar mais legível. O programa, ao fazer a tiragem, deixa-a cheia de arestas, porque não existe versão portuguesa, e sai em luso-saxónico. Mas dá para entender, se for filtrada.
Boa parte foi trabalho do meu primo José Fernandes Mascarenhas, algum foi meu, e o maior mérito foi do José Cabecinha.
Por este, soube agora do lançamento do seu livro sobre o Almoxarifado de Silves. Tenho as duas edições diplomáticas anteriores, e amanhã vou saber se o meu amigo Simões da Livraria, em Faro, terá um deles para me mandar com urgência, que isso de estudar famílias do Algarve sem ter as suas obras TODAS à mão é um perigo. E mais duas lupas para as ver com todo o cuidado, porque a densidade dos textos é muito maior do que o que salta à primeira vista.
Até breve.
Miguel de Sousa
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RE: Figueiredo
Caro Miguel de Sousa
Encontro-me tentando elaborar uma genealogia partindo do mais recente, de três elementos: um de 1992, o seguinte de 1987, estes irmãos e de sua mãe, de 1959. Ora, o mais difícil tem sido o Mascarenhas, encontrado que está com os Figueiredo e, por cima estudado, acredito de alguma forma mal explicado, por Sanches de Baena, em quem pus tanta confiança.
Tinha começado já em 1985, mas esbarrei numa forte parede, aliás terrivelmente enganadora por vontade maldosa do seu autor e autenticada perante mim por uma sumidade da nossa praça. Ao contário do que acontece ao sr. Miguel Corte-Real quando lê Sanches de Baena, o qual já não se pode defender dos erros de que o acusam, não me deu para rir, mas sim causou-me uma grande tristeza. Fraude só desmascarado pelo combate feito em 2002 aqui no Genea. Recomecei e já tenho alguma coisa construída.
Aé breve
Fernando Fernandes
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Figueiredo
Caro F. Fernandes:
Fiquei sem saber se os seus ascendentes chegam aos MF de Faro, mas suponho que sim, e continuo com curiosidade sobre os antepassados de que nos falou, e se terão algo que ver com a sua zona.
De qualquer modo, não desanime com as plumas genealógicas, que surgem por todo o lado, em Portugal e fora dele, e em todos os tempos. Mais do que defeitos, serão talvez fraquezas humanas, que haverá que encarar com alguma compreensão, e orações para que não nos entrem pela porta.
Portanto, não vale a pena encarar esses coisas, e outras, que por aí andam, como sinais de "decadência do Ocidente"...
Os portugueses, apesar de alguns defeitos, continuam a ser do melhor que se fabrica neste mundo em mudança contínua. Glosando Fernando Pessoa, eles "passam e ficam, como o Universo".
Saudações da terra dos mouros.
Miguel de Sousa
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RE: Figueiredo
Caro Miguel de Sousa
Agradeço o ânimo e esperança oferecidos.
Conversas futuras poderá servir-se, p.f., pelo meu correio.
Saudações
F. Fernandes
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RE: Figueiredo Mascarenhas, Pacheco de Brito
Caro amigo Rui e restantes confrades,
Como sabe também ando com os Mascarenhas e Pachecos de Brito às voltas e não consigo ter certezas nenhumas sobre os ditos.
No entanto, e uma vez que tenho andado a rever os paroquiais de Loulé e relendo esta sua msn, mais uma vez fico com a sensação que talvez os ditos nos tragam alguma luz sobre o assunto. Ora a talho de foice aqui vai algo do que encontrei.
Vasco Annes, em Loulé só me recorda ter visto um, de nome completo Vasco Annes Vieira que julgo ser o mesmo que casa 1.º com Maria de Sousa, e serão pais de Gaspar Rodrigues Vieira, casado em 1620 com Mécia de Sousa de Aração e depois pela 2.ª vez com Beatriz de Goes, vindo a serem pais de Maria de Goes e de Bárbara Martins, casadas em Loulé, respectivamente com André Rodrigues (1616) e com Baltazar Afonso (1619).
Não sei se será familiar do dito Vasco Annes que refere como irmão de Mendo Pacheco de Brito e de Lázaro Mendes Neto.
Quanto ao Mendo Rodrigues Neto, casado com Violante Álvares (Pacheco), julgo que os seus pais poderiam ser Simão Soeiro Neto e Beatriz Caeira, pois no óbito desta em 11-01-1546, refere como seu testamenteiro Mem Rodrigues Neto, morador em Farão. Se não for mãe deste será por certo familiar muito próxima o que nos faz relacionar os Caeiros de Loulé com os Netos.
Julgo também que o mesmo Mendo Rodrigues Neto, poderá ter casado posteriormente com Leonor Afonso, vindo a serem pais de.
Catarina Neta, c.c. Rui Mendes Neto;
Manuel Mendes Caeiro, c.c. Mécia da Costa;
Mendo Rodrigues Neto, c.c. Maria Lopes;
Jerónima Henriques (cujo pai é Mem Rodrigues Neto e mãe será Leonor Afonso ou?), c.c. Damião Caeiro de Almeida;
Luís Mendes Neto, c.c. com Inês Neta;
Francisco Mendes (irmão correcto de Jerónima Henriques), c.c. Domingas Pincho;
Grácia Henriques, mulher solteira e madrinha de um dos filhos de Jerónima Henriques.
Tudo isto são conjecturas minhas, mas… ficam aqui para se trabalhar sobre o assunto.
Por outro lado temos o outro Mendo Rodrigues Neto (de Ataíde), filho de Mem Rodrigues Touro e de Maria de Ataíde, casado com Leonor Neta (Loulé – 1588), filha de Diogo Neto e de Beatriz Álvares de Ataíde, que julgo filha do dito Mendo Rodrigues Neto e da Violante Álvares Pacheco.
Ainda um Mendo Rodrigues “Toucinho”(se li bem), c.c. Maria Corrigeira, circa 1570 e um Mem Rodrigues, que morre em 13-03-1582, e cuja testamenteira é sua mulher Filipa Faleira.
Creio que o meu amigo também deve ter visto muito disto mas se não viu, aqui fica o meu contributo, pois se houver luz sobre tudo isto também acendo as minhas candeias.
Um abraço,
Zé Cabecinha
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Tourinho
Caro José:
Não me dou por achado com nehum desses nomes, pois não tenho ideia de ter ninguém com os ditos.
É só para dar uma sugestão de leitura, a uma dificuldade sua. Onde leu "Toucinho", que quase certamente seria alcunha, veja se não pode ser Tourinho, que esse sim é nome. Aqui por onde vivo há uma família grande com ele, e no Alentejo conheci mais.
O engraçado é que parece derivar de um nome de pássaro, e não da raça taurina.
Abraço
Miguel de Sousa
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RE:Toncin-Tonchinho/Toucinho
Caro Zé Cabecinha
Ao ler esta sua msg. leio entre aspas TOUCINHO, apelido que existiu e existe. Um antigo aluno meu, médico, usa este apelido.
Mas voltando ao assunto: em Almodôvar existiu família deste apelido e ainda a herdade dos Toucinhos. grande latinfúndio nos arredores desta vila e que foi dos morgados de Almodôvar ( Guerreiro de Gusmão,Guerreiro de Aboim,Leitão Guerreiro).
O apelido Toucinho que aparece como TOUCINHO nos antigos liv.s PARQs de Almodôvar será (penso eu) corruptela de TONCIN, família nobre de Beja.Há quem suponha de origem italiana. Toucinho ( apelido alentejano) terá como origem Luís Mestre TONCIN, nobre de Beja que teria casado com Catarina GUERRERO, de asc.ª espanhola. Isto,hoje,precisa de maior base documental para tal asserção, mas a realidade que ninguém pode pôe em dúvida,basta consultar os antigos livs mistos ParqS de Almodôvar, Desembargo do Paço,Registos Prediais,etc. que encontra não apenas os nomes -Toncinhos/Toucinho, mas também Gusmão e Gusmões ,grande herdade.
Importante sublinhar que nos paroquiais do séc. XVI encontramos o apelido GUZMAN,na forma ESPANHOLA: assim, salvo melhor opinião e fundamento, ao usarem a forma espanhola no apelido familiar, leva-me a pensar em asc.ª espanhola, desta família.
Um abraço.
Rafael Carvalho
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RE:Toncin-Tonchinho/Toucinho
Caro Rafael Carvalho:
Obrigado pelo aviso que deixa, que Toucinho também anda como nome, o que não recordo ter visto, mas afinal existe mesmo. Quanto à origem do dito, será outra questão.
De qualquer modo o José Cabecinha fica com duas alternativas, o que é sempre melhor que uma, ou até nenhuma.
Abraços a todos
Miguel de Sousa
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RE: Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caros confrades, no seguimento dos paroquiais de Loulé.
Quanto a Mascarenhas, vou aqui inventariar alguns que encontrei e que poderão trazer alguma coisa em relação ás nossas incertezas. Aqui vão, para verem se há erros ou se têm mais informações a partilhar sobre os ditos:
Diogo Ribeiro Mascarenhas, c.c. Francisca Mendes, de Loulé, julgo que virão a ser pais de;
A) (por possibilidade), Maria Neta, n.* circa 1557, e que casa em Loulé, a 10.05.1579, com João de Ataíde Mascarenhas, filho de Mem Rodrigues Touro e de Maria de Ataíde;
B) (por possibilidade), Francisca Mendes de Ataíde, n.* circa 1560, e que casa em Loulé, a 11.01.1580, com Simão Soeiro Neto, (por possibilidade pois foi testamenteiro de seu irmão Rui Mendes Neto), filho de Rui Mendes Neto e de Inês Martins;
C) Maria de Mascarenhas, n.* circa 1572, e que casa em Loulé, a 01.06.1592, com André de Ataíde de Aragão, filho de João da Costa de Ataíde e de Mécia de Sousa, tendo o referido casal sido dispensando na consanguinidade de 3.º e 4.º graus.
O casal A, serão pais, de entre outros, de:
A1 – Maria, * em Loulé, a 01.01.1585 - Padrinhos: o Padre Manuel Raposo e Francisca Mendes, mulher de Diogo Ribeiro Mascarenhas
A2 – Francisco, * em Loulé, a 22.01.1590 - Padrinhos: Diogo Ribeiro Mascarenhas e Maria de Ataíde. Apresentou a parteira Beatriz Pestana.
A3 – Manuel Raposo, * circa 1599, e que casa em Loulé, a 11.11.1629, com Maria Vieira, filha de Diogo da Costa Pimentel e de Maria Fragoso, de Faro.
O casal B, serão pais, de entre outros, de:
B1 – Manuel Mendes Neto, * em Loulé a 25.04.1585, e que casa em Loulé a 21.05.1623, com Júlia da Silva, filha do Lic. Gaspar Dias da Silva e de Catarina Lopes;
B2 – Guiomar, n. * em Loulé, a 05.03.1589 – Padrinhos: Baltazar (?) e Maria de Ataíde. Apresentou a parteira Inês Fernandes;
B3 – Inês Mendes, * circa 1590 em Loulé, e que casa 1.º em Loulé, a 03.12.1613, com Domingos Lourenço, filho de Domingos Lourenço e de Catarina Lourenço e pela 2.ª vez, em Loulé, a 14.01.1621, com António de Mascarenhas, filho de Miguel Neto e de Brites Camacho Mascarenhas.
Outro
Jorge Neto Mascarenhas, * circa 1515, falecido em 27.02.1570, c.c. Joana Ribeira, falecida em
25.10.1608, ambos de Loulé e que julgo virão a ser pais de;
A) Francisco do Vale de Mendonça, * circa 1545, e que casa em Loulé, a 20.11.1570, com Maria Luís;
B) Guiomar do Vale “Mascarenhas”, * circa 1552, falecida em 15.08.1596, em Loulé e que à data do seu falecimento era viúva do Lic. Manuel de Aragão, tendo sido seu testamenteiro o seu sobrinho Tristão do Vale.
C) Beatriz de Mascarenhas, solteira (?) em 1608 e que foi testamenteira de sua mãe, Joana Ribeira;
D) Francisco Ribeiro Mascarenhas, * circa 1564, em Loulé e que casa em Loulé, a 30.11.1589, com Maria de Ataíde, filha de Mem Rodrigues Touro e de Maria de Ataíde, de Loulé;
E) Estevão Neto Mascarenhas, * 17.02.1566, em Loulé e que casa em Loulé, a 24.05.1593, com Isabel de Ataíde de Aragão, filha de João da Costa de Ataíde e de Mécia de Sousa, tendo sido dispensados nos 3.º e 4.º graus de consanguinidade;
F) Diogo Ribeiro de Mascarenhas, * circa 1567, casado em Loulé, 1.º com Guiomar de Ataíde, filha de Manuel Vaz Salem e de Beatriz de Ataíde, e 2.ª vez, em Loulé, circa 1620, com Maria de Sousa (sem certeza este 2.º casamento).
O casal A, serão pais segundo julgo de:
A1 – Tristão do Vale, * circa 1571, filhado por ser testamenteiro de sua tia Guiomar do Vale;
A2 – Francisco do Vale Valente, * circa 1572, e que casa 1.º em Loulé a 30.01.1597, com Maria de Nogueira, filha de Soeiro Mendes Neto e de Brites Nogueira, e 2.ª vez em Loulé, a 23.09.1609, com Inês de Andrade, filha de Manuel Vaz Mascorro e de Isabel de Mascarenhas, de Tavira (interessante), e julgo que uma 3.ª vez, circa 1611/12, com Maria Luís, vindo estes a ser pais de um Luís do Vale Valente, que casará em Loulé, a 24.08.1633, com Dona Francisca de Mendonça, filha de Sebastião Carvalho de Brito e de Isabel Barradas, todos de Tavira;
A3 – Gonçalo, * Loulé a 06.01.1575 - Padrinhos: os Padres Mem Rodrigues Neto, Domingos Lopes e Francisco Camacho e madrinha Violante Neta. Apresentou a parteira Joana Vaz.
A4 – Joanne, * Loulé a 19.06.1585 - Padrinhos: Lizuarte de Aragão de Sousa e Violante Neta.
A5 – Manuel, * Loulé a 27.01.1590 - Padrinhos: Fernão Fogaça de Melo e Mécia da Costa. Apresentou a parteira Catarina Nunes.
O casal B, serão pais segundo julgo de:
B1 – (sem mais nada).
O C, (sem mais nada).
O casal D, serão pais segundo julgo de:
D1 – Diogo Ribeiro Mascarenhas, * em Loulé, circa 1595 e que casa a 07.09.1620, com Maria de Sousa, filha de Manuel de Aragão (de Sousa) e de Branca dos Santos, tendo sido dispensados no 4.º grau de consanguinidade.
O casal E, serão pais segundo julgo de:
E1 – Manuel de Aragão de Ataíde, * circa 1595, e que casa em Loulé, a 05.01.1620, com Francisca Mendes, filha de Simão Soeiro Neto e de Catarina Mendes, de Loulé;
E2 – (provavelmente) Guiomar Neta, * circa 1596, e foi casada com Francisco Leitão, pais de Bernardo de Ataíde, casado 19.05.1650, com Maria de Brito, filha de Lourenço Palermo e de Maria de Brito, do Ludo;
E3 – Mécia de Sousa de Aragão, * circa 1600, que casa em Loulé, a 20.07.1620, com Gaspar Rodrigues Vieira, filho de Vasco Anes Vieira e de Maria de Sousa, de Loulé. Estes virão aser pais de Francisca Rita de Brito de Aragão, mulher de Manuel de Figueiredo Mascarenhas, casados em Loulé, a 28.07.1659;
E4 – João da Costa de Ataíde, * circa 1609, e que casa em São Martinho de Estoi, a 07.08.1634, com Maria da Fonseca Pessanha, filha de Jorge Pessanha da Franca e de Leonor Palermo de Faria, de Estoi (tenho muito interesse na ascendência destes).
Fico-me por aqui.
Cumprimentos e espero comentários vossos.
José Cabecinha.
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RE: Figueiredo Mascarenhas, Pacheco de Brito
Caro José Cabecinha:
Muito obrigado pelas suas informações que nos traz, que para mim são completamente novas e muito interessantes. Eu nunca explorei os registos mais antigos de Loulé pois não consegui progredir até essa época em nenhuma das linhas de ascendência que aí tenho.
Valerá a pena procurar processos da Inquisição na TT online, até porque alguns dos nomes que refere me dão a sensação de serem de cristãos-novos. Encontrei este, por exemplo (que não é por judaísmo):
CódigoReferência PT-TT-TSO/IE/21/4614
Título Processo de Mem Rodrigues Vieira
Datas 22/09/1612-21/06/1619
NívelDescrição Documento Composto
CódigoReferAlternCota Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Évora, proc. 4614
ÂmbitoConteúdo Estatuto Social: Capitão de Bandeira de Infantaria
Crime/Acusação: Actos escandalosos; Blasfemias heréticas; Inprudências
Naturalidade: Albufeira, Reino do Algarve
Morada: Albufeira
Pai: Gaspar Rodrigues Vieira, Capitão de Infantaria
Mãe: Constança da Maia
Estado Civil: Casado
Nome do Cônjuge: Maria Rodrigues
Data da Sentença: 21/06/1619
Outros Dados: APRESENTADO EM 1612-09-22.
Um abraço,
Rui Pereira
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RE: Figueiredo Mascarenhas, Pacheco de Brito
Caro Rui Pereira,
É muito interessante o processo que mandou. De facto tb eu fiquei surpreendido com a quantidade de "Mascarenhas" que encontrei nesta época em Loulé, embora o Mem Rodrigues Neto, filho de Simão Soeiro Neto e de Beatriz Caeira, de que falo na minha msn, seja mencionado no testamento de sua mãe como morador "em Farão".
Vou tentar colocar aqui mais alguns que encontrei para ver o que dá.
Se conseguir algo sobre esta gente agradeço que partilhe.
Não sei se sabe mas eu também descendo de Briolanja de Figueiredo casada com João Soares de Ataíde, pelo que tudo o que aportar informações sobre a sua ascendência é importante.
Um abraço,
Zé Cabecinha
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RE: Figueiredo Mascarenhas, Pacheco de Brito
Este assunto, apesar de esperado, julgo, tem estado muito caladinho. Algum coelhinho a sair?...
Para os demais interessados, um abraço
FLMF
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RE: Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caro Sr.José Cabecinha
A sua extensa informação é-me de ouro no seu item E3. Assim fico-lhe muito agradecido pela sua tão profícua pesquisa.
Com os meus cumprimentos
Fernando L. Monteiro Fernandes
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RE: Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caro Fernando Monteiro Fernandes,
De nada, se quizer pois tenho algo mais sobre esta gente, mande-me o seu e-mail para eu lho mandar por essa via. Isto se o desejar, claro.
É pouco mais mas é uma proposta de trabalho e de investigação. O meu e-mail é jcabec@hotmail.com
Cumprimentos,
José Cabecinha
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Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caro confrades,
Permitam-me que lhes chame a ateção para o tópico:
https://geneall.net/pt/forum/188956/afonso-vasquez-pacheco-genro-do-almirante-en-1439/#a429132
Cumprimentos,
António Taveira
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Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caros confreis Miguel de Sousa e Miguel Corte-Real,
Houve algum avanço na comprovação da ligação da linhagem dos Figueiredos Mascarenhas do Brasil aos de Faro?, descendentes de João Figueiredo Mascarenhas filho do Lourenço Figueiredo que passaram ao Brasil na fundação da Bahia em 1549? Especificamente, existem fontes que comprovem de que Lourenço Figueiredo, que era originário de Faro, é filho do Manuel Mascarenhas e de D. Izabel Correia, e irmão do Alcaide Mor de Faro, Gaspar Figueiredo Mascarenhas?
Cordiais saudações,
Domingos Rios
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Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caro Domingos Rios
Lourenço Figueiredo, que era originário de Faro, é filho do Manuel Mascarenhas e de D. Izabel Correia, e irmão do Alcaide Mor de Faro, Gaspar Figueiredo Mascarenhas?
Claro que Lourenço de Figueiredo não é filho de nenhum Manuel Mascarenhas nenhum de nenhuma D. Isabel Correia. Como pode haver provas de uma fantasia? Essa ligação é apenas produto do delírio de Sanches de Baena.
Cumprimentos,
Miguel Côrte-Real
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Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caro Miguel Côrte-Real,
Obrigado pela pronta resposta! Então seria bom solicitar a correção desta informação aqui no Geneall (https://geneall.net/pt/nome/440411/lourenco-de-figueiredo-mascarenhas/), pois sugere esta ligação!.
Cordialmente,
Domingos Rios
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Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Boa tarde,
Eu sou descendente em linha reta de Catarina de Figueiredo Mascarenhas e de Vicente Pacheco de Figueiredo, que são meus 10º avós. Meu 9º avô, filho do casal, foi João Soares de Tayde (28.Dez.1638) que casou com Maria Viegas. Os outros filhos do casal são Baltazar Pacheco (21 de Dez 1627), Maria Soares (1636), Manuel Pacheco de Figueiredo (9 de Março de 1652) e Manuel de Figueiredo de Mascarenhas (13 de Jan de 1653).
Muito gostava se me pudessem falar mais dos meus 10ºs avós.
Muito grata
Margaria Gouveia
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Figueiredo Mascarenhas, de Faro
Caro Miguel Côrte-Real:
Muito grato pelo seu contacto.
Algo de novo só me lembro de, na obra seguinte:
Francisco António Dória - Caramuru e Catarina. Lendas e narrativas sobre a Casa da Torre de Garcia d'Ávila - SENAC, São Paulo 1999 - a pg. 160, achar o seguinte:
"Ascendência de João de Figueiredo Mascarenhas - uma conjetura ..... era filho de Lourenço de Figueiredo Mascarenhas, n. Faro 150-1505 e vindo para a Bahia em 1549 [julgo que isto consta do texto de Frei Jaboatão, que agora não tenho à mão para conferir]. Este Lourenço era, muito possivelmente, filho de Nuno Mascarenhas e de Leonor Barreto de Figueiredo, também de Faro [F. Gayo, Nobiliário, V, pg. 315, 1999]. A ascendência desta Leonor chega a Gonçalo Garcia de Figueiredo, no sec. XIV, ancestral seguro dos Figueiredos..............................................................
A ligação a Nuno de Figueiredo (sic), provável ancestral dos da Bahia, é conjetural, mas nos parece bem fundada na onomástica. A genealogia dos ramos baianos é descrita em Jaboatão."
Dos trabalhos que conheço, este é o melhor documentado sobre as primeiras famílias portuguesas do Brasil, e muito agradeço ao caro parente Francisco Dória as suas ajuda preciosas, a maioria delas validadas pelas sua pesquisas pessoais nos arquivos do Algarve.
Para situar melhor os personagens, aqui deixo que Nuno Mascarenhas foi fidalgo da casa do duque de Beja D. Fernando, cavaleiro da ordem de Santiago e comendador de Almodovar, documentado em 1511. Leonor Barreto de Figueiredo foi filha de Gonçalo de Figueiredo e de Leonor Barreto.
Agradeço igualmente a esta admirável "família de parentes" que são os genealogistas do Algarve e o seu permanente entusiasmo.
Para Miguel Côrte-Real, como sempre, um cordial abraço pela sua paciência para com as nossas ingenuidades.
Miguel de Sousa
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